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Aveiro
Bacalhoeiros salvos pelo turismo
por JOANA CAPUCHO, Aveiro
Hoje
Empresa familiar de pesca alarga horizontes e entra no turismo de nicho, com a recuperação de velhos lugres.
Símbolos do período mítico da pesca do bacalhau. Peças únicas da história portuguesa. Repositórios das mais trágicas tradições náuticas. O Santa Maria Manuela (SMM) e o Argus, célebres lugres bacalhoeiros de quatro mastros, tiveram fim à vista, mas foram salvos. O aproveitamento para o "turismo de vocação marítima" será a tábua de salvação destes navios. O SMM ainda cheira a novo e tem as primeiras viagens temáticas previstas para este Verão. Têm como destinos Açores, Madeira e Mediterrâneo. Ainda não há valores.
O SMM e o Argus faziam parte de uma grande frota que durante a II Guerra Mundial, para evitar confusões nos beligerantes e para afirmar a neutralidade lusa, tinha os barcos todos pintados de branco: a Frota Branca (Portuguese White Fleet).
Em 1993, o SMM parou a actividade: uma desilusão para os amantes da faina maior que viam desaparecer um símbolo da história trágico-marítima. A extinta Fundação SMM tentou recuperar o lugre (veleiro), mas não avançou com qualquer projecto.
Em 2007, quando foi comprado pela empresa de pesca e transformação de pescado de Pascoal & Filhos, S.A, restava o casco. Aníbal Paião e João Vieira, os dois accionistas da empresa, resolveram dar uma nova vida ao lugre.
"Encontrámos uma nova área na Pascoal: a prestação de serviços na área do turismo de vocação marítima", explica Aníbal Paião. "Não é turismo de massas, é turismo de nicho. O navio leva 50 pessoas, é intimista e queremos que seja também familiar", diz entusiasmado o empresário, um apaixonado pela temática marítima.
Por fora o Santa Maria Manuela tem uma configuração muito próxima da original. O interior está completamente diferente do que era enquanto lugre bacalhoeiro: tem ar condicionado, a cozinha é maior e contemporânea, as camaratas e os balneários foram substituídos por camarotes com casas de banho privativas, circuito interno de televisão, salas para reuniões.
Além de todas as viagens serem temáticas, uma das particularidades do navio é as pessoas poderem participar na vida a bordo. "Se quiserem, são divididas por grupos, fazem quartos (turnos de quatro horas), navegação antiga e moderna, leme, vigia, faina das velas, podem ir para a cozinha ou acompanhar o oficial maquinista", refere.
"Além do turismo de aventura, de natureza e científico, uma das áreas que seguramente o SMM vai patrulhar é a divulgação da história da pesca do bacalhau", salienta Aníbal Paião. O administrador da Pascoal refere que, uma vez que o navio "não tem limitação de área", existem três destinos onde irá seguramente : Canadá, Islândia e Noruega. Aí poderá "encontrar-se com outros navios da empresa que estão a operar e mostrar como é a pesca em alto mar".
In DN
por JOANA CAPUCHO, Aveiro
Hoje
Empresa familiar de pesca alarga horizontes e entra no turismo de nicho, com a recuperação de velhos lugres.
Símbolos do período mítico da pesca do bacalhau. Peças únicas da história portuguesa. Repositórios das mais trágicas tradições náuticas. O Santa Maria Manuela (SMM) e o Argus, célebres lugres bacalhoeiros de quatro mastros, tiveram fim à vista, mas foram salvos. O aproveitamento para o "turismo de vocação marítima" será a tábua de salvação destes navios. O SMM ainda cheira a novo e tem as primeiras viagens temáticas previstas para este Verão. Têm como destinos Açores, Madeira e Mediterrâneo. Ainda não há valores.
O SMM e o Argus faziam parte de uma grande frota que durante a II Guerra Mundial, para evitar confusões nos beligerantes e para afirmar a neutralidade lusa, tinha os barcos todos pintados de branco: a Frota Branca (Portuguese White Fleet).
Em 1993, o SMM parou a actividade: uma desilusão para os amantes da faina maior que viam desaparecer um símbolo da história trágico-marítima. A extinta Fundação SMM tentou recuperar o lugre (veleiro), mas não avançou com qualquer projecto.
Em 2007, quando foi comprado pela empresa de pesca e transformação de pescado de Pascoal & Filhos, S.A, restava o casco. Aníbal Paião e João Vieira, os dois accionistas da empresa, resolveram dar uma nova vida ao lugre.
"Encontrámos uma nova área na Pascoal: a prestação de serviços na área do turismo de vocação marítima", explica Aníbal Paião. "Não é turismo de massas, é turismo de nicho. O navio leva 50 pessoas, é intimista e queremos que seja também familiar", diz entusiasmado o empresário, um apaixonado pela temática marítima.
Por fora o Santa Maria Manuela tem uma configuração muito próxima da original. O interior está completamente diferente do que era enquanto lugre bacalhoeiro: tem ar condicionado, a cozinha é maior e contemporânea, as camaratas e os balneários foram substituídos por camarotes com casas de banho privativas, circuito interno de televisão, salas para reuniões.
Além de todas as viagens serem temáticas, uma das particularidades do navio é as pessoas poderem participar na vida a bordo. "Se quiserem, são divididas por grupos, fazem quartos (turnos de quatro horas), navegação antiga e moderna, leme, vigia, faina das velas, podem ir para a cozinha ou acompanhar o oficial maquinista", refere.
"Além do turismo de aventura, de natureza e científico, uma das áreas que seguramente o SMM vai patrulhar é a divulgação da história da pesca do bacalhau", salienta Aníbal Paião. O administrador da Pascoal refere que, uma vez que o navio "não tem limitação de área", existem três destinos onde irá seguramente : Canadá, Islândia e Noruega. Aí poderá "encontrar-se com outros navios da empresa que estão a operar e mostrar como é a pesca em alto mar".
In DN
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