Uma vitória histórica
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Uma vitória histórica
Uma vitória histórica
por MÁRIO SOARES
1. Muitas pessoas sorriam com a campanha que os republicanos americanos faziam - e continuam a fazer - absolutamente indecente e imoral, contra o Presidente Barack Obama, a propósito da lei que propôs a "segurança na doença", que beneficia, em especial, um terço dos seus concidadãos, os que até agora não tinham meios para recorrer aos hospitais e, muitas vezes, escândalo dos escândalos, morriam na rua e, às vezes, à porta dos hospitais onde não eram atendidos, por falta de dinheiro…
Muitas pessoas não gostam de mudança e temem os visionários. Mas o pior não foi isso. Foi a acção generalizada do lobby fortíssimo dos interesses e, em especial, das companhias de seguros, que tudo fez para que a lei não passasse, chegando a acusar Obama de comunista e de émulo de Estaline… Imagine-se! Também o ameaçaram de morte e, num país como a América, uma ameaça deste teor não é nem pode ser entendida como uma figura de retórica. Os grandes interesses, quando querem defender o seu dinheiro, são capazes de tudo e não recuam perante nada. Não têm escrúpulos e esquecem os valores éticos. O Tea Party, animado pela antiga candidata à vice-presidência republicana Sarah Palin, tentou mobilizar os republicanos - e não só, por toda a parte - utilizando os argumentos mais reaccionários e vergonhosos…
Contudo, Barack Obama não recuou. Bateu-se como um leão e arriscou tudo por tudo, numa questão essencial para os seus compatriotas mais desfavorecidos, com persistência, determinação e valentia. Um dia antes, falei com um português, doutorado e professor na Universidade de Yale - que, aliás, era a favor da lei - mas que, seguramente influenciado pelo barulho das televisões e pela Internet, me disse, com muita pena, que a derrota de Obama era fatal como o destino. Não foi. Ouviu-se de novo: "Yes, we can!" E não só na América: no mundo inteiro.
Foi uma vitória das forças progressistas, daqueles que defendem valores humanos, as grandes causas da solidariedade e do humanitarismo, e acreditam que um mundo melhor é possível. Para esses, vale sempre a pena lutar!
Como alguns grandes jornais internacionais escreveram: "Obama entrou na História." Não foi por ter feito mais um discurso, generoso e lúcido. Foi por ter agido e, com a lei ora aprovada, ter aberto a milhões de americanos um caminho que os liberta da angústia da doença, quando não há dinheiro para se tratarem nem hospitais que lhes abram as portas, mesmo em casos de manifesta urgência. Uma vergonha sem nome!
Desde Theodore Roosevelt, 1901, início do século XX, que os americanos lutavam por uma lei que lhes garantisse tratamento na doença, concedido pelo Estado, a todos os cidadãos, sobretudo aos que não têm recursos, à semelhança do que acontecia na Europa escandinava e, um pouco mais tarde, no final da segunda grande guerra, na Inglaterra trabalhista, por iniciativa do ministro Aneurin Bevan. O presidente Bill Clinton, entre outros, teve de desistir, quando a quis propor, no início do seu mandato. Pois bem: Barack Obama conseguiu, com uma margem pequena, é certo, mas conseguiu!
Agora, pode continuar triunfante o seu extraordinário caminho, tanto na América como no mundo. Continuará a ter muitos inimigos, na América (visto que não desarmam) e no estrangeiro. Mas está provado que vai conseguir. As multidões dos seus amigos têm confiança nele. Na América e no mundo! E vão ajudá-lo, seguramente, cada vez mais. Quando o povo sabe o que quer e como lutar, nada é impossível!
2. Mas Obama não pára… Imediatamente depois de ter conseguido, no plano interno, a vitória do serviço de saúde, para todos, voltou-se para a política externa e conseguiu um acordo com a Rússia, que é extremamente importante: um passo mais na não proliferação das armas atómicas, limitando ambas as partes consideravelmente a produção dos respectivos arsenais nucleares. Foi muito importante e mais um sinal para o mundo. Mas é preciso ir mais longe: levar as Nações Unidas a proibir, para todos os países, a fabricação de armas nucleares e a reduzir e dificultar a venda de armas, quaisquer que sejam. Libertando-se, ao mesmo tempo, do complexo industrial-militar denunciado por Eisenhower.
3. A Europa está a mudar. Na semana passada, no Conselho Europeu, a União Europeia, apesar de paralisada e sem rumo certo, deu um pequeno passo em frente: conseguiu um acordo para salvar a Grécia. Realmente, se não houvesse acordo, seria o suicídio da União, dado o ataque especulativo ao euro que tem vindo a ser feito, por não haver uma estratégia concertada entre os 27 Estados membros - ou, ao menos, entre os países da Zona Euro - para defender a moeda comum europeia e vencer a crise.
Tem-se verificado entre os líderes europeus, como repetidamente tenho escrito nesta coluna, uma política egoísta e malsã de "salve- -se quem puder", de um nacionalismo primário, com desprezo pelas regras comunitárias da União que todos deviam observar: a igualdade, a solidariedade e o respeito mútuo entre todos os Estados membros.
Ora, cada vez mais se faz a distinção aberrante entre os Estados chamados grandes (leia-se, os mais ricos) e pequenos (os mais pobres ou, não o sendo, em pior situação financeira). Por isso, o Estado grego se tornou um caso paradigmático.
Sucede, no entanto, que para resolver a questão grega se recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que, sob a orientação de Dominique Strauss-Khan, está a tentar mudar o modelo económico-financeiro, até agora corrente, de tipo economicista fechado. Mas, claro, ignora-se ainda se o conseguirá. Todo depende, cada vez mais, dos Estados Unidos e dos outros seus parceiros extra-europeus e emergentes.
De qualquer forma, tendo a União Europeia de recorrer ao FMI para ajudar a Grécia, num momento crítico, demonstra a sua fraqueza no plano internacional. A Alemanha, o Estado economicamente mais poderoso da União, revelou um egoísmo e um desinteresse pela União que é muito preocupante. E, como o antigo ministro verde Joschka Fischer escreveu, num artigo recente, a Senhora Merkel abriu um perigoso precedente que lhe pode sair caro. Foi o contrário do que Kohl lhe deve ter ensinado. A actual coligação da Democracia Cristã, com os Liberais, não parece ser salutar para a Alemanha, como, talvez, as próximas eleições regionais venham a comprovar.
Os grandes Estados - a Alemanha, a França, o Reino Unido, a Itália - não se entendem entre si e estão a remeter-se a um nacionalismo que nada justifica. Vivem concentrados nas eleições e no desinteresse dos seus eleitorados respectivos, para além do imediatismo do momento presente. Não visam o futuro nem atendem à deriva da União, que, a continuar, nos conduzirá a uma irremediável decadência.
O Reino Unido só pensa nos seus interesses e nas próximas eleições (que os trabalhistas, surpreendentemente, talvez possam ganhar) e, além disso, não pertencem ao euro. A França acaba de perder as eleições regionais - em favor da Esquerda - e está em busca de um novo Norte. A Itália tem igualmente eleições regionais, que, a acreditar nos poucos jornais independentes, deveriam ser observadas pela ONU e fiscalizadas, dada a falta de qualidade democrática que revelam… Quanto aos países do Leste europeu, não vêem a Europa como nós. Ainda não tiveram tempo de se integrar na lógica da construção europeia. Aliás, nenhum dos líderes da "velha" Europa lhes deve ter falado nisso a sério…
Assim estamos, num momento difícil, a pensar tão-só nos deficits - com temor reverencial do Banco Central Europeu - mas com o seu presidente Jean-Claude Trichet, descontente, pela solução encontrada para a Grécia, de recurso ao FMI. Uma bofetada que ninguém esquecerá, no Banco Central Europeu e nas suas velhas "receitas monetaristas", que estão a passar de moda, pela força das coisas…
4. E Portugal? O PEC lá passou - mal - com declarações de voto significativas de alguns deputados do PSD, dos mais conhecidos. Foi uma vitória à Pirro, conseguida in extremis pelo PS, que vai pesar no futuro próximo.
Apesar de tudo, foi uma saída de cena digna e responsável de Manuela Ferreira Leite. Para chegar a este final (óbvio, para as pessoas sensatas), talvez não precisasse, nem devesse, ter atacado, antes, tão dura e desregradamente, o Governo e o PEC…
Enfim, o PSD tem um outro líder, Pedro Passos Coelho, jovem, mas com largo e persistente currículo partidário, que teve uma vitória esmagadora: mais de 61% dos militantes. Uma vitória mesmo apoteótica. Apesar disso, a sua vida de novo líder não vai ser fácil. Nem no plano partidário nem no nacional. Os tempos são duros e correm velozes, como mudanças aceleradas. Vamos ver. Apresento-lhe os melhores votos de sucesso, no plano partidário e nacional.
5. A visita do Papa. É sempre um acontecimento uma visita do Papa - esta será a primeira de Bento XVI a Portugal - país laico, mas de maioria católica, cujas raízes culturais são obviamente cristãs. A preparação da visita está em curso e Maio está à porta. O tempo não pára e as dificul- dades do País não vão desaparecer. Infelizmente. Podem mesmo agudizar-se.
Sua Santidade chega a Portugal no momento talvez da maior crise moral que a Igreja atravessa desde há séculos. Com a União Europeia, a que Portugal se orgulha de pertencer, em crise, e com expectativas para sair dela bastante baixas. É oportuno, por isso, falar muito dos Evangelhos, da doutrina social da Igreja, dos pobres e desfavorecidos, deste mundo injusto, do diálogo inter-religioso, a favor da Paz - um país onde hoje coexistem todas as grandes confissões religiosas - da liberdade e dos desafios que ameaçam o nosso planeta. Oxalá o faça e seja ouvido. São os votos sinceros de um não crente.
por MÁRIO SOARES
1. Muitas pessoas sorriam com a campanha que os republicanos americanos faziam - e continuam a fazer - absolutamente indecente e imoral, contra o Presidente Barack Obama, a propósito da lei que propôs a "segurança na doença", que beneficia, em especial, um terço dos seus concidadãos, os que até agora não tinham meios para recorrer aos hospitais e, muitas vezes, escândalo dos escândalos, morriam na rua e, às vezes, à porta dos hospitais onde não eram atendidos, por falta de dinheiro…
Muitas pessoas não gostam de mudança e temem os visionários. Mas o pior não foi isso. Foi a acção generalizada do lobby fortíssimo dos interesses e, em especial, das companhias de seguros, que tudo fez para que a lei não passasse, chegando a acusar Obama de comunista e de émulo de Estaline… Imagine-se! Também o ameaçaram de morte e, num país como a América, uma ameaça deste teor não é nem pode ser entendida como uma figura de retórica. Os grandes interesses, quando querem defender o seu dinheiro, são capazes de tudo e não recuam perante nada. Não têm escrúpulos e esquecem os valores éticos. O Tea Party, animado pela antiga candidata à vice-presidência republicana Sarah Palin, tentou mobilizar os republicanos - e não só, por toda a parte - utilizando os argumentos mais reaccionários e vergonhosos…
Contudo, Barack Obama não recuou. Bateu-se como um leão e arriscou tudo por tudo, numa questão essencial para os seus compatriotas mais desfavorecidos, com persistência, determinação e valentia. Um dia antes, falei com um português, doutorado e professor na Universidade de Yale - que, aliás, era a favor da lei - mas que, seguramente influenciado pelo barulho das televisões e pela Internet, me disse, com muita pena, que a derrota de Obama era fatal como o destino. Não foi. Ouviu-se de novo: "Yes, we can!" E não só na América: no mundo inteiro.
Foi uma vitória das forças progressistas, daqueles que defendem valores humanos, as grandes causas da solidariedade e do humanitarismo, e acreditam que um mundo melhor é possível. Para esses, vale sempre a pena lutar!
Como alguns grandes jornais internacionais escreveram: "Obama entrou na História." Não foi por ter feito mais um discurso, generoso e lúcido. Foi por ter agido e, com a lei ora aprovada, ter aberto a milhões de americanos um caminho que os liberta da angústia da doença, quando não há dinheiro para se tratarem nem hospitais que lhes abram as portas, mesmo em casos de manifesta urgência. Uma vergonha sem nome!
Desde Theodore Roosevelt, 1901, início do século XX, que os americanos lutavam por uma lei que lhes garantisse tratamento na doença, concedido pelo Estado, a todos os cidadãos, sobretudo aos que não têm recursos, à semelhança do que acontecia na Europa escandinava e, um pouco mais tarde, no final da segunda grande guerra, na Inglaterra trabalhista, por iniciativa do ministro Aneurin Bevan. O presidente Bill Clinton, entre outros, teve de desistir, quando a quis propor, no início do seu mandato. Pois bem: Barack Obama conseguiu, com uma margem pequena, é certo, mas conseguiu!
Agora, pode continuar triunfante o seu extraordinário caminho, tanto na América como no mundo. Continuará a ter muitos inimigos, na América (visto que não desarmam) e no estrangeiro. Mas está provado que vai conseguir. As multidões dos seus amigos têm confiança nele. Na América e no mundo! E vão ajudá-lo, seguramente, cada vez mais. Quando o povo sabe o que quer e como lutar, nada é impossível!
2. Mas Obama não pára… Imediatamente depois de ter conseguido, no plano interno, a vitória do serviço de saúde, para todos, voltou-se para a política externa e conseguiu um acordo com a Rússia, que é extremamente importante: um passo mais na não proliferação das armas atómicas, limitando ambas as partes consideravelmente a produção dos respectivos arsenais nucleares. Foi muito importante e mais um sinal para o mundo. Mas é preciso ir mais longe: levar as Nações Unidas a proibir, para todos os países, a fabricação de armas nucleares e a reduzir e dificultar a venda de armas, quaisquer que sejam. Libertando-se, ao mesmo tempo, do complexo industrial-militar denunciado por Eisenhower.
3. A Europa está a mudar. Na semana passada, no Conselho Europeu, a União Europeia, apesar de paralisada e sem rumo certo, deu um pequeno passo em frente: conseguiu um acordo para salvar a Grécia. Realmente, se não houvesse acordo, seria o suicídio da União, dado o ataque especulativo ao euro que tem vindo a ser feito, por não haver uma estratégia concertada entre os 27 Estados membros - ou, ao menos, entre os países da Zona Euro - para defender a moeda comum europeia e vencer a crise.
Tem-se verificado entre os líderes europeus, como repetidamente tenho escrito nesta coluna, uma política egoísta e malsã de "salve- -se quem puder", de um nacionalismo primário, com desprezo pelas regras comunitárias da União que todos deviam observar: a igualdade, a solidariedade e o respeito mútuo entre todos os Estados membros.
Ora, cada vez mais se faz a distinção aberrante entre os Estados chamados grandes (leia-se, os mais ricos) e pequenos (os mais pobres ou, não o sendo, em pior situação financeira). Por isso, o Estado grego se tornou um caso paradigmático.
Sucede, no entanto, que para resolver a questão grega se recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que, sob a orientação de Dominique Strauss-Khan, está a tentar mudar o modelo económico-financeiro, até agora corrente, de tipo economicista fechado. Mas, claro, ignora-se ainda se o conseguirá. Todo depende, cada vez mais, dos Estados Unidos e dos outros seus parceiros extra-europeus e emergentes.
De qualquer forma, tendo a União Europeia de recorrer ao FMI para ajudar a Grécia, num momento crítico, demonstra a sua fraqueza no plano internacional. A Alemanha, o Estado economicamente mais poderoso da União, revelou um egoísmo e um desinteresse pela União que é muito preocupante. E, como o antigo ministro verde Joschka Fischer escreveu, num artigo recente, a Senhora Merkel abriu um perigoso precedente que lhe pode sair caro. Foi o contrário do que Kohl lhe deve ter ensinado. A actual coligação da Democracia Cristã, com os Liberais, não parece ser salutar para a Alemanha, como, talvez, as próximas eleições regionais venham a comprovar.
Os grandes Estados - a Alemanha, a França, o Reino Unido, a Itália - não se entendem entre si e estão a remeter-se a um nacionalismo que nada justifica. Vivem concentrados nas eleições e no desinteresse dos seus eleitorados respectivos, para além do imediatismo do momento presente. Não visam o futuro nem atendem à deriva da União, que, a continuar, nos conduzirá a uma irremediável decadência.
O Reino Unido só pensa nos seus interesses e nas próximas eleições (que os trabalhistas, surpreendentemente, talvez possam ganhar) e, além disso, não pertencem ao euro. A França acaba de perder as eleições regionais - em favor da Esquerda - e está em busca de um novo Norte. A Itália tem igualmente eleições regionais, que, a acreditar nos poucos jornais independentes, deveriam ser observadas pela ONU e fiscalizadas, dada a falta de qualidade democrática que revelam… Quanto aos países do Leste europeu, não vêem a Europa como nós. Ainda não tiveram tempo de se integrar na lógica da construção europeia. Aliás, nenhum dos líderes da "velha" Europa lhes deve ter falado nisso a sério…
Assim estamos, num momento difícil, a pensar tão-só nos deficits - com temor reverencial do Banco Central Europeu - mas com o seu presidente Jean-Claude Trichet, descontente, pela solução encontrada para a Grécia, de recurso ao FMI. Uma bofetada que ninguém esquecerá, no Banco Central Europeu e nas suas velhas "receitas monetaristas", que estão a passar de moda, pela força das coisas…
4. E Portugal? O PEC lá passou - mal - com declarações de voto significativas de alguns deputados do PSD, dos mais conhecidos. Foi uma vitória à Pirro, conseguida in extremis pelo PS, que vai pesar no futuro próximo.
Apesar de tudo, foi uma saída de cena digna e responsável de Manuela Ferreira Leite. Para chegar a este final (óbvio, para as pessoas sensatas), talvez não precisasse, nem devesse, ter atacado, antes, tão dura e desregradamente, o Governo e o PEC…
Enfim, o PSD tem um outro líder, Pedro Passos Coelho, jovem, mas com largo e persistente currículo partidário, que teve uma vitória esmagadora: mais de 61% dos militantes. Uma vitória mesmo apoteótica. Apesar disso, a sua vida de novo líder não vai ser fácil. Nem no plano partidário nem no nacional. Os tempos são duros e correm velozes, como mudanças aceleradas. Vamos ver. Apresento-lhe os melhores votos de sucesso, no plano partidário e nacional.
5. A visita do Papa. É sempre um acontecimento uma visita do Papa - esta será a primeira de Bento XVI a Portugal - país laico, mas de maioria católica, cujas raízes culturais são obviamente cristãs. A preparação da visita está em curso e Maio está à porta. O tempo não pára e as dificul- dades do País não vão desaparecer. Infelizmente. Podem mesmo agudizar-se.
Sua Santidade chega a Portugal no momento talvez da maior crise moral que a Igreja atravessa desde há séculos. Com a União Europeia, a que Portugal se orgulha de pertencer, em crise, e com expectativas para sair dela bastante baixas. É oportuno, por isso, falar muito dos Evangelhos, da doutrina social da Igreja, dos pobres e desfavorecidos, deste mundo injusto, do diálogo inter-religioso, a favor da Paz - um país onde hoje coexistem todas as grandes confissões religiosas - da liberdade e dos desafios que ameaçam o nosso planeta. Oxalá o faça e seja ouvido. São os votos sinceros de um não crente.
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