Demografia
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Demografia - Há mais de mil bebés que ninguém sabe onde nasceram
Há mais de mil bebés que ninguém sabe onde nasceram
por PATRÍCIA JESUS
Hoje
As estatísticas do INE sobre partos em Portugal mostram um aumento significativo de nascimentos em sítios que não são nos hospitais nem nos domicílios (de uma média de 123 nos anos anteriores passaram para 1106, em 2008). O instituto garante que os números estão correctos, mas não consegue explicar o fenómeno, que surpreende até os obstetras
O número de partos em locais que não hospitais e domicílios disparou no último ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), passou de uma média de 123 entre 2004 e 2007 para 1106 em 2008. Mais de mil bebés que ninguém sabe explicar onde nasceram. O INE admite que não consegue esclarecer que "outros locais" são estes, e os obstetras confessam-se surpreendidos e sem explicação para o fenómeno.
Aliás, conforme apurou o DN, o aumento inesperado está a ser exaustivamente discutido entre o INE e a Direcção-Geral da Saúde.
"Se o parto não é no hospital, nem em casa, sobram as ambulâncias", diz Silva Carvalho, presidente do Colégio de Obstetrícia da Ordem dos Médicos. Mas nas ambulâncias dos bombeiros nasceram apenas nove bebés em 2008, segundo o presidente da Liga Nacional dos Bombeiros, Duarte Caldeira.
Jorge Branco, director da Maternidade Alfredo da Costa, a maior do País, também tem dificuldade em justificar os números, colocando a possibilidade de ser um erro estatístico ou um engano dos funcionários que fizeram o registo dos recém-nascidos.
No entanto, o INE garante que não há erros. "Não houve qualquer alteração metodológica ou de outra natureza" , refere uma nota do departamento de estatística do instituto enviada ao DN.
Na resposta, os responsáveis do INE asseguram que os "dados sobre os partos segundo o local estão correctos". E explicam que nos registos "de nados-vivos e de fetos mortos existe um campo de preenchimento obrigatório sobre o local com três pontos a assinalar: domicílio; hospital/clínica e outro local". É a partir destes campos que são feitas as contagens."
A DGS, por sua vez, está a estudar as estatísticas. Até agora conseguiu apurar que os nascimentos se distribuem por todo o País, eliminando a hipótese de se tratar de um problema localizado.
O aumento de nascimentos fora dos hospitais - quer em casa quer noutros locais - preocupa o presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia, Luís Graça, que teme um aumento de complicações e consequentemente da taxa de mortalidade perinatal (ver texto ao lado).
In DN
por PATRÍCIA JESUS
Hoje
As estatísticas do INE sobre partos em Portugal mostram um aumento significativo de nascimentos em sítios que não são nos hospitais nem nos domicílios (de uma média de 123 nos anos anteriores passaram para 1106, em 2008). O instituto garante que os números estão correctos, mas não consegue explicar o fenómeno, que surpreende até os obstetras
O número de partos em locais que não hospitais e domicílios disparou no último ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), passou de uma média de 123 entre 2004 e 2007 para 1106 em 2008. Mais de mil bebés que ninguém sabe explicar onde nasceram. O INE admite que não consegue esclarecer que "outros locais" são estes, e os obstetras confessam-se surpreendidos e sem explicação para o fenómeno.
Aliás, conforme apurou o DN, o aumento inesperado está a ser exaustivamente discutido entre o INE e a Direcção-Geral da Saúde.
"Se o parto não é no hospital, nem em casa, sobram as ambulâncias", diz Silva Carvalho, presidente do Colégio de Obstetrícia da Ordem dos Médicos. Mas nas ambulâncias dos bombeiros nasceram apenas nove bebés em 2008, segundo o presidente da Liga Nacional dos Bombeiros, Duarte Caldeira.
Jorge Branco, director da Maternidade Alfredo da Costa, a maior do País, também tem dificuldade em justificar os números, colocando a possibilidade de ser um erro estatístico ou um engano dos funcionários que fizeram o registo dos recém-nascidos.
No entanto, o INE garante que não há erros. "Não houve qualquer alteração metodológica ou de outra natureza" , refere uma nota do departamento de estatística do instituto enviada ao DN.
Na resposta, os responsáveis do INE asseguram que os "dados sobre os partos segundo o local estão correctos". E explicam que nos registos "de nados-vivos e de fetos mortos existe um campo de preenchimento obrigatório sobre o local com três pontos a assinalar: domicílio; hospital/clínica e outro local". É a partir destes campos que são feitas as contagens."
A DGS, por sua vez, está a estudar as estatísticas. Até agora conseguiu apurar que os nascimentos se distribuem por todo o País, eliminando a hipótese de se tratar de um problema localizado.
O aumento de nascimentos fora dos hospitais - quer em casa quer noutros locais - preocupa o presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia, Luís Graça, que teme um aumento de complicações e consequentemente da taxa de mortalidade perinatal (ver texto ao lado).
In DN
Última edição por João Ruiz em Qui Dez 03, 2009 2:17 pm, editado 2 vez(es)
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Demografia
É por essa falta de acompanhamento que, numa fase aguda, bebés nascem em ambulâncias. Mas claro que isso só se passava no tempo do outro senhor. Hoje já é natural e não notícia...
Viriato- Pontos : 16657
94 mil novos portugueses em apenas três anos
94 mil novos portugueses em apenas três anos
por CÉU NEVES
Hoje
Só em 2009, foram aceites 40 254 novos cidadãos portugueses. Um número muito superior ao habitual, que se deve à alteração da lei e dos requisitos exigidos.
"Considero Portugal como se fosse o meu país. A nacionalidade foi para me sentir completamente integrada." São as razões de Natália Tarasenko para pedir a nacionalidade portuguesa, o que obteve em 2009. Ela e mais 40 244 cidadãos estrangeiros num só ano. E, desde que a lei mudou, a 15 de Dezembro de 2006, 93 668 estrangeiros passaram a ter um BI português, agora Cartão do Cidadão.
Quase cem mil imigrantes a obter a nacionalidade portuguesa em três anos é um recorde. Isto num país que registava poucas naturalizações: 7066 em 2006 e 3802 em 2005. Só que a realidade mudou e, além do fluxo migratório ter aumentado significativamente nos anos 90, as alterações à lei facilitaram todo o processo.
Diminuiu para seis anos o período de residência mínima obrigatória em para obter a naturalização, independentemente do país de origem, e deu-se uma maior importância ao local de nascimento (jus solus). Por exemplo, é atribuída a nacionalidade portuguesa aos filhos dos estrangeiros, em que pelo menos um dos pais já nasceu em Portugal.
E o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (Administração Interna) deixou de instruir os pedidos de aquisição da nacionalidade por naturalização e só emite um parecer, passando esta competência para as conservatórias do registo civil (Justiça).
Natália Tarasenko é russa e tem, agora, a dupla nacionalidade, o que também acontece com os brasileiros, a comunidade que obteve um maior número de naturalizações no último ano. Mas esta é, também, a mais expressiva em termos numéricos: 106 961 brasileiros imigrados.
Seguem-se os naturais de Cabo Verde, de Angola, da Moldávia e da Guiné-Bissau, por ordem decrescente.
"É natural haver mais pedidos de brasileiros, quer dizer que as pessoas estão integradas e que querem estar em pé de igualdade com os nacionais. A nacionalidade portuguesa permite-lhes , por exemplo, concorrer à função pública", justifica Gustavo Behr.
As vantagens em ter um BI português não pesaram no pedido de Natália. Chegou a Portugal no dia 30 de Julho de 2001, tinha 26 anos e um curso de serviço sociocultural. E, como a maioria das imigrantes, começou como empregada doméstica. "Queria mudar de vida e tinha amigos que me contaram boas histórias de Portugal, mas a primeira experiência não correu muito bem", conta.
Trocou este primeiro emprego pelo de empregada de balcão, numa livraria, até que entrou para o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. "Comecei a minha aventura em Portugal há quase nove anos e considero que é o meu país", diz.
O teste de português foi fácil
A cidadã russa e portuguesa apenas tem uma irmã na Rússia, vivia em Maykob, uma cidade perto do mar Negro, daí que apenas viaje até ao país de origem de três em três anos. Aproveita "as férias para conhecer Portugal e outros países europeus". Vai tentar trazer a irmã mais nova de férias.
Residir legalmente há mais de seis anos em Portugal e passar um teste de língua portuguesa foram duas condições essenciais para se tornar portuguesa (ver caixa). "Foi demasiado fácil, a senhora falava muito devagar e dizia para escrevermos sem vírgulas e pontos, o que eu achei estranho", lembra Natália.
O números dos novos portugueses têm vindo a crescer de forma acentuada. Em 2007, a nacionalidade portuguesa foi concedida a 16 205 cidadãos, tendo sido indeferidos 346 pedidos; em 2008, a 37 218 estrangeiros, recusados 1840 requerimentos; e, em 2009, a 40 245 pessoas, tendo sido indeferidos 2992 pedidos.
In DN
por CÉU NEVES
Hoje
Só em 2009, foram aceites 40 254 novos cidadãos portugueses. Um número muito superior ao habitual, que se deve à alteração da lei e dos requisitos exigidos.
"Considero Portugal como se fosse o meu país. A nacionalidade foi para me sentir completamente integrada." São as razões de Natália Tarasenko para pedir a nacionalidade portuguesa, o que obteve em 2009. Ela e mais 40 244 cidadãos estrangeiros num só ano. E, desde que a lei mudou, a 15 de Dezembro de 2006, 93 668 estrangeiros passaram a ter um BI português, agora Cartão do Cidadão.
Quase cem mil imigrantes a obter a nacionalidade portuguesa em três anos é um recorde. Isto num país que registava poucas naturalizações: 7066 em 2006 e 3802 em 2005. Só que a realidade mudou e, além do fluxo migratório ter aumentado significativamente nos anos 90, as alterações à lei facilitaram todo o processo.
Diminuiu para seis anos o período de residência mínima obrigatória em para obter a naturalização, independentemente do país de origem, e deu-se uma maior importância ao local de nascimento (jus solus). Por exemplo, é atribuída a nacionalidade portuguesa aos filhos dos estrangeiros, em que pelo menos um dos pais já nasceu em Portugal.
E o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (Administração Interna) deixou de instruir os pedidos de aquisição da nacionalidade por naturalização e só emite um parecer, passando esta competência para as conservatórias do registo civil (Justiça).
Natália Tarasenko é russa e tem, agora, a dupla nacionalidade, o que também acontece com os brasileiros, a comunidade que obteve um maior número de naturalizações no último ano. Mas esta é, também, a mais expressiva em termos numéricos: 106 961 brasileiros imigrados.
Seguem-se os naturais de Cabo Verde, de Angola, da Moldávia e da Guiné-Bissau, por ordem decrescente.
"É natural haver mais pedidos de brasileiros, quer dizer que as pessoas estão integradas e que querem estar em pé de igualdade com os nacionais. A nacionalidade portuguesa permite-lhes , por exemplo, concorrer à função pública", justifica Gustavo Behr.
As vantagens em ter um BI português não pesaram no pedido de Natália. Chegou a Portugal no dia 30 de Julho de 2001, tinha 26 anos e um curso de serviço sociocultural. E, como a maioria das imigrantes, começou como empregada doméstica. "Queria mudar de vida e tinha amigos que me contaram boas histórias de Portugal, mas a primeira experiência não correu muito bem", conta.
Trocou este primeiro emprego pelo de empregada de balcão, numa livraria, até que entrou para o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. "Comecei a minha aventura em Portugal há quase nove anos e considero que é o meu país", diz.
O teste de português foi fácil
A cidadã russa e portuguesa apenas tem uma irmã na Rússia, vivia em Maykob, uma cidade perto do mar Negro, daí que apenas viaje até ao país de origem de três em três anos. Aproveita "as férias para conhecer Portugal e outros países europeus". Vai tentar trazer a irmã mais nova de férias.
Residir legalmente há mais de seis anos em Portugal e passar um teste de língua portuguesa foram duas condições essenciais para se tornar portuguesa (ver caixa). "Foi demasiado fácil, a senhora falava muito devagar e dizia para escrevermos sem vírgulas e pontos, o que eu achei estranho", lembra Natália.
O números dos novos portugueses têm vindo a crescer de forma acentuada. Em 2007, a nacionalidade portuguesa foi concedida a 16 205 cidadãos, tendo sido indeferidos 346 pedidos; em 2008, a 37 218 estrangeiros, recusados 1840 requerimentos; e, em 2009, a 40 245 pessoas, tendo sido indeferidos 2992 pedidos.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Ninguém sabe porque é a freguesia com mais mulheres
Ninguém sabe porque é a freguesia com mais mulheres
por GUILHERME SOARES
Hoje
Em São João do Souto, 68% dos habitantes são do sexo feminino. Até o café mais tradicional da terra, o d'A Brasileira, é gerido por três jovens empresárias.
Falam sem pressa, Maria Adelaide, de 81 anos, e Manuela Castro, de 77, naquele largo antigo com o mesmo nome da freguesia e não sabem ainda que é em S. João do Souto que existe a maior percentagem de mulheres do país, segundo dados dos últimos censos.
Maria Adelaide, antiga funcionária pública, vive lá há 47 anos, na Rua de Janes, e quando a reportagem do DN a aborda para comentar o facto, é com total surpresa que o acolhe: "Ai sim? Não fazia a mínima ideia, que engraçado. Mas vêm-se muitos homens por aí!", aponta entre sorrisos.
É a mais pequena freguesia de Braga (0,22 km2) e forma com as vizinhas Sé e Cividade a esmagadora maioria do centro histórico. Tem 932 habitantes, 636 do sexo feminino, 296 do masculino, o que configura a mais alta taxa de mulheres numa freguesia em Portugal (68,2%). A média nacional é de 52% de mulheres, "Não sabia, não tinha esse percepção, está a dar-me uma novidade", admite o presidente da Junta, José Ferreira (ver caixa).
Na família, José Ferreira também vive rodeado de mulheres. "Julgo não ser habitual, mas em 10 netos, oito são raparigas", revela. "Temos de nos pôr à tabela, se não elas tomam conta disto tudo", atira em tom de brincadeira.
Um passeio por S. João do Souto não demora muito tempo e sinais da feminilidade a mais não abundam. Maria Adelaide garante que aquela não é uma freguesia mais limpa e cuidada, mais airosa e aprazível, mais coscuvilheira e mais beata.
Tal como Maria Adelaide, a sua amiga Manuela, professora de desenho e trabalhos manuais reformada, também viúva e a viver sozinha, lamenta, antes, o envelhecimento do centro histórico e a sua desertificação à noite." Vivem aqui alguns jovens casais, mas poucos, isto são casas pequenas, as que são reconstruídas são caras, a maior parte delas não têm garagem, não é fácil convencer os jovens a vir para cá assim", analisa Maria Adelaide.
Carminda Antunes, de 71 anos, não mora na freguesia, mas passa nela quase todos os dias. "Sempre ouvi dizer que isto são sete mulheres para um homem! Também lhe digo que se as mulheres têm todo o direito de trabalhar, para ajudar o marido, há algumas que são muito mandonas! São piores que os homens!", remata com força.
Já Aurora Carvalho, 46 anos, responde do lado de lá do balcão das "Frigideiras do Cantinho", naquele mesmo largo e tão somente o estabelecimento comercial mais antigo da cidade - desde 1796 a forrar estômagos de quem por ali passa sobretudo com a especialidade da casa, os circulares pastéis folhados com carne, como Júlio Dinis fez questão de mencionar no seu livro de contos Serões de Província, de 1870, "página 57", ostenta numa placa, a casa, a referida passagem.
Nada e criada na freguesia, Aurora é também apanhada desprevenida com a notícia. "Vivi aqui até os meus 12 anos e, realmente, naquela altura, havia mais raparigas do que rapazes na escola…", recorda, tentando interligar os factos.
Outro um sinal da presença feminina na freguesia é o tradiconal café d'A Brasileira. Na esquina da Rua de São Marcos com o Largo do Barão São Martinho, em pleno coração da cidade, lá está ela, a velha d'A Brasileira a garantir que o melhor café é o seu.
Mas esta "senhora" é uma personagem central na vida desta cidade minhota e, desde 2004, tem por companhia diária outras mulheres, três jovens empresárias que gerem o centenário (cumpre 103 anos em Março) café: Fátima, Elvira e Carolina Pinheiro.
E para a percentagem ser sensivelmente a mesma da verificada na freguesia (cerca de três mulheres para um homem), nem sequer falta o membro do sexo masculino, o irmão Fernando.
Naturais de Ponte da Barca, os irmãos Pinheiro acham curioso o facto, mas não conseguem estabelecer qualquer paralelo com o tipo de clientela.
Adquirida em 2004 pelo pai, Armindo Pinheiro, que ganhou o gosto pelo negócio da restauração nos quase 30 anos em que permaneceu emigrado no Brasil, onde ainda hoje tem algumas "lanchonetes" no Rio de Janeiro, A Brasileira foi alvo de importantes obras de restauro e modernização entre Setembro de 2008 e Março de 2009.
In DN
por GUILHERME SOARES
Hoje
Em São João do Souto, 68% dos habitantes são do sexo feminino. Até o café mais tradicional da terra, o d'A Brasileira, é gerido por três jovens empresárias.
Falam sem pressa, Maria Adelaide, de 81 anos, e Manuela Castro, de 77, naquele largo antigo com o mesmo nome da freguesia e não sabem ainda que é em S. João do Souto que existe a maior percentagem de mulheres do país, segundo dados dos últimos censos.
Maria Adelaide, antiga funcionária pública, vive lá há 47 anos, na Rua de Janes, e quando a reportagem do DN a aborda para comentar o facto, é com total surpresa que o acolhe: "Ai sim? Não fazia a mínima ideia, que engraçado. Mas vêm-se muitos homens por aí!", aponta entre sorrisos.
É a mais pequena freguesia de Braga (0,22 km2) e forma com as vizinhas Sé e Cividade a esmagadora maioria do centro histórico. Tem 932 habitantes, 636 do sexo feminino, 296 do masculino, o que configura a mais alta taxa de mulheres numa freguesia em Portugal (68,2%). A média nacional é de 52% de mulheres, "Não sabia, não tinha esse percepção, está a dar-me uma novidade", admite o presidente da Junta, José Ferreira (ver caixa).
Na família, José Ferreira também vive rodeado de mulheres. "Julgo não ser habitual, mas em 10 netos, oito são raparigas", revela. "Temos de nos pôr à tabela, se não elas tomam conta disto tudo", atira em tom de brincadeira.
Um passeio por S. João do Souto não demora muito tempo e sinais da feminilidade a mais não abundam. Maria Adelaide garante que aquela não é uma freguesia mais limpa e cuidada, mais airosa e aprazível, mais coscuvilheira e mais beata.
Tal como Maria Adelaide, a sua amiga Manuela, professora de desenho e trabalhos manuais reformada, também viúva e a viver sozinha, lamenta, antes, o envelhecimento do centro histórico e a sua desertificação à noite." Vivem aqui alguns jovens casais, mas poucos, isto são casas pequenas, as que são reconstruídas são caras, a maior parte delas não têm garagem, não é fácil convencer os jovens a vir para cá assim", analisa Maria Adelaide.
Carminda Antunes, de 71 anos, não mora na freguesia, mas passa nela quase todos os dias. "Sempre ouvi dizer que isto são sete mulheres para um homem! Também lhe digo que se as mulheres têm todo o direito de trabalhar, para ajudar o marido, há algumas que são muito mandonas! São piores que os homens!", remata com força.
Já Aurora Carvalho, 46 anos, responde do lado de lá do balcão das "Frigideiras do Cantinho", naquele mesmo largo e tão somente o estabelecimento comercial mais antigo da cidade - desde 1796 a forrar estômagos de quem por ali passa sobretudo com a especialidade da casa, os circulares pastéis folhados com carne, como Júlio Dinis fez questão de mencionar no seu livro de contos Serões de Província, de 1870, "página 57", ostenta numa placa, a casa, a referida passagem.
Nada e criada na freguesia, Aurora é também apanhada desprevenida com a notícia. "Vivi aqui até os meus 12 anos e, realmente, naquela altura, havia mais raparigas do que rapazes na escola…", recorda, tentando interligar os factos.
Outro um sinal da presença feminina na freguesia é o tradiconal café d'A Brasileira. Na esquina da Rua de São Marcos com o Largo do Barão São Martinho, em pleno coração da cidade, lá está ela, a velha d'A Brasileira a garantir que o melhor café é o seu.
Mas esta "senhora" é uma personagem central na vida desta cidade minhota e, desde 2004, tem por companhia diária outras mulheres, três jovens empresárias que gerem o centenário (cumpre 103 anos em Março) café: Fátima, Elvira e Carolina Pinheiro.
E para a percentagem ser sensivelmente a mesma da verificada na freguesia (cerca de três mulheres para um homem), nem sequer falta o membro do sexo masculino, o irmão Fernando.
Naturais de Ponte da Barca, os irmãos Pinheiro acham curioso o facto, mas não conseguem estabelecer qualquer paralelo com o tipo de clientela.
Adquirida em 2004 pelo pai, Armindo Pinheiro, que ganhou o gosto pelo negócio da restauração nos quase 30 anos em que permaneceu emigrado no Brasil, onde ainda hoje tem algumas "lanchonetes" no Rio de Janeiro, A Brasileira foi alvo de importantes obras de restauro e modernização entre Setembro de 2008 e Março de 2009.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Demografia
Na família, José Ferreira também vive rodeado de mulheres. "Julgo não ser habitual, mas em 10 netos, oito são raparigas", revela. "Temos de nos pôr à tabela, se não elas tomam conta disto tudo", atira em tom de brincadeira.
Resta saber se não será o senhor José Ferreira o causador de tal fenómeno, que tanto o preocupa!
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Porto envelhece e perde 16 habitantes por dia
Porto envelhece e perde 16 habitantes por dia
por ALFREDO TEIXEIRA
Hoje
Da população residente, 20,7% têm idade igual ou superior a 65 anos
A cidade do Porto perdeu uma média de 16 habitantes por dia ao longo de 2009. A taxa de natalidade está abaixo da média nacional e a da mortalidade acima daquela que é apresentada para o resto do País. Do total de residentes, 20,7% têm idade igual ou superior a 65 anos. Os problemas habitacionais são muitos, a taxa de desemprego é elevada, a população imigrante está a desaparecer e aumentam os problemas de toxicodependentes e sem-abrigo.
Estes são os principais problemas detectados pelo diagnóstico social do Porto que o conselho local de acção social encomendou à Universidade Católica. Perante um tão grande número de problemas, a principal conclusão que este estudo apresenta é a da necessidade de visões amplas e partilhadas, construídas segundo dinâmicas de hospitalidade interpessoal, interdisciplinar, interpro- fissional e interinstitucional. Na apresentação feita ontem, a vereadora do Conhecimento e Coesão Social da Câmara do Porto salientou que o capital de solidariedade existe e a cidade é rica em recursos humanos e materiais. A grande carência, na opinião de Guilhermina Rego, reside na falta de articulação entre todos os actores envolvidos.
Os dados encontrados pelos investigadores quanto à perda de população confirmam as tendências demográficas verificadas em anos anteriores. Em 2008, o Porto tinha 216 080 habitantes e já nessa altura era visível a perda de residentes em favor de concelhos contíguos. O contexto internacional de crise económica veio acentuar a situação em 2009, a nível das condições de fixação de pessoas em idade activa. Se os imigrantes residentes compunham as estatísticas, a verdade é que no ano passado até nesse grupo houve perda de população, sobretudo os de nacionalidade europeia.
Os rituais quotidianos continuam, contudo, a suportar a dinâmica urbana. Mesmo os não residentes e que procuram o Porto para trabalhar elegem-no como "a sua cidade" e consideram-se mesmo seus habitantes, sendo relevante os sistemas de acessibilidade e mobilidade neste contexto.
O grande desafio deste diagnóstico, designado "Porto Solidário", e que vai permitir construir um plano de desenvolvimento social da cidade, será o de ampliar o horizonte de oportunidades de convívio e de aprendizagem entre gerações, criando-se ao mesmo tempo condições através do intercâmbio entre instituições de apoio e de fomento com vista a um aumento da esperança de vida da população idosa. Será justamente nesta perspectiva que caberá ao "Porto Solidário" equacionar o desafio intergeracional no seio de uma estratégia de combate às situações de solidão não escolhida e de isolamento social.
Para tal terá de conseguir articular os recurso materiais e humanos "que carecem de melhor racionalização num quadro de gestão integrada e partilhada" num mesmo compromisso social.
In DN
por ALFREDO TEIXEIRA
Hoje
Da população residente, 20,7% têm idade igual ou superior a 65 anos
A cidade do Porto perdeu uma média de 16 habitantes por dia ao longo de 2009. A taxa de natalidade está abaixo da média nacional e a da mortalidade acima daquela que é apresentada para o resto do País. Do total de residentes, 20,7% têm idade igual ou superior a 65 anos. Os problemas habitacionais são muitos, a taxa de desemprego é elevada, a população imigrante está a desaparecer e aumentam os problemas de toxicodependentes e sem-abrigo.
Estes são os principais problemas detectados pelo diagnóstico social do Porto que o conselho local de acção social encomendou à Universidade Católica. Perante um tão grande número de problemas, a principal conclusão que este estudo apresenta é a da necessidade de visões amplas e partilhadas, construídas segundo dinâmicas de hospitalidade interpessoal, interdisciplinar, interpro- fissional e interinstitucional. Na apresentação feita ontem, a vereadora do Conhecimento e Coesão Social da Câmara do Porto salientou que o capital de solidariedade existe e a cidade é rica em recursos humanos e materiais. A grande carência, na opinião de Guilhermina Rego, reside na falta de articulação entre todos os actores envolvidos.
Os dados encontrados pelos investigadores quanto à perda de população confirmam as tendências demográficas verificadas em anos anteriores. Em 2008, o Porto tinha 216 080 habitantes e já nessa altura era visível a perda de residentes em favor de concelhos contíguos. O contexto internacional de crise económica veio acentuar a situação em 2009, a nível das condições de fixação de pessoas em idade activa. Se os imigrantes residentes compunham as estatísticas, a verdade é que no ano passado até nesse grupo houve perda de população, sobretudo os de nacionalidade europeia.
Os rituais quotidianos continuam, contudo, a suportar a dinâmica urbana. Mesmo os não residentes e que procuram o Porto para trabalhar elegem-no como "a sua cidade" e consideram-se mesmo seus habitantes, sendo relevante os sistemas de acessibilidade e mobilidade neste contexto.
O grande desafio deste diagnóstico, designado "Porto Solidário", e que vai permitir construir um plano de desenvolvimento social da cidade, será o de ampliar o horizonte de oportunidades de convívio e de aprendizagem entre gerações, criando-se ao mesmo tempo condições através do intercâmbio entre instituições de apoio e de fomento com vista a um aumento da esperança de vida da população idosa. Será justamente nesta perspectiva que caberá ao "Porto Solidário" equacionar o desafio intergeracional no seio de uma estratégia de combate às situações de solidão não escolhida e de isolamento social.
Para tal terá de conseguir articular os recurso materiais e humanos "que carecem de melhor racionalização num quadro de gestão integrada e partilhada" num mesmo compromisso social.
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
D. António Montes preocupado com a desertificação
«Desertificação pior que o desemprego»
D. António Montes preocupado com a desertificação
Entrevistado pela Renascença, D. António Montes lembra que há aldeias sem um único jovem, e também não há empregos para fixá-los.
Mesmo sem desemprego que se compare ao do litoral, há situações de pobreza. O Bispo de Bragança garante que se não fossem as instituições sócio - caritativas da Igreja ainda seria pior:
Nesta entrevista, o Bispo de Bragança lamenta ainda as recentes alterações à Lei que conduzem à desestruturação familiar. Para D. António Montes, num país onde a população está cada vez mais envelhecida, urgente era o Estado ajudar mais as famílias para que tivessem mais filhos... e os apoios podiam começar pelos impostos.
A Diocese de Bragança-Miranda tem mais de quatro séculos e meio de existência e corresponde, em território, ao distrito de Bragança. É das Dioceses que mais sofre com a desertificação populacional e a formação de leigos tem sido uma das prioridades pastorais, para contrariar a falta de sacerdotes. Uma realidade que, na opinião de D. António Montes, tem directamente a ver com a “falta de vivência cristã”.
Renascença, 2010-02-26
D. António Montes preocupado com a desertificação
Entrevistado pela Renascença, D. António Montes lembra que há aldeias sem um único jovem, e também não há empregos para fixá-los.
Mesmo sem desemprego que se compare ao do litoral, há situações de pobreza. O Bispo de Bragança garante que se não fossem as instituições sócio - caritativas da Igreja ainda seria pior:
Nesta entrevista, o Bispo de Bragança lamenta ainda as recentes alterações à Lei que conduzem à desestruturação familiar. Para D. António Montes, num país onde a população está cada vez mais envelhecida, urgente era o Estado ajudar mais as famílias para que tivessem mais filhos... e os apoios podiam começar pelos impostos.
A Diocese de Bragança-Miranda tem mais de quatro séculos e meio de existência e corresponde, em território, ao distrito de Bragança. É das Dioceses que mais sofre com a desertificação populacional e a formação de leigos tem sido uma das prioridades pastorais, para contrariar a falta de sacerdotes. Uma realidade que, na opinião de D. António Montes, tem directamente a ver com a “falta de vivência cristã”.
Renascença, 2010-02-26
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Demografia
João Ruiz escreveu:«Desertificação pior que o desemprego»
D. António Montes preocupado com a desertificação
Nesta entrevista, o Bispo de Bragança lamenta ainda as recentes alterações à Lei que conduzem à desestruturação familiar.
D. António, ás vezes, parece parvo. Pertence a uma instituição que exije, ao arrepio dos instintos normais dos homens (que diz ter sido produto divino), o celibato, ou seja, a castração dos seus membros. Se pensasse um bocadinho antes de falar só lhe ficava bem...
Viriato- Pontos : 16657
Re: Demografia
A Diocese de Bragança-Miranda tem mais de quatro séculos e meio de existência e corresponde, em território, ao distrito de Bragança. É das Dioceses que mais sofre com a desertificação populacional e a formação de leigos tem sido uma das prioridades pastorais, para contrariar a falta de sacerdotes. Uma realidade que, na opinião de D. António Montes, tem directamente a ver com a “falta de vivência cristã”.
Ou terá antes a ver com a teimosia em manter o celibato dos padres e com a teimosia em permanecer ligada(a Igreja Católica, claro) a conceitos medievos, sem qualquer sentido, nos dias de hoje?
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Demografia
Partos aumentamnos privados no primeiro trimestre
por DIANA MENDES
Hoje
Conforto, existência de seguros e acordos com subsistemas estão associados à subida, mas os nascimentos estão a diminuir
O número de partos nas unidades privadas subiu no primeiro trimestre de 2010, em comparação com o ano anterior. Apesar de Portugal estar a sentir um decréscimo da natalidade, que também foi evidente no sector privado em 2009, as unidades estão a registar subidas entre 10% e 60%, apurou o DN junto dos prestadores.
Luís Graça, médico que preside à Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal, refere ao DN que os números são distintos do sector público, "onde continua a baixar o número de nascimentos". Possíveis explicações são os contratos que algumas unidades têm com subsistemas de peso, como a ADSE, ou o facto de haver mais de dois milhões com seguros.
No Hospital da Luz, uma das unidades do grupo Espírito Santo, "estamos a sentir um aumento de 10%", conta ao DN Isabel Vaz, administradora do grupo. Em 2009, foram registados mais 300 partos do que em 2008, ano em que o total não ultrapassou os 1200. O conforto e a privacidade levam muitas mulheres ao privado, mas Isabel Vaz destaca ainda a oferta tecnológica dos cuidados.
Nos Lusíadas, unidade dos Hospitais Privados de Portugal, a subida foi de 60%. "Em 2009 fizemos 629 partos e este ano já fizemos 254", afirma José Miguel Boquinhas, administrador dos HPP. O que leva mais pessoas à unidade "é o facto de haver uma equipa forte de médicos e cuidados de qualidade".
A CUF Descobertas, da José de Mello Saúde, continua a ser a unidade privada onde nascem mais crianças, quase três mil ao todo por ano. Em 2009, a estatística revelou uma quebra para os 2654 partos. Só nos primeiros três meses deste ano, a unidade registou 214, mais 8% (mais 50 bebés) em relação a período homólogo.
O Hospital dos SAMS (para bancários) teve menos 200 partos em dois anos, mas já está a "subir 20% neste primeiro trimestre. "Fizemos 266 partos e podemos atingir mil, o que era habitual há alguns anos. Tem havido uma quebra, mas queremos acreditar que a procura vai subir, até porque este trimestre costuma ser dos que têm menos partos", diz o presidente dos Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), Rui Riso.
O grupo Trofa, que fez 900 partos em 2009, não traçou uma evolução em 2010. A Cruz Vermelha, outra unidade grande, contou 900 nascimentos em 2009, quando tinha quase "1600 há quatro anos", refere Pedro Magalhães. Este ano, os números estão estáveis.
In DN
por DIANA MENDES
Hoje
Conforto, existência de seguros e acordos com subsistemas estão associados à subida, mas os nascimentos estão a diminuir
O número de partos nas unidades privadas subiu no primeiro trimestre de 2010, em comparação com o ano anterior. Apesar de Portugal estar a sentir um decréscimo da natalidade, que também foi evidente no sector privado em 2009, as unidades estão a registar subidas entre 10% e 60%, apurou o DN junto dos prestadores.
Luís Graça, médico que preside à Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal, refere ao DN que os números são distintos do sector público, "onde continua a baixar o número de nascimentos". Possíveis explicações são os contratos que algumas unidades têm com subsistemas de peso, como a ADSE, ou o facto de haver mais de dois milhões com seguros.
No Hospital da Luz, uma das unidades do grupo Espírito Santo, "estamos a sentir um aumento de 10%", conta ao DN Isabel Vaz, administradora do grupo. Em 2009, foram registados mais 300 partos do que em 2008, ano em que o total não ultrapassou os 1200. O conforto e a privacidade levam muitas mulheres ao privado, mas Isabel Vaz destaca ainda a oferta tecnológica dos cuidados.
Nos Lusíadas, unidade dos Hospitais Privados de Portugal, a subida foi de 60%. "Em 2009 fizemos 629 partos e este ano já fizemos 254", afirma José Miguel Boquinhas, administrador dos HPP. O que leva mais pessoas à unidade "é o facto de haver uma equipa forte de médicos e cuidados de qualidade".
A CUF Descobertas, da José de Mello Saúde, continua a ser a unidade privada onde nascem mais crianças, quase três mil ao todo por ano. Em 2009, a estatística revelou uma quebra para os 2654 partos. Só nos primeiros três meses deste ano, a unidade registou 214, mais 8% (mais 50 bebés) em relação a período homólogo.
O Hospital dos SAMS (para bancários) teve menos 200 partos em dois anos, mas já está a "subir 20% neste primeiro trimestre. "Fizemos 266 partos e podemos atingir mil, o que era habitual há alguns anos. Tem havido uma quebra, mas queremos acreditar que a procura vai subir, até porque este trimestre costuma ser dos que têm menos partos", diz o presidente dos Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), Rui Riso.
O grupo Trofa, que fez 900 partos em 2009, não traçou uma evolução em 2010. A Cruz Vermelha, outra unidade grande, contou 900 nascimentos em 2009, quando tinha quase "1600 há quatro anos", refere Pedro Magalhães. Este ano, os números estão estáveis.
In DN
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Portugueses estão a desaparecer
Portugueses estão a desaparecer
por CÉU NEVES
Hoje
Portugal desceu abaixo dos cem mil nascimentos, o que acontece pela primeira vez. E morrem muitos mais.
Portugal registou menos de cem mil nascimentos em 2009, o que acontece pela primeira vez desde que há estatísticas, 1900. E aumenta o número de mortes. Isto significa que a população portuguesa pode desaparecer? "Há esse risco se não se inverter a tendência. E a taxa de natalidade vai baixar, ainda, mais em 2010 e 2011", diz o sociólogo Leston Bandeira.
As Estimativas da População de 2009, ontem divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), não surpreenderam Leston Bandeira, que há muito previa uma descida significativa da natalidade, dada a crise económica que se vive actualmente no País. "A taxa da natalidade é um indicador económico, em especial em países com pouca protecção social, como é o caso de Portugal. Há um certo declínio social, cuja consequência é o declínio demográfico", justifica.
O saldo natural da população portuguesa é negativo desde 2007 e a pequena diferença positiva registada em 2008 é considerada "acidental". "São variáveis puramente acidentais e culturais e só a médio prazo se podem tirar conclusões. Pela primeira vez, houve um saldo negativo em 2007, agravou-se em 2009 e será, igualmente, negativo em 2010 e em 2011", alerta o perito em demografia. Isto apesar do forte contributo dos imigrantes para a taxa de natalidade. E o saldo da população só é positivo porque entraram mais estrangeiros do que os portugueses que saíram o ano passado.
A diminuição de nascimentos foi mais abrupta em 2009 do que em anos anteriores, menos 5% relativamente a 2008. E o Índice de Fecundidade (crianças nascidas por mulheres em idade fértil) baixou de 1,37 para 1,32. Números ponderados, significa que a taxa de reprodução é de 0,644, quando o mínimo exigido para a substituição de gerações é de 1.
As gerações actuais são cada vez mais pequenas e têm cada vez menos filhos. "É um efeito em cadeia. A situação não se inverte com a criação de subsídios ou o aumento do número de dias da licença de maternidade, mas com medidas para a conciliação da vida familiar e profissional, menos desemprego, uma maior estabilidade laboral e o incentivo à participação dos homens. E o que acontece, actualmente, é que os jovens não têm emprego e as mulheres são despedidas por estarem grávidas", critica Leston Bandeira, professor do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa e coordenador do estudo do envelhecimento da população portuguesa desde 1950 (Instituto do Envelhecimento).
Portugal é um dos 27 países da UE mais envelhecido, já que se assiste a um duplo envelhecimento: nascem menos crianças e aumenta a esperança de vida à nascença. Existem 118 idosos por cada 100 jovens e os activos passaram de 67,1% da população (2008) para 66,9% (2009). A descida significativa do número de nascimentos poderá levar a que a UE reveja as projecções demográficas para o País, segundo o sociólogo. As projecções do Eurostat até 2035 indicam um crescimento moderado, o que se deve à imigração.
In DN
por CÉU NEVES
Hoje
Portugal desceu abaixo dos cem mil nascimentos, o que acontece pela primeira vez. E morrem muitos mais.
Portugal registou menos de cem mil nascimentos em 2009, o que acontece pela primeira vez desde que há estatísticas, 1900. E aumenta o número de mortes. Isto significa que a população portuguesa pode desaparecer? "Há esse risco se não se inverter a tendência. E a taxa de natalidade vai baixar, ainda, mais em 2010 e 2011", diz o sociólogo Leston Bandeira.
As Estimativas da População de 2009, ontem divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), não surpreenderam Leston Bandeira, que há muito previa uma descida significativa da natalidade, dada a crise económica que se vive actualmente no País. "A taxa da natalidade é um indicador económico, em especial em países com pouca protecção social, como é o caso de Portugal. Há um certo declínio social, cuja consequência é o declínio demográfico", justifica.
O saldo natural da população portuguesa é negativo desde 2007 e a pequena diferença positiva registada em 2008 é considerada "acidental". "São variáveis puramente acidentais e culturais e só a médio prazo se podem tirar conclusões. Pela primeira vez, houve um saldo negativo em 2007, agravou-se em 2009 e será, igualmente, negativo em 2010 e em 2011", alerta o perito em demografia. Isto apesar do forte contributo dos imigrantes para a taxa de natalidade. E o saldo da população só é positivo porque entraram mais estrangeiros do que os portugueses que saíram o ano passado.
A diminuição de nascimentos foi mais abrupta em 2009 do que em anos anteriores, menos 5% relativamente a 2008. E o Índice de Fecundidade (crianças nascidas por mulheres em idade fértil) baixou de 1,37 para 1,32. Números ponderados, significa que a taxa de reprodução é de 0,644, quando o mínimo exigido para a substituição de gerações é de 1.
As gerações actuais são cada vez mais pequenas e têm cada vez menos filhos. "É um efeito em cadeia. A situação não se inverte com a criação de subsídios ou o aumento do número de dias da licença de maternidade, mas com medidas para a conciliação da vida familiar e profissional, menos desemprego, uma maior estabilidade laboral e o incentivo à participação dos homens. E o que acontece, actualmente, é que os jovens não têm emprego e as mulheres são despedidas por estarem grávidas", critica Leston Bandeira, professor do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa e coordenador do estudo do envelhecimento da população portuguesa desde 1950 (Instituto do Envelhecimento).
Portugal é um dos 27 países da UE mais envelhecido, já que se assiste a um duplo envelhecimento: nascem menos crianças e aumenta a esperança de vida à nascença. Existem 118 idosos por cada 100 jovens e os activos passaram de 67,1% da população (2008) para 66,9% (2009). A descida significativa do número de nascimentos poderá levar a que a UE reveja as projecções demográficas para o País, segundo o sociólogo. As projecções do Eurostat até 2035 indicam um crescimento moderado, o que se deve à imigração.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Idosos são o triplo dos jovens em 23 municípios do interior
Idosos são o triplo dos jovens em 23 municípios do interior
por LUÍS MANETA
Hoje
Concelhos mais envelhecidos são Penamacor, Vila Velha de Ródão, Alcoutim e Oleiros. As localidades estão "condenadas" porque não conseguem fixar os mais novos
O número de idosos é, pelo menos, três vezes superior ao de jovens em 23 municípios portugueses. E, nalguns casos, a população com mais de 65 anos é cinco vezes superior à dos que têm menos de 15 anos.
Os concelhos mais envelhecidos do País são Penamacor, Vila Velha de Ródão, Alcoutim e Oleiros, revela um estudo feito para o DN por Maria Filomena Mendes, docente do departamento de Sociologia da Universidade de Évora e presidente da Associação Portuguesa de Demografia (APD).
Segundo as estimativas da população residente, agora divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a evolução demográfica em 2009 caracterizou-se por um "ligeiro crescimento" da população residente (+ 10 463 pessoas). Uma subida explicada pela imigração, que se revelou insuficiente para inverter a tendência de envelhecimento demográfico.
A nível nacional existem agora 118 idosos por cada 100 jovens (ver caixa), número que quase quintuplica em Penamacor, onde essa relação é de 545 idosos para 100 jovens.
No Alentejo, onde nem a imigração tem conseguido conter o despovoamento -, a taxa de crescimento efectivo em 2009 foi de - 0,48 por cento - há cinco municípios entre os 30 mais envelhecidos do País. No Gavião, por exemplo, existem 437 idosos por cada 100 jovens.
Para Maria Filomena Mendes, com estes números os municípios estão "condenados" a prazo, não existindo possibilidade de regeneração natural. "São regiões com uma fertilidade muito baixa, um número de idosos muito elevado e se não conseguirem fixar os jovens que ainda lá residem e atrair imigrantes vão ter imensos problemas."
"A redução da fecundidade foi catastrófica para estas populações. E, depois, são concelhos que perderam muita população jovem em idade activa, resultado da emigração para o estrangeiro, mas, sobretudo, para o litoral do País", diz a presidente da APD.
Para além da redução do número de nascimentos - "desde há décadas que as mulheres passaram a ter menos filhos, logo há menos casais jovens e uma fecundidade cada vez mais baixa" - o aumento da esperança de vida e o regresso às origens dos que emigraram nas décadas de 70 e 80, agora já reformados, contribuem para agravar o envelhecimento da generalidade do interior do País.
"Em termos de dinâmicas demográficas, tudo contribui para que estes concelhos estejam cada vez mais envelhecidos", diz Maria Filomena Mendes.
A estas dificuldades, o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, soma outras de natureza política: "É mais fácil conseguir-se o licenciamento de um prédio de dez andares em Quarteira do que de uma casa em Alcoutim, onde é tudo área protegida", diz o autarca. O município a que preside é o terceiro mais envelhecido do País (527 idosos por cada 100 jovens), apesar de se situar na região que teve em 2009 a maior taxa de crescimento populacional (+ 0,91 por cento).
"Somos o único concelho do Algarve que só tem serra e existe uma área muito grande de reserva ecológica, onde não é permitida qualquer construção. Temos casais jovens que se querem fixar e não têm espaço para construir uma casa. Alguns até têm de ir para Vila Real de Santo António. Isto não faz sentido nenhum, é uma asneira muito grande", refere Francisco Amaral, apontando o Ministério do Ambiente como o "principal obstáculo" ao desenvolvimento do município.
In DN
por LUÍS MANETA
Hoje
Concelhos mais envelhecidos são Penamacor, Vila Velha de Ródão, Alcoutim e Oleiros. As localidades estão "condenadas" porque não conseguem fixar os mais novos
O número de idosos é, pelo menos, três vezes superior ao de jovens em 23 municípios portugueses. E, nalguns casos, a população com mais de 65 anos é cinco vezes superior à dos que têm menos de 15 anos.
Os concelhos mais envelhecidos do País são Penamacor, Vila Velha de Ródão, Alcoutim e Oleiros, revela um estudo feito para o DN por Maria Filomena Mendes, docente do departamento de Sociologia da Universidade de Évora e presidente da Associação Portuguesa de Demografia (APD).
Segundo as estimativas da população residente, agora divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a evolução demográfica em 2009 caracterizou-se por um "ligeiro crescimento" da população residente (+ 10 463 pessoas). Uma subida explicada pela imigração, que se revelou insuficiente para inverter a tendência de envelhecimento demográfico.
A nível nacional existem agora 118 idosos por cada 100 jovens (ver caixa), número que quase quintuplica em Penamacor, onde essa relação é de 545 idosos para 100 jovens.
No Alentejo, onde nem a imigração tem conseguido conter o despovoamento -, a taxa de crescimento efectivo em 2009 foi de - 0,48 por cento - há cinco municípios entre os 30 mais envelhecidos do País. No Gavião, por exemplo, existem 437 idosos por cada 100 jovens.
Para Maria Filomena Mendes, com estes números os municípios estão "condenados" a prazo, não existindo possibilidade de regeneração natural. "São regiões com uma fertilidade muito baixa, um número de idosos muito elevado e se não conseguirem fixar os jovens que ainda lá residem e atrair imigrantes vão ter imensos problemas."
"A redução da fecundidade foi catastrófica para estas populações. E, depois, são concelhos que perderam muita população jovem em idade activa, resultado da emigração para o estrangeiro, mas, sobretudo, para o litoral do País", diz a presidente da APD.
Para além da redução do número de nascimentos - "desde há décadas que as mulheres passaram a ter menos filhos, logo há menos casais jovens e uma fecundidade cada vez mais baixa" - o aumento da esperança de vida e o regresso às origens dos que emigraram nas décadas de 70 e 80, agora já reformados, contribuem para agravar o envelhecimento da generalidade do interior do País.
"Em termos de dinâmicas demográficas, tudo contribui para que estes concelhos estejam cada vez mais envelhecidos", diz Maria Filomena Mendes.
A estas dificuldades, o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, soma outras de natureza política: "É mais fácil conseguir-se o licenciamento de um prédio de dez andares em Quarteira do que de uma casa em Alcoutim, onde é tudo área protegida", diz o autarca. O município a que preside é o terceiro mais envelhecido do País (527 idosos por cada 100 jovens), apesar de se situar na região que teve em 2009 a maior taxa de crescimento populacional (+ 0,91 por cento).
"Somos o único concelho do Algarve que só tem serra e existe uma área muito grande de reserva ecológica, onde não é permitida qualquer construção. Temos casais jovens que se querem fixar e não têm espaço para construir uma casa. Alguns até têm de ir para Vila Real de Santo António. Isto não faz sentido nenhum, é uma asneira muito grande", refere Francisco Amaral, apontando o Ministério do Ambiente como o "principal obstáculo" ao desenvolvimento do município.
In DN
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Famílias do Litoral pagam 3500 euros
Famílias do Litoral pagam 3500 euros
Famílias do Litoral querem repovoar Trás-os-Montes
Mais de 80 famílias do Litoral pretendem instalar-se nos concelhos de Trás-os-Montes e Alto Douro. 45 destas famílias poderão fixar-se no distrito de Bragança e 42 no de Vila Real, adiantou Frederico Lucas, responsável pela Associação Novos Povoadores.
Os novos povoadores são cidadãos que reconhecem as mais valias de uma vida mais tranquila, sem prejuízo de uma presença profissional activa, e que se dispõem a ir viver para zonas do interior do país.
A média de idades dos novos povoadores é de 35 anos, têm uma média de 10 anos de experiência profissional e desempenham funções que lhes permitem trabalhar à distância via internet. “São pessoas que já têm os seus clientes e que podem trabalhar via on-line”, explicou Frederico Lucas, para quem não faz sentido trazer pessoas que venham competir a nível de emprego com os residentes.
“Não se podem trazer pessoas que depois vão ocupar os poucos postos de trabalho que há, mas como se pode trabalhar on-line, podem viver cá, consumir cá, mas vão ganhar dinheiro fora, essa é a grande revolução nos territórios de baixa densidade”, realçou.
O responsável pelo projecto considera que os territórios despovoados são zonas “de baixo custo”, que podem atrair gente à procura de qualidade de vida económica, social e ambiental. “Isto são dados exactos, são mensuráveis, não é pela sensibilidade que se chega a eles, hoje em dia sabemos medir a qualidade de vida”, sustentou.
Cada família paga 3500 euros para se inscrever na Associação Novos Povoadores, o que lhe dá direito a formação em empreendedorismo. Algumas estão há um ano à espera, e “aguardam a adesão do território” pois só os municípios que aderem recebem povoadores. “Aqui ainda não aderiu nenhum, mas ainda estamos na fase de contactos”, afirmou Frederico Lucas.
Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-06-30
Famílias do Litoral querem repovoar Trás-os-Montes
Mais de 80 famílias do Litoral pretendem instalar-se nos concelhos de Trás-os-Montes e Alto Douro. 45 destas famílias poderão fixar-se no distrito de Bragança e 42 no de Vila Real, adiantou Frederico Lucas, responsável pela Associação Novos Povoadores.
Os novos povoadores são cidadãos que reconhecem as mais valias de uma vida mais tranquila, sem prejuízo de uma presença profissional activa, e que se dispõem a ir viver para zonas do interior do país.
A média de idades dos novos povoadores é de 35 anos, têm uma média de 10 anos de experiência profissional e desempenham funções que lhes permitem trabalhar à distância via internet. “São pessoas que já têm os seus clientes e que podem trabalhar via on-line”, explicou Frederico Lucas, para quem não faz sentido trazer pessoas que venham competir a nível de emprego com os residentes.
“Não se podem trazer pessoas que depois vão ocupar os poucos postos de trabalho que há, mas como se pode trabalhar on-line, podem viver cá, consumir cá, mas vão ganhar dinheiro fora, essa é a grande revolução nos territórios de baixa densidade”, realçou.
O responsável pelo projecto considera que os territórios despovoados são zonas “de baixo custo”, que podem atrair gente à procura de qualidade de vida económica, social e ambiental. “Isto são dados exactos, são mensuráveis, não é pela sensibilidade que se chega a eles, hoje em dia sabemos medir a qualidade de vida”, sustentou.
Cada família paga 3500 euros para se inscrever na Associação Novos Povoadores, o que lhe dá direito a formação em empreendedorismo. Algumas estão há um ano à espera, e “aguardam a adesão do território” pois só os municípios que aderem recebem povoadores. “Aqui ainda não aderiu nenhum, mas ainda estamos na fase de contactos”, afirmou Frederico Lucas.
Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-06-30
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Portugal tem terceira menor taxa de natalidade na UE
Portugal tem terceira menor taxa de natalidade na UE
por Lusa
Hoje
Portugal registou no início do ano a terceira menor taxa de natalidade dos 27 Estados da União Europeia (UE), que em conjunto ultrapassaram a barreira dos 500 milhões de habitantes, anunciou hoje o Eurostat.
Segundo o gabinete de estatísticas Eurostat, a 01 de Janeiro de 2010, Portugal registou a terceira menor taxa de natalidade entre os 27, ao atingir 9,4 nascimentos por cada 1000 habitantes.
No conjunto dos 27, 5,4 milhões de crianças nasceram na UE durante o ano passado, traduzindo uma taxa de natalidade de 10,7 nascimentos por cada 1000 habitantes, ligeiramente inferior à taxa de 10,9 registada em 2008.
As taxas de natalidade mais elevadas foram registadas na Irlanda (16,, no Reino Unido (12, e em França (12,7).
Além de Portugal, as taxas de natalidade mais baixas da UE foram verificadas na Alemanha (7,9), na Áustria (9,1) e em Itália (9,5), referiu o Eurostat.
Num comunicado, o Eurostat indicou ainda que a 01 de Janeiro de 2010, a UE tinha em conjunto uma população de 501,1 milhões de habitantes, contra 499,7 milhões um ano antes.
Paralelamente, a UE registou 4,8 milhões de óbitos em 2009, ou seja, uma taxa de mortalidade de 9,7 óbitos por cada 1000 habitantes, estável em relação ao ano precedente.
O saldo migratório positivo também teve um papel importante no aumento da população da UE.
"Em 2009, um pouco mais de 60 por cento do crescimento da população na UE foi originado pela migração", sublinhou a Eurostat.
In DN
por Lusa
Hoje
Portugal registou no início do ano a terceira menor taxa de natalidade dos 27 Estados da União Europeia (UE), que em conjunto ultrapassaram a barreira dos 500 milhões de habitantes, anunciou hoje o Eurostat.
Segundo o gabinete de estatísticas Eurostat, a 01 de Janeiro de 2010, Portugal registou a terceira menor taxa de natalidade entre os 27, ao atingir 9,4 nascimentos por cada 1000 habitantes.
No conjunto dos 27, 5,4 milhões de crianças nasceram na UE durante o ano passado, traduzindo uma taxa de natalidade de 10,7 nascimentos por cada 1000 habitantes, ligeiramente inferior à taxa de 10,9 registada em 2008.
As taxas de natalidade mais elevadas foram registadas na Irlanda (16,, no Reino Unido (12, e em França (12,7).
Além de Portugal, as taxas de natalidade mais baixas da UE foram verificadas na Alemanha (7,9), na Áustria (9,1) e em Itália (9,5), referiu o Eurostat.
Num comunicado, o Eurostat indicou ainda que a 01 de Janeiro de 2010, a UE tinha em conjunto uma população de 501,1 milhões de habitantes, contra 499,7 milhões um ano antes.
Paralelamente, a UE registou 4,8 milhões de óbitos em 2009, ou seja, uma taxa de mortalidade de 9,7 óbitos por cada 1000 habitantes, estável em relação ao ano precedente.
O saldo migratório positivo também teve um papel importante no aumento da população da UE.
"Em 2009, um pouco mais de 60 por cento do crescimento da população na UE foi originado pela migração", sublinhou a Eurostat.
In DN
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Gays acima dos 50 anos não revelam orientação a médicos
.
Gays acima dos 50 anos não revelam orientação a médicos
por ANA BELA FERREIRA
Hoje
População homossexual portuguesa não planeia o envelhecimento e não fala com o clínico de família, apesar de ter historial de doenças sexualmente transmissíveis
Os homossexuais portugueses não revelam a sua orientação sexual aos médicos de família, apesar de quase todos terem um historial de doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, confessam que também não planeiam o envelhecimento, embora receiem a solidão e serem separados dos companheiros se forem para um lar de terceira idade.
Estas são umas das primeiras conclusões do inquérito feito no mestrado sobre Envelhecimento e Minorias Sexuais: ambiente psicossocial e necessidades de saúde, de Julieta Azevedo, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
O objectivo do trabalho é perceber as necessidades psicossociais e de saúde da população homossexual com mais de 50 anos. Para isso, a investigadora está a fazer o levantamento através de um inquérito online, ao qual responderam até agora 30 pessoas. "Ainda são poucas, mas já dá para perceber alguns dos problemas desta população", reconhece a investigadora Julieta Azevedo.
Um deles é o desconhecimento dos clínicos em relação à vida sexual dos doentes. De acordo com as respostas no inquérito, estes não revelam a sua orientação sexual "porque os médicos não perguntam e eles acham que não é relevante", justifica.
Por isso, um dos objectivos deste estudo passa também por "conseguir uma mudança de atitude por parte dos médicos, para que abordem este assunto nas consultas". Uma medida que o presidente da LIGA Portugal, Paulo Côrte-Real, também defende (ver entrevista).
A forma como preparam o seu envelhecimento também revela algumas fragilidades, sublinha Julieta Azevedo. "A rede social desta população é muito reduzida. Quase todos admitem que quase não fala com a família e é nos amigos, a maioria da comunidade LGBT [(Lésbicas, gays, Bissexuais e Transgéneros] que se apoiam", explica.
Além disso, "não há uma estrutura social que os proteja". Os lares também não estão a par da sexualidade das pessoas que acolhem. Ou seja, "não há um acompanhamento do envelhecimento", conclui a autora do estudo. Em parte, porque os homossexuais "não se prepararam e não têm a quem recorrer quando envelhecem".
Julieta Azevedo adianta que os próprios gays admitiram no inquérito que "a sua maior preocupação é acabar sozinhos ou serem separados dos seus companheiros, uma vez que a maioria dos lares não aceita casais".
Em termos de saúde, o estudo mostra que, tal como revelam as investigações internacionais, esta população está mais exposta à depressão, as mulheres têm uma taxa de incidência maior de cancro da mama e os homens de can- cro rectal, explica Julieta Azevedo. Mas ao contrário de outros estudos, em Portugal a comunidade gay com mais de 50 anos não apresenta maior taxa de alcoolismo ou obesidade, por comparação com a população em geral com esta idade.
Apesar da evolução social, o preconceito pode continuar a perseguir os homossexuais idosos. "Aqueles que estão a envelhecer enfrentam agora pessoas da mesma idade que ainda não compreendem a sua orientação sexual, como os jovens já aceitam", diz.
In DN
Gays acima dos 50 anos não revelam orientação a médicos
por ANA BELA FERREIRA
Hoje
População homossexual portuguesa não planeia o envelhecimento e não fala com o clínico de família, apesar de ter historial de doenças sexualmente transmissíveis
Os homossexuais portugueses não revelam a sua orientação sexual aos médicos de família, apesar de quase todos terem um historial de doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, confessam que também não planeiam o envelhecimento, embora receiem a solidão e serem separados dos companheiros se forem para um lar de terceira idade.
Estas são umas das primeiras conclusões do inquérito feito no mestrado sobre Envelhecimento e Minorias Sexuais: ambiente psicossocial e necessidades de saúde, de Julieta Azevedo, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
O objectivo do trabalho é perceber as necessidades psicossociais e de saúde da população homossexual com mais de 50 anos. Para isso, a investigadora está a fazer o levantamento através de um inquérito online, ao qual responderam até agora 30 pessoas. "Ainda são poucas, mas já dá para perceber alguns dos problemas desta população", reconhece a investigadora Julieta Azevedo.
Um deles é o desconhecimento dos clínicos em relação à vida sexual dos doentes. De acordo com as respostas no inquérito, estes não revelam a sua orientação sexual "porque os médicos não perguntam e eles acham que não é relevante", justifica.
Por isso, um dos objectivos deste estudo passa também por "conseguir uma mudança de atitude por parte dos médicos, para que abordem este assunto nas consultas". Uma medida que o presidente da LIGA Portugal, Paulo Côrte-Real, também defende (ver entrevista).
A forma como preparam o seu envelhecimento também revela algumas fragilidades, sublinha Julieta Azevedo. "A rede social desta população é muito reduzida. Quase todos admitem que quase não fala com a família e é nos amigos, a maioria da comunidade LGBT [(Lésbicas, gays, Bissexuais e Transgéneros] que se apoiam", explica.
Além disso, "não há uma estrutura social que os proteja". Os lares também não estão a par da sexualidade das pessoas que acolhem. Ou seja, "não há um acompanhamento do envelhecimento", conclui a autora do estudo. Em parte, porque os homossexuais "não se prepararam e não têm a quem recorrer quando envelhecem".
Julieta Azevedo adianta que os próprios gays admitiram no inquérito que "a sua maior preocupação é acabar sozinhos ou serem separados dos seus companheiros, uma vez que a maioria dos lares não aceita casais".
Em termos de saúde, o estudo mostra que, tal como revelam as investigações internacionais, esta população está mais exposta à depressão, as mulheres têm uma taxa de incidência maior de cancro da mama e os homens de can- cro rectal, explica Julieta Azevedo. Mas ao contrário de outros estudos, em Portugal a comunidade gay com mais de 50 anos não apresenta maior taxa de alcoolismo ou obesidade, por comparação com a população em geral com esta idade.
Apesar da evolução social, o preconceito pode continuar a perseguir os homossexuais idosos. "Aqueles que estão a envelhecer enfrentam agora pessoas da mesma idade que ainda não compreendem a sua orientação sexual, como os jovens já aceitam", diz.
In DN
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Mais de 100 mil nascimentos em 2010
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Mais de 100 mil nascimentos em 2010
por CÉU NEVES
Hoje
Nos primeiros dez meses de 2010 fizeram-se 83 756 testes do pezinho, mais 970 do que em igual período de 2009
Nasceram mais crianças em 2010 do que em 2009. Os dados definitivos dos nascimentos em Portugal só serão conhecidos em meados do ano que vem, mas os testes de pezinho, rastreio que todas as crianças do País devem realizar nos primeiros dias de vida, indicam um aumento comparativamente ao ano passado, o que quer dizer que vamos voltar a subir acima da barreira dos cem mil nascimentos.
Nos primeiros dez meses deste ano fizeram-se 83 756 testes, mais 970 do que em igual período de 2009. "A taxa de cobertura é praticamente de cem por cento, o que nos leva a concluir que há mais crianças este ano", sublinha Rui Vaz Osório, coordenador da Comissão Nacional de Diagnóstico Precoce.
E há uma segunda fonte de informação que indica um aumento da natalidade este ano e que tem que ver com as crianças registadas nas conservatórias. Dados do Ministério da Justiça revelam que nasceram 90 522 bebés entre 1 de Janeiro e 20 de Novembro deste ano, quando em igual período de 2009 eram 89 866. A pesquisa efectuada foi feita por data de nascimento e não pela data de registo, já que o registo pode não corresponder a um nascimento ocorrido no próprio ano (os que nascem em Dezembro, por exemplo).
Trata-se de um pequeno aumento, não chega a mil, mas que é suficiente para que o total de nascimentos volte novamente à centena de milhar, fasquia abaixo da qual tinha descido pela primeira vez em 2009 (ver gráfico). Embora nos anos 60 fossem mais de 200 mil.
"É uma diferença muito pequena, mas, de qualquer forma, é uma diferença positiva", assinala Mário Leston Bandeira. O sociólogo especialista em demografia não acredita que o aumento inverta a tendência de diminuição da natalidade em Portugal. "Não é mais mil que fará aumentar o índice de fecundidade [1,3 crianças por mulher em idade fértil]. A crise está a puxar a natalidade para baixo e não vai haver uma subida nos próximos anos. As condições para ter emprego vão sendo cada vez mais difíceis, sobretudo para os mais jovens", justifica.
A questão é que a crise não é actual, podendo existir casais que decidiram ter filhos se era esse o desejo e sentem que as perspectivas não vão melhorar. "Não conheço estudos que façam uma comparação nesse sentido. Agora, há uma coisa que é bastante clara em Portugal, mesmo no que toca aos nascimentos. As pessoas agarram-se muito às questões dos afectos, da família quando as coisas no domínio público são difíceis. Há um certo fechamento para um núcleo privado, mais restrito, porque as pessoas estão mais desiludidas e mais tristes", explica Anália Torres.
Apesar daquela "adaptação" dos portugueses a uma realidade difícil, a socióloga da família não acredita que, com a actual situação e falta de medidas que incentivem a natalidade, se inverta a tendência de decréscimo. "A crise não tem consequências automáticas na estrutura da família. Os fenómenos demográficos devem ser analisados ao longo de um período e não através das variações anuais", sublinha.
No ano passado registaram-se 99 491 nascimento, a primeira vez que baixámos dos cem mil desde que há estatísticas no País, ou seja, desde 1900. A diminuição de nascimentos foi mais abrupta em 2009 do que em anos anteriores, menos 5% relativamente a 2008. E o índice de fecundidade (crianças nascidas por mulheres em idade fértil) baixou de 1,37 para 1,32. Números ponderados, significa que a taxa de reprodução foi de 0,644 quando o mínimo exigido para a substituição de gerações é de um.
In DN
Mais de 100 mil nascimentos em 2010
por CÉU NEVES
Hoje
Nos primeiros dez meses de 2010 fizeram-se 83 756 testes do pezinho, mais 970 do que em igual período de 2009
Nasceram mais crianças em 2010 do que em 2009. Os dados definitivos dos nascimentos em Portugal só serão conhecidos em meados do ano que vem, mas os testes de pezinho, rastreio que todas as crianças do País devem realizar nos primeiros dias de vida, indicam um aumento comparativamente ao ano passado, o que quer dizer que vamos voltar a subir acima da barreira dos cem mil nascimentos.
Nos primeiros dez meses deste ano fizeram-se 83 756 testes, mais 970 do que em igual período de 2009. "A taxa de cobertura é praticamente de cem por cento, o que nos leva a concluir que há mais crianças este ano", sublinha Rui Vaz Osório, coordenador da Comissão Nacional de Diagnóstico Precoce.
E há uma segunda fonte de informação que indica um aumento da natalidade este ano e que tem que ver com as crianças registadas nas conservatórias. Dados do Ministério da Justiça revelam que nasceram 90 522 bebés entre 1 de Janeiro e 20 de Novembro deste ano, quando em igual período de 2009 eram 89 866. A pesquisa efectuada foi feita por data de nascimento e não pela data de registo, já que o registo pode não corresponder a um nascimento ocorrido no próprio ano (os que nascem em Dezembro, por exemplo).
Trata-se de um pequeno aumento, não chega a mil, mas que é suficiente para que o total de nascimentos volte novamente à centena de milhar, fasquia abaixo da qual tinha descido pela primeira vez em 2009 (ver gráfico). Embora nos anos 60 fossem mais de 200 mil.
"É uma diferença muito pequena, mas, de qualquer forma, é uma diferença positiva", assinala Mário Leston Bandeira. O sociólogo especialista em demografia não acredita que o aumento inverta a tendência de diminuição da natalidade em Portugal. "Não é mais mil que fará aumentar o índice de fecundidade [1,3 crianças por mulher em idade fértil]. A crise está a puxar a natalidade para baixo e não vai haver uma subida nos próximos anos. As condições para ter emprego vão sendo cada vez mais difíceis, sobretudo para os mais jovens", justifica.
A questão é que a crise não é actual, podendo existir casais que decidiram ter filhos se era esse o desejo e sentem que as perspectivas não vão melhorar. "Não conheço estudos que façam uma comparação nesse sentido. Agora, há uma coisa que é bastante clara em Portugal, mesmo no que toca aos nascimentos. As pessoas agarram-se muito às questões dos afectos, da família quando as coisas no domínio público são difíceis. Há um certo fechamento para um núcleo privado, mais restrito, porque as pessoas estão mais desiludidas e mais tristes", explica Anália Torres.
Apesar daquela "adaptação" dos portugueses a uma realidade difícil, a socióloga da família não acredita que, com a actual situação e falta de medidas que incentivem a natalidade, se inverta a tendência de decréscimo. "A crise não tem consequências automáticas na estrutura da família. Os fenómenos demográficos devem ser analisados ao longo de um período e não através das variações anuais", sublinha.
No ano passado registaram-se 99 491 nascimento, a primeira vez que baixámos dos cem mil desde que há estatísticas no País, ou seja, desde 1900. A diminuição de nascimentos foi mais abrupta em 2009 do que em anos anteriores, menos 5% relativamente a 2008. E o índice de fecundidade (crianças nascidas por mulheres em idade fértil) baixou de 1,37 para 1,32. Números ponderados, significa que a taxa de reprodução foi de 0,644 quando o mínimo exigido para a substituição de gerações é de um.
In DN
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Nasceram 254 mil bebés de uniões de facto em dez anos
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Nasceram 254 mil bebés de uniões de facto em dez anos
por ANA BELA FERREIRA
Hoje
Dados do INE mostram que 37 925 crianças nasceram fora do casamento em 2009, das quais 30 mil de casais que viviam juntos.
"Era mais importante para nós ter um filho do que casar." Raquel Rosa e Carlos Gonçalves vivem juntos há quatro anos, e há um foram pais de um menino. Guilherme é uma das 30 075 crianças que nasceram de uniões de facto em 2009, representando 30,2% do total de nascimentos. Entre 2000 e 2009, os casais em união de facto tiveram 254 734 filhos.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de crianças nascidas fora do casamento aumentou 15,9% desde 2000. Um aumento que deve continuar a registar-se nos próximos anos, defende o sociólogo da família Fausto Amaro.
Em relação ao total de nascimentos, o número de crianças nascidas fora do casamento representa já 38,1%. Isto significa que 37 925 dos bebés são filhos de casais em união de facto, de mães solteiras e de casos extraconjugais. Embora esta última situação seja "muito residual", explica Fausto Amaro.
Este aumento de natalidade fora do matrimónio está também relacionado com a diminuição do número de casamentos. No ano passado, oficializaram a sua relação 40 391 casais, quando em 2000 se registaram 63 752. O que representa uma diminuição de 36,6% do número de uniões quer civis quer religiosas.
Apesar desta quebra, o sociólogo do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) considera que o casamento ainda é muito valorizado na sociedade portuguesa. "Embora as pessoas comecem por viver juntas e ter filhos, muitas acabam depois por casar." Prova disso é que "em muitos dos casamentos se vê que os dois já tinham a mesma morada".
Esta opção continua, assim, a fazer parte da vida dos portugueses porque "existe uma valorização do casamento como instituição por parte da sociedade e da família", acrescenta o especialista.
Uma valorização que o caso de Raquel Rosa confirma. "O facto de termos um filho não quer dizer que não venhamos a casar. A ideia de casar é a de ter uma festa com as pessoas que gostam de nós e de celebrar a nossa união e o nosso filho", conta a comercial de 28 anos.
Um acontecimento que seria aplaudido pela família. Raquel Rosa admite que a família já está mais habituada agora, embora no início tenha havido "mais pressão para casarmos". E a própria reconhece que "as pessoas acabam por se casar mais por uma questão cultural e por pressão da família do que pelos benefícios económicos".
Além destes motivos, Fausto Amaro aponta que as "pessoas sentem um maior sentimento de segurança quando estão casadas". Uma justificação dada por muitos casais em inquéritos realizados pelo sociólogo da família.
Todas estas razões levam Fausto Amaro a acreditar que apesar da tendência para que o número de filhos de casais em união de facto aumente, os matrimónios vão continuar a realizar-se. "Ao contrário dos países do Norte da Europa, os portugueses vão continuar a valorizar o casamento, mesmo depois de terem tido filhos. A prova disso é que mesmo os casais divorciados voltam a casar porque continuam a valorizar a família e o casamento", conclui.
No entanto, os dados revelam que não só o número de casamento tem vindo a diminuir como tem havido quebra nas uniões religiosas, especialmente as católicas.
Se em 2000 havia 41 331 casamentos católicos, no ano passado só foram à Igreja 17 451 casais. Já as uniões pelo civil têm vivido uma evolução oposta, confirmam os dados do INE. Há dez anos representavam 35,2% dos casamentos e em 2009 eram já 56,8%.
In DN
Nasceram 254 mil bebés de uniões de facto em dez anos
por ANA BELA FERREIRA
Hoje
Dados do INE mostram que 37 925 crianças nasceram fora do casamento em 2009, das quais 30 mil de casais que viviam juntos.
"Era mais importante para nós ter um filho do que casar." Raquel Rosa e Carlos Gonçalves vivem juntos há quatro anos, e há um foram pais de um menino. Guilherme é uma das 30 075 crianças que nasceram de uniões de facto em 2009, representando 30,2% do total de nascimentos. Entre 2000 e 2009, os casais em união de facto tiveram 254 734 filhos.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de crianças nascidas fora do casamento aumentou 15,9% desde 2000. Um aumento que deve continuar a registar-se nos próximos anos, defende o sociólogo da família Fausto Amaro.
Em relação ao total de nascimentos, o número de crianças nascidas fora do casamento representa já 38,1%. Isto significa que 37 925 dos bebés são filhos de casais em união de facto, de mães solteiras e de casos extraconjugais. Embora esta última situação seja "muito residual", explica Fausto Amaro.
Este aumento de natalidade fora do matrimónio está também relacionado com a diminuição do número de casamentos. No ano passado, oficializaram a sua relação 40 391 casais, quando em 2000 se registaram 63 752. O que representa uma diminuição de 36,6% do número de uniões quer civis quer religiosas.
Apesar desta quebra, o sociólogo do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) considera que o casamento ainda é muito valorizado na sociedade portuguesa. "Embora as pessoas comecem por viver juntas e ter filhos, muitas acabam depois por casar." Prova disso é que "em muitos dos casamentos se vê que os dois já tinham a mesma morada".
Esta opção continua, assim, a fazer parte da vida dos portugueses porque "existe uma valorização do casamento como instituição por parte da sociedade e da família", acrescenta o especialista.
Uma valorização que o caso de Raquel Rosa confirma. "O facto de termos um filho não quer dizer que não venhamos a casar. A ideia de casar é a de ter uma festa com as pessoas que gostam de nós e de celebrar a nossa união e o nosso filho", conta a comercial de 28 anos.
Um acontecimento que seria aplaudido pela família. Raquel Rosa admite que a família já está mais habituada agora, embora no início tenha havido "mais pressão para casarmos". E a própria reconhece que "as pessoas acabam por se casar mais por uma questão cultural e por pressão da família do que pelos benefícios económicos".
Além destes motivos, Fausto Amaro aponta que as "pessoas sentem um maior sentimento de segurança quando estão casadas". Uma justificação dada por muitos casais em inquéritos realizados pelo sociólogo da família.
Todas estas razões levam Fausto Amaro a acreditar que apesar da tendência para que o número de filhos de casais em união de facto aumente, os matrimónios vão continuar a realizar-se. "Ao contrário dos países do Norte da Europa, os portugueses vão continuar a valorizar o casamento, mesmo depois de terem tido filhos. A prova disso é que mesmo os casais divorciados voltam a casar porque continuam a valorizar a família e o casamento", conclui.
No entanto, os dados revelam que não só o número de casamento tem vindo a diminuir como tem havido quebra nas uniões religiosas, especialmente as católicas.
Se em 2000 havia 41 331 casamentos católicos, no ano passado só foram à Igreja 17 451 casais. Já as uniões pelo civil têm vivido uma evolução oposta, confirmam os dados do INE. Há dez anos representavam 35,2% dos casamentos e em 2009 eram já 56,8%.
In DN
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Sete novos bebés em Salsas
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Sete novos bebés em Salsas
O ano de 2010 ficou marcado por um aumento da natalidade na aldeia onde ainda vivem vários casais jovens
Os sete bebés que nasceram este ano na freguesia de Salsas são um sinal de esperança para a população daquela aldeia do concelho de Bragança.
O aumento da natalidade é uma perspectiva de que vão continuar a existir jovens e, sobretudo, crianças que possibilitem a manutenção do jardim-de-infância e da escola EB1 em funcionamento por mais alguns anos.
O presidente da Junta de Freguesia, Filipe Caldas, não esconde o seu contentamento perante esta resposta dos conterrâneos contra o despovoamento e a favor do rejuvenescimento local.
“Até parece mentira, mas este ano nasceram sete bebés aqui em Salsas, o que já vai sendo muito mais raro no meio rural”, explicou o autarca.
Os nascimentos são cada vez mais uma boa nova no interior, onde há localidades, como Alimonde, também no concelho de Bragança, onde não nasce qualquer criança há mais de uma década.
Em Salsas continuam a viver vários casais jovens, que optaram por manter a residência na aldeia, apesar de alguns até trabalharem na cidade. “Ainda ficaram cá alguns na nossa terra e está a dar resultados porque a natalidade está a aumentar”, acrescentou Filipe Caldas.
Nascimento de novas crianças garante o funcionamento dos estabelecimentos de ensino na aldeia
A autarquia dá o apoio possível à fixação da juventude, mas gostava de poder fazer mais, no entanto, “não há meios financeiros”, atestou o autarca, que almeja poder contribuir com as ajudas directas para as crianças e melhoria da habitação das famílias que necessitem.
Para remediar, mas sem resolver, este Natal a Junta está a receber alguns donativos da Cruz Vermelha, que entregou cabazes às famílias carenciadas. A Câmara ofereceu artigos têxteis para o lar, principalmente roupa de cama. Um apoio imprevisto veio da empresa David & Nuno, sediada em Bragança, que também ofereceu um cabaz de mercearias (ver notícia na página 7). “Tudo isto é uma boa ajuda porque a Junta não tem recursos para o fazer”, garantiu.
Este ano lectivo, a escola EB1 de Salsas é frequentada por 18 alunos, ainda que 20 tivessem efectuado matrícula, mas acabaram por pedir transferência.
O jardim-de-infância está a funcionar com seis alunos, mas o autarca garante que no próximo ano lectivo entram mais cinco e saem três para a escola primária. “Isto é um bom número, no panorama actual da região, onde as escolas do meio rural estão a encerrar por falta de crianças”, realçou Filipe Caldas.
Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-12-30
Sete novos bebés em Salsas
O ano de 2010 ficou marcado por um aumento da natalidade na aldeia onde ainda vivem vários casais jovens
Os sete bebés que nasceram este ano na freguesia de Salsas são um sinal de esperança para a população daquela aldeia do concelho de Bragança.
O aumento da natalidade é uma perspectiva de que vão continuar a existir jovens e, sobretudo, crianças que possibilitem a manutenção do jardim-de-infância e da escola EB1 em funcionamento por mais alguns anos.
O presidente da Junta de Freguesia, Filipe Caldas, não esconde o seu contentamento perante esta resposta dos conterrâneos contra o despovoamento e a favor do rejuvenescimento local.
“Até parece mentira, mas este ano nasceram sete bebés aqui em Salsas, o que já vai sendo muito mais raro no meio rural”, explicou o autarca.
Os nascimentos são cada vez mais uma boa nova no interior, onde há localidades, como Alimonde, também no concelho de Bragança, onde não nasce qualquer criança há mais de uma década.
Em Salsas continuam a viver vários casais jovens, que optaram por manter a residência na aldeia, apesar de alguns até trabalharem na cidade. “Ainda ficaram cá alguns na nossa terra e está a dar resultados porque a natalidade está a aumentar”, acrescentou Filipe Caldas.
Nascimento de novas crianças garante o funcionamento dos estabelecimentos de ensino na aldeia
A autarquia dá o apoio possível à fixação da juventude, mas gostava de poder fazer mais, no entanto, “não há meios financeiros”, atestou o autarca, que almeja poder contribuir com as ajudas directas para as crianças e melhoria da habitação das famílias que necessitem.
Para remediar, mas sem resolver, este Natal a Junta está a receber alguns donativos da Cruz Vermelha, que entregou cabazes às famílias carenciadas. A Câmara ofereceu artigos têxteis para o lar, principalmente roupa de cama. Um apoio imprevisto veio da empresa David & Nuno, sediada em Bragança, que também ofereceu um cabaz de mercearias (ver notícia na página 7). “Tudo isto é uma boa ajuda porque a Junta não tem recursos para o fazer”, garantiu.
Este ano lectivo, a escola EB1 de Salsas é frequentada por 18 alunos, ainda que 20 tivessem efectuado matrícula, mas acabaram por pedir transferência.
O jardim-de-infância está a funcionar com seis alunos, mas o autarca garante que no próximo ano lectivo entram mais cinco e saem três para a escola primária. “Isto é um bom número, no panorama actual da região, onde as escolas do meio rural estão a encerrar por falta de crianças”, realçou Filipe Caldas.
Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-12-30
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Nasceram mais crianças em 2010 no distrito de Bragança do que no ano anterior
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636 nascimentos na maternidade
Nasceram mais crianças em 2010 no distrito de Bragança do que no ano anterior
Em 2010, aumentaram quase cinco por cento os nascimentos no distrito de Bragança.
Um número que vem contrariar a tendência de descida.
No ano passado, o Centro Hospitalar do Nordeste registou 636 nascimentos na maternidade de Bragança, mais 29 do que no ano anterior.
O que corresponde a um aumento de 4,7 por cento.
E superam mesmo os 626 nascimentos registados em 2008 e os 572 de 2007, ano em que foi encerrada a maternidade de Mirandela e em que o serviço passou a funcionar apenas em Bragança.
O director clínico, Sampaio da Veiga, atribui esta subida a um aumento de confiança das grávidas do distrito nos serviços do CHNE, sobretudo as de Mirandela.
“Após uma fase mais ou menos crítica, devido à junção das maternidades de Mirandela e Bragança, há uma reacção positiva dos casais do Nordeste para se deslocarem a Bragança com um à-vontade que anteriormente não existia, fruto de vícios e localismos ou influências que médicos e outras entidades podem, localmente, exercer. Mas as pessoas já perceberam que em Bragança passaram a ter todas as condições fundamentais para que os seus partos decorram com toda a qualidade”, explica o director clínico do CHNE.
Sampaio da Veiga aponta a presença constante de um cirurgião e outro em prevenção como uma das evoluções. Mas garante que as melhorias no serviço não se ficaram por aí.
“Somos dos poucos hospitais do país que executa todo o estudo ecográfico da gravidez. Desde há dois anos que contratámos um especialista que faz as ecografias morfológicas”, sublinha.
O director clínico do CHNE sublinha ainda que o maior acompanhamento que agora é feito durante a gravidez também contribuiu para ajudar a criar um sentimento de confiança nas pessoas.
“É evidente que as grávidas são atendidas durante toda a gravidez quer pelos centros de saúde quer pelas unidades hospitalares de Bragança e Mirandela. Tudo isto contribui para reforçarmos a tendência que se viveu no país e termos uma subida no número de partos em 2010”, conclui Sampaio da Veiga.
Recorde-se que em Portugal também se espera um aumento do número de nascimentos em 2010.
Apesar de as contas ainda não estarem feitas, os primeiros números apontam para um aumento de cerca de mil nascimentos.
No distrito de Bragança houve mais cerca de 30 nascimentos do que em 2009.
Mas, mesmo assim, o distrito ainda ficou aquém dos 712 nascimentos registados em 2006.
Brigantia, 2011-01-12
In DTM
636 nascimentos na maternidade
Nasceram mais crianças em 2010 no distrito de Bragança do que no ano anterior
Em 2010, aumentaram quase cinco por cento os nascimentos no distrito de Bragança.
Um número que vem contrariar a tendência de descida.
No ano passado, o Centro Hospitalar do Nordeste registou 636 nascimentos na maternidade de Bragança, mais 29 do que no ano anterior.
O que corresponde a um aumento de 4,7 por cento.
E superam mesmo os 626 nascimentos registados em 2008 e os 572 de 2007, ano em que foi encerrada a maternidade de Mirandela e em que o serviço passou a funcionar apenas em Bragança.
O director clínico, Sampaio da Veiga, atribui esta subida a um aumento de confiança das grávidas do distrito nos serviços do CHNE, sobretudo as de Mirandela.
“Após uma fase mais ou menos crítica, devido à junção das maternidades de Mirandela e Bragança, há uma reacção positiva dos casais do Nordeste para se deslocarem a Bragança com um à-vontade que anteriormente não existia, fruto de vícios e localismos ou influências que médicos e outras entidades podem, localmente, exercer. Mas as pessoas já perceberam que em Bragança passaram a ter todas as condições fundamentais para que os seus partos decorram com toda a qualidade”, explica o director clínico do CHNE.
Sampaio da Veiga aponta a presença constante de um cirurgião e outro em prevenção como uma das evoluções. Mas garante que as melhorias no serviço não se ficaram por aí.
“Somos dos poucos hospitais do país que executa todo o estudo ecográfico da gravidez. Desde há dois anos que contratámos um especialista que faz as ecografias morfológicas”, sublinha.
O director clínico do CHNE sublinha ainda que o maior acompanhamento que agora é feito durante a gravidez também contribuiu para ajudar a criar um sentimento de confiança nas pessoas.
“É evidente que as grávidas são atendidas durante toda a gravidez quer pelos centros de saúde quer pelas unidades hospitalares de Bragança e Mirandela. Tudo isto contribui para reforçarmos a tendência que se viveu no país e termos uma subida no número de partos em 2010”, conclui Sampaio da Veiga.
Recorde-se que em Portugal também se espera um aumento do número de nascimentos em 2010.
Apesar de as contas ainda não estarem feitas, os primeiros números apontam para um aumento de cerca de mil nascimentos.
No distrito de Bragança houve mais cerca de 30 nascimentos do que em 2009.
Mas, mesmo assim, o distrito ainda ficou aquém dos 712 nascimentos registados em 2006.
Brigantia, 2011-01-12
In DTM
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Projeto ibérico quer estudar 16 mil seniores
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Raia transmontana
Projeto ibérico quer estudar 16 mil seniores
Portugal e Espanha querem estudar as condições em que vivem os seus idosos, através de um projeto académico ibérico que abrangerá 16 mil seniores junto à raia transmontana, foi hoje anunciado.
O projeto que junta o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de León, em Espanha, aguarda apenas pela aprovação do financiamento para os mais de dois milhões de euros estimados para este trabalho, segundo o coordenador do Núcleo de Investigação do Idoso (NII), Fernando Pereira.
"É um estudo muito ambicioso que envolve os concelhos da Terra Fria (Bragança, Vinhais, Miranda do Douro e Vimioso), do lado português, e os concelhos de Puebla de Sanábria, Aliste e Sayago, em Castela e Leão, do outro lado da fronteira", adiantou o responsável, esclarecendo que a ideia é estudar, durante dois anos, os idosos "em profundidade".
Lusa, 2011-01-13
Raia transmontana
Projeto ibérico quer estudar 16 mil seniores
Portugal e Espanha querem estudar as condições em que vivem os seus idosos, através de um projeto académico ibérico que abrangerá 16 mil seniores junto à raia transmontana, foi hoje anunciado.
O projeto que junta o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de León, em Espanha, aguarda apenas pela aprovação do financiamento para os mais de dois milhões de euros estimados para este trabalho, segundo o coordenador do Núcleo de Investigação do Idoso (NII), Fernando Pereira.
"É um estudo muito ambicioso que envolve os concelhos da Terra Fria (Bragança, Vinhais, Miranda do Douro e Vimioso), do lado português, e os concelhos de Puebla de Sanábria, Aliste e Sayago, em Castela e Leão, do outro lado da fronteira", adiantou o responsável, esclarecendo que a ideia é estudar, durante dois anos, os idosos "em profundidade".
Lusa, 2011-01-13
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Trás-os-Montes envelhece sem parar
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«Sangria de gente nova»
Trás-os-Montes envelhece sem parar
Os párocos e provedores das Misericórdias dos dois concelhos nordestinos de Murça e Alijó estão preocupados com o futuro de uma região marcada pelo desemprego, pobreza e envelhecimento da população.
A “desertificação e a baixa taxa de natalidade” são consequência de uma “sangria de gente nova impossível de estancar” devido à dificuldade em “criar postos de trabalho que fixem a população”, sublinha o pároco de Murça, padre Sérgio Dinis, à Agência ECCLESIA.
A situação dos habitantes de idade avançada também constitui motivo de apreensão: “Apesar de nos últimos anos as Misericórdias e associações culturais terem investido em lares de idosos, continua a haver pessoas a viverem sós e a quem o apoio domiciliário não chega”, assinala o sacerdote, de 40 anos.
Para parte da população de idade avançada que está sozinha “o mais difícil de suportar é a noite”, relata o padre Sérgio, acrescentando que muitos idosos “não têm as melhores condições para poderem viver sós” devido às condições de saúde e à estrutura das casas onde residem.
As 102 vagas da Misericórdia de Murça, Distrito de Vila Real, estão ocupadas e “há mais de 150 pessoas em lista de espera”, acentua o pároco, que também se mostra inquieto pelas dificuldades financeiras enfrentadas por aquela instituição da Igreja Católica.
“Estamos no interior do país, onde a maioria das pessoas vive de reformas muito baixas porque descontou o mínimo para a Segurança Social”, e, por outro lado, “o património das Misericórdias é escasso e pouco rentável”, lamenta.
Em Murça, vila de Trás-os-Montes localizada a 450 km a nordeste de Lisboa, a Misericórdia dispõe de creche, “pelo menos três lares”, centro de dia, unidade de cuidados continuados e apoio domiciliário, com quase 500 refeições a serem servidas diariamente, valências subsidiadas quase em exclusivo pelo Estado.
Diante das dificuldades financeiras, o padre Sérgio Dinis salienta que é preciso envolver as famílias e os católicos na assistência à população envelhecida.
O pároco denuncia casos de “indiferença” com as pessoas de idade avançada, “mesmo da parte da família”, uma insensibilidade que aos olhos do sacerdote se torna mais dramática já que ele foi testemunha de um tempo em que as pessoas se preocupavam com as necessidades dos vizinhos.
“Estávamos habituados a ter as nossas aldeias cheias de gente. Quem vive neste meio pode agora trancar-se em casa, não olhar ao que se passa à sua volta e não tomar consciência de que agora as comunidades têm poucas pessoas”, assinala.
As paróquias e misericórdias de Murça e Alijó decidiram constituir uma equipa com o objectivo de “prevenir novos focos de pobreza”, ao mesmo tempo que “sensibilizam a comunidade para o problema dos idosos”.
“Não vamos criar a ideia de que esta região é uma mancha negra no país. Mas isso não nos pode deixar tranquilos nem parados”, refere o padre Sérgio Dinis, realçando que este grupo vai dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser realizado na área social.
Para o sacerdote, as dificuldades financeiras não vão ser um obstáculo ao trabalho da equipa: “Às vezes, com pouco dinheiro conseguem-se fazer muitas coisas. O que interessa é ser incisivo, começando por detectar as causas dos problemas que queremos combater”.
RM, Agência Ecclesia, 2011-01-17
In DTM
«Sangria de gente nova»
Trás-os-Montes envelhece sem parar
Os párocos e provedores das Misericórdias dos dois concelhos nordestinos de Murça e Alijó estão preocupados com o futuro de uma região marcada pelo desemprego, pobreza e envelhecimento da população.
A “desertificação e a baixa taxa de natalidade” são consequência de uma “sangria de gente nova impossível de estancar” devido à dificuldade em “criar postos de trabalho que fixem a população”, sublinha o pároco de Murça, padre Sérgio Dinis, à Agência ECCLESIA.
A situação dos habitantes de idade avançada também constitui motivo de apreensão: “Apesar de nos últimos anos as Misericórdias e associações culturais terem investido em lares de idosos, continua a haver pessoas a viverem sós e a quem o apoio domiciliário não chega”, assinala o sacerdote, de 40 anos.
Para parte da população de idade avançada que está sozinha “o mais difícil de suportar é a noite”, relata o padre Sérgio, acrescentando que muitos idosos “não têm as melhores condições para poderem viver sós” devido às condições de saúde e à estrutura das casas onde residem.
As 102 vagas da Misericórdia de Murça, Distrito de Vila Real, estão ocupadas e “há mais de 150 pessoas em lista de espera”, acentua o pároco, que também se mostra inquieto pelas dificuldades financeiras enfrentadas por aquela instituição da Igreja Católica.
“Estamos no interior do país, onde a maioria das pessoas vive de reformas muito baixas porque descontou o mínimo para a Segurança Social”, e, por outro lado, “o património das Misericórdias é escasso e pouco rentável”, lamenta.
Em Murça, vila de Trás-os-Montes localizada a 450 km a nordeste de Lisboa, a Misericórdia dispõe de creche, “pelo menos três lares”, centro de dia, unidade de cuidados continuados e apoio domiciliário, com quase 500 refeições a serem servidas diariamente, valências subsidiadas quase em exclusivo pelo Estado.
Diante das dificuldades financeiras, o padre Sérgio Dinis salienta que é preciso envolver as famílias e os católicos na assistência à população envelhecida.
O pároco denuncia casos de “indiferença” com as pessoas de idade avançada, “mesmo da parte da família”, uma insensibilidade que aos olhos do sacerdote se torna mais dramática já que ele foi testemunha de um tempo em que as pessoas se preocupavam com as necessidades dos vizinhos.
“Estávamos habituados a ter as nossas aldeias cheias de gente. Quem vive neste meio pode agora trancar-se em casa, não olhar ao que se passa à sua volta e não tomar consciência de que agora as comunidades têm poucas pessoas”, assinala.
As paróquias e misericórdias de Murça e Alijó decidiram constituir uma equipa com o objectivo de “prevenir novos focos de pobreza”, ao mesmo tempo que “sensibilizam a comunidade para o problema dos idosos”.
“Não vamos criar a ideia de que esta região é uma mancha negra no país. Mas isso não nos pode deixar tranquilos nem parados”, refere o padre Sérgio Dinis, realçando que este grupo vai dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser realizado na área social.
Para o sacerdote, as dificuldades financeiras não vão ser um obstáculo ao trabalho da equipa: “Às vezes, com pouco dinheiro conseguem-se fazer muitas coisas. O que interessa é ser incisivo, começando por detectar as causas dos problemas que queremos combater”.
RM, Agência Ecclesia, 2011-01-17
In DTM
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Taxas de sucesso na MAC são "desanimadoras"
.
Taxas de sucesso na MAC são "desanimadoras"
por Lusa
Hoje
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) considera que as taxas de sucesso nos tratamentos de infertilidade que a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) apresenta são "desanimadoras para os casais" e "preocupantes" em termos de confiança na instituição.
Apenas 13 por cento das mulheres que, no primeiro trimestre do ano, se submeteram a técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) na MAC ficaram grávidas e só um quinto das que chegaram à fase de transferência de embriões engravidou.
Perante estes valores, Filomena Gonçalves, da APF, disse que, "na perspetiva dos doentes, este é um fator preocupante, principalmente por se tratar do maior centro [público] de PMA".
"Os resultados refletem a grande instabilidade da equipa técnica da MAC", disse.
Segundo Filomena Gonçalves, são frequentes as queixas de casais que chegam à APF a reclamarem de "grandes atrasos nas consultas e até mesmo o seu cancelamento".
Esta dirigente da APF acredita que "as pessoas não têm a noção de que são estas as taxas de sucesso da instituição" e que, a saberem, podem ver "goradas todas as expetativas".
Também fontes médicas da instituição, que solicitaram o anonimato, demonstraram à Lusa grande desalento com estas taxas, bem mais baixas do que as registadas na maioria dos centros de reprodução, públicos ou privados, em Portugal e menos de metade dos 30 por cento alcançados por este serviço da MAC em 2010.
In DN
Taxas de sucesso na MAC são "desanimadoras"
por Lusa
Hoje
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) considera que as taxas de sucesso nos tratamentos de infertilidade que a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) apresenta são "desanimadoras para os casais" e "preocupantes" em termos de confiança na instituição.
Apenas 13 por cento das mulheres que, no primeiro trimestre do ano, se submeteram a técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) na MAC ficaram grávidas e só um quinto das que chegaram à fase de transferência de embriões engravidou.
Perante estes valores, Filomena Gonçalves, da APF, disse que, "na perspetiva dos doentes, este é um fator preocupante, principalmente por se tratar do maior centro [público] de PMA".
"Os resultados refletem a grande instabilidade da equipa técnica da MAC", disse.
Segundo Filomena Gonçalves, são frequentes as queixas de casais que chegam à APF a reclamarem de "grandes atrasos nas consultas e até mesmo o seu cancelamento".
Esta dirigente da APF acredita que "as pessoas não têm a noção de que são estas as taxas de sucesso da instituição" e que, a saberem, podem ver "goradas todas as expetativas".
Também fontes médicas da instituição, que solicitaram o anonimato, demonstraram à Lusa grande desalento com estas taxas, bem mais baixas do que as registadas na maioria dos centros de reprodução, públicos ou privados, em Portugal e menos de metade dos 30 por cento alcançados por este serviço da MAC em 2010.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Mais velhos e mais urbanos
.
Mais velhos e mais urbanos
Hoje
Concentram mais de 40% das população mundial e são considerados as economias do futuro e potências emergentes. Mas têm os seus problemas.
Brasil, Rússia, Índia, China e agora a África do Sul reúnem em si importantes recursos e extraordinárias capacidades económicas, além de representarem quase metade da população mundial.
Muito se espera destes países no futuro, como pilares de novos equilíbrios mundiais e como motores da economia mundial.
Em transformação acelerada na maioria dos casos, as suas sociedades não estão imunes a problemas que afligem há décadas as sociedades maduras e as potências hegemónicas há mais de meio século.
In DN
Mais velhos e mais urbanos
Hoje
Concentram mais de 40% das população mundial e são considerados as economias do futuro e potências emergentes. Mas têm os seus problemas.
Brasil, Rússia, Índia, China e agora a África do Sul reúnem em si importantes recursos e extraordinárias capacidades económicas, além de representarem quase metade da população mundial.
Muito se espera destes países no futuro, como pilares de novos equilíbrios mundiais e como motores da economia mundial.
Em transformação acelerada na maioria dos casos, as suas sociedades não estão imunes a problemas que afligem há décadas as sociedades maduras e as potências hegemónicas há mais de meio século.
In DN
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Portugal perde uma geração pela precariedade e envelhecimento
.
Portugal perde uma geração pela precariedade e envelhecimento
por DN.pt
Hoje
Os protestos de dezenas de milhares de jovens antes das eleições municipais e regionais espanholas teve um precedente: o movimento português Geração à Rasca e as manifestações de 12 de Março, recorda o El País numa reportagem sobre a precariedade e a falta de perspectivas dos jovens lusos e a incapacidade efectiva destes em constituir família e travar o envelhecimento populacional. "Portugal perde uma geração", escreve o jornal espanhol.
No âmbito das eleições que Portugal terá a 5 de Junho, o correspondente do El País recorda hoje a forma como, "de forma espontânea, multidões se reuniram em Lisboa, Porto e outras cidades contra a precariedade que condiciona o presente e o futuro do país", nomeadamente o facto de 40,5% dos desempregados ter menos de 34 anos e ter frequentado o ensino superior.
O protesto, organizado pelo movimento Geração à Rasca, mais tarde convertido em Movimento 12 de Março, teve "enorme impacto", reunindo "jovens e menos jovens", que foi sendo diluído pela crise política gerada pela demissão do governo de José Sócrates, a convocação de eleições antecipadas e o pedido de resgate financeiro à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional. "A atenção mediática virou-se para a campanha eleitoral, mas as causas daqueles protestos estão mais presentes que nunca. Sobretudo porque os portugueses enfrentam um programa de austeridade que terá elevados custos sociais", escreve Francesc Relea.
O jornal espanhol falou com Mário Leston Bandeira, catedrático de sociologia do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa. "O movimento Geração à Rasca surgiu perante a falta de expectativas", afirma Bandeira, explicando que a crise económica é de tal forma grave que "a conquista do capitalismo que permite poupar e fazer planos para o futuro está em causa" e, neste cenário, os jovens são os mais atingidos, pois não podem constituir família ou têm muitas dificuldades para a sustentar.
Alexandre Sousa Carvalho, 25 anos, licenciado em Relações internacionais e impulsionador do Movimento 12 de Março, aponta o dedo à precariedade do mercado de trabalho e à incapacidade dos políticos em perceberem os problemas dos cidadãos.
Uma das consequências é o agravamento de um dos maiores problemas de Portugal: o declive demográfico que já se regista desde há 30 anos. "Desde 2002 que não conseguimos assegurar a reprodução das gerações. Como é que se reverte esta situação? Como é que um país falido pode fazer frente a uma situação em que 18% dos seus habitantes tem mais de 65 anos?", questiona Leston Bandeira, apontando como causas alguns dos efeitos negativos da Política Agrícola Comum e da política pesqueira da União Europeia, que levaram "ao abandono das terras e à morte da frota pesqueira", provocando a desertificação do interior do país.
As novas gerações migraram para os subúrbios das grandes cidades, "onde a qualidade de vida não é boa". Por isso, o sociólogo defende que se adoptem políticas específicas para ajudar os jovens a criar pequenas e médias empresas no interior e a apostar na agricultura, atraindo também os que emigraram.
In DN
Portugal perde uma geração pela precariedade e envelhecimento
por DN.pt
Hoje
Os protestos de dezenas de milhares de jovens antes das eleições municipais e regionais espanholas teve um precedente: o movimento português Geração à Rasca e as manifestações de 12 de Março, recorda o El País numa reportagem sobre a precariedade e a falta de perspectivas dos jovens lusos e a incapacidade efectiva destes em constituir família e travar o envelhecimento populacional. "Portugal perde uma geração", escreve o jornal espanhol.
No âmbito das eleições que Portugal terá a 5 de Junho, o correspondente do El País recorda hoje a forma como, "de forma espontânea, multidões se reuniram em Lisboa, Porto e outras cidades contra a precariedade que condiciona o presente e o futuro do país", nomeadamente o facto de 40,5% dos desempregados ter menos de 34 anos e ter frequentado o ensino superior.
O protesto, organizado pelo movimento Geração à Rasca, mais tarde convertido em Movimento 12 de Março, teve "enorme impacto", reunindo "jovens e menos jovens", que foi sendo diluído pela crise política gerada pela demissão do governo de José Sócrates, a convocação de eleições antecipadas e o pedido de resgate financeiro à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional. "A atenção mediática virou-se para a campanha eleitoral, mas as causas daqueles protestos estão mais presentes que nunca. Sobretudo porque os portugueses enfrentam um programa de austeridade que terá elevados custos sociais", escreve Francesc Relea.
O jornal espanhol falou com Mário Leston Bandeira, catedrático de sociologia do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa. "O movimento Geração à Rasca surgiu perante a falta de expectativas", afirma Bandeira, explicando que a crise económica é de tal forma grave que "a conquista do capitalismo que permite poupar e fazer planos para o futuro está em causa" e, neste cenário, os jovens são os mais atingidos, pois não podem constituir família ou têm muitas dificuldades para a sustentar.
Alexandre Sousa Carvalho, 25 anos, licenciado em Relações internacionais e impulsionador do Movimento 12 de Março, aponta o dedo à precariedade do mercado de trabalho e à incapacidade dos políticos em perceberem os problemas dos cidadãos.
Uma das consequências é o agravamento de um dos maiores problemas de Portugal: o declive demográfico que já se regista desde há 30 anos. "Desde 2002 que não conseguimos assegurar a reprodução das gerações. Como é que se reverte esta situação? Como é que um país falido pode fazer frente a uma situação em que 18% dos seus habitantes tem mais de 65 anos?", questiona Leston Bandeira, apontando como causas alguns dos efeitos negativos da Política Agrícola Comum e da política pesqueira da União Europeia, que levaram "ao abandono das terras e à morte da frota pesqueira", provocando a desertificação do interior do país.
As novas gerações migraram para os subúrbios das grandes cidades, "onde a qualidade de vida não é boa". Por isso, o sociólogo defende que se adoptem políticas específicas para ajudar os jovens a criar pequenas e médias empresas no interior e a apostar na agricultura, atraindo também os que emigraram.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
incentivar novas famílias em Trás-os-Montes
.
Os Novos Povoadores
incentivar novas famílias em Trás-os-Montes
A EDP, os Novos Povoadores e a Câmara de Alfândega da Fé vão avançar hoje com um projecto piloto para incentivar a instalação de novas famílias naquele concelho transmontano.
Segundo disse hoje à Lusa, a directora da Fundação EDP, Isabel Marques, esta iniciativa assenta num projecto piloto que está a ser instalado na região do Baixo Sabor, onde se encontra em fase de construção um grande empreendimento hidroeléctrico.
«O projecto tem por objectivo atrair casais que pretendam construir uma nova vida nesta região, que tem perdido população, e acreditamos que há cada vez mais pessoas que pretendem mudar a sua vida para o interior do país», acrescentou a responsável.
A criação de condições para reter jovens e atrair novos residentes figura no topo da lista de preocupações, a par do emprego e do desenvolvimento turístico da região.
«O Baixo Sabor tem sido uma região piloto em vários projectos socais, económicas ou culturais promovidos pela EDP, dado o facto de haver uma barragem que está em fase adiantada de construção», sublinhou Isabel Marques.
As famílias candidatas à mudança, deverão obedecer a alguns critérios que garantam «o sucesso do novo projecto de vida».
«Para atender a esta necessidade, a EDP recorre à experiência dos Novos Povoadores, entidade, que tem vindo a desenvolver o conceito de repovoamento das zonas mais despovoadas do país, através da migração de famílias urbanas, a qual vai apoiar a mediação às famílias em mudança, em estreita articulação com a Câmara», concluiu a responsável pela Fundação EDP.
A iniciativa, após formalizada, visa atender a uma das principais expectativas detectadas pela EDP nos inquéritos de opinião realizados nas regiões abrangidas pelas novas barragens tendo em vista área do território menos povoadas.
O projecto será financiado pela EDP, no âmbito do conjunto de iniciativas de promoção de desenvolvimento nos concelhos onde desenvolve novos investimentos hídricos.
Lusa, 2011-06-29
Os Novos Povoadores
incentivar novas famílias em Trás-os-Montes
A EDP, os Novos Povoadores e a Câmara de Alfândega da Fé vão avançar hoje com um projecto piloto para incentivar a instalação de novas famílias naquele concelho transmontano.
Segundo disse hoje à Lusa, a directora da Fundação EDP, Isabel Marques, esta iniciativa assenta num projecto piloto que está a ser instalado na região do Baixo Sabor, onde se encontra em fase de construção um grande empreendimento hidroeléctrico.
«O projecto tem por objectivo atrair casais que pretendam construir uma nova vida nesta região, que tem perdido população, e acreditamos que há cada vez mais pessoas que pretendem mudar a sua vida para o interior do país», acrescentou a responsável.
A criação de condições para reter jovens e atrair novos residentes figura no topo da lista de preocupações, a par do emprego e do desenvolvimento turístico da região.
«O Baixo Sabor tem sido uma região piloto em vários projectos socais, económicas ou culturais promovidos pela EDP, dado o facto de haver uma barragem que está em fase adiantada de construção», sublinhou Isabel Marques.
As famílias candidatas à mudança, deverão obedecer a alguns critérios que garantam «o sucesso do novo projecto de vida».
«Para atender a esta necessidade, a EDP recorre à experiência dos Novos Povoadores, entidade, que tem vindo a desenvolver o conceito de repovoamento das zonas mais despovoadas do país, através da migração de famílias urbanas, a qual vai apoiar a mediação às famílias em mudança, em estreita articulação com a Câmara», concluiu a responsável pela Fundação EDP.
A iniciativa, após formalizada, visa atender a uma das principais expectativas detectadas pela EDP nos inquéritos de opinião realizados nas regiões abrangidas pelas novas barragens tendo em vista área do território menos povoadas.
O projecto será financiado pela EDP, no âmbito do conjunto de iniciativas de promoção de desenvolvimento nos concelhos onde desenvolve novos investimentos hídricos.
Lusa, 2011-06-29
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Distrito de Vila Real perdeu cerca de 16.500 habitantes
.
207.184 mil habitantes
O distrito de Vila Real perdeu cerca de 16.500 habitantes entre 2001 e 2011, segundo os resultados preliminares dos Censos 2011, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A população residente no distrito de Vila Real é de 207.184 mil habitantes.
…dos quais 52,04 por cento são mulheres. O distrito contraria a tendência nacional já que Portugal tem mais cerca de 200 mil residentes que em 2001. Segundo os dados preliminares, existem 81.286 famílias, com uma média de 2,5 pessoas por família, 139.934 alojamentos e 118.332 edifícios no distrito. Já o concelho de Vila Real conta agora com 52.219 habitantes, mais 2.262 pessoas que em 2001.
O número de famílias também cresceu e passou de 16.825, em 2001, para 21.100 famílias, em 2011. O concelho de Vila Real foi o único a aumentar a sua população residente já que os restantes 13 concelhos do distrito viram o seu número de habitantes decrescer. Sublinhe-se os casos do concelho de Valpaços, que perdeu 2.636 habitantes, Alijó, que tem agora menos 2.387 que em 2001, Chaves, com menos 2.223 habitantes, e Montalegre, que perdeu 2.168 habitantes.
Com excepção de Vila Pouca de Aguiar, que perdeu 1.831 habitantes, e de Santa Marta de Penaguião, que tem menos 1.245 habitantes, todos os outros concelhos perderam menos de mil habitantes nos últimos 10 anos.
Vila Real - 52.219 habitantes
Chaves - 41.444
Peso da Régua - 17.097
Valpaços - 16.876
Vila Pouca de Aguiar - 13.167
Alijó - 11.933
Montalegre - 10.594
Mondim de Basto - 7.496
Santa Marta de Penaguião - 7.324
Ribeira de Pena - 6.543
Sabrosa - 6.367
Murça - 5.954
Boticas - 5.747
Mesão Frio - 4.423
Os resultados definitivos serão dados a conhecer no final do próximo ano.
SB
, 2011-07-01
In DTM
207.184 mil habitantes
O distrito de Vila Real perdeu cerca de 16.500 habitantes entre 2001 e 2011, segundo os resultados preliminares dos Censos 2011, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A população residente no distrito de Vila Real é de 207.184 mil habitantes.
…dos quais 52,04 por cento são mulheres. O distrito contraria a tendência nacional já que Portugal tem mais cerca de 200 mil residentes que em 2001. Segundo os dados preliminares, existem 81.286 famílias, com uma média de 2,5 pessoas por família, 139.934 alojamentos e 118.332 edifícios no distrito. Já o concelho de Vila Real conta agora com 52.219 habitantes, mais 2.262 pessoas que em 2001.
O número de famílias também cresceu e passou de 16.825, em 2001, para 21.100 famílias, em 2011. O concelho de Vila Real foi o único a aumentar a sua população residente já que os restantes 13 concelhos do distrito viram o seu número de habitantes decrescer. Sublinhe-se os casos do concelho de Valpaços, que perdeu 2.636 habitantes, Alijó, que tem agora menos 2.387 que em 2001, Chaves, com menos 2.223 habitantes, e Montalegre, que perdeu 2.168 habitantes.
Com excepção de Vila Pouca de Aguiar, que perdeu 1.831 habitantes, e de Santa Marta de Penaguião, que tem menos 1.245 habitantes, todos os outros concelhos perderam menos de mil habitantes nos últimos 10 anos.
Vila Real - 52.219 habitantes
Chaves - 41.444
Peso da Régua - 17.097
Valpaços - 16.876
Vila Pouca de Aguiar - 13.167
Alijó - 11.933
Montalegre - 10.594
Mondim de Basto - 7.496
Santa Marta de Penaguião - 7.324
Ribeira de Pena - 6.543
Sabrosa - 6.367
Murça - 5.954
Boticas - 5.747
Mesão Frio - 4.423
Os resultados definitivos serão dados a conhecer no final do próximo ano.
SB
, 2011-07-01
In DTM
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Bragança perdeu mais de 12 mil habitantes
.
136459 habitantes
Bragança perdeu mais de 12 mil habitantes
O distrito de Bragança perdeu na última década mais de 12 mil habitantes, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, que confirmam a tendência de desertificação do interior do país, sobretudo das zonas rurais.
De acordo com as estatísticas oficiais, este distrito perdeu 12424 pessoas, passando de uma população de 148883 habitantes para 136459.
Entre os 12 concelhos, todos perderam população, com a excepção de Bragança que ganhou 595 pessoas.
O concelho de Mirandela, o segundo maior do distrito, foi o que mais gente perdeu, mais de 1900 habitantes, apesar de a cidade ter ganhado mais 900 residentes.
Para o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano (PSD), os números confirmam que \"é clara e objectiva a sangria do interior\" e mais preocupante das zonas rurais.
Segundo o autarca social democrata, mais de metade da população do distrito está concentrada nas três maiores cidades: Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
\"As aldeias estão cada vez mais vazias, só têm idosos\", afirmou. Na opinião do autarca, a população que vai ficando na região concentra-se nos maiores núcleos urbanos porque é aí que ainda vai havendo emprego.
A criação de postos de trabalho é o caminho que o autarca entende deve ser seguido para inverter a tendência de despovoamento, mas ressalva que \"já não passa por medidos regionais\".
\"Se não houver uma operação integrada que crie emprego para fixar pessoas\" o problema não se resolve, na opinião de José Silvano que defende a necessidade de \"uma política nacional\" neste sentido.
Apesar a região ter cada vez menos gente, o número de famílias cresceu ligeiramente de 55608 para 55779 e a construção disparou com os alojamentos disponíveis a corresponderem a quase o dobro das famílias, subindo de 94238, em 2001, para 100667.
O distrito ganhou mais de dois mil edifícios, contabilizando actualmente 84442 contra os 82067 de 2001.
Em termos estatísticos, Bragança dispõe de uma casa para quase cada habitante, já que de acordo com os dados dos Censos 2011, existe uma alojamento para cada 1,3 habitantes.
JN, 2011-07-01
136459 habitantes
Bragança perdeu mais de 12 mil habitantes
O distrito de Bragança perdeu na última década mais de 12 mil habitantes, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, que confirmam a tendência de desertificação do interior do país, sobretudo das zonas rurais.
De acordo com as estatísticas oficiais, este distrito perdeu 12424 pessoas, passando de uma população de 148883 habitantes para 136459.
Entre os 12 concelhos, todos perderam população, com a excepção de Bragança que ganhou 595 pessoas.
O concelho de Mirandela, o segundo maior do distrito, foi o que mais gente perdeu, mais de 1900 habitantes, apesar de a cidade ter ganhado mais 900 residentes.
Para o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano (PSD), os números confirmam que \"é clara e objectiva a sangria do interior\" e mais preocupante das zonas rurais.
Segundo o autarca social democrata, mais de metade da população do distrito está concentrada nas três maiores cidades: Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
\"As aldeias estão cada vez mais vazias, só têm idosos\", afirmou. Na opinião do autarca, a população que vai ficando na região concentra-se nos maiores núcleos urbanos porque é aí que ainda vai havendo emprego.
A criação de postos de trabalho é o caminho que o autarca entende deve ser seguido para inverter a tendência de despovoamento, mas ressalva que \"já não passa por medidos regionais\".
\"Se não houver uma operação integrada que crie emprego para fixar pessoas\" o problema não se resolve, na opinião de José Silvano que defende a necessidade de \"uma política nacional\" neste sentido.
Apesar a região ter cada vez menos gente, o número de famílias cresceu ligeiramente de 55608 para 55779 e a construção disparou com os alojamentos disponíveis a corresponderem a quase o dobro das famílias, subindo de 94238, em 2001, para 100667.
O distrito ganhou mais de dois mil edifícios, contabilizando actualmente 84442 contra os 82067 de 2001.
Em termos estatísticos, Bragança dispõe de uma casa para quase cada habitante, já que de acordo com os dados dos Censos 2011, existe uma alojamento para cada 1,3 habitantes.
JN, 2011-07-01
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Carrazeda perde população nos Censos
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Menos 17,3%.
Carrazeda de Ansiães
Carrazeda perde população nos Censos
Carrazeda da Ansiães está entre os cinco municípios que mais população perderam nos últimos dez anos. Segundo dados preliminares dos Censos 2011 conhecidos esta quinta-feira, nos municípios com maiores decréscimos populacionais destacam-se, com perdas superiores a 20%, os municípios de Alcoutim e Armamar. Integram também este grupo os municípios de Idanha-a-Nova, Mourão e Carrazeda de Ansiães (com menos 17,3%).
Segundo este relatório, somos já 10 milhões 555 mil 853 de residentes em Portugal. O número de famílias registou um crescimento de 11,6%, entre 2001 e 2011. No entanto, o número médio de pessoas por família desceu de 2,8 para 2,6 e decresceu em todas as regiões.
Os resultados preliminares dos Censos 2011 mostram que Portugal continua a ser um país com mais mulheres que homens. Isto significa que existem actualmente 92 homens por cada 100 mulheres.
, 2011-07-03
In DTM
Menos 17,3%.
Carrazeda de Ansiães
Carrazeda perde população nos Censos
Carrazeda da Ansiães está entre os cinco municípios que mais população perderam nos últimos dez anos. Segundo dados preliminares dos Censos 2011 conhecidos esta quinta-feira, nos municípios com maiores decréscimos populacionais destacam-se, com perdas superiores a 20%, os municípios de Alcoutim e Armamar. Integram também este grupo os municípios de Idanha-a-Nova, Mourão e Carrazeda de Ansiães (com menos 17,3%).
Segundo este relatório, somos já 10 milhões 555 mil 853 de residentes em Portugal. O número de famílias registou um crescimento de 11,6%, entre 2001 e 2011. No entanto, o número médio de pessoas por família desceu de 2,8 para 2,6 e decresceu em todas as regiões.
Os resultados preliminares dos Censos 2011 mostram que Portugal continua a ser um país com mais mulheres que homens. Isto significa que existem actualmente 92 homens por cada 100 mulheres.
, 2011-07-03
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EDP avança com projecto para incentivar novas famílias em Trás-os-Montes
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«Novos Povoadores»
EDP avança com projecto para incentivar novas famílias em Trás-os-Montes
A EDP, os Novos Povoadores e a Câmara de Alfândega da Fé vão avançar hoje com um projecto piloto para incentivar a instalação de novas famílias naquele concelho transmontano.
Segundo disse hoje à Lusa, a directora da Fundação EDP, Isabel Marques, esta iniciativa assenta num projecto piloto que está a ser instalado na região do Baixo Sabor, onde se encontra em fase de construção um grande empreendimento hidroeléctrico.
«O projecto tem por objectivo atrair casais que pretendam construir uma nova vida nesta região, que tem perdido população, e acreditamos que há cada vez mais pessoas que pretendem mudar a sua vida para o interior do país», acrescentou a responsável.
A criação de condições para reter jovens e atrair novos residentes figura no topo da lista de preocupações, a par do emprego e do desenvolvimento turístico da região.
«O Baixo Sabor tem sido uma região piloto em vários projectos socais, económicas ou culturais promovidos pela EDP, dado o facto de haver uma barragem que está em fase adiantada de construção», sublinhou Isabel Marques.
As famílias candidatas à mudança, deverão obedecer a alguns critérios que garantam «o sucesso do novo projecto de vida».
«Para atender a esta necessidade, a EDP recorre à experiência dos Novos Povoadores, entidade, que tem vindo a desenvolver o conceito de repovoamento das zonas mais despovoadas do país, através da migração de famílias urbanas, a qual vai apoiar a mediação às famílias em mudança, em estreita articulação com a Câmara», concluiu a responsável pela Fundação EDP.
A iniciativa, após formalizada, visa atender a uma das principais expectativas detectadas pela EDP nos inquéritos de opinião realizados nas regiões abrangidas pelas novas barragens tendo em vista área do território menos povoadas.
O projecto será financiado pela EDP, no âmbito do conjunto de iniciativas de promoção de desenvolvimento nos concelhos onde desenvolve novos investimentos hídricos.
lusa, 2011-07-04
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Seminário «Gerontologia e Geriatria -- uma visão multidimensional do idoso»
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O lugar do idoso
Bragança
Seminário «Gerontologia e Geriatria -- uma visão multidimensional do idoso»
Numa sociedade que pretende de todas as idades, o lugar do idoso tem de ser reinventado e a identidade do «mais velho» socialmente recategorizada, disse à Lusa a coordenadora da Licenciatura de Gerontologia do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
Emília Rodrigues falava à margem do Seminário «Gerontologia e Geriatria -- uma visão multidimensional do idoso», em Chaves, realçando que o envelhecimento é dos maiores êxitos da humanidade e um \"grande\" desafio para os países desenvolvidos e em desenvolvimento.
O envelhecimento, salientou, não é apenas um processo demográfico, mas um processo social, biológico, psicológico, ou seja, é um processo multidimensional.
Lusa, 2011-07-08
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O lugar do idoso
Bragança
Seminário «Gerontologia e Geriatria -- uma visão multidimensional do idoso»
Numa sociedade que pretende de todas as idades, o lugar do idoso tem de ser reinventado e a identidade do «mais velho» socialmente recategorizada, disse à Lusa a coordenadora da Licenciatura de Gerontologia do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
Emília Rodrigues falava à margem do Seminário «Gerontologia e Geriatria -- uma visão multidimensional do idoso», em Chaves, realçando que o envelhecimento é dos maiores êxitos da humanidade e um \"grande\" desafio para os países desenvolvidos e em desenvolvimento.
O envelhecimento, salientou, não é apenas um processo demográfico, mas um processo social, biológico, psicológico, ou seja, é um processo multidimensional.
Lusa, 2011-07-08
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