Jorge Moreira da Silva
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
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Jorge Moreira da Silva
Jorge Moreira da Silva
Nervoso com a queda do PSD nas sondagens Jorge Moreira da Silva, o ajudante de campo de Pacheco Pereira na vergonhosa comissão de inquérito, resolveu lançar aproveitar-se de uma opinião da ministra da Educação para ser estrela num sábado em que a maioria dos portugueses pensavam estar livres de políticos idiotas. Digamos que Jorge Moreira da Silva tentou comemorar à sua maneira o aniversário da famosa comunicação ao país feita por Cavaco Silva a propósito do estatuto dos Açores.
Só que a ministra não disse o que o governo ia fazer, disse o que ela como ministra pensava o que não é a mesma coisa. Ao questionar o governo sobre uma opinião da ministra Jorge Moreira da Silva mostra ser alguém tão obtuso que não admite que um ministro possa ter e dar a conhecer as suas oposição.
Enfim, como diria Miguel Relva o Jorge Moreira da Silva anda muito nervoso.
A ministra disse o que pensava e que chumbar não é solução, mas não disse que não chumbar significava passar sem mais nem menos, mas sim que era necessário um tratamento especial.
««As crianças repetem o ano e essa repetição quase nunca é benéfica em termos de evolução da aprendizagem», disse a ministra na entrevista divulgada este sábado.
A ministra defende que «deve haver uma audição dos parceiros, das escolas e dos docentes para encontrar uma alternativa em que as pessoas se reconheçam» e está disposta a lançar o debate. «As reformas impostas, concebidas por um grupo de pessoas que propões uma alternativa radical e em que as pessoas não se revêem não são compreendidas», defendeu.» [Portugal Diário]
«O PSD considera "grave", "errado", embora "não surpreendente", a intenção do Governo de acabar com os chumbos no Ensino e avisa que envidará esforços em sede parlamentar para impedir a medida de avançar.
O partido considera a Educação um tema "demasiado sério para ir de férias" e considerou que o primeiro-ministro deve ainda hoje "recuar" e dar explicações ao país.» [JN]
Eu não tenho, de momento, opinião formada. Mas claro que foi completamente deturpado o que a Ministra disse. Disse que estava a pensar em alternativas, que as mesmas seriam postas a um amplo debate público e (esse pormenor escapou a todos os comentaristas, claro) que o seu projecto seria baseado em experiências já implementadas com sucesso nos países nórdicos, que como sabemos, têm taxas de qualidade e quantidade educacionais invejáveis em todo o mundo.
Nervoso com a queda do PSD nas sondagens Jorge Moreira da Silva, o ajudante de campo de Pacheco Pereira na vergonhosa comissão de inquérito, resolveu lançar aproveitar-se de uma opinião da ministra da Educação para ser estrela num sábado em que a maioria dos portugueses pensavam estar livres de políticos idiotas. Digamos que Jorge Moreira da Silva tentou comemorar à sua maneira o aniversário da famosa comunicação ao país feita por Cavaco Silva a propósito do estatuto dos Açores.
Só que a ministra não disse o que o governo ia fazer, disse o que ela como ministra pensava o que não é a mesma coisa. Ao questionar o governo sobre uma opinião da ministra Jorge Moreira da Silva mostra ser alguém tão obtuso que não admite que um ministro possa ter e dar a conhecer as suas oposição.
Enfim, como diria Miguel Relva o Jorge Moreira da Silva anda muito nervoso.
A ministra disse o que pensava e que chumbar não é solução, mas não disse que não chumbar significava passar sem mais nem menos, mas sim que era necessário um tratamento especial.
««As crianças repetem o ano e essa repetição quase nunca é benéfica em termos de evolução da aprendizagem», disse a ministra na entrevista divulgada este sábado.
A ministra defende que «deve haver uma audição dos parceiros, das escolas e dos docentes para encontrar uma alternativa em que as pessoas se reconheçam» e está disposta a lançar o debate. «As reformas impostas, concebidas por um grupo de pessoas que propões uma alternativa radical e em que as pessoas não se revêem não são compreendidas», defendeu.» [Portugal Diário]
«O PSD considera "grave", "errado", embora "não surpreendente", a intenção do Governo de acabar com os chumbos no Ensino e avisa que envidará esforços em sede parlamentar para impedir a medida de avançar.
O partido considera a Educação um tema "demasiado sério para ir de férias" e considerou que o primeiro-ministro deve ainda hoje "recuar" e dar explicações ao país.» [JN]
Eu não tenho, de momento, opinião formada. Mas claro que foi completamente deturpado o que a Ministra disse. Disse que estava a pensar em alternativas, que as mesmas seriam postas a um amplo debate público e (esse pormenor escapou a todos os comentaristas, claro) que o seu projecto seria baseado em experiências já implementadas com sucesso nos países nórdicos, que como sabemos, têm taxas de qualidade e quantidade educacionais invejáveis em todo o mundo.
Viriato- Pontos : 16657
Re: Jorge Moreira da Silva
O novo alvo
Ninguém quer debater nada sobre educação. O que interessa são frases feitas e tempos de antena para indignações totalmente disparatadas sem sequer se tentar perceber o que está em jogo. A forma como os vários partidos da oposição, os sindicatos dos professores e muitos comentadores reagiram às declarações da Ministra da Educação em relação ao necessário debate sobre o insucesso e o abandono escolar, recolocando o problema das reprovações numa base diferente daquela que até hoje vigora, pelo investimento das famílias, dos alunos e dos professores no trabalho e na responsabilização, tentando que se aumente o nível de aprendizagem de cada aluno, demonstra, mais uma vez, a falta de verdadeiro debate, não só político como técnico. Mal se fala em pensar a sério sobre qualquer assunto, todos os esforços se unem para matar as ideias à partida, para destruir qualquer embrião de mudança.
O objectivo de qualquer escola, de qualquer sociedade, deve ser que todos os seus membros atinjam o mais elevado grau de aprendizagem e de formação, num mundo que se transforma cada vez mais e cada vez mais depressa. Como Isabel Alçada diz, devemos olhar para os melhores resultados atingidos noutros países, com outros sistemas, compará-los e melhorar o nosso. Não nos devemos resignar a ser piores que os outros porque a nossa sociedade não dá valor à educação. É precisamente aí que se deve actuar, a começar nas escolas. Isso exige muito mais dos pais, dos alunos e dos professores, não menos.
Já foi encontrado o mote para destruir mais uma Ministra da Educação - a Ministra que quer acabar com os chumbos, acabar com a exigência e o rigor, aumentando o facilitismo.
publicado por Sofia Loureiro dos Santos
Ninguém quer debater nada sobre educação. O que interessa são frases feitas e tempos de antena para indignações totalmente disparatadas sem sequer se tentar perceber o que está em jogo. A forma como os vários partidos da oposição, os sindicatos dos professores e muitos comentadores reagiram às declarações da Ministra da Educação em relação ao necessário debate sobre o insucesso e o abandono escolar, recolocando o problema das reprovações numa base diferente daquela que até hoje vigora, pelo investimento das famílias, dos alunos e dos professores no trabalho e na responsabilização, tentando que se aumente o nível de aprendizagem de cada aluno, demonstra, mais uma vez, a falta de verdadeiro debate, não só político como técnico. Mal se fala em pensar a sério sobre qualquer assunto, todos os esforços se unem para matar as ideias à partida, para destruir qualquer embrião de mudança.
O objectivo de qualquer escola, de qualquer sociedade, deve ser que todos os seus membros atinjam o mais elevado grau de aprendizagem e de formação, num mundo que se transforma cada vez mais e cada vez mais depressa. Como Isabel Alçada diz, devemos olhar para os melhores resultados atingidos noutros países, com outros sistemas, compará-los e melhorar o nosso. Não nos devemos resignar a ser piores que os outros porque a nossa sociedade não dá valor à educação. É precisamente aí que se deve actuar, a começar nas escolas. Isso exige muito mais dos pais, dos alunos e dos professores, não menos.
Já foi encontrado o mote para destruir mais uma Ministra da Educação - a Ministra que quer acabar com os chumbos, acabar com a exigência e o rigor, aumentando o facilitismo.
publicado por Sofia Loureiro dos Santos
Viriato- Pontos : 16657
Re: Jorge Moreira da Silva
Falta de seriedade
Todos os portugueses passaram pela escola e sabem como o problema dos repetentes é desprezado pelo nossos sistema de ensino, a regra é empurrá-los para as famosas "turmas dos repetentes, onde vão chumbando sucessivamente até serem rejeitados pelo sistema de ensino. Mesmo que o fenómeno das “turmas de repetentes” não tenha a dimensão do passado, a verdade é que o que importa para muitas escolas é a taxa de sucesso, os que chumbam são peças defeituosas que pouco contam individualmente, apenas o peso do insucesso é um dado irrelevante.
Quando um aluno que chumbou começa um novo ano merece um tratamento especial? Os novos professores contam com um dossier com informação pormenorizada das dificuldades que o aluno sentiu? Os encarregados de educação foram envolvidos ou aceitaram envolver-se numa estratégia de recuperação? Duvido que se faça muito, o aluno chumba e recebe o mesmo tratamento dos restantes alunos da turma. O mais certo é reprovar de novo e tudo volta a acontecer.
Mas centrar as causas do insucesso na escola pode ser um erro, há grupos sociais e étnicos que desvalorizam a importância da escola, os pais estão muito pouco preocupados com a prestação dos seus filhos. Em Portugal os pais, mesmo os que vivem de apoios sociais são responsabilizados pela falta de empenho na educação dos alunos. Nem eles querem saber das escolas nem as escolas quem saber deles, para um director de turma é mais fácil dialogar com o pai de um aluno bem sucedido do que com um pai que é capaz de reagir ao insucesso ou problemas disciplinares dos filhos com violência.
Da mesma forma que na miséria tende a eternizar-se ao tornar-se em miséria cultural, a reprovação tende consolidar-se, uma boa parte dos alunos que reprovam fazem-no mais de uma vez, muitos deles não chegam a concluir a escolaridade obrigatória, muitos poucos conseguirão superar os problemas e ter uma carreira de sucesso na escola.
Perante este problema e sendo certo que o actual modelo não funciona o mínimo que se espera é que se reflicta sobre as soluções, foi o que parece que a ministra da Educação propôs. Infelizmente não há seriedade no debate político, os partidos da oposição aproveitaram para se engalfinharem e dizerem “aqui d’El Rei que a ministra quer bandalhice!”. Aliás, pela reacção aos resultados de exames pode-se concluir que para os nossos políticos e até para as associações de professores um dos indicadores da qualidade do sistema de ensino é a quantidade de chumbos. Quantos mais chumbos maior o rigor, quanto maior rigor melhor o ensino. Pensam assim porque é o que populaça quer ouvir e, infelizmente, querem debater o ensino com os argumentos da populaça.
É lamentável o baixo nível de seriedade a que chegou o debate político em Portugal, nem mesmo num sector tão importante para o país os nossos políticos dispensam, os argumentos sujos.
Publicada por Jumento
Todos os portugueses passaram pela escola e sabem como o problema dos repetentes é desprezado pelo nossos sistema de ensino, a regra é empurrá-los para as famosas "turmas dos repetentes, onde vão chumbando sucessivamente até serem rejeitados pelo sistema de ensino. Mesmo que o fenómeno das “turmas de repetentes” não tenha a dimensão do passado, a verdade é que o que importa para muitas escolas é a taxa de sucesso, os que chumbam são peças defeituosas que pouco contam individualmente, apenas o peso do insucesso é um dado irrelevante.
Quando um aluno que chumbou começa um novo ano merece um tratamento especial? Os novos professores contam com um dossier com informação pormenorizada das dificuldades que o aluno sentiu? Os encarregados de educação foram envolvidos ou aceitaram envolver-se numa estratégia de recuperação? Duvido que se faça muito, o aluno chumba e recebe o mesmo tratamento dos restantes alunos da turma. O mais certo é reprovar de novo e tudo volta a acontecer.
Mas centrar as causas do insucesso na escola pode ser um erro, há grupos sociais e étnicos que desvalorizam a importância da escola, os pais estão muito pouco preocupados com a prestação dos seus filhos. Em Portugal os pais, mesmo os que vivem de apoios sociais são responsabilizados pela falta de empenho na educação dos alunos. Nem eles querem saber das escolas nem as escolas quem saber deles, para um director de turma é mais fácil dialogar com o pai de um aluno bem sucedido do que com um pai que é capaz de reagir ao insucesso ou problemas disciplinares dos filhos com violência.
Da mesma forma que na miséria tende a eternizar-se ao tornar-se em miséria cultural, a reprovação tende consolidar-se, uma boa parte dos alunos que reprovam fazem-no mais de uma vez, muitos deles não chegam a concluir a escolaridade obrigatória, muitos poucos conseguirão superar os problemas e ter uma carreira de sucesso na escola.
Perante este problema e sendo certo que o actual modelo não funciona o mínimo que se espera é que se reflicta sobre as soluções, foi o que parece que a ministra da Educação propôs. Infelizmente não há seriedade no debate político, os partidos da oposição aproveitaram para se engalfinharem e dizerem “aqui d’El Rei que a ministra quer bandalhice!”. Aliás, pela reacção aos resultados de exames pode-se concluir que para os nossos políticos e até para as associações de professores um dos indicadores da qualidade do sistema de ensino é a quantidade de chumbos. Quantos mais chumbos maior o rigor, quanto maior rigor melhor o ensino. Pensam assim porque é o que populaça quer ouvir e, infelizmente, querem debater o ensino com os argumentos da populaça.
É lamentável o baixo nível de seriedade a que chegou o debate político em Portugal, nem mesmo num sector tão importante para o país os nossos políticos dispensam, os argumentos sujos.
Publicada por Jumento
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