Por Clara Ferreira Alves «Play it again, uncle Sam»
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Viracopos
Socialista Trotskista
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Por Clara Ferreira Alves «Play it again, uncle Sam»
«Play it again, uncle Sam»
unica@expresso.pt
A direita americana parece constituída por um grupo de imbecis evangélicos
Alterar tamanho
HUMPHREY Bogart dizia para Ingrid Bergman em «Casablanca»: o mundo está a desfazer-se enquanto nos apaixonamos. Não era a altura ideal para o devaneio amoroso. O mundo está a desfazer-se, pelo menos em lugares onde não convém que se desfaça mais, como o Afeganistão, o Paquistão, o Iraque, os Territórios Ocupados, o Zimbabwe, a Somália, o Sudão, para não mencionar casos menos graves, da Geórgia à Coreia do Norte, e que discutem apaixonadamente os especialistas e eleitores americanos nos seus jornais e televisões, blogues e editoriais, colunas e tribunas? A gravidez da filha de 17 anos de Sarah Palin, a governadora do Alasca escolhida por John McCain para lhe suceder caso alguma coisa aconteça a John MacCain durante a pendência do mandato se ganhar as eleições.
Eu espero que não ganhe. Não por causa de Sarah Palin, menos ainda por causa da sua filha grávida mas, também por causa de Sarah Palin. Sarah Palin não tem qualificações nem experiência para ser vice-presidente dos Estados Unidos da América, ponto final parágrafo. E não me interessa se é mulher ou homem. Ou hermafrodita. A verdade é que já se estava à espera disto, a caça à mulher. Qualquer mulher. Não necessariamente uma mulher qualificada e preparada, apenas uma mulher que se apresenta como mãe, esposa, caçadora de lobos e ursos e amiga da família, de gatilhos e de trenós. Contra a educação sexual nas escolas, contra o aborto, contra Darwin e a favor da teoria de Adão e Eva mais a maçã e a serpente como origem da espécie. A mulher faz-me arrepios, e já agora, talvez a educação sexual nas escolas tivesse protegido a adolescente de uma gravidez indesejada e nos tivesse poupado a nós esta discussão global.
Enquanto Hillary Clinton viu a sua extraordinária competência posta em causa todos os dias, por ser mulher e por muitas outras razões descendentes do ódio de género, e viu a sua campanha dar azo aos mais grosseiros insultos e desconfianças por parte de parte de uma seita e de uma direita que não descansou enquanto não a abateu, a desconhecida e ignorante Sarah Palin é incensada como sendo a «salvação». Da campanha de John McCain. E aquela que vai roubar os votos das mulheres de Hillary. A falta de escrúpulos alia-se ao primarismo da argumentação. Sarah Palin, que nada é ao Palin dos Monty Python (daria um fogacho de simpatia) tem um daqueles perfis que ficam bem nas revistas cor-de-rosa, com muita originalidade, muita ingenuidade e muita imprevisibilidade. Uma espécie de maria-rapaz, ex-miss regional, que não leu muitos livros e nunca precisou de os ler. Para uma pequena terra do Alasca, excelente. Para o estado do Alasca, razoável. Para a Casa Branca? Catastrófica. Sarah Palin demonstra menos sapiência geo-estratégica do que Bush Júnior antes do mandato.
Os especialistas conservadores continuam a dizer que a senhora é uma dádiva do céu, por ser socialmente conservadora e anti-aborto, dois requisitos para mandar no mundo. Rush Limbaugh chamou-lhe «babe», o que vindo do animal que é Limbaugh, e que praticamente chamou a Hillary uma prostituta, deve soar a elogio. A direita americana parece constituída por um grupo de imbecis evangélicos que dão à tona de quatro em quatro anos, como a espuma nos rios poluídos. Nem toda a direita é assim mas esta é a direita que faz ganhar eleições. Hillary não servia porque toda a gente sabe quem é. Obama não serve porque ninguém sabe quem é. Apesar das biografias, das notícias, do vasculho do passado de Jacarta a Nairobi, do programa, do currículo, das testemunhas e de anos de campanhas, ninguém «sabe» quem é o senador Barack Obama. A América não sabe quem é Obama, dizem eles, referindo-se à América como um todo constituído por uma população politicamente analfabeta. Como caricaturava Jon Stewart, os conservadores amam a América acima de tudo, só não gostam de metade dos americanos. Esta gente não aprende nada e não esquece nada. Ao cabo de oito anos de Bush Júnior e do seu provincianismo coloquial, pensar que direita americana pode eleger um aviador que quer ficar a combater cem anos no Iraque (ele quer, a sra. Rice não) e mais a co-piloto Palin, é uma anedota assustadora. «Play, it again, Uncle Sam.» Claro que a direita pode escapar a muitas coisas a que a esquerda não escapa, simplesmente porque, como diziam Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway, «rich are different». Têm mais dinheiro do que os outros. E nada intimida mais o mundo das ideias do que a presença do dinheiro. Na excelente biografia da CNN descobria-se que McCain mentiu e enganou a primeira mulher, doente e deficiente a seguir a um desastre de viação, várias vezes (lembram-se de John Edwards?). E pediu a licença de casamento para se casar com a actual sem ter pedido o divórcio. McCain não comentou. Porque, como diz a colunista do «NY Times» Maureen Dowd, depois de ter dito que não usaria a prisão no Vietname como arma de campanha, McCain responde a todas as perguntas sacando da arma. É um livre-trânsito para os erros e falhas de carácter. Sarah Palin tem uma única vantagem, faz Dick Cheney parecer um estadista.
http://clix.semanal.expresso.pt/unica/opiniao.asp?edition=1871&articleid=ES301432
unica@expresso.pt
A direita americana parece constituída por um grupo de imbecis evangélicos
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HUMPHREY Bogart dizia para Ingrid Bergman em «Casablanca»: o mundo está a desfazer-se enquanto nos apaixonamos. Não era a altura ideal para o devaneio amoroso. O mundo está a desfazer-se, pelo menos em lugares onde não convém que se desfaça mais, como o Afeganistão, o Paquistão, o Iraque, os Territórios Ocupados, o Zimbabwe, a Somália, o Sudão, para não mencionar casos menos graves, da Geórgia à Coreia do Norte, e que discutem apaixonadamente os especialistas e eleitores americanos nos seus jornais e televisões, blogues e editoriais, colunas e tribunas? A gravidez da filha de 17 anos de Sarah Palin, a governadora do Alasca escolhida por John McCain para lhe suceder caso alguma coisa aconteça a John MacCain durante a pendência do mandato se ganhar as eleições.
Eu espero que não ganhe. Não por causa de Sarah Palin, menos ainda por causa da sua filha grávida mas, também por causa de Sarah Palin. Sarah Palin não tem qualificações nem experiência para ser vice-presidente dos Estados Unidos da América, ponto final parágrafo. E não me interessa se é mulher ou homem. Ou hermafrodita. A verdade é que já se estava à espera disto, a caça à mulher. Qualquer mulher. Não necessariamente uma mulher qualificada e preparada, apenas uma mulher que se apresenta como mãe, esposa, caçadora de lobos e ursos e amiga da família, de gatilhos e de trenós. Contra a educação sexual nas escolas, contra o aborto, contra Darwin e a favor da teoria de Adão e Eva mais a maçã e a serpente como origem da espécie. A mulher faz-me arrepios, e já agora, talvez a educação sexual nas escolas tivesse protegido a adolescente de uma gravidez indesejada e nos tivesse poupado a nós esta discussão global.
Enquanto Hillary Clinton viu a sua extraordinária competência posta em causa todos os dias, por ser mulher e por muitas outras razões descendentes do ódio de género, e viu a sua campanha dar azo aos mais grosseiros insultos e desconfianças por parte de parte de uma seita e de uma direita que não descansou enquanto não a abateu, a desconhecida e ignorante Sarah Palin é incensada como sendo a «salvação». Da campanha de John McCain. E aquela que vai roubar os votos das mulheres de Hillary. A falta de escrúpulos alia-se ao primarismo da argumentação. Sarah Palin, que nada é ao Palin dos Monty Python (daria um fogacho de simpatia) tem um daqueles perfis que ficam bem nas revistas cor-de-rosa, com muita originalidade, muita ingenuidade e muita imprevisibilidade. Uma espécie de maria-rapaz, ex-miss regional, que não leu muitos livros e nunca precisou de os ler. Para uma pequena terra do Alasca, excelente. Para o estado do Alasca, razoável. Para a Casa Branca? Catastrófica. Sarah Palin demonstra menos sapiência geo-estratégica do que Bush Júnior antes do mandato.
Os especialistas conservadores continuam a dizer que a senhora é uma dádiva do céu, por ser socialmente conservadora e anti-aborto, dois requisitos para mandar no mundo. Rush Limbaugh chamou-lhe «babe», o que vindo do animal que é Limbaugh, e que praticamente chamou a Hillary uma prostituta, deve soar a elogio. A direita americana parece constituída por um grupo de imbecis evangélicos que dão à tona de quatro em quatro anos, como a espuma nos rios poluídos. Nem toda a direita é assim mas esta é a direita que faz ganhar eleições. Hillary não servia porque toda a gente sabe quem é. Obama não serve porque ninguém sabe quem é. Apesar das biografias, das notícias, do vasculho do passado de Jacarta a Nairobi, do programa, do currículo, das testemunhas e de anos de campanhas, ninguém «sabe» quem é o senador Barack Obama. A América não sabe quem é Obama, dizem eles, referindo-se à América como um todo constituído por uma população politicamente analfabeta. Como caricaturava Jon Stewart, os conservadores amam a América acima de tudo, só não gostam de metade dos americanos. Esta gente não aprende nada e não esquece nada. Ao cabo de oito anos de Bush Júnior e do seu provincianismo coloquial, pensar que direita americana pode eleger um aviador que quer ficar a combater cem anos no Iraque (ele quer, a sra. Rice não) e mais a co-piloto Palin, é uma anedota assustadora. «Play, it again, Uncle Sam.» Claro que a direita pode escapar a muitas coisas a que a esquerda não escapa, simplesmente porque, como diziam Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway, «rich are different». Têm mais dinheiro do que os outros. E nada intimida mais o mundo das ideias do que a presença do dinheiro. Na excelente biografia da CNN descobria-se que McCain mentiu e enganou a primeira mulher, doente e deficiente a seguir a um desastre de viação, várias vezes (lembram-se de John Edwards?). E pediu a licença de casamento para se casar com a actual sem ter pedido o divórcio. McCain não comentou. Porque, como diz a colunista do «NY Times» Maureen Dowd, depois de ter dito que não usaria a prisão no Vietname como arma de campanha, McCain responde a todas as perguntas sacando da arma. É um livre-trânsito para os erros e falhas de carácter. Sarah Palin tem uma única vantagem, faz Dick Cheney parecer um estadista.
http://clix.semanal.expresso.pt/unica/opiniao.asp?edition=1871&articleid=ES301432
Socialista Trotskista- Pontos : 41
Re: Por Clara Ferreira Alves «Play it again, uncle Sam»
O mundo está a desfazer-se, pelo menos em lugares onde não convém que se desfaça mais, como o Afeganistão, o Paquistão, o Iraque, os Territórios Ocupados, o Zimbabwe, a Somália, o Sudão, para não mencionar casos menos graves, da Geórgia à Coreia do Norte, e que discutem apaixonadamente os especialistas e eleitores americanos nos seus jornais e televisões, blogues e editoriais, colunas e tribunas? A gravidez da filha de 17 anos de Sarah Palin, a governadora do Alasca escolhida por John McCain para lhe suceder caso alguma coisa aconteça a John MacCain durante a pendência do mandato se ganhar as eleições.
adorei
Viracopos- Pontos : 580
Re: Por Clara Ferreira Alves «Play it again, uncle Sam»
GOD BLESS AMERICA
GOD BLESS GEORGE W.BUSH
GOD BLESS JOHN SIDNEY MACCAIN
GOD BLESS GEORGE W.BUSH
GOD BLESS JOHN SIDNEY MACCAIN
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Por Clara Ferreira Alves «Play it again, uncle Sam»
Estava a ler CFA e a comparar o que dizia (escrevia) com o representante dessa gente aqui no forum. E pensei. Porra, tudo encaixa no homem. Ser divorciado, tolerante para com as opcções sexuais de cada um, liberdade para a mulher decidir sobre a sua vida sexual e/ou maternal é logo apelidado de protector de pedófilos, mal paridos, repugnantes e outros mimos reles. Ser proxeneta, viver á custa de mulheres, exibir de uma forma animalesca e primária as mulheres que diz ter comido, desertor etc. é promover o emprego, o emprededorismo e outras qualidades supremas. CFA não é o meu modelo. Não a suporto no "Eixo do Mal". Mas ás vezes acerta no alvo. Pelo menos aqui.
Viriato- Pontos : 16657
Re: Por Clara Ferreira Alves «Play it again, uncle Sam»
RONALDO ALMEIDA escreveu:GOD BLESS AMERICA
GOD BLESS GEORGE W.BUSH
GOD BLESS JOHN SIDNEY MACCAIN
Caro Senhor Ron. Há uma coisa que me confunde as ideias. Não sou religiosa embora aceite as crenças de cada um. Estou mesmo convencida de que a religião não será o "ópio do povo" mas "a ganza da intolerância". Claro que é uma opinião muito minha. Mas há um inigma que me intriga. Misturar deus com coisas tão terrenas, como países, governantes ou outras humanas criaturas, não cria o risco de reduzir deus aos erros que, inevitavelmente, os homens podem cometer? É que para mim (assim me foi ensinado na catequese) deus é o modelo de todas as virtudes e o Homem um ser com tendência para o pecado.... Ora aí está um tema que lá no forum das burkas nunca haveria receptividade e que aqui, pelo que acompanho, poderia ter êxito.
Mimi- Pontos : 1
Re: Por Clara Ferreira Alves «Play it again, uncle Sam»
GOD BLESS AMERICA, e uma frasemuito USADA nos USA!!!
Como nao e AMERICANA, nao entende. SO ISSO!!
Como nao e AMERICANA, nao entende. SO ISSO!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Por Clara Ferreira Alves «Play it again, uncle Sam»
Mimi escreveu:RONALDO ALMEIDA escreveu:GOD BLESS AMERICA
GOD BLESS GEORGE W.BUSH
GOD BLESS JOHN SIDNEY MACCAIN
Caro Senhor Ron. Há uma coisa que me confunde as ideias. Não sou religiosa embora aceite as crenças de cada um. Estou mesmo convencida de que a religião não será o "ópio do povo" mas "a ganza da intolerância". Claro que é uma opinião muito minha. Mas há um inigma que me intriga. Misturar deus com coisas tão terrenas, como países, governantes ou outras humanas criaturas, não cria o risco de reduzir deus aos erros que, inevitavelmente, os homens podem cometer? É que para mim (assim me foi ensinado na catequese) deus é o modelo de todas as virtudes e o Homem um ser com tendência para o pecado.... Ora aí está um tema que lá no forum das burkas nunca haveria receptividade e que aqui, pelo que acompanho, poderia ter êxito.
Minha cara MImi
Tem toneladas de razão
Isto de invocar GOD para Tudo e para tudo dá ca uma barafunda dos Diabos ( Diabo é o oposto de GOD )
Estou a lembrar-me dos Castelhanos a afiarem a moca para invadirem Portugal porque diziam eles o REI de Portugal lhes pertencia
E o Rei João das Castelas atacou os atacadores ( que no BraSIL SE CHAMA CADORCIOS ) e meteu-se a milhas fazendo-se acompanhar por fidalgos Portugueses ( MUITOOOOS ) e também muitos soldados franceses
O santo padroeiro de Espanha era
S. Tiago ( Tiago futebolista nada a ver ) Devia ser SAN Tiago de COMPOSTELA que era na altura quem mais milagres fazia
Repare agora o nosso Mestre de Aviz a coçar na cabeça
PORRA !
Esta exclamação ja era tipica na altura ...pois ... o Pois e o coçar na tola era porque o Santo português também era São Tiago ( na altura escrevia-se San = ta a var os acordos com o Brasil ...)
Reuniu-se o estado maior da intelectualidade e aí estava um meu tio Avô o famoso
_ ZE da MOca
Lúcido e capaz de enfiar umas costeletas no bucho com meia de tinto ele que no meio dos 700 archeiros ingleses que vieram para nos proteger e falava inglês na perfeição perguntou a um dos bifes
-Pá qual é o vosso Santo ?
- S. Cristiano Ronaldo disseram eles
Porra na gozem ...o Verdadeiro
AHHHHHH ...esse chama S. Jorge
S. Jorge !
Aí o Ze da Moca bate no ombro do mestre de AVIZ e exclama com a boca ainda com meia dose de febra
Chefe o santo agora chama-se S. Jorge
O Mestre que acreditava piamente no MOCAS perguntou
- ZE achas que isso é santo valido ?
- Vai por mim porras !
E foi assim que com os cavalos engatados em 4ª e os Portugueses no Chão á espera do embate se ouviram os seguintes gritos
POR SAN TIAGO
POR S: JORGE
a MALTA ganhamos por 4 a zero
GOD bless S. Jorge
in gloriosas vitorias lusas Historias de Portugal by Vitor mango editora eltinto
Vitor mango- Pontos : 117569
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