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Da Ciência... da Tecnologia...

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Mensagem por Joao Ruiz Qua Ago 05, 2009 9:06 am

Mundo prepara-se para observar eclipse penumbral da lua

Há 29 mins

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1174475

O mundo vai poder assisitir a um fenómeno pouco comum esta madrugada. Durante cerca de três horas vai ser possível observar um eclipse penumbral da lua. Um fenómeno menos comum e espectacular, que os eclipses da lua.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1326703

- A jornalista Guilhermina Sousa conversou com o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, sobre o eclipse penumbral da lua

O fenómeno começa perto da meia noite e é muito diferente do habitual eclipse da lua.

O mais comum do que o que vai ser possível observar no início da próxima madrugada explica o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, é que a lua vai entrar apenas na sombra que a terra faz, ou seja, na zona oposta ao sol.

«Há uma zona atrás da terra que se nos pusessemos lá veriamos a terra a tapar apenas uma parte do sol e mais nada, portanto, quem estive nesse local ainda seria iluminado parcialmente pelo sol», explicou.

Essa é a zona da penumbra, uma área em que apenas um pouco do sol, ilumina a lua.

Neste eclipse pouco mais de 40 por cento do diâmetro do satélite vai ficar ligeiramente tapado pela sombra da terra, por isso, o que se vai observar é uma escuridão muito ligeira porque a maior parte da lua não vai ficar tapada.

«Vai ver-se uma zona em arco porque representa o bordo da terra, que começa totalmente iluminada e vai desvanescendo ligeiramente», acrescentou.

O fenómeno que vai durar cerca de três horas e é visível em praticamente todo o mundo, incluindo em Portugal.

TSF

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty O leão mecânico de Leonardo da Vinci

Mensagem por Joao Ruiz Seg Ago 17, 2009 8:44 am

O leão mecânico de Leonardo da Vinci

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1335152


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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Panda-gigante está em perigo de extinção

Mensagem por Joao Ruiz Dom Ago 23, 2009 4:26 pm

Panda-gigante está em perigo de extinção

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1182179

O crescimento económico está a ameaçar a espécie protegida, alerta a organização não governamental WWF.

O panda-gigante da China pode desaparecer "em duas a três gerações" devido ao rápido crescimento económico que tem vindo a destruir o habitat natural destes animais, alertou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

Segundo a organização não governamental WWF, o grande problema é que o habitat natural do panda gigante, o emblemático urso preto e branco que é um dos símbolos da China, está a ser dividido em pequenos territórios, o que dificulta que diferentes populações de animais entrem em contacto para se reproduzirem.
"Se o panda não conseguir encontrar parceiros de outros habitats para acasalamento pode enfrentar a extinção em duas ou três gerações", alerta Fan Zhiyong, director do programa de espécies da WWF na China, lembrando que o risco de endogamia (cruzamento com membros do seu próprio grupo) reduz ainda mais a resistência dos animais às doenças.

O especialista do WWF precisa que a "construção de estradas próximas às reservas naturais" está a causar uma "considerável restrição de liberdade de movimentos, obstruindo rotas de migração e prejudicando a saudável troca de genes entre representantes da espécie".

No entender de Fan Zhiyong, para diminuir a pressão sobre estes animais e garantir a sua conservação é fundamental abdicar da construção de infra-estruturas nas imediações das reservas naturais.

Actualmente há cerca de 1600 pandas a viverem em liberdade na China, a maioria nas províncias de Sichuan (sudoeste), Shaanxi (Norte) e Gansu (noroeste).

No entanto, as estimativas da WWF apontam para que 43% dos habitats naturais não sejam áreas protegidas.

DN

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Ago 23, 2009 4:34 pm

Português descobre gene que cria células

por BRUNO ABREU

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1181893

José Silva explica ao DN como o método abre caminho ao tratamento eficaz da diabetes ou Parkinson. Equipa de japoneses conseguiu reproduzir ratinhos a partir de células da pele. Gene Nanog é o responsável
O biólogo português José Silva descobriu um gene que faz com que células adultas retornem à origem e se transformem em células estaminais embrionárias. O gene chama-se Nanog e abre caminho para o tratamento de doenças como a diabetes, Parkinson ou Alzheimer. Foi descoberto em 2003 por outro cientista, mas começou a ser estudado pelo português da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, em 2004.

As células estaminais dos embriões originam todos os tipos de células, ao contrário das adultas, que já se diferenciaram, tornando-se em órgãos vitais como pele ou coração.Agora, como o cientista explicou ao DN, o objectivo é aprender a transformá-las em qualquer tipo de célula e tratar doenças como o Parkinson. "Se a obtenção dessas células puder evitar a criação e destruição de embriões, não haverão problemas com questões éticas, podendo gerar-se células compatíveis com células no corpo dos doentes."

Foi em 2006 que José Silva descobriu que o Nanog tem um papel essencial na reprogramação das células adultas, que as torna novamente a ser estaminais embrionárias. A fusão de células diferenciadas com estaminais no cérebro foi o passo seguinte. Pela primeira vez indentificava-se um gene específico da reprogramação das células. Mas ainda faltava conseguir transformar uma célula adulta em estaminal, sem fusões.

Foi uma equipa japonesa a primeira a conseguir isso, programando células adultas como estaminais embrionárias. A equipa de Shinya Yamanaka, da Universidade de Quito, usou quatro genes - dos quais nenhum era o Nanog - e demonstrou que estes são essenciais para essa reprogramação. À descoberta foi dado o nome de "células estaminais induzidas". Era possível fazer nascer ratinhos a partir de células adultas de pele.

O passo seguinte, dado pelo português, foi descobrir que o Nanog é indispensável para reprogramar as células adultas em células estaminais induzidas e também que também é indispensável para desenvolvimento normal destas. Sem o gene, o embrião não forma células estaminais, de onde surge o organismo.Os quatro genes usados pelos japoneses iniciam o processo de proliferação das células no embrião. Depois entra em cena o Nanog, que faz com que as células pré-estaminais se tornem em estaminais.

DN

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Nova técnica para tratar síndrome de Asperger

Mensagem por Joao Ruiz Seg Ago 24, 2009 10:48 am

Nova técnica para tratar síndrome de Asperger

por PATRÍCIA JESUS
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1182541

Uma técnica inovadora para o treino de crianças com Asperger, aplicada na Fundação Renascer em Lisboa, aposta em ajudas visuais, como, por exemplo, cores, para representar sentimentos. O método consiste em treinar "a capacidade de nos pormos no lugar dos outros" e visa ensinar a estas crianças aquilo que para a maior parte das pessoas surge naturalmente

Há um ano, David era uma criança diferente: incapaz de começar e manter uma conversa com os colegas, sentia-se isolado e triste. Nos últimos meses "começou a dar pequenos passos em direcção ao mundo", explica a mãe. Para Paula da Silva, o progresso deve-se a uma nova técnica para o treino de crianças com Asperger, aplicada na Fundação Renascer em Lisboa.

David sempre teve tendência a isolar-se e dificuldade em comunicar com as outras crianças, conta Paula. Mas só quando tinha sete lhe foi diagnosticada síndrome de Asperger, uma perturbação do desenvolvimento da "família" do autismo, marcada pelas dificuldades de comunicação e interacção com os outros. A notícia, chocante porque se trata de uma doença sem cura, foi também um alívio para Paula, porque finalmente percebeu o que se passava com o filho.

Mas até ao ano passado, e apesar de ser acompanhado por uma psicóloga, David fazia poucos progressos. Foi por isso que Paula procurou ajuda na Fundação Renascer, onde um grupo de terapeutas começou a aplicar uma nova técnica, conhecida como "pensamento social". Este método, desenvolvido pela norte-americana Michelle Winner, que esteve recen- temente em Portugal a convite da Fundação, consiste em treinar "a capacidade de nos pormos no lugar dos outros", explicou a terapeuta ao DN. Usando várias técnicas, e apostando em ajudas visuais (cores para representar sentimentos, por exemplo), a terapeuta tenta ensinar a estas crianças aquilo que para a maior parte das pessoas surge naturalmente.

Isto porque uma das principais dificuldades destes doentes é compreender o que os outros percebem instintivamente: as diferenças no tom de voz, nas expressões faciais, a ironia. Assim, apesar de muitas vezes serem brilhantes a vários níveis, são também socialmente desastrados. David, por exemplo, como gosta muito de futebol, tinha tendência a soterrar as outras pessoas com informação sobre transferências, parecendo não dar importância ao facto do seu interlocutor estar aborrecido. Porque não percebia.

Nas sessões de "pensamento social", com Rita Alambre dos Santos, que também é directora da Fundação, tem aprendido a abordar os outros, a perceber o que é socialmente adequado e como exprimir a sua frustração. Muitas vezes abordando as dificuldades que surgem no dia-a-dia. O método "pensamento social" tem tido bons resultados com crianças e adultos com Asperger, embora também seja aplicada a outras pessoas com problemas de comunicação. No entanto é fundamental que os doentes dominem a linguagem.

No caso de David, conseguiu, aos 13 anos, fazer a sua primeira amiga. E apesar de continuar a ser gozado por alguns colegas, a maioria já aceita a sua maneira de ser "pouco convencional", explica a mãe, "até a nossa relação melhorou", conclui. Por outro lado, Paula sente que não é só David quem tem dificuldade em compreender os outros. "As pessoas que sofrem da síndrome de Asperger são muito incompreendidas, porque há muita ignorância."

DN

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Saliva da carraça pode ajudar a curar cancros

Mensagem por Joao Ruiz Sex Ago 28, 2009 10:01 am

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Saliva da carraça pode ajudar a curar cancros

por Lusa
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1184477

A carraça, um conhecido parasita hematófago transmissor de doenças infecciosas, pode ajudar a curar cancros da pele, fígado e pâncreas através de uma proteína da sua saliva, segundo afirmam investigadores brasileiros.

Ao estudarem um exemplar sul-americano desse aracnídeo que se alimenta do sangue de vertebrados (Amblyomma cajennense), descobriram que essa proteína destrói as células cancerosas mas é inofensiva para as células sãs.

"É uma descoberta importante", disse à AFP a responsável pelo estudo, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, investigadora de biologia molecular no Instituto Butantan de São Paulo.

A cientista descobriu a proteína (Factor X activo) por acaso, ao testar as propriedades anticoagulantes da saliva da carraça que lhe permitem manter fluido o sangue dos animais e seres humanos de que se alimenta.

A proteína tem características comuns às de um anticoagulante já conhecido, o TFPI, ou inibidor de tipo Kunitz, que actua também sobre o crescimento das células.

Os resultados dos testes entretanto realizados em ratinhos para verificar se a proteína produzia efeitos sobre as células cancerosas excederam todas as expectativas dos investigadores.

"Para nossa grande surpresa, não matou as células sãs, que também foram testadas", afirmou a investigadora. "Mas matou as células cancerosas que foram analisadas", realçou.

"Se um pequeno tumor de um animal for tratado diariamente durante duas semanas, não só não se desenvolve, como diminui. Se for tratado durante 42 dias, desaparece completamente", explicou.

Para produzir um medicamento, serão precisos ainda anos de testes clínicos e grandes investimentos, duas coisas que o Brasil não pode garantir actualmente.

"Fazer uma descoberta é uma coisa. Transformá-la em medicamento é outra coisa completamente diferente", sublinha a cientista, que já apresentou um pedido de patente para a proteína da carraça e percorre o mundo a falar da descoberta, que resultou de um trabalho de seis anos.

Esta investigação, ainda não publicada, foi um dos destaques no 22º Congresso Internacional da Sociedade de Trombose e Hemostasia, realizado em Boston (EUA), em Julho.

CM.

DN

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Maior floresta do planeta corre grande perigo

Mensagem por Joao Ruiz Sex Ago 28, 2009 10:08 am

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Maior floresta do planeta corre grande perigo

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1183862

A floresta boreal sofre crescente impacto dos humanos, está a arder cada vez mais e a fragmentar-se devido à exploração da madeira

Quem já a viu do ar, lembra-se de uma mancha verde, sempre monótona, que um avião leva horas a atravessar. É a maior floresta do mundo, mas não é a Amazónia: cobre a maior parte da Rússia, do Canadá e da Escandinávia.

Geralmente admite-se que a floresta boreal, praticamente intacta, corre menos perigo do que as florestas tropicais, pressionadas pelas ameaças demográficas humanas. No entanto, esta ideia poderá ter criado um ambiente de falsa confiança. Uma equipa de cientistas acaba de publicar um estudo, na revista Trends in Ecology and Evolution, no qual são identificadas várias ameaças extremas à saúde destas florestas (que guardam um terço do carbono acumulado na Terra).

Os países com floresta boreal estão a proteger pequenas proporções destes territórios da exploração de madeira. Tipicamente, este valor é de apenas 10%; a excepção é a Suécia, que guarda 20% da sua floresta.

A exploração e ocupação humana está em crescimento em todos estes países, com a consequência de aumentar a fragmentação das florestas. Por outro lado, reduz-se o espaço considerado "intacto".

Mas o maior perigo para estas florestas vem dos incêndios, na sua maioria relacionados com actividades humanas. A propagação do fogo é facilitada pelas mudanças climáticas, pois no Verão as temperaturas máximas têm sido cada vez mais ele- vadas.

DN

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Cão-d'água português usado para investigação

Mensagem por Admin Dom Ago 30, 2009 12:43 am

Cão-d'água português usado para investigação

HojeDa Ciência... da Tecnologia... Icn_comentario

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1185054

Investigadores norte-americanos descobriram os genes responsáveis pelo bigode e as sobrancelhas ou o tamanho e a forma do pêlo.Investigadores
norte-americanos recorreram ao cão-d'água português, a raça favorita do
presidente Barack Obama, para identificar o gene que torna o pêlo dos
cães encaracolado ou longo e ondulado. Num trabalho publicado na
revista Science, esta equipa de biólogos da Universidade de Utah mostra
que os sete grandes tipos de pêlo dos cães de raças puras são
determinados por variações de apenas três genes (RSPO2, FGF5 e KRT71)."Descobrimos
três genes que controlam 90 por cento dos tipos de pêlo que
caracterizam as diferentes raças de cães", explicou Gordon Lark, um dos
20 autores da investigação, integrada num estudo mais vasto dos
Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos. "Ajudámos a
identificar o gene que torna o pêlo encaracolado ou ondulado", precisou
Kevin Chase, outro dos autores.Ao analisarem um milhar de cães
de 80 raças domésticas, os investigadores descobriram que o RSPO2 é
responsável pelo bigode a as longas sobrancelhas, o FGF5 faz com que o
pêlo seja curto ou longo e o KRT71 determina se é encaracolado ou
ondulado. Segundo Lark e Chase, que há anos estudam o
cão-d'água português, o gene KRT71 é portador do código que produz
queratina 71, uma proteína estrutural do pêlo. Embora ambos estudem os
efeitos genéticos deste gene, Lark acha que os outros dois genes
envolvidos no tipo de pêlo são mais interessantes por produzirem
proteínas reguladoras de uma série de processos nos organismos vivos, e
não só do tipo de pêlo do cão, o que os torna relevantes para doenças
de cães e humanos."Os cães partilham muitas doenças e outras
características com os humanos", sendo usados há décadas em testes
farmacêuticos e médico-fisiológico-bioquímicos, referiu Lark. "Não é
por isso surpreendente", acrescentou, "que partilhem grande parte do
seu genoma como o dos humanos". Segundo o cientista, a
manipulação de um cão pode torná-lo mais vulnerável ao cancro e a
outras doenças, reduzindo-lhe a esperança de vida.
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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Resolvido o mistério das estátuas da ilha da Páscoa

Mensagem por Joao Ruiz Ter Set 08, 2009 10:19 am

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Resolvido o mistério das estátuas da ilha da Páscoa

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1188909

O significado dos chapéus encarnados permaneceu desconhecido durante anos. Dois investigadores britânicos avançam com as respostas.

O significado das estátuas da ilha da Páscoa, no oceano Pacífico, com os seus chapéus encarnados, tem sido um desafio para exploradores, antropólogos e arqueólogos ao longo dos anos. Contudo, uma equipa de investigadores britânicos acredita ter descoberto a chave do enigma.

Colin Richards, da Universidade de Manchester, e Sue Hamilton, da Universidade College London, descobriram na ilha uma estrada que serviria para transportar as rochas encarnadas vulcânicas desde a sua origem até um local, nunca antes estudado, onde a rocha era trabalhada, conta o The International Independent. Aí, encontraram um machado, que terá sido deixado como forma de oferenda, o que para os investigadores, explica o carácter sagrado das estátuas.

Os chapéus das cabeças monolíticas eram um símbolo de prestígio. Na realidade, tratam-se de nós no topo da cabeça usados pela elite dos chefes nativos que se envolviam em lutas de poder. A construção das estátuas reflectia essa competição social, que se reflectia na construção de estátuas cada vez mais altas. Os investigadores julgam que os primeiros chapéus terão sido construídos no ano de 1200 ou 1300, altura em que terá havido um aumento do tamanho das estátuas na ilha da Páscoa.

DN

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Formas de vida mais antigas descobertas nos Andes

Mensagem por Joao Ruiz Ter Set 08, 2009 3:27 pm

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Formas de vida mais antigas descobertas nos Andes

por PATRÍCIA JESUS

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1188465

Uma equipa argentina descobriu, em lagos dos planaltos andinos, estromatólitos "vivos". Durante muito tempo, estas estruturas foram a principal manifestação da vida na Terra. Actualmente, são raras e esta é a primeira vez que são encontradas a mais de 3600 metros de altitude, num ambiente extremo, parecido com o que existia depois da formação do planeta.

A 4000 metros de altitude, no deserto de Puna de Salta, nos Andes argentinos, o oxigénio escasseia e as lagunas têm uma concentração de sal tão grande que se torna complicado mergulhar. Mas foi nestas águas cristalinas que os cientistas encontraram um ecossistema único, com estromatólitos "vivos". Um ecossistema que pode ajudar a compreender o princípio da vida na Terra... e no espaço.

Os estromatólitos são estruturas construídas por bactérias. Os mais antigos datam de há 3 500 milhões de anos, pouco tempo depois (em termos geológicos, pelo menos) da formação do planeta - são portanto os primeiros vestígios da existência de vida na Terra. Actualmente, existem apenas algumas destas estruturas vivas e em construção, em ambientes hipersalinos da Austrália, Chile e México.

María Eugenia Farías, directora do Laboratório de Investigação Microbiológica das Lagunas Andinas (LIMLA), compara estes sistemas a uma central de produção de energia em miniatura e muito arcaica: as algas fazem a fotossíntese e absorvem o dióxido de carbono; as bactérias reciclam os nutrientes minerais e o processo fica completo com a libertação de oxigénio. "Foram estes microorganismo extremófilos [capazes de sobreviver em condições extremas] e outros semelhantes que criaram a nossa atmosfera, rica em ozono, e permitiram o aparecimento de formas mais complexas de vida", explicou a bióloga, em declarações ao jornal espanhol El Mundo.

Os estromatólitos descobertos na laguna de Socompa distinguem-se porque sobrevivem a uma altitude superior a 3600 metros, expostos a uma forte radiação ultravioleta. Ou seja, num ambiente muito parecido com o que existia na Terra no início, pensam os cientistas.

Para a investigadora argentina, no entanto, estas lagunas não são apenas janelas para o passado, são sobretudo portas para o futuro. "O estudo destes fósseis vivos permite recriar os processos que intervieram na criação da vida na Terra. E pensar na existência de organismo semelhantes em outros planetas. O deserto de Atacama e nas lagunas salgadas são dois ambientes extremos, parecidos com o planeta Marte", explica a bióloga argentina.

O projecto que María Eugenia Farías dirige desde 2003 tem como objectivo procurar formas primitivas de vida, mas a investigadora acredita que o estudo dos estromatólitos pode trazer outros benefícios para a vida na Terra: através de aplicações práticas na produção de plásticos biodegradáveis ou de ingredientes para cosméticos.

Para a investigadora, que aprendeu a mergulhar nos recifes de coral australianos, este trabalho trouxe outro desafio. "Mergulhar nas lagunas de Puna é mais arriscado. A água é fria e devido à concentração de sais é necessário um duplo lastro para conseguir chegar ao fundo", conta.

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Verbas da NASA só deixam voar baixinho

Mensagem por Joao Ruiz Qui Set 10, 2009 10:45 am

Verbas da NASA só deixam voar baixinho

por LUÍS NAVES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1189800

A agência espacial americana está a desenvolver uma nova geração de naves, que inclui foguetões e módulos lunares. Mas a ambição da NASA de ir à Lua e depois a Marte está posta em causa num relatório de uma comissão de peritos: não há dinheiro suficiente para financiar o programa.

A NASA não tem dinheiro suficiente para concretizar as suas actuais ambições de regressar à Lua e depois viajar até Marte, estima um painel independente de peritos, num relatório divulgado ontem nos EUA. Criado pela Administração de Barack Obama para avaliar as possibilidades do actual programa espacial americano, este comité de dez membros concluiu que os prazos das missões são irrealistas e que, na melhor das hipóteses, a agência espacial conseguirá regressar à Lua em meados da década de 2020 e, com maior probabilidade, só depois de 2030. O sonho de atingir Marte é simplesmente demasiado dispendioso, pelo menos nesta geração.

Com um orçamento anual de 18 mil milhões de dólares (cerca de 15 mil milhões de euros), a NASA necessitará de pelo menos mais 3 mil milhões de dólares anuais para um programa de exploração de que o "país se possa orgulhar", segundo escrevem os peritos. O relatório é ainda uma versão pouco detalhada, mas já coloca um ponto de interrogação sobre o futuro da missão a Marte e de parte do programa Constellation, que inclui o desenvolvimento de foguetões, da cápsula exploradora tripulada e do futuro módulo lunar.

Os autores do relatório estão também preocupados com o calendário do Space Shuttle. Para financiar o programa Constellation, a NASA prevê a retirada de serviço do vaivém em 2010. Em consequência, a estação espacial internacional (ISS, na sua sigla inglesa) deverá ser desactivada em 2016 e lançada sobre o oceano.

Estas duas decisões permitiriam libertar verbas para desenvolver as novas máquinas, mas em compensação deixavam os EUA com grandes limitações. Pelas contas do comité independente, o próximo foguetão Ares I e a cápsula Orion só estarão operacionais em 2017. Não parece haver solução para este problema e, entre 2010 e 2017, os EUA estariam dependentes dos lançadores russos para colocar astronautas em órbita.

Os autores do relatório defendem uma aposta no sector privado para conseguir colocar astronautas em órbitas baixas (minimizando o hiato de sete anos) e um prolongamento da vida útil da ISS em pelo menos quatro anos, até 2020. Para construir o módulo lunar Altair e o foguetão Ares V (na imagem) que permitirá atingir órbitas mais altas, o financiamento da NASA terá de ser totalmente revisto, algo pouco provável no actual contexto de crise económica global.

A manter-se a factura de 100 mil milhões de dólares para a exploração espacial tripulada na próxima década, estes programas serão irrealizáveis. Os peritos independentes estimam que o custo será um terço mais elevado. E sem o passo intermédio da Lua, inatingível antes de 2025, não haverá homens em Marte.

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Encontro internacional para discutir energias do futuro

Mensagem por Joao Ruiz Sex Set 11, 2009 2:55 pm

Especialistas de todo mundo
Vila Real


Encontro internacional para discutir energias do futuro

Tem início no próximo domingo o 2º Simpósio Ibérico sobre Hidrogénio, Células Combustíveis e Baterias Avançadas («Hyceltec 2009»). O certame vai reunir até dia 17, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD, Vila Real), especialistas de países europeus, americanos e asiáticos.

Organizado pelo Departamento de Química da UTAD, o simpósio realiza-se na sequência de uma primeira edição que teve lugar em Bilbao (País Basco).

Aberto a grupos de investigação, a instituições e empresas interessadas nesta temática, a iniciativa procura aprofundar um fórum de debate interdisciplinar envolvendo a comunidade científica e a sociedade civil.

No «Hyceltec 2009» serão divulgados os recentes desenvolvimentos da investigação num domínio que representa um dos maiores desafios da sociedade actual: a construção de uma energia para o futuro, ecológica e sustentável.

Ao mesmo tempo serão identificadas áreas futuras de crescimento que vão emergindo a par das investigações em curso. Temas-chave como conversão da energia e seu armazenamento, tecnologias de combustíveis alternativos e ciências ambientais, estarão, por isso, em destaque nesta reunião científica.


Ciencia Hoje, 2009-09-11

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Nascem 20 hermafroditas por ano em Portugal

Mensagem por Joao Ruiz Dom Set 20, 2009 10:18 am

Nascem 20 hermafroditas por ano em Portugal

por CATARINA CRISTÃO
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1193719

Casos em que a mesma pessoa apresenta dois sexos são raros. E a maioria dos que aparecem são de difícil diagnóstico, dizem especialistas. A opção por um dos géneros é difícil e divide os especialistas. Aos problemas biológicos juntam-se os psicológicos e a tendência para o isolamento.

A ecografia não deixava dúvidas: Inês estava grávida de gémeas. À décima semana de gestação já era perceptível o sexo das bebés, e uma pequena vagina em ambos tornava evidente que eram duas meninas. No entanto, por ter perto de 40 anos, Inês foi submetida a uma amniocentese para despistar deformações genéticas nos fetos. E a surpresa chegou: o exame revelou dois conjuntos de cromossomas diferentes, um 46XX (feminino) e um 46XY (masculino). Afinal, estava grávida de uma menina e de um menino, embora o rapaz apresentasse órgãos genitais femininos.

Casos de pessoas com ambos os sexos, chamadas hermafroditas (quando existem ovários e testículos) ou pseudo-hermafroditas (quando os órgãos genitais não coincidem com o sexo cromossómico) são raros. Em Portugal, nascem, por ano, 20 bebés com estas características: ou seja, uma em cada 4500 crianças tem um sexo indefinido.

Um caso semelhante chamou à atenção nos Campeonatos do Mundo de Atletismo. Caster Semenya, que, na semana passada, apareceu na capa de uma revista maquilhada e de vestido preto, tinha deixado dúvidas sobre se era mulher ou homem durante os campeonatos, não só pelo seu aspecto físico, como pela força e os resultados que atingiu (ver texto ao lado, em baixo).

"A estas situações damos o nome de doenças de desenvolvimento sexual, e podem ter as mais variadas causas", define o cirurgião pediátrico Paolo Casella. "Pode haver mistura de material genético; as hormonas, tanto femininas como masculinas, podem não estar a ser produzidas em quantidade suficiente ou os tecidos não as reconhecerem; ou as enzimas da supra-renal (que têm influência na produção das hormonas) não estarem a funcionar bem".

Este mau desenvolvimento genético pode resultar num vasto leque de situações, garantem os médicos, que tornam difícil definir à nascença se o bebé é menino ou menina. A maioria dos casos são crianças que têm um clitóris maior do que aquilo que seria de esperar e os pequenos lábios não abriram, o que faz parecer um pénis (meninas virilizadas). Outras vezes, o bebé pode ter um aspecto masculino mas não ter os testículos na bolsa ou ter um pénis que não se formou normalmente porque o orifício (uretra) não se desenvolveu.

Aparecem ainda situações, por exemplo, em que a criança cresce como menina, sem sinais de hermafroditismo, chega à adolescência e, de repente, os testículos que estavam escondidos começam a aparecer e o clitóris começa a assemelhar-se a um pequeno pénis. Porque é na puberdade que o nível das hormonas sobe abruptamente.

"Nem sempre é fácil fazer o diagnóstico. Muitas vezes não se suspeita de nada porque não há evidências externas. Para se ter a certeza sobre o sexo do bebé, muitas vezes são necessários vários exames genéticos e hormonais", sublinha o endocrinologista António Santinho Martins. Para tratar estes casos é necessária uma equipa multidisciplinar com psicólogos, sexólogos, endocrinologista e cirurgiões.

Foi uma equipa de vários especialistas que explicou a Inês o que se passava com um dos seus bebés. Embora se tivesse a certeza de que uma das crianças era um rapaz, Inês decidiu-se pela menina e pediu aos médicos para lhe retirarem os testículos que escondia no abdómen. No entanto, agora, aos quatro anos é fácil perceber, pela atitude e postura, qual das gémeas é o o rapaz e qual é rapariga.

"São questões muito complicadas, onde as pressões sociais e familiares têm um peso enorme", diz Paolo Casella, que, no entanto, defende que a escolha do sexo deve ser feita só na adolescência para que a pessoa tenho direito a decidir a que género pertence (ver texto ao lado).

Carla escondeu de todos o problema que a assombrava: chegada a idade adulta, nunca tinha ficado menstruada. Aos 21 anos procurou ajuda. Afinal apresentava cromossomas 46XY, era um homem, mas sempre se sentira mulher. "Retiraram-se os testículos atrofiados que tinha no interior dos grandes lábios e construiu-se uma vagina mais natural", conta João Dácio Ferreira, cirurgião do Hospital de Santa Maria. "Na maioria das vezes, estas mulheres não conseguem ter filhos, pois embora tenham órgãos sexuais femininos, estes não estão bem desenvolvidos. E o tratamento hormonal tem de ser feito para o resto da vida", explica Santinho Martins.

Aos problemas biológicos somam-se ainda as questões psicológicas. "Estas pessoas têm tendência a isolarem-se", salienta o psiquiatra e sexólogo Francisco Allen Gomes, acrescentando: "O problema reside no ser diferente, que permite compreender o problema da marginalização e da estigmatização." O médico salienta ainda que são mais vulneráveis e é "muito fácil feri-las" psicologicamente. "Daí também que as pessoas que não são exactamente como a maioria, tenham necessidade de se associar em grupos, vulgarmente conhecidos como de 'auto-ajuda'."

São casos de "grande complexidade" que não se limita à área biológica. Ao longo da vida a fase da adolescência é a mais problemática.

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Miniatura de 'Tyrannosaurus rex' foi encontrada na China

Mensagem por Joao Ruiz Dom Set 20, 2009 10:30 am

Miniatura de 'Tyrannosaurus rex' foi encontrada na China

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1193754

Cientistas da Universidade de Chicago descobriram nova espécie de dinossauro.

O fóssil de um dinossauro de três metros encontrado na China corresponde a uma miniatura do gigantesco Tyrannosaurus rex, garantem à revista Science cientistas da Universidade de Chicago.

A nova espécie terá 125 milhões de anos, precedendo, assim, em 60 milhões, o Tyrannosaurus rex. Apelidada de Raptorex kriegsteini, esta espécie tinha 65 quilos - 90 vezes menos que o Tyrannosaurus rex.

Os cientistas acreditam ser esta a ligação que faltava em relação às primeiras espécies do Tyrannosaurus rex. Nos últimos dez anos foram descobertos em rochas da Europa, Amé-rica do Norte e China fósseis de espécies mais primitivas, que datam de há cem milhões e de há 176 milhões de anos.

Estas descobertas já tinham permitido chegar à conclusão de que o Tyrannosaurus rex descendia de dinossauros de menor dimensão. Mas faltava encontrar uma ligação directa entre uns e outros. É por isso que os cientistas acreditam que o Raptorex kriegsteini é a peça que faltava para completar o puzzle.

"Está o mais perto possível da ligação que vamos encontrar da linhagem do Tyrannosaurus rex", disse o director desta investigação, Paul Sereno, da Universidade de Chicago. "Desde os dentes, aos músculos, passando pela cabeça larga e os membros dianteiros pequenos: tudo isto está num animal com o peso de um humano", disse.

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Mãe dá à luz um bebé branco e outro negro

Mensagem por Joao Ruiz Dom Out 04, 2009 8:02 am

Mãe dá à luz um bebé branco e outro negro

Hoje

O caso mais emblemático de uma gravidez numa mulher que já esperava um filho aconteceu há cerca de oito anos na Suécia.

A mesma mulher deu à luz dois bebés de pais diferentes. Neste caso, a superfetação foi fácil de provar porque um dos bebés era branco e o outro negro. No dia do nascimento das crianças, a mulher confessou aos médicos e ao marido que tinha dormido com um homem de raça negra e com o seu companheiro, em dias seguidos, na altura da ovulação. Como as duas gestações tinham apenas horas de diferença, só na altura do parto foi possível chegar a essa conclusão, uma vez que os bebés tinham tempos de gestação muito similares.

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Out 04, 2009 8:16 am

Uma em 100 gravidezes acontece fora do útero

por CATARINA CRISTÃO
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1199839

Uma norte-americana espantou a comunidade médica por estar à espera de dois bebés concebidos com 15 dias de diferença. Um caso raríssimo no mundo. Em Portugal, os médicos lidam com outras situações invulgares: gravidez ectópica e casos em que um feto absorve o outro gémeo.

Em todo o mundo estão apenas descritos dez casos como o da norte-americana Julia Grovenburg, de 31 anos, grávida de dois bebés com tempos de gestação diferentes Em Portugal não são conhecidas gestações semelhantes, mas há outros casos invulgares. A gravidez que se desenvolve fora do útero ou um feto que absorve o outro gémeo são situações raras, que os médicos já tiveram de enfrentar.

Armanda Tavares tinha 32 anos quando, ao engravidar pela segunda vez, descobriu que o embrião estava a desenvolver-se na trompa esquerda. Tinha, afinal, uma gravidez ectópica, que sucede em cada 100 gestações. "Acontece quando o embrião se implanta noutro local que não o útero", explica Ana Reynolds, especialista em ginecologia e obstetrícia, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, sublinhando que a esmagadora maioria dos casos ocorre na trompa. "Nestas gravidezes, o ovo, nas suas fases mais precoces, não consegue percorrer o trajecto até à cavidade uterina", refere. Na origem desta anomalia estão normalmente a obstrução da trompa ou a diminuição da sua mobilidade. É a causa mais frequente de morte materna no primeiro trimestre da gravidez.

Armanda Tavares conseguiu sobreviver, mas não ganhou para o susto. "Passei muito mal, principalmente porque o diagnóstico foi feito tardiamente, uma vez que, como tinha colocado o DIU (dispositivo intra-uterino para evitar a concepção), nem me passava pela cabeça que pudesse estar grávida", lembra a ex-funcionária pública, hoje com 59 anos.

Aos três meses de gestação as dores eram insuportáveis: "Tinha um mal-estar enorme, fartava-me de vomitar e só estava bem deitada no chão da cozinha, onde me sentia mais fresca." A barriga estava disforme, crescia apenas para a esquerda, e todos os médicos lhe diziam que corria risco de vida. "Corri mais de 20 consultórios em Lisboa e nenhum queria submeter-me a um aborto. Há 27 anos ainda havia muito preconceito". Armanda tinha uma filha com dois anos e chegou a temer o pior. "Disseram à minha irmã para eu decidir com quem ela ia ficar porque eu não ia sobreviver."

Com 11 anos de experiência em obstetrícia, Ana Reynolds já assistiu a cerca de duas dezenas destes casos. Diz que actualmente as mulheres já não correm tanto perigo. "Estes casos são diagnosticados mais precocemente porque os meios de diagnóstico são mais avançados", garante.

A maioria é detectada entre as seis e sete semanas de gestação, antes de surgir sinais clínicos de maior gravidade, como a rotura de trompa, que põem a mulher em perigo de vida. "Em todos os casos, é sempre uma gravidez inviável", garante. O tratamento pode fazer-se com medicamentos, de forma a que o feto regrida, ou pode ser cirúrgico, tal como acabou por acontecer com Armanda, na altura já grávida de quatro meses. "Depois de muita insistência, consegui que um médico do Porto me tirasse o feto e recuperei.".

Manuel Hermida, director do Serviço de Ginecologia do Garcia de Orta, em Almada, também se lembra de um caso com 20 anos. "Uma senhora chegou ao hospital de Santa Maria com uma hemorragia interna. Foi assim que se descobriu que tinha um feto no abdómen. Teve de ser operada de urgência."

Situações em que um feto é absorvido por outro durante a gestação são ainda mais raras: em média, acontece uma em cada 500 mil gravidezes de gémeos. "Aparecem alguns casos. Um dos gémeos vai regredindo e, em vez de ser absorvido pelo organismo da mãe até desaparecer, aloja-se no corpo do outro", explica Manuel Hermida. O "feto parasita" aloja-se normalmente na zona abdominal do outro bebé, que se desenvolve normalmente e se transforma numa massa amorfa. "Há casos em que o bebé sobrevivente vive com o irmão toda a vida, sem haver necessidade de o extrair", conclui o especialista.

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Out 04, 2009 8:32 am

Bebé só sobrevive em casos raros

Hoje

O director da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, só assistiu duas gravidezes ectópicas (fora do útero) em toda a sua carreira de mais de 30 anos.

E, num dos casos, o feto conseguiu mesmo sobreviver. Uma situação raríssima, admite Jorge Branco. "Estava a fazer o meu internato aqui na maternidade quando apareceu uma senhora com uma gravidez abdominal", conta o obstetra.

A gravidez já estava a meio quando foi diagnosticada e só conseguiu evoluir porque a placenta tem a capacidade de se acoplar aos outros órgãos, onde consegue ir buscar nutrientes. "Neste caso, foi ao fígado e ao intestino e o feto conseguiu formar-se normalmente", diz o director da MAC.

A criança nasceu às 40 semanas através de uma cirurgia abdominal. A mãe esteve internada durante meses na maternidade, mas conseguiu recuperar.

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty As várias gestações ectópicas

Mensagem por Joao Ruiz Dom Out 04, 2009 8:34 am

As várias gestações ectópicas

Hoje

Existem cinco tipos de gravidez ectópica, que diferem pelo local de implantação do óvulo

Tubária É a mais vulgar de entre os cinco géneros. Acontece quando o embrião não consegue chegar ao útero e se implanta numa das trompas. Nestes casos o feto só sobrevive se o embrião conseguir romper a trompa e alojar-se na cavidade abdominal.

Ovárica É a segunda mais frequente, mas ainda assim muito invulgar: acontece um caso em dez mil gestações ectópicas. Depois de o óvulo ser fecundado, sobe ao ovário, onde se aloja. A ruptura precoce é comum.

Abdominal Pode ser primária, quando o embrião sai do sistema reprodutivo e se implanta directamente na cavidade abdominal; ou secundária, quando este se aloja inicialmente na trompa e posteriormente no abdómen, após a ruptura tubal. É o único caso em que se registam gravidezes com termo.

Cervical A gestação desenvolve-se no útero, mas no colo. À primeira vista, assemelha-se a um tumor cervical.

Heterotópica Num caso de gravidez gemelar, um dos fetos está dentro do útero e o outro fora.

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Descoberta aranha que tece a maior teia do mundo

Mensagem por Joao Ruiz Qui Out 22, 2009 3:28 pm

Descoberta aranha que tece a maior teia do mundo

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1207358

O seu corpo tem 3,8 centímetros, da ponta de uma pata à outra mede 12 centímetros e a sua teia pode atingir um metro de diâmetro.

É a Nephila komaci, a maior aranha do mundo capaz de tecer uma teia. A descoberta, feita em Madagáscar e confirmada na África do Sul, foi apresentada na revista Plos One pelo biólogo esloveno Matjaz Kuntner e pelo colega Jonathan Coddington, do Instituto Smithsonian, em Washington.

A espécie é tão rara que nem o próprio Kunter viu uma viva. Identificou a nova Nephila através de um espécime que encontrou num museu em 2000. E contou com o apoio de um biólogo sul-africano, que viu outras três recentemente.

São as fêmeas que têm este tamanho gigante, sendo os machos cinco vezes mais pequenos. Apesar de todos os anos serem encontradas cerca de 400 novas espécies de aranhas, desde o século XIX não se descobria uma Nephila (aranha de seda de ouro).

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty 300 mil mortes/ano atribuíveis às alterações climáticas

Mensagem por Joao Ruiz Ter Nov 03, 2009 11:02 am

Ambiente

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1212361

300 mil mortes/ano atribuíveis às alterações climáticas

ONG Fundação para a Justiça Ambiental alerta que 325 milhões de pessoas são afectadas todos os anos pelas mudanças climáticas, que representam prejuízos superiores a 84 mil milhões de euros . E avisa que perto de 10% da população do planeta estão em situação de "risco extremo". Até 2050, o clima pode provocar 150 milhões de deslocados.

Trezentas mil mortes anuais. Cerca de 325 milhões de pessoas afectadas. Prejuízos da ordem dos 84, 3 mil milhões de euros. É esta a factura que - segundo a ONG britânica Fundação para Justiça Ambiental (EJF) - já é atribuível às alterações climáticas. Números que comprovam estar em causa não apenas um motivo de preocupação para o futuro, mas um problema com efeitos bem presentes.

No relatório "Não há lugar como a nossa casa: que destino para os refugiados do clima", divulgado hoje, a EJF vai ainda mais longe estimando quatro mil milhões de pessoas estão "vulneráveis" ao aquecimento global e que 500 a 600 milhões - 10% da população do planeta - se encontram já numa situação de "risco extremo".

Para esta ONG, o reflexo mais dramático das mudanças em curso serão os "refugiados do clima", que calcula poderem ascender aos 150 milhões em 2050.

Contas que a EJF faz recorrendo a relatórios e estimativas actuais, nomeadamente do painel intergovernamental das Nações Unidas para asAlterações Climáticas (IPCC), cujas conclusões de 2007 apontavam para a ocorrência de 400 desastres relacionados com o clima todos os anos, que obrigam à "assistência imediata" de 90 milhões de pessoas.

De resto, esta organização deixa bem claro o seu desprezo pelas teorias desvalorizando o real impacto do aquecimento global, bem como o papel da acção humana nesse processo.

"Há esmagadoras e inequívocas provas de que as alterações climáticas estão a acontecer", afirma a EJF, enumerando "impactos no nível do mar, cheias, secas, tempestades e outros eventos climáticos extremos".

Tudo isto, com a agravante de serem "as comunidades mais pobres, mais marginalizadas e mais remotas do mundo" a sofrer as principais consequências. Apoiá-las, acrescenta a ONG, é obrigatório, porque há consequências já inevitáveis, "mesmo com imediatas e robustas medidas aprovadas e implementadas".

Só em África, refere, "cerca de 10 milhões de pessoas migraram ou foram deslocadas nas duas últimas décadas devido à degradação ambiental e á desertificação.

Os impactos globais para os países em vias de desenvolvimento, alerta a EJF, deverão abranger "centenas de milhões de pessoas", deslocadas só pelo efeito da subida da água do mar. Em muitos países, por outro lado, deverá ser "a falta de água" a gerar fome e epidemias, além dos conflitos inerentes que poderão estalar em pelo menos "46 países".

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Bactérias perigosas nas gaivotas do Porto

Mensagem por Joao Ruiz Dom Nov 08, 2009 11:00 am

Bactérias perigosas nas gaivotas do Porto

por Helder Robalo
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1214475

Equipa do ICBAS analisou excrementos de gaivotas e constatou que bactérias que podem também ser encontradas no intestino humano apresentavam forte resistência a antibióticos. Deslocação de novas espécies de aves da Galiza para a zona do estuário do Douro está a obrigar as gaivotas a procurar alimentos mais no interior das cidades do Porto e de Matosinhos

O aumento da resistência de algumas bactérias existentes em gaivotas que se estão a deslocar para o interior do Porto - bactérias que também se encontram no intestino humano - preocupa investigadores portugueses, que temem que, em última análise, tal possa pôr em risco a própria saúde humana. Isto porque os excrementos das aves transformam-se num pó muito fino quando secam, que poderá entrar no organismo humano quando espalhado pelo vento.

Este alerta, divulgado no início de Setembro passado, surgiu após um estudo da equipa de investigadores liderada por Paulo Costa, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) no Porto. Primeiro, a equipa analisou os excrementos de gaivotas que habitam na orla costeira de Porto e Matosinhos, mais em concreto nas praias de Matosinhos e Leça da Palmeira. "Verificámos uma presença muito elevada e diversificada de estirpes da bactéria Escherichia coli (E. coli) que se mostrou resistente a 20 antimicrobianos testados", explica Paulo Costa.

Este investigador do ICBAS explica que esta maior resistência pode trazer complicações sérias à população porque, em caso de doença, "as bactérias podem entrar na circulação sanguínea e tornar o tratamento ainda mais complicado". O aumento da resistência é atribuído em grande parte ao consumo abusivo dos portugueses de antibióticos, mas também a um incorrecto tratamento das águas residuais.

A deslocação das gaivotas para o interior do Porto é explicada por vários factores, como a ameaça da chegada de novas espécies. Segundo Bordalo e Sá, também do ICBAS, "desde o acidente do Prestige [em Novembro de 2002] que se tem registado, no estuário do Douro, um aumento da presença de aves como os patos selvagens, corvos marítimos e garças-reais". Espécies que antes eram avistadas esporadicamente. Segundo este investigador, "as aves competem directamente com as gaivotas pelo espaço e pelos alimentos" numa área que vai desde os molhes do Douro até à barragem de Crestuma.

Descrevendo a luta como um típico caso de sobrevivência do mais adaptado, Bordalo e Sá explica que as gaivotas acabam por ir procurar os alimentos no interior das cidades. Além disso, salienta, "provavelmente, com esta nova ameaça, as gaivotas perderam os seus locais de nidificação e acabam a fazer os ninhos dentro das cidades".

Para Paulo Costa, não se têm notado alterações significativas em relação ao locais de nidificação das gaivotas. "A percepção que tenho é que continuam a nidificar nas escarpas costeiras e a pernoitar essencialmente nas praias de Leça da Palmeira e Matosinhos", explica. "Zonas que são mais abrigadas dos ventos", refere, mas também muito frequentadas pela população, o que agrava o risco de contágio.

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Re: Da Ciência... da Tecnologia...

Mensagem por Joao Ruiz Dom Nov 08, 2009 11:22 am

.
Lá vão as pobres gaivotas ser perseguidas, para abate.

Qualquer dia, acordamos e estamos sozinhos no mundo, felizes e contentes de termos exterminado tudo e todos, à nossa volta!

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Pílula dos cinco dias seguintes chega a Portugal em 2010

Mensagem por Joao Ruiz Dom Nov 15, 2009 9:37 am

Pílula dos cinco dias seguintes chega a Portugal em 2010

por ELISABETE SILVA
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1217405

'EllaOne' pode ser tomada até cinco dias após a relação sexual desprotegida. As alternativas existentes no mercado só evitam gravidez nas primeiras 72 horas e os médicos estão divididos quanto aos seus efeitos.

No próximo ano chegará às farmácias portuguesas uma nova "pílula do dia seguinte" que pode ser tomada até cinco dias após a relação sexual desprotegida, ao contrário dos três dias dos contraceptivos de emergência que hoje estão disponíveis. Estará à venda apenas com receita médica.

A ellaOne já está disponível nas farmácias da Grã-Bretanha, França e Alemanha, tendo autorização para circular em toda a UE desde 15 de Maio.

A Portugal só deve chegar no próximo ano, segundo o distribuidor no País, a Tecnifar. O Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) ainda não foi informado sobre a data do início da comercialização do medicamento, que já tem preço aprovado. Custará 33,10 euros por embalagem de um comprimido.

Segundo o laboratório que produz a nova pílula, a HRA Pharma, foram realizados testes clínicos em mais de quatro mil mulheres. E a substância activa do medicamento, ulipristal, garante uma eficácia na prevenção da gravidez até cinco dias após a relação sexual.

Fátima Palma, ginecologista da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, diz que o novo medicamento será muito útil. "É importante haver uma eficácia garantida por mais dias", afirma ao DN. Opinião partilhada por Duarte Vilar, director executivo da Associação para o Planeamento da Família: "Aumenta as opções de contracepção de emergência e é importante para prevenir a gravidez indesejada."

As três pílulas de emergência vendidas no País com efeito para 72 horas são procuradas sobretudo por mulheres entre os 18 e os 30 anos (63,4% de novas utilizadoras, diz um estudo do CEFAR de 2008). Mas os especialistas dividem-se quanto aos seus efeitos nocivos. Para o ginecologista Miguel Oliveira e Silva, "há uma falsa imagem de que não faz mal, mas estamos a falar de um dose hormonal muito alta num curto espaço de tempo". Este clínico alerta para o risco "de embolias e tromboses" para quem use excessivamente estas pílulas ou tenha antecedentes familiares destas doenças. "Só não há efeitos secundários registados, porque não são reportados ao Infarmed", salienta.

Já Fátima Palma minimiza os efeitos negativos da pílula do dia seguinte. Mas realça: "Não deve ser utilizada como meio de contracepção regular, até porque tem uma eficácia inferior à normal."

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Gémeas siamesas separadas com sucesso

Mensagem por Joao Ruiz Ter Nov 17, 2009 10:40 am

Gémeas siamesas separadas com sucesso

por DN
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1218399

Duas meninas do Bangladesh estavam ligadas pela cabeça e partilhavam vasos sanguíneos e tecido cerebral

Duas gémeas siamesas do Bangladesh foram separadas com sucesso no final de uma delicada operação de 25 horas, revelaram os médicos do hospital de Melbourne, na Austrália.

É muito cedo para saber se as duas raparigas de dois anos, Trishna e Krishna, que estavam ligadas pela cabeça e partilhavam vasos sanguíneos e tecido cerebral, sofreram alguns danos cerebrais.

As meninas vão ficar em coma para serem monotorizadas, tendo os médicos dito que têm 50% de hipóteses de não serem afectadas. “A equipa de 16 cirurgiões e enfermeiras conseguiu separar os cérebros e por enquanto estão ambas bem”, revelou o hospital.

As gémeas tinham sido encontradas num orfanato do Bangladesh, em 2007, por um representante da Fundação Children First, que as levou para a Austrália. Ásia e Oceânia; Austrália; gémeas siamesas

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Leite de burra dá sabonetes

Mensagem por Joao Ruiz Sex Nov 20, 2009 9:40 am

Leite de burra dá sabonetes

Transformação é feita em França, mas já há projecto para criar unidade em Vimioso


O leite de burra do Planalto Mirandês é usado em França para produzir sabonetes.
A ideia é portuguesa e pertence à empresa Tomelo, que decidiu aproveitar o leite de animais de raça asinina e alguns óleos extraídos de plantas silvestres.

Por enquanto, os sabonetes são fabricados no país dos gauleses, mas a transformação pode passar para Trás-os-Montes, já que o programa PROVERE «InovRural» aprovou uma destilaria de óleos essenciais de plantas silvestres, cuja unidade ficará instalada na Zona Industrial de Vimioso.

Para já, os sabonetes ainda não estão no mercado. Apenas foi produzido um lote experimental para dar andamento à ideia.

«Estamos a trabalhar para arranjar distribuidores. Vamos enviar 180 sabonetes de amostra para a Alemanha, admitindo que haja algum interesse ao nível internacional. Vamos tentar consolidar uma estrutura de venda regular do produto», avançou Jorge Lira, um dos responsáveis da Tomelo.

Segundo Bárbara Fráguas, outra das mentoras do projecto, «o leite, depois de extraído fica sob refrigeração. No final do dia é congelado, sendo nesta forma transportado pela para França, com vista à produção de sabonetes».

José Jambas, outros dos elementos envolvidos na ideia, considera que «os sabonetes são bastante cremosos e aconselhados para pessoas que tenham a pele seca ou andem muito tempo ao ar livre».

A título de curiosidade, refira-se que foram retirados 350 litros de leite proveniente de oito burras para produzir cerca de 10 mil sabonetes.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2009-11-18

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Primeiro porto espacial nasce no Novo México

Mensagem por Joao Ruiz Dom Nov 22, 2009 3:37 pm

Primeiro porto espacial nasce no Novo México

por Cláudia Melo
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1220819

A construção do primeiro aeroporto espacial, no deserto do Novo México, está em marcha. O projecto, seleccionado em concurso internacional, é da autoria de uma equipa multidisciplinar, liderada por Norman Foster, que tem larga experiência em aeroportos, mas para aviões.

A iniciativa de abrir o espaço aos turistas pertence ao multimilionário Richard Branson, que, através da sua empresa Virgin Galactic Suborbital Spaceliner, o pretende colocar a iniciativa privada a explorar um mercado até agora pertença exclusiva da Rússia. O futuro aeroporto espacial destina-se a comercializar o produto "Destino: Experiência", que possibilita viagens individuais acessíveis a qualquer pessoa que disponha para isso de 150 mil euros e boa saúde. Consiste num passeio de duas horas à volta da Terra e terá o seu clímax nos seis minutos de gravidade nula. A lista de espera, que já inclui portugueses, ascende agora às três centenas de pessoas.

A nova minibase espacial, um pequeno passo para o que se adivinha, contará, numa primeira fase, com um terminal e um hangar, que vão ocupar, em conjunto, 9290 metros quadrados. O hangar acolherá sete naves espaciais, bem como os serviços da "Virgin Galactic", que incluem o apoio pré e pós-voo, zonas administrativas, sala de espera e serviço de cafetaria.

A proposta de Norman Foster "apresenta um conceito que alia sensibilidade ambiental com tecnologia de ponta e uma imagem fantástica quando visto de cima…", refere a presidência do New Mexico Spaceport Authority.

Curiosamente, o edifício combina técnicas e materiais ancestrais de construção com novas tecnologias, como soluções de terra compactada tipo adobe e taipa com painéis fotovoltaicos para a geração de electricidade. A forma é orgânica, assemelhando-se a uma grande concha espalmada que emerge do solo, feita de betão armado e com grandes janelas, no topo, que se abrem e fecham.

Lateralmente, grandes superfícies envidraçadas permitem a entrada de luz, mas também assistir ao espectáculo cénico de ver as naves a levantar voo e aterrar.
Esta, e toda a obra de Norman Foster, tem preocupações de utilização racional de energia e de sustentabilidade, presentes na opção de utilização de sistemas passivos de aquecimento e arrefecimento, como os que recorrem ao solo como estabilizador de extremos de temperatura (solução ancestral e presente em todas as construções em climas quentes e secos no mundo), ou sistemas de recolha de águas pluviais para reciclagem.

Outra questão fundamental na proposta do arquitecto britânico é a qualidade das circulações e acessos. O público e os "astronautas" nunca se cruzam, excepto no acesso ao edifício, após a aterragem, feito através de um grande corredor escavado no solo.

Conforme sintetiza Norman Foster, "a estrutura não possibilitará apenas uma experiência dramática para astronautas e visitantes, mas irá servir de modelo ecológico para futuras unidades aeroespaciais".

Quiçá num futuro próximo, seja a vez de o turismo espacial chegar à Lua, uma vez que Norman Foster foi recentemente incumbido de estudar a solução arquitectónica para uma base aérea no nosso satélite natural.

In DN

Da Ciência... da Tecnologia... 14578

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Da Ciência... da Tecnologia... Empty Descobertas espécies que vivem na escuridão do mar

Mensagem por Joao Ruiz Ter Nov 24, 2009 2:21 pm



por BRUNO ABREU
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1221415

Uma equipa internacional de cientistas está a catalogar as espécies marinhas que vivem a grandes profundidades. A novidade é que já registaram mais de 23 mil espécies. Entre as mais estranhas encontra-se um 'polvo' de dois metros que recebeu o nome de 'Dumbo' por ter barbatanas em forma de orelha e uma minhoca que se alimenta de petróleo

Uma minhoca que come petróleo e um octópode (parecido com um polvo) com dois metros de comprimento são duas das milhares de espécies, que vivem nas profundidades dos mares e oceanos, que acabam de ser descobertas por uma equipa de cientistas para o projecto "Censo da Vida Marinha" (CVM). Catalogadas por estes investigadores, a maioria era desconhecida até agora.

Os investigadores do CVM, projecto internacional que apresentará em 2010 a primeira lista da vida marinha, registaram 17 650 espécies a mais de 200 metros de profundidade e 5722 a mais de um quilómetro. Este é o local que os estudiosos definem com "zona de crepúsculo", onde a ausência de luz impede o processo de fotossíntese e, por isso, a existência de uma flora activa.

Os cientistas expressaram a sua surpresa pela diversidade da vida nas profundidades abissais, onde se podem encontrar numerosos organismos vivos, já que muitas destas espécies chegam a viver a profundidades de até cinco quilómetros. Robert Carney, um dos responsáveis pelo projecto destacou que é "difícil de entender que haja tanta diversidade" no fundo dos mares e oceanos. "Apesar do solo dos fundos profundos parecer monótono e pobre em alimentos, existe lá a maior diversidade de espécies possível", assinalou Carney, que relacionou o fenómeno com os numerosos recursos dos organismos para sobreviver num ambiente tão hostil.

Entre as criaturas mais estranhas encontradas, descobriu-se um octópode (animal de oito patas) com dois metros de comprimento, que vive a 1,5 quilómetros de profundidade nas águas do centro do oceano Atlântico. Foi baptizado como "Dumbo" devido às grandes barbatanas em forma de orelha que utiliza para se propulsionar. Os investigadores destacaram a existência de um verme marinho que foi surpreendido enquanto ingeria crude nas águas do Golfo do México. Quando foi capturado do fundo marinho pelo braço de um robô, o crude jorrava aos litros do verme. Também no Golfo do México, mas a 2,7 quilómetros de profundidade, os cientistas registaram em vídeo o momento em que uma larva transparente caminhava apoiando-se nos seus numerosos tentáculos.

Os responsáveis classificaram como "indescritível" a quantidade de espécies descobertas.

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Mensagem por Joao Ruiz Sáb Dez 05, 2009 2:58 pm

Bactérias que despoluem terrenos contaminados

por HELDER ROBALO
Hoje

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A descontaminação de solos tem sido um dos desafios da ciência, sobretudo quando estes estão poluídos com metais pesados. O que torna ainda mais difícil a sua reutilização para outros fins. Uma equipa de investigadores portuguesa identificou várias espécies de bactérias mais resistentes a estes metais, que, por isso, são mais eficazes na a despoluir terrenos

O tratamento de terrenos contaminados com compostos orgânicos e metais pesados - como antigas bombas de gasolina - pode tornar--se mais fácil e económico graças aos resultados obtidos por um grupo de investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), num projecto envolvendo bactérias. O trabalho ainda se encontra numa fase laboratorial, mas os resultados "são bastante promissores", dizem os os responsáveis da equipa. De tal forma que até já há quem queria testar o projecto no terreno, garantem, sem adiantar pormenores.

Cristina Delerue-Matos, responsável do Grupo de Reacção e Análises Químicas (GRAQ) do ISEP, explica que "o projecto começou com uma investigação do professor Paolo De Marco, que já estava a estudar o trabalho das bactérias na limpeza de solos contaminados". "No decurso da experiência isolou algumas bactérias que tinham demonstrado maior resistência à presença de metais pesados", explica esta investigadora.

É que um dos principais obstáculos na remediação de solos contaminados com o recurso a bactérias é precisamente a sua grande sensibilidade à presença de metais pesados, mais tóxicos para elas, e que acabam por reduzir significativamente a sua actividade.

Embora, normalmente, em ambiente de laboratório, as bactérias apresentem bons resultados ao nível da recuperação dos solos, já no terreno surgem por vezes resultados não tão positivos. Isto apesar de a nível mundial já ser frequente o recurso à remediação de solos através de processos biológicos, até pelo facto de estes envolverem baixos custos.

No trabalho levado a cabo pelos investigadores do GRAQ, e que foi realizado em parceria como o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), procurou-se perceber "até que ponto era possível degradar compostos orgânicos dos solos na presença de metais pesados", explica Cristina Delerue-Matos.

Para isso foram usadas bactérias dos conjuntos Methylobacterium (estirpes PM1, Mi1 e F5.4) e Methylophilus (estirpe Ehg7), que, no trabalho de Paolo De Marco, se mostraram mais resistentes aos metais pesados (ver texto ao lado).

Além disso, na investigação, foram igualmente usados dois compostos orgânicos que, habitualmente, aparecem mais em solos contaminados com gasolinas ou solventes de metais: o tricloroetileno (TCE) e o éter terc-butil metílico (MTBE).

De acordo com os investigadores, os resultados alcançados são promissores, uma vez que, nos solos contaminados, as bactérias mantiveram a sua capacidade de degradação desses compostos orgânicos.

Cristina Delerue-Matos refere ainda que esta técnica de biorremediação dos solos, "além de ser mais eficiente e económica", poderá degradar eficazmente o poluente e, deste modo, tornar o terreno, após tratamento, reutilizável para diversos fins e com custos mais reduzidos quando comparados com tecnologias alternativas.

Por norma, explica, "em solos contaminados com gasolina é usual utilizar a técnica de extracção de vapor, que cria correntes de ar nos solos e que, deste modo, permite a remoção dos vapores tóxicos do solo". Uma técnica que, naturalmente, implica um esforço financeiro muito menor.

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Mensagem por Joao Ruiz Ter Dez 08, 2009 9:03 am

Árvores centenárias em risco de morrer

por BRUNO ABREU,
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1227595

Já 'viram' muita da história do nosso país, mas nem todas estão bem tratadas. Falamos das árvores classificadas como de Interesse Público.

Apesar de a esmagadora maioria estar em bom estado, algumas delas, com bastante importância, estão a adoecer, a secar ou não foram recuperadas depois de um acidente natural. No Algarve está a árvore mais antiga de Portugal

Catorze das 409 árvores nacionais classificadas de Interesse Público estão em mau estado vegetativo. O choupo-híbrido da Quinta dos Lilazes, em Lisboa, "com perigo de desprendimento de ramos" secos, e a azinheira da Herdade de Pias, em Mértola, "sem qualquer possibilidade de recuperação", são duas destas árvores, estando até em vias de desclassificação por estarem a secar, segundo indicou a Autoridade Florestal Nacional (AFN).

A "lista negra" da AFN integra o castanheiro de Guilhafonso, na Guarda, com 517 anos, "a viver em dificuldade por ter sido atingido por um raio", o sobreiro de Reguengo Grande, Odemira, que tem o tronco "oco e com podridões", e também o castanheiro de Alto dos Malhões, Bragança, que se encontra gravemente doente. Outro caso é a tamareira de Quinta da Prata, em Alhos Vedros, cuja copa esta a ficar sem cor devido à poluição do ar.

"De um modo geral, as árvores classificadas de Interesse Público apresentam-se em bom estado vegetativo, face à idade e ao local onde estão inseridas", explica Campos Andrada, técnico-superior da Direcção de Unidade de Defesa da Floresta da AFN. Mas, acrescenta, "muitas delas estão em stress", mesmo antes da classificação, porque se situam no meio da cidade, em "solos impermeabilizados e em caldeiras por vezes insuficientes para a sua dimensão". "Outras, por se encontrarem em parques ou jardins muito frequentados pelo público, ficam sujeitas à compactação de raízes", diz o técnico.

Apesar de secas, algumas árvores mantêm, excepcionalmente, o estatuto de interesse público, a mais alta distinção atribuída ao património arbóreo, pela sua história. É o caso do castanheiro com 737 anos localizado junto ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, Lamego, cuja solução encontrada para o salvar foi a plantação de uma hera no seu interior dando-lhe o formato de uma copa. Do "Carvalho do Presépio", Castro Daire, em cuja cavidade se fazia um presépio, apenas restam vestígios do tronco primitivo.

A árvore fica próximo da Capela de Nossa Senhora do Presépio, onde, de acordo com a tradição, descansavam e rezavam os templários. Foi plantada no interior de um velho carvalho que remontava à fundação de Portugal e que foi derrubado em 1987 por causa de um temporal que praticamente o destruiu.

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Dez 20, 2009 11:31 am

População dos tigres siberianos está em queda

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... Ng1232766

Uma investigação da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem revela que existem menos exemplares.

A população dos tigres de Amur, também conhecidos como tigres siberianos ou tigres de Ussuri, na Rússia, está em declínio, depois de uma década em que permaneceu mais ou menos estável, segundo um artigo do jornal The New York Times.

A investigação anual realizada pela Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (SCVS), um grupo ambiental localizado em Nova Iorque, junto de diversas organizações russas, revela uma queda de 41% na população de tigres Amur em relação à média dos últimos 12 anos.

"O declínio mais dramático ocorreu no último Inverno, de 2009, onde havia, nas nossas unidades de pesquisa, muito menos tigres do que em qualquer dos anos anteriores", afirmou Dale G. Miquelle, chefe do programa do Extremo Oriente Russo, da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem.

A forte queda de neve nos local onde habitam os tigres no Inverno, quando foi realizada a investigação, pode ter interferido nos dados.

A conservação deste animal, que esteve quase extinto há meio século, foi considerada um caso de êxito. Contudo, este novos dados põem em causa essa ideia.

Depois das baixas populacionais dos tigres da Índia e da China, verifica-se agora que o mesmo está a acontecer na Rússia.
"Estamos reduzidos a poucos milhares de tigres em todo o mundo e, isso é realmente muito pouco", considera John Robinson, vice-presidente executivo da SCVS.

Antes desta investigação estimava-se que existiam 400 a 500 exemplares do tigre de Amur nas regiões de Primorsky e Khabarovsky, na parte sul do chamado Extremo Oriente Russo, uma zona pouco povoada por humanos.

In DN

Da Ciência... da Tecnologia... 000203C6

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