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Mensagem por Joao Ruiz Qua Abr 07, 2010 10:36 am

Tradições ancestrais

População de Carção continua a encomendar as almas

As gentes de Carção, em Bragança, saem à rua madrugada fora em cada Quaresma a encomendar as almas, num costume que ninguém sabe como começou nem se questiona porque de ano para ano se repete religiosamente.

O ritual está associado à época sagrada da morte de Cristo, mas são as pessoas do povo que intercedem directamente a Deus pelos seus que já partiram e por todas as almas que ainda não encontraram o caminho do Céu.
Um ritual à revelia da Igreja e dos sacerdotes que se vai perdendo nas aldeias transmontanas mas que em Carção se repete graças à persistência dos antigos e ao incentivo da jovem associação judia Almocreve que se dedica à recolha das tradições locais. Nesta aldeia do concelho de Vimioso, às quartas e sábado, durante a Quaresma, um grupo de homens e mulheres iniciam, à meia noite, um percurso de duas horas por doze encruzilhadas da aldeia. Em cada uma cantam pelas almas do Purgatório e por aqueles que já partiram e convidam a rezar pela mesma causa quem os ouve em casa.
Ao contrário de antigamente, a luz já ilumina as ruas e fez esmorecer o ambiente tenebroso que envolvia esta tradição em que ao som dos cânticos se acendiam candeias de azeite por detrás das janelas. Hoje em dia, vai aparecendo uma ou outra vela, mas já nem os xailes negros sobre as cabeças das mulheres conseguem manter o “segredo” de quem outrora encomendava as almas.
Os homens abandonaram as capas de pardo com que se cobriam e são eles que fazem temer a perda da tradição, como diz à Lusa Luísa Afonso.

Tradições ancestrais

“As mulheres ainda se juntam, o que vai faltando são homens, e são precisas as vozes deles”, lamenta aquela a quem cabe no ritual “deitar o cimo”. É a voz de Luísa que sobressai nos cânticos quando é preciso puxar, enquanto as outras, “as contras”, baixam o tom.
Desde pequenina que Luísa ia com a mãe encomendar as almas e quando não iam acompanhavam religiosamente a passagem do grupo, fazendo parar o tear enquanto se ouvissem as preces. “Isto já é tão antigo que talvez já nem os nosso avós se lembrem da origem”, responde Teresa Quina que não sabe quando começou nem o porquê desta tradição, uma questão que não preocupa quem a pratica. O importante “é a devoção”, garante Alcina Borges, de 77 anos, que este ano decidiu ser ela a mandar encomendar as almas para cumprir uma vontade que o marido não alcançou antes de morrer. Antes do ritual, a casa de Alcina enche-se de gente numa ceia à base de iguarias da terra que prepara os encomendadores para a caminhada que se segue.
“Começa sempre à meia noite, nunca procurei à minha mãe porque era isto” observa Luísa. Paulo Lopes da associação Almocreve só tem uma certeza da recolha que têm feito sobre esta tradição: “é realmente muito antiga, tem séculos”. São tradições como esta que ainda vão prendendo à terra alguns filhos emigrantes que fazem questão de passar férias nestas ocasiões na aldeia. E embora implique algum sacrifício para quem já tem alguma idade, Gualter Prada faz questão de participar no ritual para que não faltem homens, mas sobretudo para que “não se percam as tradições”.

M. Português, 2010-04-07

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Mensagem por Joao Ruiz Qui Abr 22, 2010 9:57 am

Alfaiate faz calças gigantes

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A peça tem mais 16 centímetros de cintura do que as calças do Imperador Gungunhana

Com 44 anos de experiência no mundo do corte e costura, António Francisco Pires, mais conhecido por «Jaleco», nunca tinha talhado umas calças com 146 centímetros de cintura, feitas à medida de uma cliente
“Nunca tinha feito umas calças tão grandes e já fiz calças para pessoas com bom físico”, conta o alfaiate.

Quando meteu mãos à obra, o alfaiate lembrou-se que a vestimenta poderia ser maior do que a réplica das calças expostas no Museu Militar de Bragança, pertencente a Gungunhana, Imperador de Gaza.

“Numa visita ao museu já tinha reparado no tamanho fora do vulgar daquelas calças. Conforme fui fazendo lembrei-me que estas ainda deviam ser maiores. Fui confirmar e verifiquei que ainda tinham mais 16 centímetros de cintura do que as do Gungunhana”, conta

As calças em causa têm 73 centímetros de perímetro na cintura, o que perfaz 146 centímetros. “O normal anda por volta dos 45, 50 ou, até, 55 centímetros. A partir de 60 centímetros já é uma barriga de respeito, agora 73 centímetros…”, acrescenta.

A par das medidas fora do normal na cintura, também a entre perna apresenta uma dimensão abastada, com 48 centímetros de perímetro, e 27 centímetros de largura no fundo, para ser proporcional ao resto das medidas. “Só no joelho é quase uma saia”, graceja.

O tamanho XXXXL obrigou mesmo o alfaiate a usar o pano de dois pares de calças com tamanho normal para fazer, apenas, uma vestimenta. “ Já tenho feito calças com 64 e 65 centímetros de perímetro de cinta e nunca precisei de utilizar o tecido de dois pares. Estas nem precisaram de emendas”, realça o artesão.

Como o trabalho de António Pires é feito à medida, só falta o cliente provar as calças, para que o alfaiate possa fazer o segundo par avantajado. “É um feito inédito na minha profissão, e já lá vão 44 anos”, concluiu “O Jaleco”.

Reinaldo Frederico Gungunhana nasceu em Gaza, em 1850 e morreu em Angra do Heroísmo (Açores), a 23 de Dezembro de 1906. Foi o último imperador de Gaza, actualmente Moçambique, e o último monarca da dinastia Jamine.

Cognominado o Leão de Gaza, o seu reinando estendeu-se entre 1884 e 1895, altura em que foi feito prisioneiro por Joaquim Mouzinho de Albuquerque, na aldeia fortificada de Chaimite. A administração colonial portuguesa decidiu condená-lo ao exílio em vez de o mandar fuzilar, como o fizera a outros.

Foi transportado para Lisboa, acompanhado pelo filho Godide e por outros dignitários. Após uma breve permanência naquela cidade, foi desterrado para os Açores, onde viria a falecer 11 anos mais tarde.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2010-04-21

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Mensagem por Joao Ruiz Ter maio 04, 2010 7:15 am

Barragem leva «Ilha dos Amores»

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Empreendimento compromete vários projectos culturais e de lazer

Alguns dos ex-libris turísticos de Ribeira de Pena vão ser afectados pela construção das barragens no Tâmega. Além da Ponte de Arame, que terá de ser deslocalizada, desaparecerá a «Ilha dos Amores», um local evocado na obra de Camilo Castelo Branco.

Se Camilo Castelo Branco ressuscitasse e regressasse a Friúme, em Ribeira de Pena, onde viveu durante pouco mais de um ano, e visitasse a \"Ilha dos Amores\", teria, porventura, um colapso. O acesso à idílica ilhota do Tâmega de que Camilo fala na sua obra e, onde, provavelmente, terá vivido o seu amor com a ribeirapenense Joaquina Pereira França, é quase impossível devido à vegetação que cresce desregrada.

Maria dos Anjos Barbosa, de 69 anos, familiar já muito afastada de Joaquina, com quem Camilo viria a casar, lamenta o actual estado do local, \"porque agora ninguém limpa nada\", mas guarda na memória, quando, na sua juventude, a ilha estava \"limpinha\" e para lá iam namorar e tomar banho. De combinação. \"Os nossos pais não nos deixavam andar descascadas\", recorda, a rir-se. A Ilha dos Amores, embora pouco acessível, faz parte da memória colectiva de Friúme e, pela sua associação a Camilo Castelo Branco, é um emblema turístico de Ribeira de Pena.

O local faz, aliás, parte do Roteiro Camiliano, uma iniciativa da Câmara, destinado a turistas e que inclui um conjunto de locais relacionado com a passagem do escritor pelo concelho. No entanto, se a barragem de Daivões, integrada na cascata de albufeiras prevista para o Tâmega e afluentes, for construída, o local ficará submerso.

Mas a Ilha dos Amores não é o único símbolo turístico de Ribeira de Pena que a barragem vai pôr em causa. A Câmara elaborou, aliás, um documento, onde elencou todo o património no âmbito da estratégia delineada para a o sector do turismo com o qual a barragem vai \"colidir\". A lista foi apresentada no âmbito do parecer que a Câmara remeteu ao Governo no âmbito do processo de discussão pública sobre a construção dos empreendimentos e que terminou no passado dia 14 de Abril. A decisão do Governo sobre a construção ou não deverá ser conhecida em Junho.

A barragem vai fazer desaparecer, pelo menos do sítio actual, a Ponte de Arame, um dos ex-libris. Com quase cem anos, a travessia foi a primeira ligação entre duas freguesias, Salvador e Santo Aleixo. Até então, a passagem era feita através de poldras. O problema é que no Inverno, o rio subia as populações ficavam isoladas. A ideia de construção da ponte foi de um pároco que, num Natal, decidiu passar o bacalhau para o outro lado da margem através de um cabo de arame e uma roldana. A ponte deverá ser deslocalizada.

Além disso, com a barragem vão também ficar comprometidos vários percursos pedestres, parques de lazer e campismo e a Rota do Pão, um projecto em desenvolvimento e que prevê a recuperação de 13 moinhos e um pisão. E também colidirá com o desenvolvimento da segunda fase do Pena Aventura Park, um projecto privado na área dos desportos de natureza.

O presidente da Câmara, Agostinho Pinto, acredita que o \"mal será menor, se a barragem tiver aproveitamento turístico\". O que o preocupa são os que vão ser desalojados.

Margarida Luzio in JN, 2010-05-04

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Curiosidades regionais Empty Ninguém quer viver em casas manchadas pelo crime

Mensagem por Joao Ruiz Dom Ago 08, 2010 5:48 am

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Ninguém quer viver em casas manchadas pelo crime

por JOANA CAPUCHO
Hoje

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As habitações onde ocorrem crimes sangrentos ficam, muitas vezes, vazias. Poucos gostam de comprar uma casa onde ocorreram mortes violentas. Mesmo que os preços desvalorizem muito, como é frequente, as pessoas resistem.

Especialistas explicam que é o medo mítico dos fantasmas que afasta potenciais novos proprietários. O castelo na Carqueja do 'rei Ghob' pode tornar-se em mais uma casa-fantasma, desabitada e sem interessados.

Um castelo gótico no pataco lugar de Carqueja, em São Bartolomeu dos Galegos (Lourinhã). Um jardim com figuras da Disney, como a Branca de Neve e os Sete Anões. Anjos e querubins em pedra. Câmaras de vigilância nos torrões. Réplicas de brasões medievais. Francisco Leitão, de 41 anos, conhecido como "rei Ghob", transformou a casa que herdou num castelo associado ao culto pagão.

O castelo que se destaca nas poucas casas que povoam Carqueja foi construído pelo "rei Ghob" nos últimos cinco anos, com sucessivos acrescentos. "Um indivíduo que vive num castelo é uma pessoa com características egocêntricas e narcisistas, que acredita ser superior aos outros", explica ao DN Francisca Rebocho, especialista em psicologia criminal, para quem a vontade de habitar um castelo demonstra que o rei do Gnomos é um indivíduo que "sente necessidade de chamar a atenção".

Segundo Francisca Rebocho, o castelo, as réplicas de brasões medievais e os gnomos são indícios da sua "aspiração monárquica". Pondo de lado a hipótese de devaneio, a psicóloga defende que "é narcisismo, mais do que delírio".

Carlos Poiares, docente de psicologia forense, acredita que o castelo de Francisco Leitão "é uma metáfora da sua vida e daquilo em que ele acredita". O psicólogo refere-se aos vídeos que o rei publicou na Internet, anunciando o fim do mundo. "Uma fortificação que engloba todas as defesas contra as invasões externas por ele anunciadas", reforça.

Se em Inglaterra existem multidões de mansões e castelos assombrados, em Portugal há casas que, na sua maioria por terem sido manchadas de sangue, se tornaram malfadadas. Essas casas desvalorizam e, ainda assim, a sua venda é difícil. "Há maior dificuldade na venda de habitações onde ocorreram crimes violentos: se as pessoas souberem o que aconteceu, não vão querer viver nessa casa. Mas isto depende da sensibilidade de cada um", diz ao DN Luís Lima, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Mediação Imobiliária (APEMI).

Moita Flores, especialista em investigação criminal, refere que a dificuldade na venda dessas habitações "está relacionada com a multiplicação do medo da morte, da violência, da ausência de alegria". "As pessoas têm medo de estar nos sítios onde os crimes aconteceram. Isto está relacionado com o pensamento mítico que ainda se mantém de que o fantasma da pessoa que morreu apareça e provoque estragos imensuráveis", esclarece Carlos Poiares.

Quando o suicídio ocorre em casa, a habitação também passa a ser mal olhada e, por isso, desvalorizada.


MORADIAS DE MORTE


Praia da Luz

Ninguém compra o apartamento de Maddie

O imóvel, pertencente a uma inglesa, foi colocado à venda, em 2008, por 200 mil euros, mas só tem havido interessados em vê-lo por curiosidade. Excursões desde o Norte do Pais chegaram a incluir o local nos seus programas. O apartamento nº. 5 A do resort The Ocean Club, situado na Praia Luz, no concelho de Lagos, de onde a inglesa Madeleine McCann, de três anos, desapareceu misteriosamente na noite de 3 de Maio de 2007 quando passava férias com os pais e os dois irmãos, também menores, continua fechado e à venda, desde Agosto do ano seguinte por 200 mil euros, embora já não exista placa informativa no local. O mediatismo mundial em torno do caso "não retira valor nem o dá" ao imóvel, de rés-do-chão e tipologia T2, localizado a cerca de 200 metros da praia, dizem ao DN empresários do sector imobiliário.

José Manuel Oliveira

Vale de Ílhavo

Casa onde Tó-Jó matou os pais foi comprada, mas voltou ao mercado


No dia 12 de Janeiro de 1999, a localidade de Vale de Ílhavo, no concelho de Ílhavo, acordou com uma verdadeira cena de terror: Tó-Jó, de 23 anos, assassinou brutalmente os pais, um conhecido médico, Jorge Machado, e a esposa, Maria Fernanda. No dia do último eclipse solar do ano, o número 60 da Rua Prior Valente, em Vale de Ílhavo, ficou manchado de sangue. O casal foi morto com dezenas de facadas e houve, ainda, tentativa de pegar fogo ao local. Houve teorias de que o crime se tinha ficado a dever a um ritual satânico. A moradia estava inacabada. Cerca de cinco anos depois foi comprada. Os compradores, que são ainda os proprietários, acabaram a construção. Mas o DN soube que já fizeram várias tentativas para vender a habitação. "Dizem que os donos não se sentem bem lá", conta uma vizinha.


Joana Capucho, em Aveiro


Borralheira

Café da Borralheira mudou de dono, mas continua a funcionar

Em Novembro de 2007, o Café Regional, localizado na principal rua da localidade da Borralheira, concelho da Covilhã, tornou-se notícia nacional. Era o local onde João Inácio, um homem de 42 anos, tinha sido encontrado morto. Estava atado às grades da janela e às jantes de um carro.

O café encerrou mas reabriu depois. José Cruz Reis foi o homem que decidiu arrendar. "Esse assunto aqui não é comentado. As pessoas querem esquecer. Não sei se este local lhes traz, ou não, lembranças", explica. Já Valdecir Bittencourt, o homem que em 2007 explorava o espaço, assume que os acontecimentos daquela noite mudaram a sua vida. "Se aquilo não tivesse acontecido, provavelmente ainda estava no café. Mas de 30 quilos de café que eu vendia mensalmente, passei a vender menos de cinco", conta.

Catarina Canotilho, Fundão


Bairro de Santa Eugénia

Casa onde agente imobiliária foi morta voltou ao mercado de aluguer


18 meses depois do crime, que abalou a cidade viseense, o andar onde a agente imobiliária foi encontrada morta está de novo no mercado de arrendamento.
Dulce Moreira, agente imobiliária, foi encontrada morta num 5.º andar de um prédio do Bairro de Santa Eugénia, pelo próprio filho, a 15 de Dezembro de 2008.

Preparava-se para alugar o apartamento a um potencial cliente que a terá, alegadamente, degolado.

Anabela Nunes, agente imobiliária da cidade e testemunha no julgamento, confirma que o andar "esteve vazio" mas actualmente não sabe se foi alugado. Na vizinhança, ninguém gosta de falar do assunto. São necessários muitos telefonemas para encontrar a resposta. "A casa foi alugada e voltou ao mercado. O proprietário não pode arcar com os prejuízos pelos disparates dos outros", conta o proprietário de uma imobiliária na Ribeira.

Amadeu Araújo, em Viseu


S. Xisto

Aldeia mantém três habitantes após metade da população ter sido assassinada

Encavalitada no Douro, desde cedo que S. Xisto, em S. João da Pesqueira, cujas casas fazem jus ao nome, viu partir os seus. A aldeia, que já teve 40 habitantes, chegou a 2005 com apenas sete. A meio da tarde de 21 de Janeiro de 2005, de uma só vez morreram quatro habitantes: Augusto Vila Real, de 60 anos, Alice Ribeiro, 64, Ernesto Ermida, 76, e Etelvina Lopes, 75. Em 30 minutos, metade da população foi dizimada por Augusto Vila Real, que nos tempos vagos disparava a caçadeira pelos montes. Movido pelos ciúmes, matou a mulher e três vizinhos. Do crime, que correu mundo, quase ninguém se lembra. Hoje "restam os três habitantes e os turistas", conta Adelino Nascimento, presidente da Junta de Freguesia de Vale Figueira. "A tragédia é a desertificação não a loucura de um homem. O que lá vai, lá vai."

Amadeu Araújo, em Viseu

Madragoa

Casa onde degolaram italiana nunca mais foi habitada

As águas-furtadas do n.º 98 da Rua das Madres (na Madragoa) não voltaram a ser habitadas desde que, há dois anos, foi lá assassinada Marilina, uma italiana de 39 anos. Maria Drisolina Anna Ciraudo foi degolada com um objecto contundente em Março de 2008 e, na altura, a notícia transformou aquela pacata zona da cidade de Lisboa num rebuliço, onde se instalou o medo. No prédio onde a jornalista foi morta, o 1.º andar é habitado por três rapazes entre os 20 e os 30 anos. Há três anos que vivem ali, acompanharam o que aconteceu, mas nunca lhes passou pela cabeça mudarem de casa. "A porta não foi arrombada e, pelo que se percebeu na altura, terá sido uma questão pessoal que levou àquela morte. Por isso, nunca tivemos necessidade de mudar", conta um dos jovens.

Isaltina Padrão

Cacém

Vivenda que serviu para tortura e homicídio continua mal frequentada

O cheiro nauseabundo e o quintal coberto de lixo e mato não deixam dúvidas a quem passa pelo número cinco da Rua Virgílio Lory, no Cacém, Sintra. Apesar de estar a poucos metros de uma das ruas mais movimentadas da cidade, a vivenda abandonada continua a atrair diversos tráficos e já foi cenário de uma longa sessão de tortura que culminou com a morte de um jovem de 27 anos.
Há quase um ano, dois irmãos angolanos sequestraram, torturaram e acabaram por matar um cabo-verdiano, alegadamente por acreditarem que este estava envolvido num assalto a um dos irmãos. Segundo se conta na rua, a casa esteve vazia e fechada até há cerca de dez anos ter sido assaltada. Desde então "é usada por sem-abrigo, traficantes e prostitutas", apesar "das limpezas" que a PSP efectua esporadicamente.

Luís Galrão, em Sintra

Vila Fria

Quinze anos depois, palco de triplo homicídio continua deserto mas já tem novo dono

As ervas pela entrada da casa e uma pintura a precisar de tratamento indiciam pouca utilização, mas Albina garante que todas as semanas por lá passa. "Para tratar das coisas, dos jardins e da casa. Porque agora é de uns amigos nossos", começou por explicar ao DN. Depois de 12 anos fechada, a casa onde ocorreu um dos mais graves homicídios que há memória no Minho, continua deserta. A mesma onde a 10 de Agosto de 1995 Rui Amorim matou, a golpes de machado e faca, os dois tios e o filho destes. A pacata freguesia de Vila Fria, Viana do Castelo, nunca mais foi a mesma. O tempo foi passando e o único filho vivo das vítimas emigrou para a Alemanha. "Quis vender a casa mas ninguém a comprou porque dizem que estava embruxada", confessa outro vizinho. Após 12 anos à venda, agora é propriedade de um emigrante em Andorra. Custou 125 mil euros. Uma pechincha, dizem.

Paulo Julião, em Viana do Castelo

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Curiosidades regionais Empty O último ferreiro de Vale de Frades

Mensagem por Joao Ruiz Qua Out 27, 2010 6:08 am

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Ernesto Pires

O último ferreiro de Vale de Frades

Ainda era criança quando começou a aprender a arte que o pai já tinha herdado dos seus antepassados. Ernesto Pires é o último ferreiro de Vale de Frades, no concelho de Vimioso.

Aos 77 anos, o artesão teima em manter viva a profissão de família, apesar do volume de trabalho ter vindo a diminuir e da saúde já lhe faltar para moldar o ferro.
“Ando aleijado já há alguns anos. Mas ainda divido o tempo no campo e na oficina. Sou o maior produtor de azeite de Vale de Frades. Na forja ainda vou fazendo uns trabalhitos, apesar das máquinas agrícolas terem substituído a maioria das ferramentas”, conta Ernesto Pires.

O ferreiro recorda os tempos árduos em que trabalhava com o pai. “Durante o Inverno começava-se a trabalhar ainda de noite e era até às tantas. O meu pai também tinha lavoura, então nos meses de Inverno marcava um dia para cada lavrador, chamávamos-lhe nós a frauga. Quando não se acabava naquele dia pegava-se no trabalho no dia seguinte”, explica Ernesto.

É um trabalho duro, por isso não teve seguidores. “ É dos trabalhos mais ingratos e mais forçados que existe, mas eu ainda me lembro da minha mãe me ir chamar à escola para vir dar ao fole. Naquele tempo, mal chegava à argola. Mas quando tinha para aí uma dúzia de anos comecei logo a trabalhar com o malho na bigorna”, salienta o ferreiro.

Ernesto Pires realça a influência da vizinha Espanha no trabalho desenvolvido pelo seu pai. Aliás, foi Ernesto que passou a salto a bigorna que tem na oficina. “O meu pai tinha uma terra junto à fronteira. Então meteu a bigorna dentro de uma saca e eu trouxe-a às costas para o lado de cá. Depois carregamo-la em cima de uma carroça e cobrimo-la com lenha, que era para os guardas não verem”, recorda o artesão.

Na oficina o trabalho não dava tréguas. Vinham pessoas de longe para arranjar as ferramentas com que trabalhavam a terra, o que, por vezes, obrigava a trabalhar até ao domingo. “Aos 12 anos, eu e o meu irmão já fazíamos trabalho de adultos”, lembra.

Numa visita à forja, Ernesto Pires mostra as máquinas que usa para moldar o ferro e enaltece que algumas foram criadas pelo seu pai, que apesar de não saber ler nem escrever, “era um homem inteligente”. “Antigamente aqui os arados eram de madeira, mas em Espanha começaram a fazer de ferro. Então o meu pai, mais conhecido pelo Tio Carriço, viu e fez os primeiros arados de ferro aqui na aldeia”, recorda o artesão.

Ernesto Pires recorda os tempos em que o trabalho era de sol a sol e afirma que a dureza do trabalho afasta seguidores.

A par das ferramentas, na forja desta família também era feita a circunferência em ferro para encaixar as rodas das carroças de animais. “Foi ele [pai] que criou a máquina para fazer a circunferência com o ferro”, acrescenta.
A par da profissão de ferreiro, Ernesto também aprendeu a arte de ferrador. Era na forja que fazia as ferraduras que usava para “calçar” os animais. Hoje, apesar da saúde já não o ajudar, ainda mostra como se ferra um animal para proteger os cascos.

A forja comunitária também foi construída pela Junta quando o “Tio Carriço” adoeceu e teve que parar durante uns tempos. “Na altura, vinha cá um ferreiro de Avelanoso fazer o trabalho. Depois eu e o meu irmão seguimos as pisadas do meu pai”, conta Ernesto Pires.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2010-10-25
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Mensagem por Joao Ruiz Qui Dez 02, 2010 8:07 am

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Vale da Pena

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Partem os jovens… permanecem os «velhos»

Numa encosta protegida pelo sol guarda Vale da Pena e as suas gentes, que há muito “abandonaram” a aldeia.
Intimidada pela presença alheia, Maria Fernandes esconde a cara da objectiva, com receio de que algum mal lhe possa advir da conversa contrariada com estranhos às suas memórias.

Sem saber ler, não consegue verificar o logótipo na viatura do Jornal Nordeste e oculta-se sob as suas vestes negras. A picar abóboras para alimentar os suínos, esta senhora de 89 anos nasceu e criou-se para eleger Vale da Pena como última morada.

Situada no concelho de Vimioso, numa encosta propícia à lavoura, a aldeia, que conta, actualmente, com cerca de 40 residentes fixos, é uma terra deveras dada ao azeite. A trabalhar no campo, bem no interior do povo, estava um grupo de seis pessoas que varejava os olivais.

Aquilo que distingue Vale da Pena é, essencialmente, a sua situação geográfica. Ao declarar-se numa encosta, fá-lo em termos de clima, tornando-se mais vantajosa para os produtos hortícolas do que outras aldeias anexas. Um facto desvalorizado, já que poucos são aqueles que se dedicam à agricultura a tempo inteiro. “Se as pessoas que estão cá ainda fizessem alguma coisa com a terra, acho que sairiam bastante beneficiadas pelo facto de viverem numa encosta”, afirmava, quando, abruptamente, foi interrompida na conversa pela queda, demasiado próxima, de um ramo monumental.

Já Glória Pires nasceu em Vale da Pena, mas habita em Vimioso. Hoje, regressa para a apanha da azeitona e expõe o sentimento de tristeza que a invade sempre que regressa ao “deserto”. “Gostava de ver aqui mais pessoas porque quando venho cá sinto tristeza de ver a aldeia deserta, sem ninguém”, manifesta Glória, que há 18 anos trabalha no Lar de Pinelo como encarregada.

Aldeia conquistou condições, mas perdeu as pessoas que lhe davam ritmo e vida.

Ao longo das últimas décadas, a aldeia cuja padroeira é Nossa Senhora da Piedade, conquistou inúmeras condições, sobretudo, de habitabilidade, mas perdeu o mais importante, as pessoas que lhe davam ritmo e vida. Somente no Verão, consegue reconquistar parte desses tempos idos. “Modificaram-se as ruas, os esgotos, não havia telefone e, agora, há telefone, há luz, isso temos. Pronto, mas, mais do resto… Fizeram-se umas casas novas, mas estão desabitadas porque as pessoas estão para fora e só vêm de férias no mês de Agosto”, revelou Glória, referindo-se aos emigrantes e a outras pessoas da aldeia, que, ficando em Portugal, partiram em busca do sonho. Resumido, essencialmente, em melhores condições de vida.

É o caso de Nuno Pires, que rumou em direcção ao calor dos trópicos. Hoje, é o orgulhoso chefe de um restaurante nas Ilhas Canárias. O jovem de 28 anos regressa às origens, normalmente, quando se encontra de férias e fá-lo por vários motivos: para abraçar a família, para ver os amigos, para matar saudades da sua terra lusa, companheira de infância. “Fui embora pelas mesmas razões de toda a gente que parte. Falta de emprego, à procura de uma vida melhor e pela aventura, também”, confessa Nuno.

“Enquanto que a maioria dos jovens decidiu, por bem, partir, houve outros, poucos, que tomaram a decisão contrária. Arnaldo Martins é o exemplo de alguém que optou por ficar, apesar das contrariedades inerentes à sua permanência. “Dinheiro não há, pessoas, somos muito poucas, arranjar trabalho é complicado”, expõe. Com 49 anos, Arnaldo é pintor de profissão e trabalha por conta própria nas redondezas de Vale da Pena. Apesar das dificuldades e de certas privações, Arnaldo não desanima. “Há muita coisa que faz falta! Postos de trabalho, principalmente, que aqui quase não há. Mas, no momento de crise em que nos encontramos, uma pessoa não pode exigir muito”, afirma, ciente do estado de declínio a que a economia portuguesa chegou. “Batemos fundo”, ironiza, enquanto ajuda os familiares a executar o primeiro passo no processo de obtenção do azeite, a apanha da azeitona.


Bruno Filiena, Jornal Nordeste, 2010-12-02

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Curiosidades regionais Empty Vaca pulou a cerca foi à aldeia vizinha à procura de touro

Mensagem por Joao Ruiz Dom Dez 12, 2010 4:10 am

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Esperteza da vaca Mocha
Macedo de Cavaleiros



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Vaca pulou a cerca foi à aldeia vizinha à procura de touro

A história anda de boca-e-boca na aldeia de Podence e arredores. Uma vaca pulou a cerca do lameiro onde pastava, percorreu cerca de quatro quilómetros até à aldeia de Azibeiro, parou à porta de um touro e só parou de mugir quando o dono do boi abriu a porta ao touro. Já coberta pelo boi, a vaca regressou ao lameiro onde andava. O dono só soube dias depois quando o patrão do touro lhe contou a façanha e exigiu o dinheiro da cobrição.

Mocha tornou-se a vaca mais famosa de Podence e arredores, onde já anda na boca de toda a população. Estando em período de cio não precisou do dono para ir ao touro. Saltou a vedação do lameiro onde fora deixada pelo dono a pastar e meteu-se à estrada tomando o rumo da vizinha aldeia de Azibeiro, onde se encontrava o touro. De Podence, onde mora o dono da vaca, até Azibeiro, são uns três ou quatro quilómetros. E porque não é só com gestos que se conseguem os objectivos, esperta, Mocha não parou de mugir enquanto o dono do touro não lhe veio abrir a porta do estábulo. O dono do boi, Júlio Bragada, logo reconheceu a vaca, pertencente a Luís Carneiro, residente em Podence, que já ali a tinha levado noutra ocasião em estado semelhante.

Cumprida a «obrigação», a Mocha retomou, sozinha, o caminho do lameiro, onde o dono a deixara antes. Luís Carneiro não deu conta de nada e só no domingo seguinte é que soube da «proeza» da sua vaca através do dono do touro. Feitas as contas, ficou a estória que ambos não se cansam de contar aos vizinhos, pelo insólito que a acção da Mocha representa.

Esperteza da vaca Mocha não espanta veterinário

Apesar de considerar que não é muito normal acontecer, o atrevimento e a desenvoltura da vaca Mocha não espantam Pedro Barroso, um veterinário contactado pelo Semanário TRANSMONTANO. “As vacas quando andam com o cio ficam muito irrequietas e procuram o macho”, explica o especialista, revelando, aliás, que um dos sintomas do cio é o facto de as vacas andarem muito nesses dias. «Quando num rebanho não existe macho, usa-se, aliás, o chamado pedómetro, uma bracelete que é colocada na pata do animal e que contabiliza os passos que dá por dia. Quando estão com o cio andam o dobro ou o triplo», explica Pedro Barroso.

João Branco, Semanário Transmontano, 2010-12-10

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Curiosidades regionais Empty Bombeiros recebem herança e tornam-se empresários agrícolas

Mensagem por Joao Ruiz Seg Dez 13, 2010 9:29 am

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Veneranda de Castro Martins

Curiosidades regionais Bombeiros_freixo

Bombeiros recebem herança e tornam-se empresários agrícolas

Veneranda de Castro Martins doou a fortuna em imóveis e terrenos aos bombeiros de Freixo de Espada à Cinta.

Uma herança inesperada transformou os bombeiros de Freixo de Espada à Cinta em empresários agrícolas dispostos a tirar da terra o "desafogo financeiro" para servir a comunidade sem dependência dos subsídios dos Estado.

Uma benemérita da aldeia de Ligares decidiu deixar-lhes a sua fortuna em imóveis e propriedades agrícolas. Eles deitaram mão à enxada e converteram em terra fértil terrenos há anos ao abandono.

São 53 hectares de uma quinta em que muito do trabalho segue o lema do voluntariado. Contudo, estas terras também dão emprego a gente da zona. A quinta já beneficiou de apoios comunitários e será complementada com um projecto de turismo rural.

O comandante Sá Lopes, impulsionador deste trabalho na aldeia da benemérita, acredita que "a curto, médio prazo a quinta será auto-sustentável e contribuirá para a autonomia financeira dos bombeiros".

Para o presidente da Associação Humanitária dos Voluntários, Eugénio Tavares, o "balão de oxigénio" será a venda de outras partes da herança, como uma casa em Cascais e uma quinta na zona demarcada do Douro vinhateiro, em Barca D Alva.

Eugénio Tavares não avança números, fala apenas "num valor bastante elevado que garantirá a independência financeira dos bombeiros em relação a subsídios estatais".

"Vamos poder respirar de alívio", assegurou, adiantando que a primeira preocupação será a renovação da frota da saúde (ambulâncias). Com "bens tão valiosos", Eugénio Tavares acredita que esta herança é inédita no país e agradece a "feliz ideia da "menina" Veneranda de Castro Martins", que nunca casou nem tinha herdeiros.

Faleceu há pouco mais de doze meses, aos 86 anos. Foi a empregada que a acompanhou durante quase meia vida, Vitória Ferreira, que lhe deu a ideia, como contou a própria à agência Lusa.

Avistando um grande incêndio, Vitória comentou: "Com tanto trabalho que eles têm, nunca ninguém se lembra dos bombeiros e são eles que nos acodem." "Tens razão" foi a resposta que levou a benemérita a fazer o testamento.

Fez-se um contrato de arrendamento ainda em vida de Veneranda de Castro Martins. Há três anos os bombeiros começaram a trabalhar nas terras junto à aldeia - agora até são sócios de organizações agrícolas. Já plantaram 21 hectares de novo amendoal a somar a 13 de olival, cerca de três hectares de vinha, parte dela beneficiada (recebe subsídio), e nove hectares e meio de sobreiral.

Construíram um edifício de apoio com material reciclado de outras obras e ofertas, com mão--de-obra voluntária como a do bombeiro Ricardo Sapage, que dá o que sabe de construção civil.

O comandante quer aproveitar o espaço também para formação de bombeiros e espera ter já no próximo ano as condições necessárias.

Além disso, procura programas para financiar a adaptação da antiga casa da benemérita ao turismo rural, a pensar nos barcos que chegam com turistas do Douro. "Se a flor da amendoeira é um chamariz, nós vamos ter aqui um mar de amendoeiras", disse.

Parte da casa será convertida num espaço museológico dedicado aos bombeiros e à benemérita.

Para o comandante, "em tempos de crise a agricultura é que dá" e prova disso é que "já há muito tempo não via mexer tanto na terra como nestes últimos dois anos".

Além do voluntariado dos cerca de 70 bombeiros da corporação, há dois postos de trabalho fixos na quinta e são pagas jeiras [salários diários] como as das três jovens que estão a plantar o novo amendoal: Sílvia Vianês, Sónia Lopes e Mafalda Salgado.

Para as jovens, estas jeiras de algumas semanas são "uma oportunidade de irem ganhando alguma coisa em vez de estarem estarem em casa sem fazer nada e sem rendimentos". As três "estavam paradas" e o que ganham ali vai dando para se "orientarem". "Mais que não seja para comer. Já é bom", garantem.

Ionline, 2010-12-13
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Curiosidades regionais Empty Oliveira com 1098 anos certificada em Évora

Mensagem por Joao Ruiz Ter Fev 22, 2011 8:43 am

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Modelo matemático

Oliveira com 1098 anos certificada em Évora

Uma oliveira do Convento do Espinheiro, luxuoso hotel de Évora, recebeu ontem o certificado que estabelece a sua idade: 1098 anos. A datação foi atribuída pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a única entidade nacional com competência para certificar as idades centenárias e milenares das árvores.

Segundo o professor da UTAD José Luís Louzada, a idade foi apurada através do estudo dos padrões de crescimento da oliveira. \"Fez-se um modelo matemático, que relaciona a idade, para esta espécie, em condições mediterrânicas, com características do tronco como o perímetro e o raio\", explicou o responsável pela certificação.

Para o director do hotel, a oliveira é mais um motivo de interesse da unidade. \"Queremos sempre surpreender\", frisou Dinis Pires.


CM, 2011-02-22

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Curiosidades regionais Empty Idosos tomam conta dos filhos

Mensagem por Joao Ruiz Ter Abr 12, 2011 5:08 am

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Idosos tomam conta dos filhos

Residência não tem sequer saneamento básico

Aos 85 e 91 anos, Maria José e Manuel Xavier tomam ainda conta dos filhos, já com 52 e 56 anos, na pequena aldeia de Fonteita, Vila Real. Os idosos não se queixam da tarefa, mas a casa onde residem não tem sequer saneamento básico.

Dimas, de 52 anos, sofre de deficiência motora e psíquica, e Julieta, de 56, sofreu um acidente quando era jovem, que a deixou também com um atraso mental. A família conta com o apoio do Centro Social de Andrães, que lhe presta serviço domiciliário ao nível das refeições e cuidados básicos de saúde. Apesar da idade avançada dos filhos, o trato nesta habitação é peculiar.

\"Eles ainda são os meus meninos\", confessou Maria José ao Correio da Manhã. \"Quando os levamos ao médico, começam a chorar porque julgam que os estão a tirar de casa\", acrescentou.

Contudo, esta família ainda não tem casa de banho e a água na residência confina-se a uma torneira no quintal. \"Tomamos banho nu-ma bacia e temos de fazer as necessidades no terreno. Tenho de aquecer a água no fogão para dar banho aos meus filhos\", descreveu a octogenária. \"Gostávamos de ter uma casa de banho e água dentro de casa, mas não temos dinheiro\", lamentou. \"Enquanto tiver um pouco de saúde, os meus meninos ficarão aqui\", finalizou a mulher.

Almeida Cardoso in CM, 2011-04-12
In DTM

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Curiosidades regionais Empty Assaltaram «raspadinha» e podem ser apanhados em vez de ficarem ric

Mensagem por Joao Ruiz Qua Abr 20, 2011 9:11 am

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Prémios até 50 mil euros

Assaltaram «raspadinha» e podem ser apanhados em vez de ficarem ricos

Perto de 500 «raspadinhas» foram roubadas de um café de Bragança na madrugada desta segunda-feira, num assalto que dificilmente permitirá riqueza a quem as levou e que pode antes reservar a prisão como prémio.

Todas as \"raspadinhas\" dos diferentes jogos que oferecem prémios até 50 mil euros tinham desaparecido esta manhã, junto com mais cerca de oitenta euros que ficaram na caixa registadora do estabelecimento na rua do Loreto.

\"Não mexeram em mais nada, não há um risco, nada\", contou o proprietário à Lusa, que foi alertado ao início da manhã pela empregada que se deparou com a porta aberta mas sem sinais aparentes de destruição.

Segundo contou, os assaltantes retiraram apenas o canhão da fechadura, o único prejuízo material a somar aos mais de 500 euros que já tinha pago pelas \"raspadinhas roubadas\".

Mesmo que entre elas se encontre uma da sorte com um dos prémios máximos que podem ir de dez mil a 50 mil euros, conforme o jogo, quem as levou dificilmente conseguirá levantar o prémio.

Magno Gonçalves explicou que os agentes dos jogos, como ele, só pagam prémios em dinheiro directamente a quem apresenta bilhetes premiados com valores até 150 euros.

A partir deste montante, o prémio só pode ser reclamado na Caixa Geral de Depósitos ou no Departamento de Jogos da Santa Casa de Misericórdia, mediante identificação, o que, no caso, implicaria os assaltantes serem imediatamente identificados.

Segundo explicou, todas as \"raspadinhas\" estão numeradas e identificadas com um código que permite saber a que agente foram vendidas.

O proprietário do café assaltado vai participar o caso à SCML o que poderá ajudar a detectar os assaltantes mesmo se tentarem levantar premiadas com pequenos valores.

JN, 2011-04-19
In DTM

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Curiosidades regionais Empty Banda de Ribatua recebe distinção nacional

Mensagem por Joao Ruiz Qui maio 05, 2011 6:17 am

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Medalha de Mérito Cultural

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Banda de Ribatua recebe distinção nacional

A Banda Filarmónica de S. Mamede de Ribatua, no concelho de Alijó, foi distinguida, no passado sábado, com a Medalha de Mérito Cultural, entregue pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.

Com mais de dois séculos de trabalho ininterrupto, esta filarmónica tem dado um forte contributo para a formação de muitos jovens, que dão os primeiros passos na banda e decidem aprofundar os conhecimentos em escolas superiores de músicas. O gosto pela música leva outros a enveredarem por uma carreira profissional nesta área. “Há muitos profissionais no Exército, em Orquestras, há maestros que compõem e todos tiveram origem na banda”, enaltece o presidente da direcção da Banda Filarmónica de S. Mamede de Ribatua, João Cruz.

Com a atribuição deste galardão, Gabriela Canavilhas enaltece que pretende homenagear o trabalho de todas as bandas, que têm desenvolvido um trabalho notável em prol da formação musical. “É uma actividade centenária, que envolve milhares de músicos. Para além disso, são centros de formação musical de grande importância e ainda são as principais escolas de música em meios onde não existem conservatórios e escolas oficiais”, enaltece a governante.

Para dignificar o trabalho dos músicos que integram as filarmónicas, Gabriela Canavilhas anunciou que o PS vai propor na Assembleia da República a criação do Dia Nacional das Bandas Filarmónicas. Além disso, a ministra da Cultura também pretende instituir um prémio bianual para distinguir a melhor banda a nível nacional, bem como criar um programa de encomendas a compositores para as bandas filarmónicas, dando um novo impulso musical a este sector.

30 elementos aprendem a tocar instrumentos na Escola de Música e são o futuro da Banda de Ribatua

Com cerca de 50 músicos, a banda de Ribatua gravou, recentemente, o segundo CD, com um reportório variado e moderno, de forma a abranger um público alargado. Além disso, esta colectividade também já marcou presença em eventos de grande importância no estrangeiro, como é o caso do Festival Internacional de Bandas em Barcelona (Espanha) ou da presença junto da comunidade de Nova Iorque (Estados Unidos da América).

A nível nacional, esta filarmónica marca presença em romarias tradicionais de qualidade, mas também participa em concertos, destacando-se o espectáculo, marcado para o próximo mês de Junho, na Casa da Cultura do Porto.
Com 211 anos de vida, esta banda é comandada por um jovem. Valter Palma é o maestro da Filarmónica e da Orquestra Juvenil da Escola de Música da Banda, desde Outubro de 2009.

Aliás, é a Escola de Música garante o futuro da filarmónica. Actualmente, cerca de 30 alunos aprendem a tocar diferentes instrumentos, orientados por cerca de 10 professores, que são recrutados no seio da própria banda.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2011-05-05

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Curiosidades regionais Empty Celidónio é eremita há 20 anos e não sabe que país vai a votos

Mensagem por Joao Ruiz Seg maio 09, 2011 4:46 am

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Num local ermo de Babe

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Celidónio é eremita há 20 anos e não sabe que país vai a votos

Há meses que a crise, as legislativas e a troika fazem parte do dia da ida dos portugueses, menos do de Celidónio dos Santos que vive como um eremita, em Bragança, sem sequer saber que vai haver eleições.
“Quando as temos e eleições a quê? Destas é que não sabia”, foi a reacção deste homem com quase 76 anos, que vive sozinho numa quinta, num local ermo de Babe, a poucos quilómetros da cidade de Bragança.

Soube pela Lusa que a 5 de Junho há eleições legislativas antecipadas e do contexto que levou a este desfecho e ao pedido de ajuda externa sabe apenas que “querem tomar conta de nós”.

“Agora se é mentira, não sei”, rematou.

Celidónio vive sem luz, sem água canalizada e o único contacto que tem com o mundo é um rádio a pilhas que “já muito que não o liga” porque “anda sempre agarrado à enxada”.

Com uma grande ligação à quinta que construiu pedra a pedra arrastadas por si para fazer muros e suportes, há 20 anos que vive assim, numa casa inacabada, isolado num ermo, onde até um veículo todo o terreno tem dificuldade em chegar.

A sua companhia são quatro burros no rés do chão da casa, um cão e enxames de abelhas que coabitam com ele num amontoado de colmeias colocadas numa das três divisões do piso superior da casa, entre fardos de palha.

As outras duas divisões, com vista directa para o telhado são um quarto onde a cama se perde entre batatas espalhadas no chão e outros produtos, e a cozinha que se distingue pela chaminé envolvida por todo o tipo de material combustível.

Celidónio não pensa no risco que corre e que preocupa o conterrâneo José Alves que, cada vez que vai tratar um campo agrícola que tem naquela zona, chama por ele para “saber se está vivo”.

Uma equipa dos programas especiais da GNR visita este idoso também periodicamente, mas pouco pode fazer uma vez que até apoio domiciliário é quase impossível fazer chegar.

Um prato de comida quente é coisa rara para Celidónio que sobrevive à base de enlatados que compra quando vai a Bragança, uma vez por mês.

Sobe a pé até à aldeia de Babe, onde tem uma casa, prepara-se e vai de autocarro até à cidade.

Vive da reforma e dos subsídios que recebe pelas oliveiras, mas nunca lhe deram nada pelos burros.

Há uns anos vendeu um dos animais por 40 contos que lhe foram pagos com um cheque que guardou dentro de uma saca pregada na parede.

“Dali a 15 dias ia a Bragança levantar esse dinheiro, estava a saca rota no fundo e o cheque não estava lá, tiveram de ser os leirões (ratos), estava tudo ruído”, contou.

Casou mas foi boda de pouca dura e acabou por ir viver como um eremita depois de a irmã, com quem partilhava a casa de Babe, emigrar para França.

Diz que não tem medo de viver sozinho, até porque o caminho é de difícil acesso para ladrões, mas, pela primeira vez em muito anos, põe a hipótese de regressar ao “povo”, a Babe.

“Se tivesse a casa amanhada não estava aqui tanto tempo. Assim sou mais obrigado a estar”, disse, referindo-se aos sinais de degradação da casa da aldeia, onde “chove como na rua”.

Lusa, 2011-05-09

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Curiosidades regionais Empty Professor universitário era mulher fatal na Net

Mensagem por Joao Ruiz Qua maio 25, 2011 4:17 am

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Professor universitário era mulher fatal na Net

por DN.pt
Hoje

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Dois detectives acusados de ajudarem homem que destruiu a vida de duas famílias. Até coroas fúnebres enviava às vítimas.

Um professor universitário de Évora, de 40 anos, Miguel Mendes, começou ontem a ser julgado no Campus da Justiça, em Lisboa, pelos crimes de perturbação da vida privada, denúncias caluniosas, ameaças e danos que terá infligido pelo menos a duas vítimas, Vasco Pereira, funcionário da editora Assírio & Alvim, e Alexandre Coimbra, subcomissário da PSP.

In DN

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Curiosidades regionais Empty Cartomante burlão foi identificado em Vila Real e vai ser expulso do país

Mensagem por Joao Ruiz Sex maio 27, 2011 7:02 am

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Natural da Guiné Conacri

Cartomante burlão foi identificado em Vila Real e vai ser expulso do país

A PSP de Vila Real identificou um estrangeiro de 19 anos suspeito de burla de «milhares de euros», que vai ser expulso do país por se encontrar ilegal, anunciou hoje a polícia.

A ação dos polícias da Esquadra de Investigação Criminal (EIC) de Vila Real surgiu na sequência de uma queixa apresentada por uma mulher, que denunciou uma burla de alguns \"milhares de euros\" por parte do suspeito que, na companhia de outro homem, se dedicava à prática de cartomancia.

Após ter sido abordado pelos agentes policiais, o homem, natural da Guiné Conacri, foi conduzido ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras onde viu confirmada a sua detenção, por se encontrar em situação ilegal no território nacional.

O detido foi presente ao Tribunal Judicial de Vila Real, que lhe aplicou a pena de expulsão.

No decorrer do processo, foi ainda efetuada uma busca domiciliária ao apartamento dos suspeitos, onde foram apreendidos \"milhares de panfletos\" alusivos à sua atividade, além de extratos bancários referentes a transferências de elevadas quantias de dinheiro para bancos estrangeiros.

Segundo a PSP, os suspeitos, além de burlarem as pessoas, coagiam as vítimas através de ameaças para lhes extorquirem dinheiro, aproveitando-se do facto das mesmas se encontrarem fragilizadas psicologicamente.

A polícia alerta a população em geral para \"não se deixar enganar por indivíduos que se dedicam a esta atividade, que prometem cura para vários dos seus problemas\".


Lusa, 2011-05-27

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Curiosidades regionais Empty Duelo dos meninos transmontanos

Mensagem por Joao Ruiz Seg maio 30, 2011 10:51 am

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Duelo dos meninos transmontanos

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José Sócrates e Pedro Passos Coelho passaram infância em Vila real

O «Zézito», como ainda é chamado em Vilar de Maçada, Alijó, carregava o andor nas festas da terra e vestia-se de rei. O «Pedrinho» gostava de brincar no campo, em Vale de Nogueiras, Vila Real, e já mais tarde, ir com o pai aos comícios do PSD.

«O Zézito queria ser advogado. E agora vê-se que tem jeito para falar. Foi obrigado a ir para Engenharia», contou ao CM Fernando Morgado, primo de Sócrates. Os vizinhos da casa de Vilar de Maçada confirmam: «O rapaz falava pelos cotovelos mas não tinha mau feitio». E agora tem? perguntou o CM. «Ele também passou um mau bocado na adolescência e isso deixou-o mais amargo«, diz o primo. Nas férias de Verão, o «Zézito» não falhava as festas, trajado a rigor, às vezes de rei. «Ele já tinha jeito para reinar», comenta a rir a vizinha Margarida.

Em Vale de Nogueiras, Pedro brincou aos soldados com os irmãos mas na casa de Vila Real, Pedro cantava e lia no quarto. «Ele canta muito bem ópera. Tem uma bela voz de barítono», contou ao CM o pai do líder do PSD, António Passos Coelho, que teme agora a cantoria política.

«Como o País está, ele vai-se meter num grande sarilho», diz. «O «Pedrinho» sempre foi um bom menino e há-se ser um bom governante, se ganhar», diz a vizinha Laurinda. No liceu Camilo Castelo Branco, Pedro ainda é falado como um dos alunos que mais brilhou e mais ambição mostrou.

Manuela Teixeira / L.F.S com Lusa, 2011-05-30
In DN

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Curiosidades regionais Empty Vinho do Douro leiloado em Angola por 21.600 dólares‏

Mensagem por Joao Ruiz Dom Jun 12, 2011 10:37 am

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Vinho tinto Benfeito

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Vinho do Douro leiloado em Angola por 21.600 dólares‏

Nunca um vinho português foi arrematado por um preço tão elevado. Uma garrafa de 18 litros do vinho tinto Benfeito, produzido na Região Demarcada do Douro pela empresa Olivewine, atingiu o valor de 21.600 dólares, o que equivale a 14.800 euros.

O leilão decorreu no conceituado restaurante Oon.Dah, durante o jantar de lançamento do mesmo vinho em Angola. A receita do leilão reverte a favor do projecto de conservação da palanca negra, símbolo de Angola.

Chama-se Benfeito, foi produzido na Região Demarcada do Douro e foi leiloado em Luanda por um valor nunca antes obtido por um vinho português: 21.600 dólares. A receita reverte a favor da protecção da palanca negra, animal símbolo de Angola e em vias de extinção.
Nunca um vinho português foi arrematado em leilão por um preço tão elevado. Uma garrafa de 18 litros do vinho tinto Benfeito (2008), produzido na Região Demarcada do Douro pela empresa Olivewine, atingiu o valor de 21.600 dólares, o que equivale a 14.800 euros à conversão actual. O leilão teve lugar no famoso Restaurante Oon.Dah, de Isabel dos Santos, filha do Presidente da República de Angola, e a respectiva receita reverte a favor do projecto de conservação da palanca negra, que é levado a cabo pela Fundação Kissama. Criada em 1996 por um grupo de sul-africanos e angolanos preocupados com a situação dos parques nacionais de Angola e com a conservação dos recursos naturais do país, a Kissama tem como patrono o próprio José Eduardo dos Santos.
“Esta é uma notícia muito importante para os vinhos portugueses, mas sobretudo para a região do Douro. No rótulo do Benfeito, damos bastante ênfase à origem do vinho, sublinhamos que é feito na mais antiga Região Demarcada do mundo, actualmente reconhecida pela UNESCO como património da Humanidade”, sublinha Pedro Sequeira, enólogo que assina, juntamente com Ricardo Guerra, a autoria do “valioso” vinho.
A novidade “histórica” ganha ainda mais destaque, na medida em que, segundo dados do Instituto do Vinho e da Vinha relativos ao ano de 2010, Angola “é o principal destino dos vinhos portugueses, com um peso de 27 por cento em volume e 17 por cento em valor”. “Os resultados do leilão vão ajudar muito a impulsionar as vendas do vinho Benfeito, mas também dos restantes vinhos portugueses”, sustenta Ricardo Guerra.
Missão do Benfeito
Elaborado a partir de vinhas velhas, o Benfeito é um projecto que vai além da criação de um simples vinho: nasceu graças à vontade de quatro amigos – dois enólogos e dois investidores portugueses radicados em Angola -, que se uniram para criar uma empresa para produzir vinhos de terroir, marcados pelas características da origem Douro, mas com um objectivo, a exportação, e uma missão, apoiar causas sociais em cada país de destino.
O primeiro vinho Benfeito, uma série com 4500 garrafas, teve Angola como destino e como causa a preservação da palanca negra gigante, animal em vias de extinção (além do valor do leilão, a Olivewine contribuiu também com 5000 dólares para a Fundação Kissama). Na mira estão já outros mercados, como o Brasil e a China. Em cada país, a Olivewine promete associar-se a causas sociais mobilizadoras, direccionando para estas uma parte da venda das garrafas de vinho. Os vinhos Benfeito terão assim rótulos originais para cada país de exportação “de acordo com as causas locais às quais nos iremos associar, para desta forma ilustrar uma história e chamar a atenção do mundo para essas mesmas causas”, informa Ricardo Guerra.
O leilão da garrafa de 18 litros ocorreu durante o jantar de lançamento do vinho Benfeito em Angola, no qual estiveram presentes cerca de 100 individualidades angolanas, entre as quais Emídio Pinheiro, presidente do Banco BFA, e Karina Matos, filha do General João de Matos.
O valor atingido foi uma verdadeira surpresa para todos os envolvidos, incluindo Ricardo Guerra que se encontrava no jantar: “Fiquei surpreendidíssimo com a generosidade dos angolanos... A Palanca é o símbolo da nação, mas não estávamos à espera que os mobilizasse desta forma”.
A garrafa foi disputada durante quase uma hora por Manuel Silva, administrador do Populão, uma das maiores empresas de venda de vinhos a retalho em Angola, e Carlos Andrade, administrador da SeaTrade e um dos accionistas da Olivewine. A garrafa acabou por ser arrematada pelo primeiro. “Para a Palanca não há preço”, diz Manuel Silva, confessando que já colocou a nova garrafa junto da restante colecção privada de vinhos. “Esta garrafa [de 18 litros] é uma relíquia é uma garrafa que nunca foi vista em Angola”, comenta.
O leilão do Benfeito foi efectuado por uma dupla de comediantes muito conhecida em Angola, os irmãos Tunesa. Sensibilizados com a causa, os irmãos decidiram leiloar, numa gala que promoveram logo a seguir ao jantar do Oon.Dah, uma das duas garrafas de 3 litros que lhes foram oferecidas pela Olivewine. Quem a arrematou foi precisamente a mulher de José Eduardo dos Santos, por 5000 dólares (3425 euros).
A ideia de associar a criação de vinhos a causas sociais foi tão bem recebida em Luanda que a empresa Olivewine já foi contactada por um banco em Angola, para lançar outro vinho que se associe a novas causas. O vinho Benfeito é distribuído pela Atlanfina, holding do grupo Atlântica, uma das maiores distribuidoras de vinhos portugueses em Angola. A partir de agora, por cada garrafa vendida reverterá um dólar a favor da Fundação Kissama.


Notas:
Sobre o vinho Benfeito
O Benfeito (Palanca Negra) nasceu no Douro e é um vinho de grande estrutura com taninos presentes, mas finos e persistentes. Com 14,19 % vol. álcool, este vinho foi produzido a partir de diversas vinhas velhas, com mais de 80 anos, onde as diferentes castas estão plantadas na mesma vinha, tal como era comum na região, e onde predominam a Tinta Amarela, Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinto Cão. O Benfeito (Palanca Negra) é um vinho com muito carácter, com a concentração do Douro e a frescura característica do ano 2008.
Vinificação
A vindima ocorreu em Setembro e, após criteriosa escolha tanto na vinha como na adega, as uvas foram totalmente desengaçadas e esmagadas para depois irem para lagares de pedra onde foram pisadas durante 4 horas. Fermentaram depois em pequenas cubas de inox, com macerações prolongadas. O vinho estagiou durante 18 meses em barricas de carvalho francês, onde se realizou a fermentação maloláctica.
Notas de Prova
Cor carregada. Aromas muito complexos e subtis: ameixa preta, notas de especiarias, com predominância da pimenta preta e cravinho, balsâmico como a vegetação duriense, terroso e com aroma mineral a pedra molhada. Pleno de carácter do Douro. Na boca é vivo e elegante, com estrutura muito bem definida, longo e complexo, conjugando concentração e frescura em grande harmonia. Termina muito persistente. Grande potencial de envelhecimento.

• Sobre a Palanca Negra
A Palanca Negra Gigante (Hippotragus niger variani) é o animal ícone de Angola. A própria Selecção Nacional de Futebol tem o nome de “Palancas Negras”. Esta espécie animal, endémica de Angola, existe somente na província de Malanje, na Reserva Natural do Luando e no Parque Nacional de Cangandala. Graças aos seus cornos extraordinários, a palanca negra gigante (Hippotragus niger variani) é frequentemente considerada como o mais belo e nobre de todos os antílopes do mundo. Contudo, este é um dos grandes mamíferos mais raros e com uma distribuição geográfica muito restrita, limitada a algumas áreas adjacentes ao rio Kwanza. Em função da sua raridade, a palanca negra gigante foi incluída na lista de espécies sob protecção absoluta (Classe A) pela Convenção para a Protecção da Fauna e Flora Africana, em 1933.


, 2011-06-08
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Curiosidades regionais Empty Observação de aves apontada como complemento ao turismo

Mensagem por Joao Ruiz Seg Jun 13, 2011 11:20 am

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Tese de Paulo Travassos

Observação de aves apontada como complemento ao turismo

A observação de aves poderá ser um complemento económico e turístico para as regiões do interior, num país que acolhe cerca de 250 espécies de aves, das quais 180 são frequentadoras habituais dos céus nacionais, defende um investigador.

A tese foi defendida por Paulo Travassos, investigador do Laboratório de Ecologia Aplicada da Universidade de Trás-os--Montes e Alto Douro (UTAD), no decurso da Festa das Aves que hoje termina em Vila Chã da Braciosa, concelho de Miranda do Douro.

\"É importante trazer as pessoas a estes locais de observação de aves para poderem observar de perto as espécies que por vezes só vemos em documentários televisivos\", acrescentou o investigador.

Lusa, 2011-06-13

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Curiosidades regionais Empty Férias em Trás-os-Montes

Mensagem por Joao Ruiz Qua Ago 24, 2011 7:13 am

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Férias em Trás-os-Montes

Presidente da Assembleia da República esteve uma semana de férias num solar.

Nasceu em Valpaços, Trás-os-Montes, há 54 anos, e é à sua terra que torna sempre que precisa de repor energias. Assunção Esteves passou a última semana na Quinta da Mata, um solar do século XVII que alia o rústico ao conforto.

Sozinha, a presidente da Assembleia da República alternou os dias entre a piscina e o jardim. \"Ela costuma procurar o nosso espaço para descansar. A maior parte do tempo esteve a ler, mas quando foi abordada pelos outros hóspedes foi sempre muito simpática\", revela Filinto Morais, proprietário da Quinta da Mata.

Assunção Esteves abandonou o local ontem, cerca das 14 horas. Hoje retomou ao trabalho com a conferência dos líderes parlamentares.

NOITE CUSTA 100 EUROS

Assunção Esteves pagou 700 euros pela sua estada no solar, acrescidos de alimentação. \"Ela adora a nossa cozinha, por isso fez questão de comer cá todos os dias\", revela Filinto Morais. Os seguranças, que acompanharam a presidente da Assembleia, não dormiram no solar.

, 2011-08-24
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Curiosidades regionais Empty Vacas na Trindade distribuem leite à população

Mensagem por Joao Ruiz Qua Set 28, 2011 9:52 am

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Vacas na Trindade distribuem leite à população

por Lusa
Hoje

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A estação de metro da Trindade, no Porto, foi hoje transformada numa espécie de vacaria e sete vacas leiteiras foram ordenhadas para distribuir meias de leite à população, apesar dos problemas eléctricos terem atrasado a oferta da bebida quente.

"Que cheiro a vaca. Vou chegar à escola e dizer que vi vacas na Trindade. Isto é muito fixe, nunca tinha visto vacas no meio da cidade", comentava à saída do metro uma jovem estudante, ao deparar-se com vacas malhadas a serem ordenhadas.

A iniciativa "Meia de leite directa" é a primeira acção do "Manobras no Porto", um projecto cultural que arranca hoje no Porto, e tem o objectivo de trazer o mundo rural à cidade e fazer refletir as pessoas sobre os ritmos e o estilo de vida urbana.

Mel, 311, 325, 289, 353, 336 e a 195 são os nomes das sete vacas eleitas para estarem entre palhas, deitadas na Trindade ao longo do dia de hoje.

Estima-se que cada uma produza entre 30 a 40 litros de leite, disse à Lusa Filipe Soares, sócio-gerente da vacaria Vale de Leandro, na Maia.

O leite recolhido é fervido para ser misturado com café e oferecido à população, mas algumas falhas de electricidade atrasaram a distribuição gratuita das doses de meias de leite.

"As vacas trabalham, mas a máquina de café está com alguns problemas técnicos", confirmou à Lusa Leonor Matos, que começou a entregar os primeiros copos de leite à população portuense pelas 08:00 e que estima tirar "pelo menos 500 meias de leite" durante a manhã, na iniciativa que se prolonga até às 15:00.

"Acho fascinante a iniciativa. Nunca tinha visto vacas leiteiras", confessou à Lusa Ricardo Azevedo, 17 anos, enquanto saboreava uma meia de leite direta a fumegar.

Patrícia Teixeira, mãe de dois rapazes de 12 e oito anos, chega ao metro da Trindade em stress para levar os filhos à escola. O mugido das vacas e a operação da ordenha fazem-na parar por escassos minutos, para observar pedaços da vida rural, que hoje invadem a cidade.

"Acho uma boa iniciativa, porque nunca tinha visto vacas na cidade, ainda por cima na Trindade", comenta aquela mãe, enquanto ouve o filho mais novo, Reinaldo Oliveira, a pedir para ordenhar uma das vaquinhas leiteiras.

Em declarações à Lusa, José Carretas, da Panmixia Associação Cultural e autor do projecto "Meia de leite directa", afirmou que registou alguma "perplexidade" nas pessoas, quando se depararam com a iniciativa.

O objectivo de quebrar o ritmo da normalidade citadina foi atingido, garante.

A intervenção da "Meia de leite directa" é o mote para o arranque do "Manobras no Porto", que promete cinco dias de animação distribuídos por 164 eventos diversos.

Os miradouros da Vitória e Sé e o Passeio das Virtudes são os três "palcos" principais do "Manobras", que termina no domingo, com um mega piquenique no Jardim das Virtudes, pelas 12:00, onde a população é convidada a levar o farnel e a partilhar uma refeição na cidade.

In DN

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Curiosidades regionais Empty Artesão de 82 anos constrói replicas de monumentos

Mensagem por Joao Ruiz Dom Out 30, 2011 12:12 pm

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Artesão de 82 anos constrói replicas de monumentos

por José Luís Sousa da agência Lusa
Hoje

Um artesão da Figueira da Foz, antigo trabalhador da construção civil, constrói minuciosas replicas à escala de monumentos e edifícios emblemáticos da cidade, cumprindo, apesar de reformado, um horário de trabalho diário.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2091146&seccao=Centro

Manuel Silvestre, 82 anos, ladrilhador reformado, deixou a profissão mas não deixou de trabalhar, cumprindo na sua pequena oficina um horário que chega às 12 horas diárias, para dar corpo a reproduções de edifícios como a Câmara Municipal, a ponte da Figueira da Foz, a Casa do Paço ou o Castelo Engenheiro Silva, entre outros.

"Venho para aqui todos os dias, sábados, domingos, feriados. Não tenho feriados, o patrão não me paga os feriados", brinca.

O senhor Sintra, como é conhecido - foi buscar a alcunha ao concelho onde nasceu - radicou-se na Figueira da Foz há 48 anos e, nos últimos três dedicou-se às réplicas de edifícios, depois de aceder a um pedido de uma neta para que construísse, em madeira, a casa do Noddy, um personagem de desenhos animados.

Daí evoluiu para monumentos da cidade e confessa que se entusiasmou: leva já oito reproduções realizadas, a maioria de dimensão apreciável, construídas a partir de materiais reciclados de obras, de plásticos a bocados de madeira e cartão.

Cestos da roupa e suportes de loiça transformam-se em janelas e escadarias e velhos baldes estão "mesmo a jeito" para as curvas dos edifícios, explica.

Actualmente tem em mãos o Casino Oceano mas o mais custoso de construir, até ao momento, foi o Palácio Sotto Mayor, quase seis meses da ideia à concretização e inúmeras deslocações ao local, retratadas em fotografias mas também na memória do artesão.

"Tenho muitas fotografias. Mas vou lá muitas vezes ao pé porque há pormenores que a fotografia não apanha", esclarece.

Entre as maiores dificuldades que encontrou na reprodução do Sotto Mayor, aponta as "peças miudinhas e os muitos pormenores" do edifício, construído no início do século XX para ser residência de verão do seu abastado proprietário da altura.

"Mas se vou fazer tem de ser o que lá está ou não faço. Por isso é que ele tem a aceitação que tem, é uma coisa doida, nunca esperei", disse Manuel Silvestre.

A obra do artesão esteve, recentemente, em exposição pública no Casino local e mereceu "reações muito boas" dos visitantes.

"As pessoas falam comigo, perguntam pelos materiais, pelos custos que tenho. E perguntam se sou arquiteto? Sou, sou arquiteto de assentar azulejos e mosaicos, tijolos e reboco", referiu, aludindo à sua antiga profissão.

Vender a coleção é que está, para já, fora de causa: "Já me quiseram comprar o Castelo Engenheiro Silva mas não se vende nada por enquanto. Não tenho ordem para vender", gracejou Manuel Silvestre.

In DN

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Curiosidades regionais Empty Dulce Pontes mudou-se para Bragança

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Nov 12, 2011 11:35 am

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Prepara novo disco

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Dulce Pontes mudou-se para Bragança

A cantora portuguesa Dulce Pontes escolheu a freguesia de Samil para morar. A artista trocou a zona de Setúbal pelo Nordeste Transmontano e afirma que foi bem recebida na região. Em entrevista à Brigantia, Dulce Pontes afirma que está a trabalhar no novo projecto com músicos da Galiza e em Bragança está próxima de Espanha, o que lhe permite trabalhar em casa.

“Eu ando sempre a saltitar, mas em Portugal. Neste momento estou a trabalhar com músicos da Galiza e faz todo o sentido esta proximidade, até porque eu gosto de trabalhar em casa, e estou-me a sentir bastante bem e estou mais próximo é diferente do que ir eu para a Galiza. Prefiro estar em Portugal, assim estou pertinho e estou-me a sentir bem”, garante a artista.

Dulce Pontes afirma que se sente bem em Bragança e considera que esta mudança foi na altura certa para preparar o novo trabalho discográfico.

“Depois quando começar o corrupio já vai ser mais complicado estar por cá, mas nesta fase de gravações, estarei entre aqui, Setúbal, Arraiolos, onde tenho um moinho de água muito agradável restaurado”, confessa Dulce Pontes.

A cantora afirma que não gosta da confusão das grandes cidades e garante que se sente muito melhor no campo. Dulce Pontes realça que gosta do contacto com a terra e que vai buscar inspiração à natureza.

“Sempre gostei do contacto com a terra, não sou grande lavradora, mas já plantei muitas vezes e gosto desse contacto, faz-me bem. Dá-me inspiração e, sobretudo, dá-me muita calma e fica-se em forma. Para mim ver uma simples couve a crescer dá-me inspiração”, salienta a cantora.

Brigantia, 2011-11-09
In DTM

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Curiosidades regionais Empty Foi descoberto na aldeia de Frades do Rio e tem mais de três quilos

Mensagem por Joao Ruiz Ter Nov 15, 2011 9:52 am

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Cogumelo gigante em Montalegre

Foi descoberto na aldeia de Frades do Rio e tem mais de três quilos

Um cogumelo gigante, com mais de três quilos, foi descoberto na aldeia de Frades do Rio, no concelho de Montalegre. José de Jesus fazia um passeio matinal quando se deparou com esta \"raridade\" com mais de três quilos.

José de Jesus cedeu o cogumelo gigante ao Ecomuseu de Barroso-Espaço Padre Fontes. Este aldeão costuma apanhar cogumelos todos os anos, mas nunca pensou encontrar algo deste tamanho.

Durante um passeio pela manhã, numa zona de carvalhos, José de Jesus descobriu «um níscaro gigante» que estava «um pouco camuflado» na vegetação, numa espécie de «abrigo», um local «onde a chuva e frio não chegam» o que, segundo o aldeão, pode ter contribuído para o grande crescimento.

O mais insólito é que uns dias antes, José de Jesus tinha encontrado também um cogumelo com dimensões maiores do que o comum, mas dessa vez a \"raridade\" foi parar ao prato deste \"caçador de cogumelos\".

Este não é caso único em Montalegre. Maçãs maiores do que o habitual, com mais de 800 gramas, apareceram também no quintal de Miguel Oliveira, numa macieira à qual nem dá muita atenção. Com tantas \"raridades\", será que vai aparecer mais alguma surpresa em Montalegre? É esperar para ver...

TSF, 2011-11-15

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