China sofre epidemia de sífilis
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China sofre epidemia de sífilis
China sofre epidemia de sífilis
Prostituição e estigma social são as principais causas da doença sexualmente transmitida
2010-05-06
No entanto, o crescimento da doença não é algo que deve preocupar apenas quem está do outro lado do mundo. O estudo garante que a sífilis também se encontra em fase de emergência nos países ocidentais.
A verdade é que em nenhum país do mundo os números dispararam de uma forma tão extraordinária: 30 por cento mais de infectados por ano e apenas em 2008 registaram-se oficialmente mais de 278 mil novos casos, segundo o director do Centro Nacional para o Controlo de Doenças de Transmissão Sexual da China, Xiang-Shen Chen.
A doença estava erradicada quase completamente há mais de 50 anos, mas as alterações sociais e económicas do grande gigante asiático acabou por explodir com a sífilis e é provável que apareçam muitas outras doenças. Além disto, sabe-se que as pessoas com sífilis têm mais risco de adquirir e transmitir o vírus da SIDA.
Sexo, negócios e estigma
“A partir dos anos 80, quando a economia chinesa começou a basear-se cada vez mais no mercado, o número crescente de homens de negócios com dinheiro e de mulheres jovens sem possibilidades traduziu-se num aumento da oferta e da procura na indústria do comércio do sexo no país”, explicam os autores do artigo, dirigido por Joseph Tucker, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos.
As prostitutas e os homens homossexuais representam os grupos de maior risco. O problema não reside apenas no facto de terem relações sexuais sem protecção, mas sim porque grande parte deles (pelo menos um terço) são casados. Para piorar a situação, descartam recorrer a qualquer tipo de assistência sanitária por medo ou rejeição social, o que aumenta a probabilidade de transmitir a infecção às mulheres e filhos.
Joseph Tucker, investigador
Joseph Tucker, investigador
Apesar do grande crescimento desta potência económica, o progresso não foi acompanhado de avanços na saúde pública e por isto mesmo “o estigma social vinculado aos comportamentos de alto risco constitui um elemento dissuasor de implementação de programas de detecção”, lamentam os especialistas.
Para além da dificuldade em diagnosticar e tratar a doença, as prostitutas são vítimas de uma perseguição implacável que as impede de receber assistência sanitária, o que aumenta o risco de propagação. Além de multas de elevada quantia, correm o risco de serem colocadas em centros de reeducação em caso de serem detidas.
Sequelas irreversíveis
Os autores do artigo dão vários exemplos das consequências da rápida expansão da sífilis. “Em 2008 registou-se uma média de mais de um recém-nascido com sífilis por hora”, afirmam e acrescentam que “mais de metade das mulheres afectadas tem um aborto espontâneo ou uma morte fetal, e os bebés com sífilis congénita podem sofrer sequelas graves e irreversíveis, com taxas de mortalidade infantil superiores a 50 por cento”.
Os cientistas propõem ainda, como medida para reduzir os altos números da patologia, testes de diagnóstico rápido − caracterizados pelo seu baixo custo e pela possibilidade de se poderem usar em qualquer lugar.
Além de tudo, sublinham que é indispensável “um maior reconhecimento das infecções de transmissão sexual como problema de saúde pública, que o Governo renove o seu compromisso financeiro e que as organizações de apoio forneçam capacidade técnica”.
Prostituição e estigma social são as principais causas da doença sexualmente transmitida
2010-05-06
No entanto, o crescimento da doença não é algo que deve preocupar apenas quem está do outro lado do mundo. O estudo garante que a sífilis também se encontra em fase de emergência nos países ocidentais.
A verdade é que em nenhum país do mundo os números dispararam de uma forma tão extraordinária: 30 por cento mais de infectados por ano e apenas em 2008 registaram-se oficialmente mais de 278 mil novos casos, segundo o director do Centro Nacional para o Controlo de Doenças de Transmissão Sexual da China, Xiang-Shen Chen.
A doença estava erradicada quase completamente há mais de 50 anos, mas as alterações sociais e económicas do grande gigante asiático acabou por explodir com a sífilis e é provável que apareçam muitas outras doenças. Além disto, sabe-se que as pessoas com sífilis têm mais risco de adquirir e transmitir o vírus da SIDA.
Sexo, negócios e estigma
“A partir dos anos 80, quando a economia chinesa começou a basear-se cada vez mais no mercado, o número crescente de homens de negócios com dinheiro e de mulheres jovens sem possibilidades traduziu-se num aumento da oferta e da procura na indústria do comércio do sexo no país”, explicam os autores do artigo, dirigido por Joseph Tucker, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos.
As prostitutas e os homens homossexuais representam os grupos de maior risco. O problema não reside apenas no facto de terem relações sexuais sem protecção, mas sim porque grande parte deles (pelo menos um terço) são casados. Para piorar a situação, descartam recorrer a qualquer tipo de assistência sanitária por medo ou rejeição social, o que aumenta a probabilidade de transmitir a infecção às mulheres e filhos.
Joseph Tucker, investigador
Joseph Tucker, investigador
Apesar do grande crescimento desta potência económica, o progresso não foi acompanhado de avanços na saúde pública e por isto mesmo “o estigma social vinculado aos comportamentos de alto risco constitui um elemento dissuasor de implementação de programas de detecção”, lamentam os especialistas.
Para além da dificuldade em diagnosticar e tratar a doença, as prostitutas são vítimas de uma perseguição implacável que as impede de receber assistência sanitária, o que aumenta o risco de propagação. Além de multas de elevada quantia, correm o risco de serem colocadas em centros de reeducação em caso de serem detidas.
Sequelas irreversíveis
Os autores do artigo dão vários exemplos das consequências da rápida expansão da sífilis. “Em 2008 registou-se uma média de mais de um recém-nascido com sífilis por hora”, afirmam e acrescentam que “mais de metade das mulheres afectadas tem um aborto espontâneo ou uma morte fetal, e os bebés com sífilis congénita podem sofrer sequelas graves e irreversíveis, com taxas de mortalidade infantil superiores a 50 por cento”.
Os cientistas propõem ainda, como medida para reduzir os altos números da patologia, testes de diagnóstico rápido − caracterizados pelo seu baixo custo e pela possibilidade de se poderem usar em qualquer lugar.
Além de tudo, sublinham que é indispensável “um maior reconhecimento das infecções de transmissão sexual como problema de saúde pública, que o Governo renove o seu compromisso financeiro e que as organizações de apoio forneçam capacidade técnica”.
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