Silva & Silva, a empresa de rating político de Belém
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Silva & Silva, a empresa de rating político de Belém
Silva & Silva, a empresa de rating político de Belém
Ultimamente tem-se falado muito do papel duvidoso das empresas de rating que com a sua actuação têm promovido a especulação no mercado, há quem questione as reais intenções dos dirigentes destas empresas e em que medida a sua actuação não visa favorecer alguns investidores.
Se compararmos a actuação destas empresas com a do Palácio de Belém chegamos à conclusão que a actuação da Presidência da República tem muito de semelhante com os promotores da especulação nos mercados financeiros, até vai mais longe pois em vez de actuações pontuais temos estado perante uma actuação contínua e, pior ainda, além de estimular a especulação tem mesmo ido mais longe promovendo a conspiração, como sucedeu com o envolvimento duvidoso do assessor de Belém na montagem da mentira das escutas a Belém.
Tal como as empresas de rating têm muito a ganhar também Cavaco Silva ganha ao enfraquecer sistematicamente a autoridade do governo centrando em si as atenções do país, desde que Cavaco é presidente que está a tratar da sua recandidatura a Belém. Tal como as empresas de rating podem estar a manipular os mercados em favor dos investidores, a actuação da Presidência da República tem favorecido sistematicamente o PSD, designadamente, desde que o lúmpen-cavaquismo do partido ascendeu à liderança com Manuela Ferreira Leite.
Se é verdade que algumas das classificações atribuídas a Portugal não correspondem em nada à evolução da realidade, também os movimentos especulativos promovidos por Belém não resultam de qualquer crise, é o próprio Cavaco que tem promovido a crise para depois a gerir em função dos seus interesses políticos, umas vezes agride, outras recua conforme as sondagens.
Veja-se o exemplo do aeroporto de Lisboa, Cavaco forçou o debate da localização promovendo estudos feitos com dinheiros da CIP para um ou dois anos depois vir questionar a obra. O que mudou entretanto? Nas contas do Estado não há nada de muito novo, o argumento da crise é fraco e a evolução da dívida pública nem foi tão significativa. Então porque razão Cavaco começa por questionar a localização e agora a própria obra? Quando o debate era por causa da OTA Cavaco aproveitou e promoveu os que eram contra a Ota, agora que o debate é em torno da construção Cavaco aproveita para juntar a sua voz contra a obra, dantes promoveu estudos, agora estimula procissões dos velhos do Restelo, vai reunir todos os ministros das Finanças que se dispõem ao papel, uns porque são do seu partido, outros porque estão ressabiados, outros porque ficaram desiludidos por Sócrates não lhes ter reconhecido um estatuto especial.
Não há diferença nenhuma entre as empresas de rating e a Presidência da República, as primeiras têm estimulado a especulação financeira e promovido a crise financeira, a segunda promove a especulação política e promove a crise política. Resta saber quais das duas têm provocado mais prejuízos a Portugal.
Publicada por Jumento
Ultimamente tem-se falado muito do papel duvidoso das empresas de rating que com a sua actuação têm promovido a especulação no mercado, há quem questione as reais intenções dos dirigentes destas empresas e em que medida a sua actuação não visa favorecer alguns investidores.
Se compararmos a actuação destas empresas com a do Palácio de Belém chegamos à conclusão que a actuação da Presidência da República tem muito de semelhante com os promotores da especulação nos mercados financeiros, até vai mais longe pois em vez de actuações pontuais temos estado perante uma actuação contínua e, pior ainda, além de estimular a especulação tem mesmo ido mais longe promovendo a conspiração, como sucedeu com o envolvimento duvidoso do assessor de Belém na montagem da mentira das escutas a Belém.
Tal como as empresas de rating têm muito a ganhar também Cavaco Silva ganha ao enfraquecer sistematicamente a autoridade do governo centrando em si as atenções do país, desde que Cavaco é presidente que está a tratar da sua recandidatura a Belém. Tal como as empresas de rating podem estar a manipular os mercados em favor dos investidores, a actuação da Presidência da República tem favorecido sistematicamente o PSD, designadamente, desde que o lúmpen-cavaquismo do partido ascendeu à liderança com Manuela Ferreira Leite.
Se é verdade que algumas das classificações atribuídas a Portugal não correspondem em nada à evolução da realidade, também os movimentos especulativos promovidos por Belém não resultam de qualquer crise, é o próprio Cavaco que tem promovido a crise para depois a gerir em função dos seus interesses políticos, umas vezes agride, outras recua conforme as sondagens.
Veja-se o exemplo do aeroporto de Lisboa, Cavaco forçou o debate da localização promovendo estudos feitos com dinheiros da CIP para um ou dois anos depois vir questionar a obra. O que mudou entretanto? Nas contas do Estado não há nada de muito novo, o argumento da crise é fraco e a evolução da dívida pública nem foi tão significativa. Então porque razão Cavaco começa por questionar a localização e agora a própria obra? Quando o debate era por causa da OTA Cavaco aproveitou e promoveu os que eram contra a Ota, agora que o debate é em torno da construção Cavaco aproveita para juntar a sua voz contra a obra, dantes promoveu estudos, agora estimula procissões dos velhos do Restelo, vai reunir todos os ministros das Finanças que se dispõem ao papel, uns porque são do seu partido, outros porque estão ressabiados, outros porque ficaram desiludidos por Sócrates não lhes ter reconhecido um estatuto especial.
Não há diferença nenhuma entre as empresas de rating e a Presidência da República, as primeiras têm estimulado a especulação financeira e promovido a crise financeira, a segunda promove a especulação política e promove a crise política. Resta saber quais das duas têm provocado mais prejuízos a Portugal.
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