Crise em bancos dos EUA derruba bolsas em todo o mundo
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Crise em bancos dos EUA derruba bolsas em todo o mundo
Crise em bancos dos EUA derruba bolsas em todo o mundo
O prédio da matriz do Lehman Brothers em Nova York
O Lehman Brothers é o 4º banco de investimentos dos EUA
A intensificação dos problemas bancários nos Estados Unidos com pedido de concordata feito nesta segunda-feira pelo Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos americano, provoca quedas generalizadas nos principais bolsas de valores de todo o mundo nesta segunda-feira.
Também nesta segunda-feira, o Bank of America acertou a fusão com outro banco, o Merrill Lynch, por cerca de US$ 50 bilhões, reforçando o tom pessimista a respeito da crise nos Estados Unidos.
O Lehman Brothers e o Merrill Lynch, duas instituições-símbolo de Wall Street, vinham sofrendo prejuízos bilionários desde o ano passado com o aumento da inadimplência das pessoas que contraíram dívidas imobiliárias.
Além disso, de acordo com o jornal The New York Times, uma das maiores seguradoras do mundo, a americana AIG, está tentando obter uma ajuda de cerca de US$ 40 bilhões do Fed, o Banco Central americano, para manter suas operações.
Por volta das 13h, hora de Brasília, as principais bolsas de valores dos Estados Unidos e o índice Bovespa em São Paulo operavam com baixas. Na Europa, o índice FTSE da bolsa de Londres encerrou o dia em -3,92%; em Paris, o Cac fechou em -3,78% e, em Frankfurt, o Dax terminou a segunda-feira em -2,74%.
Na Ásia, à exceção de China, Japão, Hong Kong e Coréia do Sul - onde o mercado não funcionou por conta de um feriado - as bolsas fecharam com fortes quedas.
De volta a 1920?
Em suas primeiras declarações após os últimos desdobramentos, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta segunda-feira que seu governo está trabalhando para minimizar o impacto dos problemas.
Estamos concentrados na saúde do sistema financeiro como um todo. No curto prazo, ajustes nos mercados financeiros podem ser dolorosos”, disse. “No longo prazo, confio que nossos mercados de capital são flexíveis e resilientes e poderão lidar com os esses ajustes
George W. Bush, presidente dos Estados Unidos
“Estamos concentrados na saúde do sistema financeiro como um todo. No curto prazo, ajustes nos mercados financeiros podem ser dolorosos”, disse. “No longo prazo, confio que nossos mercados de capital são flexíveis e resilientes e poderão lidar com os esses ajustes.”
O Lehman Brothers, uma instituição de 158 anos, pediu proteção de acordo com o previsto no capítulo 11 da Lei de Falências americana.
O capítulo prevê que a empresa seja administrada com supervisão judicial, dando a ela uma chance de se recuperar, mas uma possível liquidação do banco no futuro não está descartada e seria uma das maiores da história do sistema financeiro mundial.
No fim de semana, fracassou uma tentativa de negociação para que a instituição passasse ao controle do banco britânico Barclays, que havia manifestado interesse nisso.
Aparentemente, o Barclays recuou nos seus planos por ter concluído que seria impossível assumir as operações do Lehman Brothers sem uma injeção de recursos do governo americano.
A concordata do Lehman Brothers foi pedida seis meses depois do colapso de outro importante banco de investimentos americano, o Bear Stearns – que acabou sendo comprado pelo JP Morgan Chase com a ajuda do Tesouro americano.
Segundo o analista de negócios da BBC Robert Penson, os últimos desdobramentos da crise econômica nos Estados Unidos já estão sendo comparados aos problemas vividos pelos mercados no fim da década de 20.
“A economia global, no mundo das finanças, nunca foi testada nos últimos anos por tal combinação de incidentes e surtos de confiança”, disse.
Reações
Para tentar evitar pânico nos mercados, o banco central americano disse que, pela primeira vez, vai passar a aceitar ações de propriedade dos bancos como garantia para empréstimos de curto prazo.
Isso representa uma ampliação do programa de emergência que já havia sido anunciado para ajudar as instituições bancárias.
Na Europa, os bancos central Europeu e da Grã-Bretanha anunciaram ter injetado US$ 50 bilhões no mercado financeiro, com o mesmo objetivo.
A crise também fez com que um consórcio mundial de bancos anunciasse que está levantando fundos com o objetivo de ajudar instituições em dificuldades.
Os dez bancos – Bank of America, Barclays, Citibank, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, JP Morgan, Merrill Lynch, Morgan Stanley e UBS – concordam em doar cada um US$ 7 bilhões para o fundo.
O prédio da matriz do Lehman Brothers em Nova York
O Lehman Brothers é o 4º banco de investimentos dos EUA
A intensificação dos problemas bancários nos Estados Unidos com pedido de concordata feito nesta segunda-feira pelo Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos americano, provoca quedas generalizadas nos principais bolsas de valores de todo o mundo nesta segunda-feira.
Também nesta segunda-feira, o Bank of America acertou a fusão com outro banco, o Merrill Lynch, por cerca de US$ 50 bilhões, reforçando o tom pessimista a respeito da crise nos Estados Unidos.
O Lehman Brothers e o Merrill Lynch, duas instituições-símbolo de Wall Street, vinham sofrendo prejuízos bilionários desde o ano passado com o aumento da inadimplência das pessoas que contraíram dívidas imobiliárias.
Além disso, de acordo com o jornal The New York Times, uma das maiores seguradoras do mundo, a americana AIG, está tentando obter uma ajuda de cerca de US$ 40 bilhões do Fed, o Banco Central americano, para manter suas operações.
Por volta das 13h, hora de Brasília, as principais bolsas de valores dos Estados Unidos e o índice Bovespa em São Paulo operavam com baixas. Na Europa, o índice FTSE da bolsa de Londres encerrou o dia em -3,92%; em Paris, o Cac fechou em -3,78% e, em Frankfurt, o Dax terminou a segunda-feira em -2,74%.
Na Ásia, à exceção de China, Japão, Hong Kong e Coréia do Sul - onde o mercado não funcionou por conta de um feriado - as bolsas fecharam com fortes quedas.
De volta a 1920?
Em suas primeiras declarações após os últimos desdobramentos, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta segunda-feira que seu governo está trabalhando para minimizar o impacto dos problemas.
Estamos concentrados na saúde do sistema financeiro como um todo. No curto prazo, ajustes nos mercados financeiros podem ser dolorosos”, disse. “No longo prazo, confio que nossos mercados de capital são flexíveis e resilientes e poderão lidar com os esses ajustes
George W. Bush, presidente dos Estados Unidos
“Estamos concentrados na saúde do sistema financeiro como um todo. No curto prazo, ajustes nos mercados financeiros podem ser dolorosos”, disse. “No longo prazo, confio que nossos mercados de capital são flexíveis e resilientes e poderão lidar com os esses ajustes.”
O Lehman Brothers, uma instituição de 158 anos, pediu proteção de acordo com o previsto no capítulo 11 da Lei de Falências americana.
O capítulo prevê que a empresa seja administrada com supervisão judicial, dando a ela uma chance de se recuperar, mas uma possível liquidação do banco no futuro não está descartada e seria uma das maiores da história do sistema financeiro mundial.
No fim de semana, fracassou uma tentativa de negociação para que a instituição passasse ao controle do banco britânico Barclays, que havia manifestado interesse nisso.
Aparentemente, o Barclays recuou nos seus planos por ter concluído que seria impossível assumir as operações do Lehman Brothers sem uma injeção de recursos do governo americano.
A concordata do Lehman Brothers foi pedida seis meses depois do colapso de outro importante banco de investimentos americano, o Bear Stearns – que acabou sendo comprado pelo JP Morgan Chase com a ajuda do Tesouro americano.
Segundo o analista de negócios da BBC Robert Penson, os últimos desdobramentos da crise econômica nos Estados Unidos já estão sendo comparados aos problemas vividos pelos mercados no fim da década de 20.
“A economia global, no mundo das finanças, nunca foi testada nos últimos anos por tal combinação de incidentes e surtos de confiança”, disse.
Reações
Para tentar evitar pânico nos mercados, o banco central americano disse que, pela primeira vez, vai passar a aceitar ações de propriedade dos bancos como garantia para empréstimos de curto prazo.
Isso representa uma ampliação do programa de emergência que já havia sido anunciado para ajudar as instituições bancárias.
Na Europa, os bancos central Europeu e da Grã-Bretanha anunciaram ter injetado US$ 50 bilhões no mercado financeiro, com o mesmo objetivo.
A crise também fez com que um consórcio mundial de bancos anunciasse que está levantando fundos com o objetivo de ajudar instituições em dificuldades.
Os dez bancos – Bank of America, Barclays, Citibank, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, JP Morgan, Merrill Lynch, Morgan Stanley e UBS – concordam em doar cada um US$ 7 bilhões para o fundo.
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