Perda de competitividade é comum a Portugal, Espanha e Grécia
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Perda de competitividade é comum a Portugal, Espanha e Grécia
Perda de competitividade é comum a Portugal, Espanha e Grécia
Afirmou comissário dos Assuntos Económicos europeus
Portugal, Espanha e Grécia partilham alguns problemas como a perda de competitividade, afirmou o comissário dos Assuntos Económicos europeus, Joaquin Almunia.
As necessidades de financiamento externo de Portugal, Espanha e Grécia «são grandes», um problema comum ao qual acresce a perda de competitividade, alertou o comissário dos Assuntos Económicos europeus.
Esta quarta-feira, Joaquin Almunia afirmou em Bruxelas estar convicto de que a União Europeia (UE) e a Zona Euro dispõem dos instrumentos necessários para ajudar a Grécia. Para o comissário, as medidas apresentadas pela Grécia são «do interesse do povo grego, da Zona Euro, e da UE como um todo».
A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira que apoia totalmente os esforços de Atenas para descer o défice orçamental nos próximos três anos, todavia, vai monitorizar o Governo grego «de muito perto».
A comissão estará atenta para assegurar que as reformas são colocadas em marcha.
Afirmou comissário dos Assuntos Económicos europeus
Portugal, Espanha e Grécia partilham alguns problemas como a perda de competitividade, afirmou o comissário dos Assuntos Económicos europeus, Joaquin Almunia.
As necessidades de financiamento externo de Portugal, Espanha e Grécia «são grandes», um problema comum ao qual acresce a perda de competitividade, alertou o comissário dos Assuntos Económicos europeus.
Esta quarta-feira, Joaquin Almunia afirmou em Bruxelas estar convicto de que a União Europeia (UE) e a Zona Euro dispõem dos instrumentos necessários para ajudar a Grécia. Para o comissário, as medidas apresentadas pela Grécia são «do interesse do povo grego, da Zona Euro, e da UE como um todo».
A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira que apoia totalmente os esforços de Atenas para descer o défice orçamental nos próximos três anos, todavia, vai monitorizar o Governo grego «de muito perto».
A comissão estará atenta para assegurar que as reformas são colocadas em marcha.
Vitor mango- Pontos : 118178
Crise bloqueia capital de Espanha
Crise bloqueia capital de Espanha
por MARIA DE LURDES VALE
Hoje
Madrid é reflexo da difícil situação que se vive no país vizinho. Centenas de comerciantes já declararam falência
Rosa não tem dúvidas sobre o que fazer para enfrentar a grave crise que se vive em Espanha: Há que agarrar o touro pelos cornos e seguir em frente. Vive e trabalha há mais de 26 anos no centro de Madrid, numa das ruas do privilegiado Bairro de Salamanca, e diz que nunca viu uma situação igual. Tem 65 anos, três filhos já criados, mas precisa de ajudar a mais nova, que está desempregada e com duas crianças pequenas. As rosas, as orquídeas, as margaridas, que antes desapareciam todos os dias do seu pequeno quiosque, pelo qual paga anualmente à câmara cerca de quatro mil euros, acabam agora por murchar depois de três ou quatro dias na mesma jarra. Um sinal dos tempos, lamenta, embora reconheça que as flores são um artigo de luxo que nem todos ou todas podem neste momento dar e receber.
Dois passos abaixo da florista fica a principal avenida comercial de Madrid, a conhecida calle Serrano, que é um autêntico estaleiro de obras desde Novembro de 2008. Não é a única zona da cidade que está assim, mas por ser a mais central e onde estão as lojas mais caras - falamos de marcas como Gucci, Prada, Loewe, El Corte Inglês, Bulgari, entre tantas outras - é também a mais visivelmente desfigurada.
Os passeios desapareceram para dar lugar a barreiras de plástico brancas e vermelhas que ajudam a sinalizar o caminho que os peões devem seguir. Os buracos, a lama e o pó amontoam-se e o barulho das escavadoras é insuportável. Os acessos às lojas, cafés ou hotéis fazem-se por entre separadores metálicos ou passadeiras improvisadas. Estas obras na Serrano e nas principais transversais desta avenida, como a calle Goya ou a Ortega y Gasset, provocam o caos no trânsito e dores de cabeça nos já poucos transeuntes que por ali passam. Para além disso, já obrigaram muitos comerciantes a declarar falência.
Poucos entendem a necessidade de construir parques de estacionamento subterrâneos e de novos passeios numa altura de crise. Mas a verdade é que esta artéria madrilena é uma imagem do que está a suceder em todo o país com a utilização que os municípios estão a fazer das verbas que o Governo de Zapatero disponibilizou no início do ano passado para que fossem criados mais empregos, 400 mil, sobretudo no sector da construção civil.
Trata-se do famoso Plano E (Plano espanhol para o estímulo da Economia e do Emprego) que, através do Fundo Estatal de Investimento local, libertou mais de oito mil milhões de euros para obras de competência municipal e de execução imediata.
Madrid, como tantas outras cidades do país, apresentou os seus projectos de intervenção, mas a altura não foi a mais propícia para quem vive do pequeno e médio comércio.
É o caso do alfaiataria Rafael, que exibe na montra o cartaz de liquidação total, preparando-se para fechar as portas em Março. Gregório, empregado nesta loja há mais de 25 anos e pronto a reformar-se, conta-nos que os tempos são de aperto e que não é possível continuar a pagar uma renda de 3600 euros e mais os salário a oito pessoas se não há clientes. Aqui vestiam-se políticos e muitos conhecidos, mas agora não vem ninguém por culpa das obras e da crise.
No Hotel Petit Palace Embassy, situado quase em frente à Plaza Colon, onde está hasteada a maior bandeira espanhola, os tempos também são de sacrifício. A directora confessa que no último ano teve uma quebra de 50% no número de clientes. "Chegam aqui, deparam-se com estas obras, reclamam e vão-se embora", afirma, consciente de que estes turistas nunca mais voltarão a um hotel que não tem uma entrada decente, que tem pó por todo o lado e onde nem sequer há lugar para o estacionamento de um táxi.
O cenário no centro da capital espanhola é desolador e nem mesmo os saldos, com descontos de que vão entre os 50 e os 70%, animam o comércio na Serrano.
As obras, tal como a crise, parecem ter vindo para ficar em Madrid.
Melhores dias virão, assim reage quem pede esmola na rua e que ficou sem emprego há menos de dois anos.
In DN
por MARIA DE LURDES VALE
Hoje
Madrid é reflexo da difícil situação que se vive no país vizinho. Centenas de comerciantes já declararam falência
Rosa não tem dúvidas sobre o que fazer para enfrentar a grave crise que se vive em Espanha: Há que agarrar o touro pelos cornos e seguir em frente. Vive e trabalha há mais de 26 anos no centro de Madrid, numa das ruas do privilegiado Bairro de Salamanca, e diz que nunca viu uma situação igual. Tem 65 anos, três filhos já criados, mas precisa de ajudar a mais nova, que está desempregada e com duas crianças pequenas. As rosas, as orquídeas, as margaridas, que antes desapareciam todos os dias do seu pequeno quiosque, pelo qual paga anualmente à câmara cerca de quatro mil euros, acabam agora por murchar depois de três ou quatro dias na mesma jarra. Um sinal dos tempos, lamenta, embora reconheça que as flores são um artigo de luxo que nem todos ou todas podem neste momento dar e receber.
Dois passos abaixo da florista fica a principal avenida comercial de Madrid, a conhecida calle Serrano, que é um autêntico estaleiro de obras desde Novembro de 2008. Não é a única zona da cidade que está assim, mas por ser a mais central e onde estão as lojas mais caras - falamos de marcas como Gucci, Prada, Loewe, El Corte Inglês, Bulgari, entre tantas outras - é também a mais visivelmente desfigurada.
Os passeios desapareceram para dar lugar a barreiras de plástico brancas e vermelhas que ajudam a sinalizar o caminho que os peões devem seguir. Os buracos, a lama e o pó amontoam-se e o barulho das escavadoras é insuportável. Os acessos às lojas, cafés ou hotéis fazem-se por entre separadores metálicos ou passadeiras improvisadas. Estas obras na Serrano e nas principais transversais desta avenida, como a calle Goya ou a Ortega y Gasset, provocam o caos no trânsito e dores de cabeça nos já poucos transeuntes que por ali passam. Para além disso, já obrigaram muitos comerciantes a declarar falência.
Poucos entendem a necessidade de construir parques de estacionamento subterrâneos e de novos passeios numa altura de crise. Mas a verdade é que esta artéria madrilena é uma imagem do que está a suceder em todo o país com a utilização que os municípios estão a fazer das verbas que o Governo de Zapatero disponibilizou no início do ano passado para que fossem criados mais empregos, 400 mil, sobretudo no sector da construção civil.
Trata-se do famoso Plano E (Plano espanhol para o estímulo da Economia e do Emprego) que, através do Fundo Estatal de Investimento local, libertou mais de oito mil milhões de euros para obras de competência municipal e de execução imediata.
Madrid, como tantas outras cidades do país, apresentou os seus projectos de intervenção, mas a altura não foi a mais propícia para quem vive do pequeno e médio comércio.
É o caso do alfaiataria Rafael, que exibe na montra o cartaz de liquidação total, preparando-se para fechar as portas em Março. Gregório, empregado nesta loja há mais de 25 anos e pronto a reformar-se, conta-nos que os tempos são de aperto e que não é possível continuar a pagar uma renda de 3600 euros e mais os salário a oito pessoas se não há clientes. Aqui vestiam-se políticos e muitos conhecidos, mas agora não vem ninguém por culpa das obras e da crise.
No Hotel Petit Palace Embassy, situado quase em frente à Plaza Colon, onde está hasteada a maior bandeira espanhola, os tempos também são de sacrifício. A directora confessa que no último ano teve uma quebra de 50% no número de clientes. "Chegam aqui, deparam-se com estas obras, reclamam e vão-se embora", afirma, consciente de que estes turistas nunca mais voltarão a um hotel que não tem uma entrada decente, que tem pó por todo o lado e onde nem sequer há lugar para o estacionamento de um táxi.
O cenário no centro da capital espanhola é desolador e nem mesmo os saldos, com descontos de que vão entre os 50 e os 70%, animam o comércio na Serrano.
As obras, tal como a crise, parecem ter vindo para ficar em Madrid.
Melhores dias virão, assim reage quem pede esmola na rua e que ficou sem emprego há menos de dois anos.
In DN
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