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Olivença
Ruas de Olivença voltam a ter nomes portugueses
por LUÍS MANETA, Évora
Hoje
No centro histórico da cidade, 73 ruas, calçadas e becos recuperam a toponímia original, mantendo também o nome espanhol. Proposta partiu da associação Além Guadiana.
As ruas de Olivença voltam a partir deste fim-de-semana a ostentar os nomes originais portugueses. "Era uma velha aspiração", diz ao DN o presidente da associação Além Guadiana, Joaquín Fuentes Becerra, de quem partiu a proposta de recuperar os velhos nomes das ruas oliventinas. "É uma maneira de desvendar parte do nosso passado português, de os oliventinos descobrirem aspectos pouco conhecidos da sua história."
A toponímia original das ruas, que nalguns casos remonta à Idade Média, é inspirada nos antigos grémios de artesãos (como as ruas dos Oleiros e dos Saboeiros), em pessoas notáveis da vila (becos de Rui Lobo e João da Gama, faceira de Afonso Mouro, rua de Maria da Cruz) ou em santos de devoção popular (entre os quais São Bartolomeu, São Bento e Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal).
"Alguns dos antigos nomes ainda são utilizados pela população", garante Joaquín Fuentes Becerra. "Muitos outros já se perderam na memória colectiva, sobretudo nos mais jovens. Achamos que recuperar os velhos nomes é reconciliarmo-nos com a história, abrir a porta de um velho armário que leva muitos anos fechado."
A proposta da Além Guadiana, associação criada em Olivença há mais de dois anos para promover a cultura portuguesa, foi apresentada a todas as forças políticas da cidade, acabando por ser aceite pelas autoridades espanholas, que decidiram recolocar os nomes originais sem no entanto alterar a actual denominação das ruas e mantendo a mesma tipologia das placas toponímicas.
Fonte da Câmara de Olivença explica que o projecto inclui 73 ruas, becos e calçadas ao longo de todo o centro histórico, sendo editado um folheto turístico, bilingue, com as duas denominações das diversas artérias. "A maior parte da toponímia urbana de Olivença foi substituída ou modificada na primeira metade do século XX, se bem que alguns nomes originais continuem sendo utilizados pela população, como os casos das ruas da Rala, da Pedra e da Carreira."
Segundo Joaquín Fuentes Becerra, os antigos nomes das ruas são uma "janela ao passado português da vila, mas também uma ferramenta de futuro com muitas implicações". "Ao nível cultural achamos que vai despertar o interesse dos oliventinos por conhecer mais da sua história: por exemplo, poucos sabem que os Gamas mais velhos eram daqui e que o próprio navegador Vasco da Gama tinha ligações familiares com Olivença."
O projecto permitirá ainda dar visibilidade à judiaria quinhentista da povoação (a "rua da Esnoga", por exemplo, remete para a localização da antiga sinagoga). "A toponímia é também um importante recurso turístico para o crescente número de visitantes portugueses e espanhóis, mais um atractivo para uma localidade que já constitui um importante destino turístico."
O presidente da Além Guadiana destaca também o "aspecto simbólico" da apresentação dos nomes em castelhano e português, considerando ser uma "maneira de compatibilizar duas culturas, de recuperar a história e de outorgar vigência à língua de Camões".
A recuperação da toponímia original "é algo que já tínhamos proposto há bastante tempo", diz, por sua vez, o professor universitário Gonçalo Couceiro Feio, presidente do Grupo dos Amigos de Olivença, associação com sede em Lisboa e que tem como principal objectivo "pugnar, por meios não violentos, pela reintegração de Olivença em Portugal".
"É uma forma bastante relevante de preservação de uma memória colectiva que vai ao encontro do património cultural, edificado e espiritual que é português de raiz", acrescenta Gonçalo Couceiro Feio, lembrando que muitos dos cerca de 30 mil habitantes da região de Olivença "são descendentes directos de portugueses, apesar de terem visto os seus apelidos castelhanizados".
In DN
por LUÍS MANETA, Évora
Hoje
No centro histórico da cidade, 73 ruas, calçadas e becos recuperam a toponímia original, mantendo também o nome espanhol. Proposta partiu da associação Além Guadiana.
As ruas de Olivença voltam a partir deste fim-de-semana a ostentar os nomes originais portugueses. "Era uma velha aspiração", diz ao DN o presidente da associação Além Guadiana, Joaquín Fuentes Becerra, de quem partiu a proposta de recuperar os velhos nomes das ruas oliventinas. "É uma maneira de desvendar parte do nosso passado português, de os oliventinos descobrirem aspectos pouco conhecidos da sua história."
A toponímia original das ruas, que nalguns casos remonta à Idade Média, é inspirada nos antigos grémios de artesãos (como as ruas dos Oleiros e dos Saboeiros), em pessoas notáveis da vila (becos de Rui Lobo e João da Gama, faceira de Afonso Mouro, rua de Maria da Cruz) ou em santos de devoção popular (entre os quais São Bartolomeu, São Bento e Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal).
"Alguns dos antigos nomes ainda são utilizados pela população", garante Joaquín Fuentes Becerra. "Muitos outros já se perderam na memória colectiva, sobretudo nos mais jovens. Achamos que recuperar os velhos nomes é reconciliarmo-nos com a história, abrir a porta de um velho armário que leva muitos anos fechado."
A proposta da Além Guadiana, associação criada em Olivença há mais de dois anos para promover a cultura portuguesa, foi apresentada a todas as forças políticas da cidade, acabando por ser aceite pelas autoridades espanholas, que decidiram recolocar os nomes originais sem no entanto alterar a actual denominação das ruas e mantendo a mesma tipologia das placas toponímicas.
Fonte da Câmara de Olivença explica que o projecto inclui 73 ruas, becos e calçadas ao longo de todo o centro histórico, sendo editado um folheto turístico, bilingue, com as duas denominações das diversas artérias. "A maior parte da toponímia urbana de Olivença foi substituída ou modificada na primeira metade do século XX, se bem que alguns nomes originais continuem sendo utilizados pela população, como os casos das ruas da Rala, da Pedra e da Carreira."
Segundo Joaquín Fuentes Becerra, os antigos nomes das ruas são uma "janela ao passado português da vila, mas também uma ferramenta de futuro com muitas implicações". "Ao nível cultural achamos que vai despertar o interesse dos oliventinos por conhecer mais da sua história: por exemplo, poucos sabem que os Gamas mais velhos eram daqui e que o próprio navegador Vasco da Gama tinha ligações familiares com Olivença."
O projecto permitirá ainda dar visibilidade à judiaria quinhentista da povoação (a "rua da Esnoga", por exemplo, remete para a localização da antiga sinagoga). "A toponímia é também um importante recurso turístico para o crescente número de visitantes portugueses e espanhóis, mais um atractivo para uma localidade que já constitui um importante destino turístico."
O presidente da Além Guadiana destaca também o "aspecto simbólico" da apresentação dos nomes em castelhano e português, considerando ser uma "maneira de compatibilizar duas culturas, de recuperar a história e de outorgar vigência à língua de Camões".
A recuperação da toponímia original "é algo que já tínhamos proposto há bastante tempo", diz, por sua vez, o professor universitário Gonçalo Couceiro Feio, presidente do Grupo dos Amigos de Olivença, associação com sede em Lisboa e que tem como principal objectivo "pugnar, por meios não violentos, pela reintegração de Olivença em Portugal".
"É uma forma bastante relevante de preservação de uma memória colectiva que vai ao encontro do património cultural, edificado e espiritual que é português de raiz", acrescenta Gonçalo Couceiro Feio, lembrando que muitos dos cerca de 30 mil habitantes da região de Olivença "são descendentes directos de portugueses, apesar de terem visto os seus apelidos castelhanizados".
In DN
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