Quem é o mais odiado pelo PS? BY sARAIVA DO sol
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Quem é o mais odiado pelo PS? BY sARAIVA DO sol
Quem é o mais odiado pelo PS?
26 February 10 10:00 AM
Estão em cima da mesa os candidatos à liderança do PSD, numa altura em que a chefia do partido começa a tornar--se apetecível.
Quando
Marques Mendes se tornou líder, em 2005, o PSD estava de gatas, tinha
perdido as eleições por K.O. e a perspectiva era ficar na oposição pelo
menos quatro anos, enfrentando um Governo com maioria absoluta.
Ora ninguém resiste a isso – e Mendes não foi excepção, apesar das suas qualidades políticas, coragem e seriedade.
Luís
Filipe Menezes, que lhe sucedeu no meio de grande dramatismo, também
não tinha condições para aguentar muito tempo no lugar: é um homem com
os nervos à flor da pele, e o saco de gatos em que o PSD se
transformara era demais para a sua fragilidade emocional.
Falou-se então que o PSD ia morrer, que não tinha qualquer futuro, que estava irreversivelmente descredibilizado.
Em
desespero, foram buscar uma pessoa sem grande sensibilidade política
mas com credibilidade pessoal, com uma imagem de austeridade e rigor,
para devolver a honorabilidade ao partido.
E isso foi conseguido – apesar da derrota eleitoral, que era inevitável.
De facto, pondo de parte as questões de carácter, Sócrates era claramente melhor candidato do que Ferreira Leite.
Ferreira Leite é séria mas falta-lhe o resto; Sócrates é duvidosamente sério mas tem o resto.
Enfim,
o PSD lá foi resistindo como pôde – até acontecer o inevitável, isto é,
começar a prefigurar-se como alternativa de poder, como agora sucede.
Com
a fragilização do PS e do seu líder, está criada a ideia de que mais
tarde ou mais cedo haverá eleições – e, nessa medida, o líder que o PSD
escolher agora terá muitas hipóteses de chegar a primeiro-ministro.
E foi isto – julgo eu – que fez regressar Paulo Rangel de Bruxelas e avançar para o lugar.
Nesta
coluna, quando ainda não se conheciam os candidatos (excepção feita a
Passos Coelho), escrevi que os sociais-democratas não deveriam apostar
num regresso ao passado (o que excluía os nomes de Marcelo Rebelo de
Sousa, Santana Lopes, Marques Mendes e Filipe Menezes), também não
deveriam inclinar-se para Passos Coelho (encarado ainda como um
‘júnior’), sendo Aguiar-Branco o homem certo neste momento.
Mais dizia que Paulo Rangel deveria continuar em Bruxelas, resguardando-se para momento posterior (chamei--lhe ‘Napoleãozinho’).
Mas hoje, consumadas as candidaturas de Aguiar-_-Branco e Rangel, o problema põe-se de outro modo.
Já não se trata de dizer: ‘Aguiar-Branco deve ser o líder e Rangel deve ficar na reserva em Bruxelas’.
Agora Rangel avançou mesmo – e a questão que se coloca, para os que não apoiam Passos Coelho, é uma escolha entre os dois.
Ora, tendo em conta as primeiras intervenções de um e de outro, parece-me que Paulo Rangel é o candidato mais forte.
É
o tipo de político que leva tudo à frente, tem o sentido da demagogia
(embora mantendo sempre um ar muito sério), é contundente, afirmativo,
desenvolto a falar, e dispõe de uma característica essencial na
política: killer instinct.
Sócrates também dispõe desta qualidade em alto grau – e isso explica grande parte do seu sucesso.
Rangel é, por isso, o candidato mais bem colocado para derrotar Sócrates.
É, aliás, curioso que seja ele o principal alvo dos dirigentes do PS e dos seus militantes: é sinal de que o temem.
É sempre um bom exercício para um partido pensar no seguinte: quem é que os meus adversários atacam mais?
Muitas vezes é essa a melhor escolha.
Neste aspecto, Aguiar-Branco e sobretudo Passos Coelho perderam terreno nos últimos dias.
Aguiar-Branco, talvez pela seriedade e cautela que põe naquilo que faz, tem evitado as grandes declarações.
E
Passos Coelho, vá lá saber-se porquê, tem saído em apoio do Governo,
criticando o Orçamento Regional e o líder da Madeira, Alberto João
Jardim, ou dando a mão a Sócrates em momentos cruciais.
Ora os militantes do PSD não gostam disto.
Os militantes do PSD, em momentos de grande exaltação emocional, como este, gostam de posições claras e de grande élan partidário.
Veja-se como Sá Carneiro actuava quando as águas estavam politicamente agitadas.
Assim, penso que Paulo Rangel é o homem mais bem colocado para tomar conta do PSD.
A palavra ‘ruptura’ diz muito sobre ele.
Não sei se estará preparado para ser primeiro-ministro.
Se é verdade que é o único militante do PSD que ganhou uma eleição a Sócrates, não é menos verdade que nunca foi ministro.
Mas a política portuguesa precisa de mudar.
Há que romper com uma certa forma de fazer política que o processo Face Oculta desmascarou.
E, nesse sentido, Paulo Rangel, com os seus 42 anos (embora aparente mais) pode representar um indispensável virar de página.
P.S.
– Vários dirigentes e militantes do PS, quando vão à televisão falar do
caso Face Oculta, fazem questão de dizer que não lêem o SOL. António Costa é um exemplo, Alfredo Barroso é outro – apesar de já ter publicado artigos neste jornal que não lê... Mas
o certo é que não podem mesmo fazê-lo. Porque as revelações do processo
Face Oculta são tão comprometedoras para o Governo e o seu partido que,
se lessem o SOL, essas pessoas envergonhavam-se. Ou perdiam definitivamente a vergonha.
26 February 10 10:00 AM
Estão em cima da mesa os candidatos à liderança do PSD, numa altura em que a chefia do partido começa a tornar--se apetecível.
Quando
Marques Mendes se tornou líder, em 2005, o PSD estava de gatas, tinha
perdido as eleições por K.O. e a perspectiva era ficar na oposição pelo
menos quatro anos, enfrentando um Governo com maioria absoluta.
Ora ninguém resiste a isso – e Mendes não foi excepção, apesar das suas qualidades políticas, coragem e seriedade.
Luís
Filipe Menezes, que lhe sucedeu no meio de grande dramatismo, também
não tinha condições para aguentar muito tempo no lugar: é um homem com
os nervos à flor da pele, e o saco de gatos em que o PSD se
transformara era demais para a sua fragilidade emocional.
Falou-se então que o PSD ia morrer, que não tinha qualquer futuro, que estava irreversivelmente descredibilizado.
Em
desespero, foram buscar uma pessoa sem grande sensibilidade política
mas com credibilidade pessoal, com uma imagem de austeridade e rigor,
para devolver a honorabilidade ao partido.
E isso foi conseguido – apesar da derrota eleitoral, que era inevitável.
De facto, pondo de parte as questões de carácter, Sócrates era claramente melhor candidato do que Ferreira Leite.
Ferreira Leite é séria mas falta-lhe o resto; Sócrates é duvidosamente sério mas tem o resto.
Enfim,
o PSD lá foi resistindo como pôde – até acontecer o inevitável, isto é,
começar a prefigurar-se como alternativa de poder, como agora sucede.
Com
a fragilização do PS e do seu líder, está criada a ideia de que mais
tarde ou mais cedo haverá eleições – e, nessa medida, o líder que o PSD
escolher agora terá muitas hipóteses de chegar a primeiro-ministro.
E foi isto – julgo eu – que fez regressar Paulo Rangel de Bruxelas e avançar para o lugar.
Nesta
coluna, quando ainda não se conheciam os candidatos (excepção feita a
Passos Coelho), escrevi que os sociais-democratas não deveriam apostar
num regresso ao passado (o que excluía os nomes de Marcelo Rebelo de
Sousa, Santana Lopes, Marques Mendes e Filipe Menezes), também não
deveriam inclinar-se para Passos Coelho (encarado ainda como um
‘júnior’), sendo Aguiar-Branco o homem certo neste momento.
Mais dizia que Paulo Rangel deveria continuar em Bruxelas, resguardando-se para momento posterior (chamei--lhe ‘Napoleãozinho’).
Mas hoje, consumadas as candidaturas de Aguiar-_-Branco e Rangel, o problema põe-se de outro modo.
Já não se trata de dizer: ‘Aguiar-Branco deve ser o líder e Rangel deve ficar na reserva em Bruxelas’.
Agora Rangel avançou mesmo – e a questão que se coloca, para os que não apoiam Passos Coelho, é uma escolha entre os dois.
Ora, tendo em conta as primeiras intervenções de um e de outro, parece-me que Paulo Rangel é o candidato mais forte.
É
o tipo de político que leva tudo à frente, tem o sentido da demagogia
(embora mantendo sempre um ar muito sério), é contundente, afirmativo,
desenvolto a falar, e dispõe de uma característica essencial na
política: killer instinct.
Sócrates também dispõe desta qualidade em alto grau – e isso explica grande parte do seu sucesso.
Rangel é, por isso, o candidato mais bem colocado para derrotar Sócrates.
É, aliás, curioso que seja ele o principal alvo dos dirigentes do PS e dos seus militantes: é sinal de que o temem.
É sempre um bom exercício para um partido pensar no seguinte: quem é que os meus adversários atacam mais?
Muitas vezes é essa a melhor escolha.
Neste aspecto, Aguiar-Branco e sobretudo Passos Coelho perderam terreno nos últimos dias.
Aguiar-Branco, talvez pela seriedade e cautela que põe naquilo que faz, tem evitado as grandes declarações.
E
Passos Coelho, vá lá saber-se porquê, tem saído em apoio do Governo,
criticando o Orçamento Regional e o líder da Madeira, Alberto João
Jardim, ou dando a mão a Sócrates em momentos cruciais.
Ora os militantes do PSD não gostam disto.
Os militantes do PSD, em momentos de grande exaltação emocional, como este, gostam de posições claras e de grande élan partidário.
Veja-se como Sá Carneiro actuava quando as águas estavam politicamente agitadas.
Assim, penso que Paulo Rangel é o homem mais bem colocado para tomar conta do PSD.
A palavra ‘ruptura’ diz muito sobre ele.
Não sei se estará preparado para ser primeiro-ministro.
Se é verdade que é o único militante do PSD que ganhou uma eleição a Sócrates, não é menos verdade que nunca foi ministro.
Mas a política portuguesa precisa de mudar.
Há que romper com uma certa forma de fazer política que o processo Face Oculta desmascarou.
E, nesse sentido, Paulo Rangel, com os seus 42 anos (embora aparente mais) pode representar um indispensável virar de página.
P.S.
– Vários dirigentes e militantes do PS, quando vão à televisão falar do
caso Face Oculta, fazem questão de dizer que não lêem o SOL. António Costa é um exemplo, Alfredo Barroso é outro – apesar de já ter publicado artigos neste jornal que não lê... Mas
o certo é que não podem mesmo fazê-lo. Porque as revelações do processo
Face Oculta são tão comprometedoras para o Governo e o seu partido que,
se lessem o SOL, essas pessoas envergonhavam-se. Ou perdiam definitivamente a vergonha.
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Quem é o mais odiado pelo PS? BY sARAIVA DO sol
– Vários dirigentes e militantes do PS, quando vão à televisão falar do
caso Face Oculta, fazem questão de dizer que não lêem o SOL. António Costa é um exemplo, Alfredo Barroso é outro – apesar de já ter publicado artigos neste jornal que não lê... Mas
o certo é que não podem mesmo fazê-lo. Porque as revelações do processo
Face Oculta são tão comprometedoras para o Governo e o seu partido que,
se lessem o SOL, essas pessoas envergonhavam-se. Ou perdiam definitivamente a vergonha
Ai coitado do Saraiva!
Como ele demonstra bem o respeito pela liberdade de expressão e escolha... dos outros... principalmente quando lhe viram as costas...
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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