Agricultura e pescas
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Agricultura e pescas
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Proibir pesca faz disparar predadores
por ROBERTO DORES, S
Hoje
Mais de mil pessoas protestam contra o plano de ordenamento do parque natural
Os pescadores das zonas de Setúbal e Sesimbra alertam que, nos últimos tempos, começaram a capturar várias espécies de peixes feridas por predadores. Uma contrariedade para o negócio que é atribuída pelos profissionais às restrições impostas à pesca pelo Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA), já que, desde 2006, a actividade passou a ser permitida apenas a 450 metros da costa, o que criou condições ao desenvolvimento de predadores como a moreia, o cherne ou a garoupa junto à praia.
A denúncia foi feita, ontem, pelos manifestantes nas 250 embarcações de recreio e de pesca ao largo do Portinho da Arrábida. Mais de mil pessoas protestaram, pelo terceiro ano, contra as regras do POPNA, exigindo a sua revisão, após os quatro polémicos anos de vigência. O Ministério do Ambiente visa impedir as embarcações - incluindo canoas e caiaques - de navegarem entre o Portinho da Arrábida e a praia da Figueirinha, autorizando os barcos a fundearem apenas a 450 metros da costa. Ontem, ecoaram as buzinadelas e palavras de ordem a partir do mar, vigiadas atentamente por agentes da autoridade marítima.
Joana Santos, mestre em Biologia da Conservação, não ficou surpreendida com as lesões no pescado, justificando que, mesmo excessiva, a pesca nesta zona de restrição total representava um factor de "pressão natural no meio", alertando que o fim das capturas provocou desequilíbrios. "Quando os predadores deixaram de ser capturados passaram a predar mais as presas, ferindo os maiores peixes que acabam por não conseguir comer." Ela diz até que a própria salema cresceu de forma significativa devorando a pradaria marinha. Urge "criar uma forma de gestão para uma pesca mínima, mesmo que seja rotativa", diz, garantindo ser chegada a hora dos responsáveis políticos reverem o POPNA "conciliando biologia e investigação, com os aspectos sociais e económicos".
Foi esta a razão que levou António Augusto, pescador de Sesimbra, a participar na concentração, alegando que sem pescar junto ao Portinho tem um prejuízo de 30%. "Aqui está o melhor peixe, linguado, choco e raia. A minha embarcação não vai muito longe. A opção é o norte do cabo Espichel, mas não é a mesma coisa", disse, ao sugerir a criação de uma reserva de "interesse pesqueiro".
João Cerqueira, um dos promotores do protesto - onde havia camisolas e bandeira pretas -, avisou que, se após esta luta, não existir uma revisão do POPNA "será estudada outra forma de se expor o assunto".
In DN
Proibir pesca faz disparar predadores
por ROBERTO DORES, S
Hoje
Mais de mil pessoas protestam contra o plano de ordenamento do parque natural
Os pescadores das zonas de Setúbal e Sesimbra alertam que, nos últimos tempos, começaram a capturar várias espécies de peixes feridas por predadores. Uma contrariedade para o negócio que é atribuída pelos profissionais às restrições impostas à pesca pelo Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA), já que, desde 2006, a actividade passou a ser permitida apenas a 450 metros da costa, o que criou condições ao desenvolvimento de predadores como a moreia, o cherne ou a garoupa junto à praia.
A denúncia foi feita, ontem, pelos manifestantes nas 250 embarcações de recreio e de pesca ao largo do Portinho da Arrábida. Mais de mil pessoas protestaram, pelo terceiro ano, contra as regras do POPNA, exigindo a sua revisão, após os quatro polémicos anos de vigência. O Ministério do Ambiente visa impedir as embarcações - incluindo canoas e caiaques - de navegarem entre o Portinho da Arrábida e a praia da Figueirinha, autorizando os barcos a fundearem apenas a 450 metros da costa. Ontem, ecoaram as buzinadelas e palavras de ordem a partir do mar, vigiadas atentamente por agentes da autoridade marítima.
Joana Santos, mestre em Biologia da Conservação, não ficou surpreendida com as lesões no pescado, justificando que, mesmo excessiva, a pesca nesta zona de restrição total representava um factor de "pressão natural no meio", alertando que o fim das capturas provocou desequilíbrios. "Quando os predadores deixaram de ser capturados passaram a predar mais as presas, ferindo os maiores peixes que acabam por não conseguir comer." Ela diz até que a própria salema cresceu de forma significativa devorando a pradaria marinha. Urge "criar uma forma de gestão para uma pesca mínima, mesmo que seja rotativa", diz, garantindo ser chegada a hora dos responsáveis políticos reverem o POPNA "conciliando biologia e investigação, com os aspectos sociais e económicos".
Foi esta a razão que levou António Augusto, pescador de Sesimbra, a participar na concentração, alegando que sem pescar junto ao Portinho tem um prejuízo de 30%. "Aqui está o melhor peixe, linguado, choco e raia. A minha embarcação não vai muito longe. A opção é o norte do cabo Espichel, mas não é a mesma coisa", disse, ao sugerir a criação de uma reserva de "interesse pesqueiro".
João Cerqueira, um dos promotores do protesto - onde havia camisolas e bandeira pretas -, avisou que, se após esta luta, não existir uma revisão do POPNA "será estudada outra forma de se expor o assunto".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Programa PRODER
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Programa PRODER
Mundo Rural absorve milhões do Leader
Mais de 17 milhões de euros vão ser investidos no distrito de Bragança, no âmbito do Programa Proder
O Teatro Municipal de Vila Real acolheu, na passada sexta-feira, a cerimónia de entrega de Contratos de Financiamento aos beneficiários dos projectos aprovados na região Norte no âmbito do programa PRODER.
As candidaturas aprovadas representam 66 milhões de euros, que vão possibilitar a criação de 791 empregos directos, num total de 456 projectos aprovados.
A medida que teve o maior número de projectos apoiados foi a do desenvolvimento de micro empresas (135), seguida do desenvolvimento de actividades turística e de lazer (115 projectos), e ainda a diversificação de actividades de exploração agrícola (44 projectos).
O financiamento é a fundo perdido entre 40% e 60% do investimento em função dos postos de trabalho criados.
Presente na cerimónia esteve o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro, que garantiu que antigamente a taxa de execução do Proder “era baixa, mas as coisas têm melhorados nos últimos anos”.
Rui Pedro Barreira explicou que aquele programa “é hoje conhecido como tendo recuperado um atraso e mostrado que existe e que a agricultura e o mundo rural estão presentes”.
Sobre as candidaturas aprovadas, o secretário de Estado frisou a importância de os apoios se destinarem ao aumento do número de postos de trabalho, ao apoio às pequenas e médias empresas e à inovação. “Demonstra que o Ministério da Agricultura está onde as actividades agrícolas contribuem de uma forma decisiva para a fixação de população no interior e para a criação de postos de trabalho. Ora este é um objectivo nacional face à crise em que nos encontramos, cada posto de trabalho tem um valor acrescido e no interior do país ainda têm mais valor porque nós queremos um país equilibrado”, referiu. O investimento ali anunciado é, para Rui Pedro Barreira, “a demonstração clara de que a agricultura tem importância decisiva na recuperação da economia portuguesa e pode ser o motor de desenvolvimento”.
No distrito de Bragança são três as entidades consideradas chefes de fila
No distrito de Bragança são três as entidades consideradas chefes de fila, nomeadamente a CORANE, para os quatro concelhos da Terra Fria (Bragança, Vimioso, Miranda do Douro e Vinhais); a DESTEQUE, na Terra Quente (Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães e Alfândega da Fé); e a Associação do Douro Superior (Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Mogadouro).
Para os quatro concelhos do Douro Superior foram aprovados cerca de 5 milhões de euros de investimento, sendo 2 milhões de euros a fundo perdido. O montante agradou a Ilídio Mesquita, responsável por aquela associação, que adiantou que a verba se destina a projectos variados, como pequenos comércios, turismo em espaço rural e empresas de animação turística. “Embora na região Norte se esteja a falar de mais de 60 milhões de euros de investimento, para o Douro Superior é uma pequena fatia, mas é o que nós podíamos ter. São projectos com dinheiro, alguns dos nosso promotores já receberam, tem havido celeridade nos pagamentos”, afirmou.
Igualmente satisfeito estava José Rodrigues, presidente do órgão de gestão da CORANE, que deu conta de que para os concelhos da Terra Fria foram aprovados mais ou menos 5 milhões de euros de investimento, com 2 milhões de euros a fundo perdido. “Houve vários projectos que mereceram aprovação. É bom. São de várias áreas de actividade, apoio social, casas de turismo rural”, realçou.
Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-10-13
In DTM
Programa PRODER
Mundo Rural absorve milhões do Leader
Mais de 17 milhões de euros vão ser investidos no distrito de Bragança, no âmbito do Programa Proder
O Teatro Municipal de Vila Real acolheu, na passada sexta-feira, a cerimónia de entrega de Contratos de Financiamento aos beneficiários dos projectos aprovados na região Norte no âmbito do programa PRODER.
As candidaturas aprovadas representam 66 milhões de euros, que vão possibilitar a criação de 791 empregos directos, num total de 456 projectos aprovados.
A medida que teve o maior número de projectos apoiados foi a do desenvolvimento de micro empresas (135), seguida do desenvolvimento de actividades turística e de lazer (115 projectos), e ainda a diversificação de actividades de exploração agrícola (44 projectos).
O financiamento é a fundo perdido entre 40% e 60% do investimento em função dos postos de trabalho criados.
Presente na cerimónia esteve o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro, que garantiu que antigamente a taxa de execução do Proder “era baixa, mas as coisas têm melhorados nos últimos anos”.
Rui Pedro Barreira explicou que aquele programa “é hoje conhecido como tendo recuperado um atraso e mostrado que existe e que a agricultura e o mundo rural estão presentes”.
Sobre as candidaturas aprovadas, o secretário de Estado frisou a importância de os apoios se destinarem ao aumento do número de postos de trabalho, ao apoio às pequenas e médias empresas e à inovação. “Demonstra que o Ministério da Agricultura está onde as actividades agrícolas contribuem de uma forma decisiva para a fixação de população no interior e para a criação de postos de trabalho. Ora este é um objectivo nacional face à crise em que nos encontramos, cada posto de trabalho tem um valor acrescido e no interior do país ainda têm mais valor porque nós queremos um país equilibrado”, referiu. O investimento ali anunciado é, para Rui Pedro Barreira, “a demonstração clara de que a agricultura tem importância decisiva na recuperação da economia portuguesa e pode ser o motor de desenvolvimento”.
No distrito de Bragança são três as entidades consideradas chefes de fila
No distrito de Bragança são três as entidades consideradas chefes de fila, nomeadamente a CORANE, para os quatro concelhos da Terra Fria (Bragança, Vimioso, Miranda do Douro e Vinhais); a DESTEQUE, na Terra Quente (Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães e Alfândega da Fé); e a Associação do Douro Superior (Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Mogadouro).
Para os quatro concelhos do Douro Superior foram aprovados cerca de 5 milhões de euros de investimento, sendo 2 milhões de euros a fundo perdido. O montante agradou a Ilídio Mesquita, responsável por aquela associação, que adiantou que a verba se destina a projectos variados, como pequenos comércios, turismo em espaço rural e empresas de animação turística. “Embora na região Norte se esteja a falar de mais de 60 milhões de euros de investimento, para o Douro Superior é uma pequena fatia, mas é o que nós podíamos ter. São projectos com dinheiro, alguns dos nosso promotores já receberam, tem havido celeridade nos pagamentos”, afirmou.
Igualmente satisfeito estava José Rodrigues, presidente do órgão de gestão da CORANE, que deu conta de que para os concelhos da Terra Fria foram aprovados mais ou menos 5 milhões de euros de investimento, com 2 milhões de euros a fundo perdido. “Houve vários projectos que mereceram aprovação. É bom. São de várias áreas de actividade, apoio social, casas de turismo rural”, realçou.
Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-10-13
In DTM
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Explorações convertidas em Trás-os-Montes
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Produções de leite fecham
Explorações convertidas em Trás-os-Montes
Os produtores de leite de Trás-os-Montes estão a encerrar explorações por causa da crise. Outros estão a reconvertê-las em suiniculturas.
As apostas dos criadores de gado viram-se agora para a suinicultura ou para a criação de gado ovino e caprino, actividades consideradas «mais rentáveis».
Para o líder da Associação de Produtores de Leite do Planalto Mirandês, Higino Ribeiro, os custos de produção são incomportáveis. «O preço do leite é pago a 30 cêntimos. O quilo de ração custa 35 cêntimos. Além disso, temos de acrescentar o preço dos fertilizantes e gasóleo», contabilizou.
Só nos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro fecharam portas 16 explorações de gado leiteiro em 2010, o que representa uma quebra de produção mensal de 200 mil litros de leite, produzidos por cerca de 400 vacas que saíram da região.
Lusa, 2011-01-25
Produções de leite fecham
Explorações convertidas em Trás-os-Montes
Os produtores de leite de Trás-os-Montes estão a encerrar explorações por causa da crise. Outros estão a reconvertê-las em suiniculturas.
As apostas dos criadores de gado viram-se agora para a suinicultura ou para a criação de gado ovino e caprino, actividades consideradas «mais rentáveis».
Para o líder da Associação de Produtores de Leite do Planalto Mirandês, Higino Ribeiro, os custos de produção são incomportáveis. «O preço do leite é pago a 30 cêntimos. O quilo de ração custa 35 cêntimos. Além disso, temos de acrescentar o preço dos fertilizantes e gasóleo», contabilizou.
Só nos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro fecharam portas 16 explorações de gado leiteiro em 2010, o que representa uma quebra de produção mensal de 200 mil litros de leite, produzidos por cerca de 400 vacas que saíram da região.
Lusa, 2011-01-25
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Parlamento vai ouvir ministro da Agricultura sobre crise do sector do leite
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Planalto Mirandês
Parlamento vai ouvir ministro da Agricultura sobre crise do sector do leite
O ministro da Agricultura, António Serrano, vai ser ouvido na Comissão Parlamentar de Agricultura sobre a crise do sector leite numa iniciativa pedida de urgência pelo PCP e agendada para 15 de Fevereiro, anunciou hoje o deputado Agostinho Lopes.
Um requerimento apresentado a 20 de Dezembro na Assembleia da República deu origem a esta audição parlamentar conjunta, em que serão ouvidos também os principais agentes da fileira, como produtores, cooperativas, associações agrícolas e representantes dos sectores transformador e comercial.
A audição tem como objectivos fazer um ponto da situação, avaliar as consequências das propostas e decisões avançadas pela Comissão Europeia, nomeadamente sobre a liquidação das quotas leiteiras e permitir definir orientações e medidas de defesa do sector.
Agostinho Lopes anunciou hoje, em Bragança, que a audição parlamentar está agendada para 15 de Fevereiro, começando por ouvir o conjunto das estruturas da fileira do leite a que se seguirá a audição do ministro António Serrano.
O parlamentar comunista falava depois de um encontro com produtos de leite do Planalto Mirandês, no Nordeste Transmontano, que produzem actualmente metade dos 100 a 120 mil litros diários de leite produzidos há algumas décadas.
Segundo o deputado, os produtores queixam-se de que os 29/30 cêntimos que recebem por litro de leite não pagam os custos de produção. “O que se está a traduzir no abandono da produção e vai aparecendo a ideia de que alguns estarão a deslocar-se para outras produções de raças autóctones”, disse.
De acordo com o deputado, “este não é um problema exclusivo dos produtores do Planalto Mirandês, é um problema que já atinge as duas principais bacias leiteiras do país: entre Douro e Minho e Douro Litoral”.
Agostinho Lopes sublinhou que “o sector do leite é dos poucos em que Portugal é auto-suficiente e a abrir-se este buraco o país estaria a agudizar a balança comercial e o endividamento externo”.
No pedido da audição parlamentar, Agostinho Lopes refere que “este quadro nacional aparece em contracorrente com a situação de outros países da União Europeia, onde se verificou uma clara subida de preços do leite à produção”.
Lusa, 2011-02-01
Planalto Mirandês
Parlamento vai ouvir ministro da Agricultura sobre crise do sector do leite
O ministro da Agricultura, António Serrano, vai ser ouvido na Comissão Parlamentar de Agricultura sobre a crise do sector leite numa iniciativa pedida de urgência pelo PCP e agendada para 15 de Fevereiro, anunciou hoje o deputado Agostinho Lopes.
Um requerimento apresentado a 20 de Dezembro na Assembleia da República deu origem a esta audição parlamentar conjunta, em que serão ouvidos também os principais agentes da fileira, como produtores, cooperativas, associações agrícolas e representantes dos sectores transformador e comercial.
A audição tem como objectivos fazer um ponto da situação, avaliar as consequências das propostas e decisões avançadas pela Comissão Europeia, nomeadamente sobre a liquidação das quotas leiteiras e permitir definir orientações e medidas de defesa do sector.
Agostinho Lopes anunciou hoje, em Bragança, que a audição parlamentar está agendada para 15 de Fevereiro, começando por ouvir o conjunto das estruturas da fileira do leite a que se seguirá a audição do ministro António Serrano.
O parlamentar comunista falava depois de um encontro com produtos de leite do Planalto Mirandês, no Nordeste Transmontano, que produzem actualmente metade dos 100 a 120 mil litros diários de leite produzidos há algumas décadas.
Segundo o deputado, os produtores queixam-se de que os 29/30 cêntimos que recebem por litro de leite não pagam os custos de produção. “O que se está a traduzir no abandono da produção e vai aparecendo a ideia de que alguns estarão a deslocar-se para outras produções de raças autóctones”, disse.
De acordo com o deputado, “este não é um problema exclusivo dos produtores do Planalto Mirandês, é um problema que já atinge as duas principais bacias leiteiras do país: entre Douro e Minho e Douro Litoral”.
Agostinho Lopes sublinhou que “o sector do leite é dos poucos em que Portugal é auto-suficiente e a abrir-se este buraco o país estaria a agudizar a balança comercial e o endividamento externo”.
No pedido da audição parlamentar, Agostinho Lopes refere que “este quadro nacional aparece em contracorrente com a situação de outros países da União Europeia, onde se verificou uma clara subida de preços do leite à produção”.
Lusa, 2011-02-01
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Morte súbita de castanheiros
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Morte súbita de castanheiros
Provavelmente, a morte súbita de castanheiros bastante novos sempre ocorreu.
Proprietários de soutos e técnicos de Associações Florestais andam sobressaltados com a morte repentina de castanheiros. O problema ganhou relevo há pouco tempo, mais notoriamente em Maio de 2010. Assim, num abrir e fechar de olhos, se dissipam cuidados, muito trabalho e dinheiro investidos ao longo dos anos.
Na tentativa de explicar qual a causa da morte repentina de castanheiros tenho visitado diversos soutos nos concelhos de Bragança, Vinhais e Valpaços (DOP da Terra Fria e da Padrela). Isto, tanto a pedido de agricultores e de técnicos de Associações Florestais, como por iniciativa própria.
Nos soutos que visitei, observei não só castanheiros mortos, mas também castanheiros muito debilitados, com idades que oscilavam entre os 2 e 20 anos. Por via da inquirição de agricultores e de técnicos da Direcção Regional de Agricultura e Pescas Norte (DRAPN), contabilizei perdas que variavam de poucas árvores até valores superiores a 25% do souto. Num dado caso, em Penedono, terão morrido 80% dos castanheiros, isto segundo a estimativa feita por técnica da DRAPN.
Alguns agricultores não acharam explicação para a morte repentina das árvores, outros atribuíram-na à doença da tinta e, outros ainda, associaram-na ao frio intenso do início de Maio.
Ora, esta última explicação é aceitável, dada a ocorrência de geada a 5 de Maio de 2010. Através dos registos recolhidos nas estações meteorológicas automáticas da DRAPN, poderá concluir-se que acima dos 400 metros de altitude terão ocorrido temperaturas negativas em diversas áreas de Trás-os-Montes, nomeadamente em locais onde foram recentemente instalados diversos soutos.
Com base nos testemunhos de agricultores e de técnicos da DRAPN e, muito em especial, nas observações e estudos que realizei, concluí que a morte de castanheiros que surgiu durante o mês de Maio de 2010 terá sido, efectivamente, o que designo por morte súbita de castanheiros, dado ocorrer num prazo relativamente curto. A morte das árvores está associada à geada tardia que ocorreu em Maio e as condições que propiciaram os danos causados nos castanheiros poderão atribuir-se a uma falta de boro.
Vejamos seguidamente uma série de elementos que sustentam tal conclusão.
Que sintomas e sinais observei?
Observei sintomas e sinais diversos, a saber:
- castanheiros novos (menos de 8 anos), completamente mortos, ou mortos com rebentação na base (Fig.1); castanheiros com o ápice morto e/ou alguns gomos e ramos das extremidades também mortos; a casca do tronco de alguns ramos tinha o aspecto de «pele de sapo» (hipertrofia das lenticelas); e outros, ainda apresentavam lesões no tronco. Em algumas árvores observaram-se orifícios na casca.
- castanheiros com 8-20 anos, mortos ou muito debilitados, a maioria deles com rebentação nova na base do tronco.
As árvores debilitadas (8-20 anos) apresentavam as folhas com dimensões reduzidas e amarelecidas. A casca do tronco, ou de alguns ramos, tinha o aspecto de “pele de sapo”. Alguns destes castanheiros apresentavam lesões no tronco. Desde pequenas lesões (com poucos centímetros de largura e comprimento) até às lesões maiores, localizadas tronco acima. Em certos casos, as lesões cintavam completamente o tronco. Também se observaram orifícios causados por escolitídeos (insecto perfurador, que faz galerias na casca). A casca, depois de aberta, apresentava-se mole e com cheiro intenso a fenóis.
A que se deveu a morte súbita dos castanheiros?
A morte súbita dos castanheiros está certamente associada à geada de 5 de Maio de 2010 e à carência de boro. Aliás, os sintomas descritos anteriormente são típicos da carência de boro em grande número de espécies arbóreas.
É dado adquirido que grande parte dos solos de Trás-os-Montes é pobre em boro. Mas, note-se, não foram só a geada e a pobreza em boro dos solos os factores responsáveis pela perda das árvores. A fertilização desajustada do castanheiro é razão adicional de grande peso. Por exemplo, excesso de azoto (N). Uma aplicação abonada de macronutrientes, em especial de azoto, é condição bastante para despoletar a carência de boro. A falta de boro torna os tecidos vegetais novos e tenros mais susceptíveis à geada, particularmente quando há azoto demais.
Sempre que foi possível fazer a análise das terras ou das folhas, verifiquei que havia uma carência de boro. Além disto, pude verificar que quando se aplicou o boro ao solo no mês de Maio-Junho, ou quando se fez uma adubação foliar com boro em Junho-Julho nos soutos afectados, se obteve resposta muito positiva dos castanheiros.
A morte súbita só ocorreu em 2010?
Seguramente, não. Tenho vindo a observar estes sintomas desde 2006. Também, em Maio de 2007 um dirigente da Associação Florestal AFLODOUNORTE me alertara para um caso semelhante em Jou (Murça). Eu mesma confirmei que se tratava de carência de boro.
Depois, em 2008 e 2009, em soutos indicados por técnicos da DRAPN e da Associação Florestal ARBOREA, voltei a ver sintomas semelhantes (aos descritos acima), que foram corrigidos através da aplicação de boro. Provavelmente, a morte súbita de castanheiros bastante novos sempre ocorreu. Alguns agricultores referem-se a ela dizendo que a árvore secou ou morreu, por vezes atribuindo-a à doença da tinta, a qual, aliás, tem costas muito largas.
Jornal Nordeste, 2011-02-14
Morte súbita de castanheiros
Provavelmente, a morte súbita de castanheiros bastante novos sempre ocorreu.
Proprietários de soutos e técnicos de Associações Florestais andam sobressaltados com a morte repentina de castanheiros. O problema ganhou relevo há pouco tempo, mais notoriamente em Maio de 2010. Assim, num abrir e fechar de olhos, se dissipam cuidados, muito trabalho e dinheiro investidos ao longo dos anos.
Na tentativa de explicar qual a causa da morte repentina de castanheiros tenho visitado diversos soutos nos concelhos de Bragança, Vinhais e Valpaços (DOP da Terra Fria e da Padrela). Isto, tanto a pedido de agricultores e de técnicos de Associações Florestais, como por iniciativa própria.
Nos soutos que visitei, observei não só castanheiros mortos, mas também castanheiros muito debilitados, com idades que oscilavam entre os 2 e 20 anos. Por via da inquirição de agricultores e de técnicos da Direcção Regional de Agricultura e Pescas Norte (DRAPN), contabilizei perdas que variavam de poucas árvores até valores superiores a 25% do souto. Num dado caso, em Penedono, terão morrido 80% dos castanheiros, isto segundo a estimativa feita por técnica da DRAPN.
Alguns agricultores não acharam explicação para a morte repentina das árvores, outros atribuíram-na à doença da tinta e, outros ainda, associaram-na ao frio intenso do início de Maio.
Ora, esta última explicação é aceitável, dada a ocorrência de geada a 5 de Maio de 2010. Através dos registos recolhidos nas estações meteorológicas automáticas da DRAPN, poderá concluir-se que acima dos 400 metros de altitude terão ocorrido temperaturas negativas em diversas áreas de Trás-os-Montes, nomeadamente em locais onde foram recentemente instalados diversos soutos.
Com base nos testemunhos de agricultores e de técnicos da DRAPN e, muito em especial, nas observações e estudos que realizei, concluí que a morte de castanheiros que surgiu durante o mês de Maio de 2010 terá sido, efectivamente, o que designo por morte súbita de castanheiros, dado ocorrer num prazo relativamente curto. A morte das árvores está associada à geada tardia que ocorreu em Maio e as condições que propiciaram os danos causados nos castanheiros poderão atribuir-se a uma falta de boro.
Vejamos seguidamente uma série de elementos que sustentam tal conclusão.
Que sintomas e sinais observei?
Observei sintomas e sinais diversos, a saber:
- castanheiros novos (menos de 8 anos), completamente mortos, ou mortos com rebentação na base (Fig.1); castanheiros com o ápice morto e/ou alguns gomos e ramos das extremidades também mortos; a casca do tronco de alguns ramos tinha o aspecto de «pele de sapo» (hipertrofia das lenticelas); e outros, ainda apresentavam lesões no tronco. Em algumas árvores observaram-se orifícios na casca.
- castanheiros com 8-20 anos, mortos ou muito debilitados, a maioria deles com rebentação nova na base do tronco.
As árvores debilitadas (8-20 anos) apresentavam as folhas com dimensões reduzidas e amarelecidas. A casca do tronco, ou de alguns ramos, tinha o aspecto de “pele de sapo”. Alguns destes castanheiros apresentavam lesões no tronco. Desde pequenas lesões (com poucos centímetros de largura e comprimento) até às lesões maiores, localizadas tronco acima. Em certos casos, as lesões cintavam completamente o tronco. Também se observaram orifícios causados por escolitídeos (insecto perfurador, que faz galerias na casca). A casca, depois de aberta, apresentava-se mole e com cheiro intenso a fenóis.
A que se deveu a morte súbita dos castanheiros?
A morte súbita dos castanheiros está certamente associada à geada de 5 de Maio de 2010 e à carência de boro. Aliás, os sintomas descritos anteriormente são típicos da carência de boro em grande número de espécies arbóreas.
É dado adquirido que grande parte dos solos de Trás-os-Montes é pobre em boro. Mas, note-se, não foram só a geada e a pobreza em boro dos solos os factores responsáveis pela perda das árvores. A fertilização desajustada do castanheiro é razão adicional de grande peso. Por exemplo, excesso de azoto (N). Uma aplicação abonada de macronutrientes, em especial de azoto, é condição bastante para despoletar a carência de boro. A falta de boro torna os tecidos vegetais novos e tenros mais susceptíveis à geada, particularmente quando há azoto demais.
Sempre que foi possível fazer a análise das terras ou das folhas, verifiquei que havia uma carência de boro. Além disto, pude verificar que quando se aplicou o boro ao solo no mês de Maio-Junho, ou quando se fez uma adubação foliar com boro em Junho-Julho nos soutos afectados, se obteve resposta muito positiva dos castanheiros.
A morte súbita só ocorreu em 2010?
Seguramente, não. Tenho vindo a observar estes sintomas desde 2006. Também, em Maio de 2007 um dirigente da Associação Florestal AFLODOUNORTE me alertara para um caso semelhante em Jou (Murça). Eu mesma confirmei que se tratava de carência de boro.
Depois, em 2008 e 2009, em soutos indicados por técnicos da DRAPN e da Associação Florestal ARBOREA, voltei a ver sintomas semelhantes (aos descritos acima), que foram corrigidos através da aplicação de boro. Provavelmente, a morte súbita de castanheiros bastante novos sempre ocorreu. Alguns agricultores referem-se a ela dizendo que a árvore secou ou morreu, por vezes atribuindo-a à doença da tinta, a qual, aliás, tem costas muito largas.
Jornal Nordeste, 2011-02-14
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