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Prato da semana - Um voto conquista-se pelo estômago

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Mensagem por Vitor mango Seg Ago 30, 2010 3:12 am


Prato da semana - Um voto conquista-se pelo estômago
27 Agosto2010 | 11:47
João Quadros


Penso melhor quando penso com o estômago. É o órgão em que mais confio. Mesmo em assuntos de natureza romântica, é o único capaz de me demonstrar se estou ou não apaixonado.
Nota de entrada: Penso melhor quando penso com o estômago. É o órgão em que mais confio. Mesmo em assuntos de natureza romântica, é o único capaz de me demonstrar se estou ou não apaixonado. Em termos de capacidade de decisão, o coração e o cérebro estão over-rating. Por isso, sinto falta de um político que me fale ao estômago - estamos fartos de promessas, queremos receitas. Precisamos, urgentemente, de um Partido Gastronómico Português.


Lisboa, 27 de Agosto de 2011

JORNALISTA1- O novo primeiro-ministro de Portugal, o Chefe Genuíno Serralves, vai entrar na sala para a primeira conferência de imprensa depois da vitória do Partido Gastronómico Português nas eleições legislativas da passada semana.
PM: Boa noite. Peço desculpa, mas esta conferência de imprensa será curta, porque tenho coisas ao lume. Vamos começar. Sai uma pergunta para o jornalista da mesa 8!
JN1: Senhor primeiro-ministro, durante a campanha, o senhor prometeu acabar com o flagelo dos restaurantes come em pé em Portugal. Que medidas vai tomar?
PM: A situação dos Come em Pé é preocupante. Portugal é o país da Europa onde menos pessoas almoçam sentadas. E um dos poucos países do mundo onde ainda há crianças a almoçar de pé. A primeira medida que tomámos foi: acabar com os mini-pratos ao balcão e mandar reduzir a largura dos balcões de maneira a que só caiba a chávena da bica. Espero que esteja satisfeito com a resposta. Senão, temos livro de reclamações.
JN2: Que medidas pensam tomar em relação ao desemprego?
PM: Vamos pensar nisso sector a sector. Para já vamos acabar com o bife na pedra nos restaurantes. Se o cliente começa a cozinhar a própria comida, é o fim da população activa de cozinheiros deste país. Sai uma pergunta para o senhor jornalista da mesa do canto!
JN4: Desculpem lá! Eu estou aqui, mais o meu colega, ainda aquele não tinha chegado. Disseram que eram só cinco minutos. Nós estamos com pressa. São só duas perguntas, um café e a conta.
PM: Chefe, desculpe lá, não vi. Ora, diga…
JN4: Acha correcto, ter nomeado, para Ministro da Defesa do Ensopado de Lampreia, um seu cunhado, que tem um take-away de lampreia em Calçada das Raparigas?
PM: Já me fizeram essa pergunta ontem. Eu não vou responder a perguntas que não são de hoje. Só trabalho com perguntas do dia.
JN1: Senhor primeiro-ministro, qual é a melhor maneira de preparar rúcula para que ela fique menos amarga?
PM: Essa pergunta é curiosa, porque me foi feita hoje na reunião das Nações Unidas e a minha resposta é a mesma: quando forem comprar rúcula, procurem sempre os pés menores com folhas pequenas. E para quebrar um pouco o sabor forte da rúcula sirvam com um molho de mostarda e mel.
JN4: E a questão das negociações com a oposição?
PM: Peço desculpa, mas essa pergunta já se acabou. Veja aí na lista de perguntas, deve ter uma cruzinha. Mas, se quiser, arranja-se uma pergunta sobre a reforma das cantinas…
JN4: Mas, eu apetecia-me era uma pergunta sobre a oposição. Então pode ser uma sobre a reforma dos juízes.
PM: Lamento. A esta hora não vamos encetar o assunto Justiça só por causa de uma pergunta.
JN2: O senhor foi criticado por ter um governo demasiado pequeno…
PM: Eu não gosto de ter muita gente na cozinha. Eu disse ao Ministro dos Transportes e Temperos para falar com o Secretário de Estado das Sobremesas no sentido que este governo fosse pequeno mas eficiente e que, acima de tudo, evitasse os fritos.
JN1: Quanto às tão faladas alterações à Constituição, elas vão avançar?
PM: Claro. A actual Constituição não permite a matança do porco na Assembleia da República, não permite o despedimento por salgar a comida, não permite declarar guerra e enviar tropas para países que andam a falsificar os nossos pastéis de nata.
JN1: Que medidas podem anunciar para a próxima semana?
PM: Várias. O diário da república passa a ser publicado em crepes e pretendemos que a nova ponte sobre o Tejo seja feita em doçaria regional do Algarve e vamos cobrir Beja de chantilly para atrair turistas. Depois, tencionamos abandonar o Euro e fazer da ameijôa a moeda oficial do país. E a criação de um projecto piloto, em Moncorvo, para utilização do souflé como energia alternativa.
JN2: Quanto à ajuda portuguesa ao tremor de terra em Marrocos?
PM: Já enviámos uma brigada do Grupo de Cozinhados Especiais para auxiliar nas buscas e ensinar a fazer sopa de pedra. A conferência está fechada. Boa noite, obrigado. Para a semana vamos aprender a refogar a educação com cebolas pequenas e a estufar um off-shore.
JN4: Senhor primeiro-ministro! Fazia-me a conta faz favor!
PM: Ora, foram duas de perguntas, pão e queijo houve?



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O grave problema do aquecimento global mudou a minha forma de encarar a vida. Antes de me aperceber da verdadeira dimensão da catástrofe era um indivíduo deprimido e angustiado porque imaginava que, depois de morrer, as outras pessoas iam continuar a viver e a habitar este planeta por muito mais tempo. Se o leitor é uma pessoa preocupada com o aquecimento global, pense positivo - se no futuro houver apenas uma estação por ano quantos estilistas é que vão morrer à fome?




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