Espanha cortará em 2009 vistos para imigrantes
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Espanha cortará em 2009 vistos para imigrantes
Espanha cortará em 2009 vistos para imigrantes
Ignacio de Los Reyes
Da BBC Mundo
O ministro do trabalho e Imigração da Espanha, Celestino Corbacho
O ministro Corbacho quer mais empregos para os espanhóis
O governo espanhol anunciou nesta quinta-feira que vai praticamente acabar, a partir de 2009, com a emissão de vistos para imigrantes contratados em seus países de origem para trabalhar na Espanha.
Segundo o ministro do Trabalho e da Imigração, Celestino Corbacho, a decisão foi tomada porque "não parece razoável" as empresas na Espanha contratarem imigrantes se o país vive um momento de alta no desemprego, com cerca de 2,5 milhões de pessoas sem trabalho.
Corbacho disse que espera que os espanhóis que estão perdendo seus empregos possam preencher as vagas de trabalho tradicionalmente ocupadas pelos imigrantes.
Leia também na BBC Brasil: Espanha não é mais terra prometida para imigrantes, diz ministro
As contratações serão apenas autorizadas em setores considerados de difícil cobertura por espanhóis. Ou seja, trabalhadores para funções pouco qualificadas não receberiam mais vistos.
Desde 2006, a Espanha firmou acordos com países latino-americanos e africanos para facilitar a entrada de trabalhadores no país.
A maior parte da mão-de-obra estrangeira contratada no país europeu sai de Marrocos, Colômbia e Equador, mas a Espanha também mantém acordos com República Dominicana, Argentina, El Salvador e Honduras.
Desde que começaram a vigorar, os acordos beneficiaram cerca de meio milhão de imigrantes – 88.180 só neste ano.
Reciclagem
De acordo com a Associação Ibero-Americana para a Cooperação, o Desenvolvimento e os Direitos Humanos, com sede em Madri, a decisão do governo espanhol vai "paralisar a economia" do país em um momento de dificuldades.
A presidente da associação, Elvira Pabón, disse que existe o perigo de que grupos especializados no tráfico de imigrantes ilegais se aproveitem da decisão espanhola.
Pabón também descartou a possibilidade de que espanhóis ocupem vagas que seriam desempenhadas pelos imigrantes. "Como o ministro (Corbacho) vai fazer para reciclar o pedreiro ou o garçom, transformando ele em um enfermeiro ou um especialista em eletrônica", questionou.
Segundo o jornal espanhol El País, o governo espanhol também está preparando um plano com o objetivo de qualificar trabalhadores de setores que estão perdendo vagas, como o da construção, para que ocupem setores considerados mais promissores, como o ambiental.
Além de tomar a medida contra os trabalhadores importados, o governo da Espanha também vem procurando incentivar a saída do país de imigrantes que se encontram sem trabalho.
Madri propõe dar dinheiro aos imigrantes desempregados que queiram voltar a seus locais de origem – algo que poderia potencialmente beneficiar cerca de 100 mil pessoas, a maioria procedente da América Latina.
Ignacio de Los Reyes
Da BBC Mundo
O ministro do trabalho e Imigração da Espanha, Celestino Corbacho
O ministro Corbacho quer mais empregos para os espanhóis
O governo espanhol anunciou nesta quinta-feira que vai praticamente acabar, a partir de 2009, com a emissão de vistos para imigrantes contratados em seus países de origem para trabalhar na Espanha.
Segundo o ministro do Trabalho e da Imigração, Celestino Corbacho, a decisão foi tomada porque "não parece razoável" as empresas na Espanha contratarem imigrantes se o país vive um momento de alta no desemprego, com cerca de 2,5 milhões de pessoas sem trabalho.
Corbacho disse que espera que os espanhóis que estão perdendo seus empregos possam preencher as vagas de trabalho tradicionalmente ocupadas pelos imigrantes.
Leia também na BBC Brasil: Espanha não é mais terra prometida para imigrantes, diz ministro
As contratações serão apenas autorizadas em setores considerados de difícil cobertura por espanhóis. Ou seja, trabalhadores para funções pouco qualificadas não receberiam mais vistos.
Desde 2006, a Espanha firmou acordos com países latino-americanos e africanos para facilitar a entrada de trabalhadores no país.
A maior parte da mão-de-obra estrangeira contratada no país europeu sai de Marrocos, Colômbia e Equador, mas a Espanha também mantém acordos com República Dominicana, Argentina, El Salvador e Honduras.
Desde que começaram a vigorar, os acordos beneficiaram cerca de meio milhão de imigrantes – 88.180 só neste ano.
Reciclagem
De acordo com a Associação Ibero-Americana para a Cooperação, o Desenvolvimento e os Direitos Humanos, com sede em Madri, a decisão do governo espanhol vai "paralisar a economia" do país em um momento de dificuldades.
A presidente da associação, Elvira Pabón, disse que existe o perigo de que grupos especializados no tráfico de imigrantes ilegais se aproveitem da decisão espanhola.
Pabón também descartou a possibilidade de que espanhóis ocupem vagas que seriam desempenhadas pelos imigrantes. "Como o ministro (Corbacho) vai fazer para reciclar o pedreiro ou o garçom, transformando ele em um enfermeiro ou um especialista em eletrônica", questionou.
Segundo o jornal espanhol El País, o governo espanhol também está preparando um plano com o objetivo de qualificar trabalhadores de setores que estão perdendo vagas, como o da construção, para que ocupem setores considerados mais promissores, como o ambiental.
Além de tomar a medida contra os trabalhadores importados, o governo da Espanha também vem procurando incentivar a saída do país de imigrantes que se encontram sem trabalho.
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