Mossad é pego com a mão na massa ...in tribuna do Norte ...brasil
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Mossad é pego com a mão na massa ...in tribuna do Norte ...brasil
Mossad é pego com a mão na massa
Publicação: 21 de Fevereiro de 2010 às 00:00
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Jerusalém - O assassinato de um líder do grupo islâmico Hamas em Dubai pelas mãos de um esquadrão da morte lembra as imagens da série de execuções extrajudiciais ocorridas após o massacre de atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972 e a tentativa frustrada de envenenar um líder do Hamas na Jordânia 13 anos atrás. O serviço de espionagem do Mossad - principal suspeito pela morte de Mahmoud al-Mabhouh no mês passado em Dubai - conheceu tanto o triunfo quanto embaraços durante suas décadas de guerra secreta e o último episódio parece conter os dois tipos de elementos.
Matti Friedman / Associated PressEnvolvimento do Mossad com assassinatos foi intensificado depois do massacre de atletas israelenses nas Olimpíadas de MuniqueEnvolvimento do Mossad com assassinatos foi intensificado depois do massacre de atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique
Os assassinos, quem quer que sejam, pegaram o alvo e escaparam. Mas suas imagens ficaram registradas em vídeo e eles deixaram o que parecem ser evidências significativas: a força policial de Dubai mostrou-se competente, talvez além das expectativas dos agentes, e descobriu que pelo menos sete integrantes do grupo usaram nomes de israelenses verdadeiros que têm passaportes europeus.
O Mossad é suspeito de ser o responsável por vários incidentes violentos no Oriente Médios nos últimos anos, tais como o assassinato de um alto integrante do Hezbollah no coração de Damasco em 2008. Mas sua reputação, particularmente no mundo árabe, onde geralmente é vista como uma força ameaçadora por trás de eventos não explicados - vem de décadas.
Em 1972, um grupo de palestinos armados invadiu os quartos da equipe olímpica israelense em Munique, matou dois atletas e tomou outros nove como reféns. Uma tentativa de resgate fracassada feita pela polícia alemã terminou com a morte de todos os israelenses num feroz tiroteio num aeroporto militar.
Golda Meir, a primeira-ministra na época, ordenou que o Mossad matasse os responsáveis, em parte como vingança e em parte para impedir futuros ataques. A diretriz deu início a uma ofensiva secreta sem precedentes que resultou na morte de vários militantes palestinos - muitos dos quais sem conexão direta com o massacre de Munique - em vários países da Europa e do Oriente Médio.
Numa noite de abril de 1973, dois homens se aproximaram de Basil al-Kubaisi, integrante do Fronte Popular pela Libertação da Palestina, quando ele deixava o Cafe de la Paix, em Paris. Ele teve tempo de dizer “não façam isso” em francês antes que os homens, assassinos uniformizados do Mossad, conhecidos como Caesarea, disparassem tiros que o mataram com pistolas calibre 22 com silenciadores.
Isso aconteceu numa sexta-feira. Na segunda-feira seguinte, após uma longa preparação dos agentes do Mossad, comandos israelenses aportaram em botes de borracha numa praia de Beirute perto do hotel Sands. Um dos integrantes do grupo era Ehud Barak, futuro primeiro-ministro e atual ministro da Defesa, que estava disfarçado de mulher, usando uma peruca morena e maquiagem.
Os assassinos realizaram a missão matando três altos integrantes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), antes de fugirem em seus barcos. Algumas pessoas que estavam no local também foram mortas. Outros militantes palestinos foram mortos a tiros ou por bombas em cidades como Roma, Nicósia e Atenas e em outros lugares e o mito do Mossad - cruel e hábil e com recursos e atuação ilimitados - tinha início. E se manteve, mesmo com os embaraços provocados por alguns erros.
O Mossad colocou muito mais ênfase em operações especiais como assassinatos do que as agências de inteligência da maioria dos demais países, disse Ronen Bergman, autor de um livro sobre as operações secretas de Israel contra o Irã. “A ênfase é por causa dos temores existenciais de Israel. Não se trata de política - é uma forma de pensar, o sentimento de que o Mossad é a fronteira final para a defesa da segurança nacional do Estado de Israel”, disse ele à Associated Press.
Essa abordagem agressiva levou a alguns erros públicos. Numa noite de sábado de julho de 1973, na pequena cidade norueguesa de Lillehammer, homens do Mossad atiraram e mataram um homem que eles acreditavam fosse Ali Hassan Salameh, um alto militante palestino conhecido como Príncipe Vermelho. Mas a vítima foi, na verdade, um inocente garçom marroquino chamado Ahmed Bouchiki. Seis dos agentes foram capturados e julgados na Noruega pelo assassinato. Isso aconteceu seis anos antes de o Mossad ter chegado ao verdadeiro Salameh, usando um Volkswagen cheio de explosivos plásticos que o mataram no centro de Beirute.
O fiasco de Lillehammer revelou um aspecto interessante das operações do Mossad: dois dos agentes capturados eram mulheres. Uma delas, Sylvia Rafael, uma israelense de origem sul-africana que foi detida na Noruega, mais tarde se casou com seu advogado de defesa.
Israel rejeita pedido para prender chefe do Mossad
Jerusalém (AE) - O governo israelense rejeitou na sexta-feira os pedidos para que o chefe do serviço de espionagem do país, o Mossad, fosse preso por suposta responsabilidade na morte de um líder do Hamas. “A polícia de Dubai não forneceu prova para incriminá-lo”, disse um alto funcionário de Israel, que pediu anonimato. O chefe da polícia de Dubai afirmou, na quinta-feira, querer que o chefe do Mossad, Meir Dagan, seja preso caso a agência comandada por ele seja responsável pelo assassinato, executado no mês passado, de Mahmoud al-Mabhouh, um alto comandante do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
“As ameaças contra Dagan são absurdas”, disse o funcionário israelense. “A polícia não explicou as circunstâncias da morte, nem deu qualquer prova de que ele tenha sido assassinado. Tudo que há são vídeos de pessoa falando ao telefone”, afirmou. Al-Mabhouh, um dos fundadores do braço militar do Hamas, foi encontrado morto em um quarto de hotel em Dubai no dia 20 de janeiro. A polícia afirma que ele seguiria para a China, e depois para o Sudão. A viagem seria para comprar armas.
Nenhum governo acusou diretamente Israel, mas o chefe de polícia de Dubai, general Dahi Khalfan Tamim, disse que quase certamente o líder do Hamas foi morto pelo Mossad. A agência de espionagem israelense já utilizou no passado passaportes falsos para realizar ações similares.
A Interpol emitiu na quinta-feira mandados de prisão para 11 suspeitos - seis com passaportes britânicos, três com irlandeses, um com documento francês e outro com o alemão, por suposto envolvimento no crime. O suposto uso de passaportes europeus falsos levou os governos de Grã-Bretanha, Irlanda, França e Alemanha a convocarem diplomatas israelenses para explicações na quinta-feira.
O funcionário israelense minimizou o assunto. “Israel foi apenas convidado a ajudar a investigar o uso dos passaportes falsos.”
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ressaltou a necessidade de uma “investigação completa”. Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, deve enfrentar duros questionamentos, quando se encontrar com colegas europeus em Bruxelas, em uma visita anteriormente planejada.
Parte da mídia israelense demonstrou temor de que Israel possa ficar no olho de um furacão diplomático. O jornal Haaretz, porém, citou um funcionário prevendo que o assunto logo perderá força. A imprensa israelense notou que os governos ocidentais não estavam lamentando a morte do líder do Hamas.
Sucessos e fracassos do serviço secreto
No assassinato de Dubai, no mês passado, câmeras de um circuito fechado filmaram o integrante da dupla de vigilância que as autoridades de Dubai identificaram como a irlandesa Gail Folliard, que foi vista entrando num banheiro e saindo com uma peruca preta escondendo seus cabelos loiros.
Khaled Meshal, um dos principais líderes do Hamas, estava em Amã, na Jordânia, em 1997, num período em que o grupo islâmico estava realizando ataques mortíferos em cidades israelenses. Dois homens do Mossad, que usavam passaportes canadenses, tentaram matá-lo com um artefato que soltou uma toxina em seu ouvido, mas o plano foi atrapalhado pelos guarda-costas que perseguiram os israelenses.
Eles foram detidos pela polícia jordaniana, dando início a uma crise diplomática entre Israel e a Jordânia. O primeiro-ministro israelense, que autorizou o ataque, era Benjamin Netanyahu, que voltou a ocupar o cargo novamente no ano passado e deve ter dado o sinal verde para a operação em Dubai, se ela tiver sido realmente realizada por Israel.
Na época, Netanyahu foi forçado a enviar um antídoto para a Jordânia, salvando da vida de Meshal, e a libertar o líder espiritual do Hamas em troca pela liberação dos dois agentes capturados.
A guerra secreta pode ser feia, mas é necessária, disse Rafi Sutton, de 78 anos, que atuou como agente do Mossad na Europa nos anos 1970. “Se nós, cidadãos de Israel, queremos que este Estado continue a existir, devemos estar preparados para lutar por isso dia e noite, na luz e na escuridão”, disse ele à AP. “A organização merece a fama que tem”, afirmou ele.
“O nome do Mossad foi construído com anos de operações de sucesso. Não é por nada, o grupo tem as melhores pessoas do mundo, cada qual contribuindo com seu intelecto, sua ousadia e improvisação”, disse Sutton.
A reputação é tal que seus erros são geralmente vistos como feitos de propósito e o grupo geralmente é responsabilizado por coisas que não fez, disse Aaron J. Klein, um ex-integrante da inteligência israelense cujo livro “Striking Back” documenta a mortífera resposta israelense ao ataque de Munique.
Em 2005, Klein pediu a um grupo de militantes da Frente Popular da Libertação da Palestina, detidos em prisões israelenses, que fizesse uma lista das pessoas que eles acreditavam tivessem sido mortas pelo Mossad. Ele então comparou a informação com suas fontes no Mossad. Dos cerca de 40 nomes da lista, pouco mais da metade havia realmente sido assassinada pelos agentes israelenses.
“Os assassinatos do Mossad deram a Israel uma vantagem tática de curto prazo ao eliminar os inimigos”, disse ele. Mas o efeito de longo prazo é incerto. “Às vezes eu sinto que usamos esse recurso um pouco demais e que colocamos muita energia e recursos nesse tipo de coisa porque é mais fácil do que lidar com assuntos estratégicos, como decidir realmente o que fazer com o Hamas. Isso é mais complicado”, disse Klein. “Há uma tendência de nos voltarmos ao que é familiar”, disse Kein. “Funciona, claro que funciona. Mas não traz nenhuma solução.” Os próximos passos de jogo de xadrez dependem da repercussão internacional que o caso venha a ter.
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Matti Friedman / Associated PressEnvolvimento do Mossad com assassinatos foi intensificado depois do massacre de atletas israelenses nas Olimpíadas de MuniqueEnvolvimento do Mossad com assassinatos foi intensificado depois do massacre de atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique
Os assassinos, quem quer que sejam, pegaram o alvo e escaparam. Mas suas imagens ficaram registradas em vídeo e eles deixaram o que parecem ser evidências significativas: a força policial de Dubai mostrou-se competente, talvez além das expectativas dos agentes, e descobriu que pelo menos sete integrantes do grupo usaram nomes de israelenses verdadeiros que têm passaportes europeus.
O Mossad é suspeito de ser o responsável por vários incidentes violentos no Oriente Médios nos últimos anos, tais como o assassinato de um alto integrante do Hezbollah no coração de Damasco em 2008. Mas sua reputação, particularmente no mundo árabe, onde geralmente é vista como uma força ameaçadora por trás de eventos não explicados - vem de décadas.
Em 1972, um grupo de palestinos armados invadiu os quartos da equipe olímpica israelense em Munique, matou dois atletas e tomou outros nove como reféns. Uma tentativa de resgate fracassada feita pela polícia alemã terminou com a morte de todos os israelenses num feroz tiroteio num aeroporto militar.
Golda Meir, a primeira-ministra na época, ordenou que o Mossad matasse os responsáveis, em parte como vingança e em parte para impedir futuros ataques. A diretriz deu início a uma ofensiva secreta sem precedentes que resultou na morte de vários militantes palestinos - muitos dos quais sem conexão direta com o massacre de Munique - em vários países da Europa e do Oriente Médio.
Numa noite de abril de 1973, dois homens se aproximaram de Basil al-Kubaisi, integrante do Fronte Popular pela Libertação da Palestina, quando ele deixava o Cafe de la Paix, em Paris. Ele teve tempo de dizer “não façam isso” em francês antes que os homens, assassinos uniformizados do Mossad, conhecidos como Caesarea, disparassem tiros que o mataram com pistolas calibre 22 com silenciadores.
Isso aconteceu numa sexta-feira. Na segunda-feira seguinte, após uma longa preparação dos agentes do Mossad, comandos israelenses aportaram em botes de borracha numa praia de Beirute perto do hotel Sands. Um dos integrantes do grupo era Ehud Barak, futuro primeiro-ministro e atual ministro da Defesa, que estava disfarçado de mulher, usando uma peruca morena e maquiagem.
Os assassinos realizaram a missão matando três altos integrantes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), antes de fugirem em seus barcos. Algumas pessoas que estavam no local também foram mortas. Outros militantes palestinos foram mortos a tiros ou por bombas em cidades como Roma, Nicósia e Atenas e em outros lugares e o mito do Mossad - cruel e hábil e com recursos e atuação ilimitados - tinha início. E se manteve, mesmo com os embaraços provocados por alguns erros.
O Mossad colocou muito mais ênfase em operações especiais como assassinatos do que as agências de inteligência da maioria dos demais países, disse Ronen Bergman, autor de um livro sobre as operações secretas de Israel contra o Irã. “A ênfase é por causa dos temores existenciais de Israel. Não se trata de política - é uma forma de pensar, o sentimento de que o Mossad é a fronteira final para a defesa da segurança nacional do Estado de Israel”, disse ele à Associated Press.
Essa abordagem agressiva levou a alguns erros públicos. Numa noite de sábado de julho de 1973, na pequena cidade norueguesa de Lillehammer, homens do Mossad atiraram e mataram um homem que eles acreditavam fosse Ali Hassan Salameh, um alto militante palestino conhecido como Príncipe Vermelho. Mas a vítima foi, na verdade, um inocente garçom marroquino chamado Ahmed Bouchiki. Seis dos agentes foram capturados e julgados na Noruega pelo assassinato. Isso aconteceu seis anos antes de o Mossad ter chegado ao verdadeiro Salameh, usando um Volkswagen cheio de explosivos plásticos que o mataram no centro de Beirute.
O fiasco de Lillehammer revelou um aspecto interessante das operações do Mossad: dois dos agentes capturados eram mulheres. Uma delas, Sylvia Rafael, uma israelense de origem sul-africana que foi detida na Noruega, mais tarde se casou com seu advogado de defesa.
Israel rejeita pedido para prender chefe do Mossad
Jerusalém (AE) - O governo israelense rejeitou na sexta-feira os pedidos para que o chefe do serviço de espionagem do país, o Mossad, fosse preso por suposta responsabilidade na morte de um líder do Hamas. “A polícia de Dubai não forneceu prova para incriminá-lo”, disse um alto funcionário de Israel, que pediu anonimato. O chefe da polícia de Dubai afirmou, na quinta-feira, querer que o chefe do Mossad, Meir Dagan, seja preso caso a agência comandada por ele seja responsável pelo assassinato, executado no mês passado, de Mahmoud al-Mabhouh, um alto comandante do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
“As ameaças contra Dagan são absurdas”, disse o funcionário israelense. “A polícia não explicou as circunstâncias da morte, nem deu qualquer prova de que ele tenha sido assassinado. Tudo que há são vídeos de pessoa falando ao telefone”, afirmou. Al-Mabhouh, um dos fundadores do braço militar do Hamas, foi encontrado morto em um quarto de hotel em Dubai no dia 20 de janeiro. A polícia afirma que ele seguiria para a China, e depois para o Sudão. A viagem seria para comprar armas.
Nenhum governo acusou diretamente Israel, mas o chefe de polícia de Dubai, general Dahi Khalfan Tamim, disse que quase certamente o líder do Hamas foi morto pelo Mossad. A agência de espionagem israelense já utilizou no passado passaportes falsos para realizar ações similares.
A Interpol emitiu na quinta-feira mandados de prisão para 11 suspeitos - seis com passaportes britânicos, três com irlandeses, um com documento francês e outro com o alemão, por suposto envolvimento no crime. O suposto uso de passaportes europeus falsos levou os governos de Grã-Bretanha, Irlanda, França e Alemanha a convocarem diplomatas israelenses para explicações na quinta-feira.
O funcionário israelense minimizou o assunto. “Israel foi apenas convidado a ajudar a investigar o uso dos passaportes falsos.”
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ressaltou a necessidade de uma “investigação completa”. Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, deve enfrentar duros questionamentos, quando se encontrar com colegas europeus em Bruxelas, em uma visita anteriormente planejada.
Parte da mídia israelense demonstrou temor de que Israel possa ficar no olho de um furacão diplomático. O jornal Haaretz, porém, citou um funcionário prevendo que o assunto logo perderá força. A imprensa israelense notou que os governos ocidentais não estavam lamentando a morte do líder do Hamas.
Sucessos e fracassos do serviço secreto
No assassinato de Dubai, no mês passado, câmeras de um circuito fechado filmaram o integrante da dupla de vigilância que as autoridades de Dubai identificaram como a irlandesa Gail Folliard, que foi vista entrando num banheiro e saindo com uma peruca preta escondendo seus cabelos loiros.
Khaled Meshal, um dos principais líderes do Hamas, estava em Amã, na Jordânia, em 1997, num período em que o grupo islâmico estava realizando ataques mortíferos em cidades israelenses. Dois homens do Mossad, que usavam passaportes canadenses, tentaram matá-lo com um artefato que soltou uma toxina em seu ouvido, mas o plano foi atrapalhado pelos guarda-costas que perseguiram os israelenses.
Eles foram detidos pela polícia jordaniana, dando início a uma crise diplomática entre Israel e a Jordânia. O primeiro-ministro israelense, que autorizou o ataque, era Benjamin Netanyahu, que voltou a ocupar o cargo novamente no ano passado e deve ter dado o sinal verde para a operação em Dubai, se ela tiver sido realmente realizada por Israel.
Na época, Netanyahu foi forçado a enviar um antídoto para a Jordânia, salvando da vida de Meshal, e a libertar o líder espiritual do Hamas em troca pela liberação dos dois agentes capturados.
A guerra secreta pode ser feia, mas é necessária, disse Rafi Sutton, de 78 anos, que atuou como agente do Mossad na Europa nos anos 1970. “Se nós, cidadãos de Israel, queremos que este Estado continue a existir, devemos estar preparados para lutar por isso dia e noite, na luz e na escuridão”, disse ele à AP. “A organização merece a fama que tem”, afirmou ele.
“O nome do Mossad foi construído com anos de operações de sucesso. Não é por nada, o grupo tem as melhores pessoas do mundo, cada qual contribuindo com seu intelecto, sua ousadia e improvisação”, disse Sutton.
A reputação é tal que seus erros são geralmente vistos como feitos de propósito e o grupo geralmente é responsabilizado por coisas que não fez, disse Aaron J. Klein, um ex-integrante da inteligência israelense cujo livro “Striking Back” documenta a mortífera resposta israelense ao ataque de Munique.
Em 2005, Klein pediu a um grupo de militantes da Frente Popular da Libertação da Palestina, detidos em prisões israelenses, que fizesse uma lista das pessoas que eles acreditavam tivessem sido mortas pelo Mossad. Ele então comparou a informação com suas fontes no Mossad. Dos cerca de 40 nomes da lista, pouco mais da metade havia realmente sido assassinada pelos agentes israelenses.
“Os assassinatos do Mossad deram a Israel uma vantagem tática de curto prazo ao eliminar os inimigos”, disse ele. Mas o efeito de longo prazo é incerto. “Às vezes eu sinto que usamos esse recurso um pouco demais e que colocamos muita energia e recursos nesse tipo de coisa porque é mais fácil do que lidar com assuntos estratégicos, como decidir realmente o que fazer com o Hamas. Isso é mais complicado”, disse Klein. “Há uma tendência de nos voltarmos ao que é familiar”, disse Kein. “Funciona, claro que funciona. Mas não traz nenhuma solução.” Os próximos passos de jogo de xadrez dependem da repercussão internacional que o caso venha a ter.
Vitor mango- Pontos : 118184
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Essa abordagem agressiva levou a alguns erros públicos. Numa noite de sábado de julho de 1973, na pequena cidade norueguesa de Lillehammer, homens do Mossad atiraram e mataram um homem que eles acreditavam fosse Ali Hassan Salameh, um alto militante palestino conhecido como Príncipe Vermelho. Mas a vítima foi, na verdade, um inocente garçom marroquino chamado Ahmed Bouchiki. Seis dos agentes foram capturados e julgados na Noruega pelo assassinato. Isso aconteceu seis anos antes de o Mossad ter chegado ao verdadeiro Salameh, usando um Volkswagen cheio de explosivos plásticos que o mataram no centro de Beirute.
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