Soldados americanos retiraram balas de cadáveres

Investigadores afegãos concluíram que os soldados das forças especiais americanas forjaram provas do assassinato de cinco civis afegãos num ataque nocturno a 12 de Fevereiro e mentiram aos seus superiores quanto ao que se passou nessa noite.

Entre as vítimas encontravam-se duas mulheres grávidas, uma adolescente, um polícia e o seu irmão.

No domingo a NATO admitiu pela primeira vez responsabilidade por estas mortes. Inicialmente havia afirmado que as mulheres já se encontravam sem vida muito antes do ataque.
De acordo com um relatório de investigadores afegãos, os soldados teriam forjado provas, retirando as balas dos cadáveres das mulheres, de forma a dar a entender que já teriam morrido esfaqueadas antes do ataque, o que implicaria o envolvimento dos seus familiares nas suas mortes.

O jornal britânico ‘The Times’, que revelou estas informações, aponta para o facto de terem sido retiradas balas dos corpos das mulheres, de forma a esconder as verdadeiras causas das suas mortes.

Os corpos das mulheres tinham buracos e sinais de facadas e os investigadores sugerem que os militares terão lavado as feridas com álcool, antes de contar aos seus superiores a sua versão da história.

Esta segunda-feria, um elemento do departamento de comunicação da NATO já veio a público negar que as provas do crime tenham sido forjadas.