"Está tudo por fazer ao nível da reconstrução do Haiti"
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
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"Está tudo por fazer ao nível da reconstrução do Haiti"
"Está tudo por
fazer ao nível da reconstrução do Haiti"
Um milhão e meio de
haitianos continuam desalojados seis meses depois da catástrofe
00h04m
CLÁUDIA LUÍS
Água, casas, salubridade. O básico
ainda falta no Haiti. Seis meses após o sismo que roubou cerca de 250
mil vidas, as instituições humanitárias no local enfrentam grandes
dificuldades. Há quem pergunte: Para onde foi o dinheiro doado para
reconstruir o país?Há seis meses recebíamos a notícia da
devastação total causada por sucessivos terramotos na zona
Port-au-Prince, capital do país. O mais forte marcou 7.0 na escala de
Richter. Escombros e cadáveres por todo o lado. A desgraça do povo
haitiano moveu o Mundo numa mega-operação solidária de doações
monetárias para recuperar o Haiti. Pouco mudou. Seis meses depois.
"A Cruz Vermelha e outras
instituições continuam a assegurar uma grande quantidade de água e
instalações sanitárias em nome das autoridades haitianas", diz Alastair
Burnett, responsável pela missão da Cruz Vermelha britânica no Haiti. O
relatório desta organização humanitária é claro: o Governo precisa de
assumir o controlo e providenciar o básico da salubridade ao seu povo e o
apoio da comunidade internacional para fazê-lo é essencial. E
"regressar, simplesmente, aos níveis de salubridade antes do sismo não é
aceitável", frisa Burnett, apelando a um projecto sustentável a longo
prazo. Note-se que, antes do terramoto, o Haiti era considerado o país
mais pobre da América Latina e o único do Mundo com níveis decrescentes
de condições sanitárias: apenas 17% da população tinha acesso a uma
sanita.O balanço dos Médicos Sem Fronteiras é ainda mais
categórico: "Ainda está tudo por fazer ao nível da reconstrução do
Haiti", declarou, citado pelo "El Mundo" o chefe da missão, Gabriel
Sanchéz. "Seis meses depois da tragédia, as principais causas de
sofrimento das vítimas continuam sem resposta", acrescentou. Naquela
que é "a maior operação humanitária da história" da organização criada
há 40 anos, Gabriel Sanchéz alerta para a situação dos desalojados. "O
emprego de plástico é lógico durante umas semanas após um desastre, mas
viver nessas condições durante meses já não é". Com a aproximação da
época das chuvas e dos furacões, os Médicos Sem Fronteiras temem uma
crise de epidemias, devido à falta de higiene em que vivem as pessoas.Mas
construir ou reconstruir habitações, hospitais, serviços públicos e
escolas é uma missão dificultada pela actual disputa de terras entre os
haitianos. Antes do sismo, apenas 5% do território estava legalmente
registado. A maioria passava as suas terras de geração em geração,
oralmente. Neste momento, é quase tudo terra de ninguém e o fenómeno da
ocupação ilegal alastra. Mesmo os empresários haitianos têm tido
dificuldade em obter empréstimos bancários, porque não têm como provar
que são proprietários de terras. São vários os analistas
internacionais que lançam - abertamente - a questão: para onde foram os
cerca de 7 mil milhões de dólares doados ao Haiti? Onde foram aplicados.
Ora, cabe à Comissão de Reconstrução do Haiti, liderada por Bill
Clinton e pelo primeiro-ministro haitiano Jean-Max Bellerive, controlar
os destinos financeiros das doações. As dúvidas aguardam uma resposta
clara.
fazer ao nível da reconstrução do Haiti"
Um milhão e meio de
haitianos continuam desalojados seis meses depois da catástrofe
00h04m
CLÁUDIA LUÍS
Água, casas, salubridade. O básico
ainda falta no Haiti. Seis meses após o sismo que roubou cerca de 250
mil vidas, as instituições humanitárias no local enfrentam grandes
dificuldades. Há quem pergunte: Para onde foi o dinheiro doado para
reconstruir o país?Há seis meses recebíamos a notícia da
devastação total causada por sucessivos terramotos na zona
Port-au-Prince, capital do país. O mais forte marcou 7.0 na escala de
Richter. Escombros e cadáveres por todo o lado. A desgraça do povo
haitiano moveu o Mundo numa mega-operação solidária de doações
monetárias para recuperar o Haiti. Pouco mudou. Seis meses depois.
foto AFP PHOTO/Thony BELIZAIRE |
"A Cruz Vermelha e outras
instituições continuam a assegurar uma grande quantidade de água e
instalações sanitárias em nome das autoridades haitianas", diz Alastair
Burnett, responsável pela missão da Cruz Vermelha britânica no Haiti. O
relatório desta organização humanitária é claro: o Governo precisa de
assumir o controlo e providenciar o básico da salubridade ao seu povo e o
apoio da comunidade internacional para fazê-lo é essencial. E
"regressar, simplesmente, aos níveis de salubridade antes do sismo não é
aceitável", frisa Burnett, apelando a um projecto sustentável a longo
prazo. Note-se que, antes do terramoto, o Haiti era considerado o país
mais pobre da América Latina e o único do Mundo com níveis decrescentes
de condições sanitárias: apenas 17% da população tinha acesso a uma
sanita.O balanço dos Médicos Sem Fronteiras é ainda mais
categórico: "Ainda está tudo por fazer ao nível da reconstrução do
Haiti", declarou, citado pelo "El Mundo" o chefe da missão, Gabriel
Sanchéz. "Seis meses depois da tragédia, as principais causas de
sofrimento das vítimas continuam sem resposta", acrescentou. Naquela
que é "a maior operação humanitária da história" da organização criada
há 40 anos, Gabriel Sanchéz alerta para a situação dos desalojados. "O
emprego de plástico é lógico durante umas semanas após um desastre, mas
viver nessas condições durante meses já não é". Com a aproximação da
época das chuvas e dos furacões, os Médicos Sem Fronteiras temem uma
crise de epidemias, devido à falta de higiene em que vivem as pessoas.Mas
construir ou reconstruir habitações, hospitais, serviços públicos e
escolas é uma missão dificultada pela actual disputa de terras entre os
haitianos. Antes do sismo, apenas 5% do território estava legalmente
registado. A maioria passava as suas terras de geração em geração,
oralmente. Neste momento, é quase tudo terra de ninguém e o fenómeno da
ocupação ilegal alastra. Mesmo os empresários haitianos têm tido
dificuldade em obter empréstimos bancários, porque não têm como provar
que são proprietários de terras. São vários os analistas
internacionais que lançam - abertamente - a questão: para onde foram os
cerca de 7 mil milhões de dólares doados ao Haiti? Onde foram aplicados.
Ora, cabe à Comissão de Reconstrução do Haiti, liderada por Bill
Clinton e pelo primeiro-ministro haitiano Jean-Max Bellerive, controlar
os destinos financeiros das doações. As dúvidas aguardam uma resposta
clara.
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