É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
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É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Na sexta-feira foram lidas as sentenças do processo Casa Pia. Quanto pude perceber, o tribunal levou entre quatro a cinco horas a ler uma súmula do Acórdão, o qual, diz-se, terá duas mil páginas. Ninguém obrigava o tribunal a lê-lo. Mas exigia o decoro — e o apregoado respeito pela Justiça — que o mesmo tivesse sido depositado na secretaria do tribunal, com cópias disponíveis para os arguidos, assistentes e advogados. Nada disso aconteceu. José Sá Fernandes, advogado de Carlos Cruz, disse alto e bom som, antes da sessão terminar, que o Acórdão não estava pronto. A juíza ofendeu-se. Não se percebe porquê. Se está pronto, por que carga de água não foi disponibilizado? Eu sei que as pen drives de 16 gigas estão carotas (a última que comprei custou-me 40 euros), mas caramba, o tribunal não tem mil euros disponíveis para comprar duas dúzias?
É assim que as pessoas pensam. O Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, também o disse em directo na televisão.
Na sexta-feira, dia 3, foi dito que o Acórdão estaria disponível hoje, dia 8: na secretaria do tribunal, nas mãos dos advogados e no site do Conselho Superior de Magistratura. Nada disso aconteceu. A secretaria da 8.ª Vara do Campus da Justiça encerrou às 16:00h sem que o Acórdão lá tivesse chegado.
Entretanto, um comunicado do CSM esclarece que não houve adiamento nenhum: «A Exma. Juíza Presidente do Tribunal colectivo, muito embora tivesse já o acórdão pronto para depósito, entendeu fazê-lo apenas amanhã, dia 9 de Setembro, logo pela manhã, pois que só então o Tribunal disporá dos suportes informáticos e em papel para entrega a todos os intervenientes processuais.»
Comentários para quê?
posted by Eduardo Pitta
Na sexta-feira foram lidas as sentenças do processo Casa Pia. Quanto pude perceber, o tribunal levou entre quatro a cinco horas a ler uma súmula do Acórdão, o qual, diz-se, terá duas mil páginas. Ninguém obrigava o tribunal a lê-lo. Mas exigia o decoro — e o apregoado respeito pela Justiça — que o mesmo tivesse sido depositado na secretaria do tribunal, com cópias disponíveis para os arguidos, assistentes e advogados. Nada disso aconteceu. José Sá Fernandes, advogado de Carlos Cruz, disse alto e bom som, antes da sessão terminar, que o Acórdão não estava pronto. A juíza ofendeu-se. Não se percebe porquê. Se está pronto, por que carga de água não foi disponibilizado? Eu sei que as pen drives de 16 gigas estão carotas (a última que comprei custou-me 40 euros), mas caramba, o tribunal não tem mil euros disponíveis para comprar duas dúzias?
É assim que as pessoas pensam. O Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, também o disse em directo na televisão.
Na sexta-feira, dia 3, foi dito que o Acórdão estaria disponível hoje, dia 8: na secretaria do tribunal, nas mãos dos advogados e no site do Conselho Superior de Magistratura. Nada disso aconteceu. A secretaria da 8.ª Vara do Campus da Justiça encerrou às 16:00h sem que o Acórdão lá tivesse chegado.
Entretanto, um comunicado do CSM esclarece que não houve adiamento nenhum: «A Exma. Juíza Presidente do Tribunal colectivo, muito embora tivesse já o acórdão pronto para depósito, entendeu fazê-lo apenas amanhã, dia 9 de Setembro, logo pela manhã, pois que só então o Tribunal disporá dos suportes informáticos e em papel para entrega a todos os intervenientes processuais.»
Comentários para quê?
posted by Eduardo Pitta
Viriato- Pontos : 16657
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Viriato escreveu:É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Na sexta-feira foram lidas as sentenças do processo Casa Pia. Quanto pude perceber, o tribunal levou entre quatro a cinco horas a ler uma súmula do Acórdão, o qual, diz-se, terá duas mil páginas. Ninguém obrigava o tribunal a lê-lo. Mas exigia o decoro — e o apregoado respeito pela Justiça — que o mesmo tivesse sido depositado na secretaria do tribunal, com cópias disponíveis para os arguidos, assistentes e advogados. Nada disso aconteceu. José Sá Fernandes, advogado de Carlos Cruz, disse alto e bom som, antes da sessão terminar, que o Acórdão não estava pronto. A juíza ofendeu-se. Não se percebe porquê. Se está pronto, por que carga de água não foi disponibilizado? Eu sei que as pen drives de 16 gigas estão carotas (a última que comprei custou-me 40 euros), mas caramba, o tribunal não tem mil euros disponíveis para comprar duas dúzias?
É assim que as pessoas pensam. O Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, também o disse em directo na televisão.
Na sexta-feira, dia 3, foi dito que o Acórdão estaria disponível hoje, dia 8: na secretaria do tribunal, nas mãos dos advogados e no site do Conselho Superior de Magistratura. Nada disso aconteceu. A secretaria da 8.ª Vara do Campus da Justiça encerrou às 16:00h sem que o Acórdão lá tivesse chegado.
Entretanto, um comunicado do CSM esclarece que não houve adiamento nenhum: «A Exma. Juíza Presidente do Tribunal colectivo, muito embora tivesse já o acórdão pronto para depósito, entendeu fazê-lo apenas amanhã, dia 9 de Setembro, logo pela manhã, pois que só então o Tribunal disporá dos suportes informáticos e em papel para entrega a todos os intervenientes processuais.»
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posted by Eduardo Pitta
Faltou, dizer:
Este entendimento deveu-se à circunstância de, começando a correr o prazo para recurso com o depósito do acórdão, se garantir o efectivo exercício desse prazo com tal entrega.
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Aqui está outra boa justificação para o caso
@SAPO Notícias
Ricardo Sá Fernandes afirmou que a juíza Ana Peres, presidente do colectivo, lhe assegurou que o acórdão não seria depositado sem que pudesse ser imediatamente disponibilizado, o que permite que os advogados não percam um dia de prazo para apresentar recurso.
@SAPO Notícias
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Ricardo. Não estou a pretender proteger ninguém. Não os conheço nem metia, não digo a cabeça mas um pêlo púbico no cutelo, por nenhum deles. Agora exijo que as coisas sejam bem feitas. Que se permita a defesa dos acusados. Durante uma semana e após várias de preparação pela comunicação social, seis acusados são dados como culpados sem meios de se defenderem nessa mesma opinião pública previamente preparada. E isso passa-se nesse processo e em todos os que envolvem mediatismo. SE são culpados, força, dêem-lhes e bem. Merecem a pena máxima. Mas mostrem porque o são. É um mínimo que se exige...
Viriato- Pontos : 16657
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Acho que o meu anterior post responde ao seu!
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
ricardonunes escreveu:
Acho que o meu anterior post responde ao seu!
Não li nada que responda. Vou tentar procurar...
Viriato- Pontos : 16657
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
A juíza não depositou o acórdão, porque o TRIBUNAL NÃO TINHA CONDIÇÕES DE DISTRIBUIR AS CÓPIAS, em papel ou suporte informático.
Se o fizesse, OS PRAZOS DE RECURSO COMEÇAVAM A CONTAR A PARTIR DE HOJE E NÃO DE AMANHÃ, com acórdão na mão ou não!
É difícil de entender?????????
Se o fizesse, OS PRAZOS DE RECURSO COMEÇAVAM A CONTAR A PARTIR DE HOJE E NÃO DE AMANHÃ, com acórdão na mão ou não!
É difícil de entender?????????
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
ricardonunes escreveu:A juíza não depositou o acórdão, porque o TRIBUNAL NÃO TINHA CONDIÇÕES DE DISTRIBUIR AS CÓPIAS, em papel ou suporte informático.
Se o fizesse, OS PRAZOS DE RECURSO COMEÇAVAM A CONTAR A PARTIR DE HOJE E NÃO DE AMANHÃ, com acórdão na mão ou não!
É difícil de entender?????????
Não, caro Ricardo, não dá para entender. Um processo que demora 8 anos, que já foi adiado não sei quantas vezes, adiava os 4 ou 5 dias que o Tribunal acha necessário para carregar uma pen. Não deixava as pessoas expostas á opinião pública sem meios de defesa. E repito que não arrisco um pintelho na culpabilidade ou não de nenhum deles. Agora, não me fale em condições para carregar um CD ou uma pen. Não queira ser ingénuo.
Viriato- Pontos : 16657
O PROBLEMA INFORMÁTICO
O PROBLEMA INFORMÁTICO
O que se está a passar com o Acórdão do processo Casa Pia não tem qualificação possível. Para simplificar, digamos que os episódios dos últimos oito dias até na Somália seriam considerados excêntricos.
Hierarquia. O ministro da Justiça tem competência hierárquica sobre o director-geral da Administração da Justiça e o presidente do Instituto das Tecnologias e Informatização Judiciária. Em vista do que se está a passar (e o que se está a passar inclui a imagem caricata, ontem difundida na televisão, de duas funcionárias empurrando caixas de impressoras que fariam corar de vergonha o mais obscuro blogger de província), algum destes dirigentes foi chamado à pedra?
Factos vs teorias da conspiração. Para todos os gostos. Há quem relacione o «problema informático» com o alarme público que suscitará a revelação da identidade de um antigo presidente do PSD, e passo a citar o jornal i do passado dia 7 — «acusado, a 8 de Abril de 2003, por uma professora, residente na Margem Sul do Tejo [de] abuso de menores [...] A procuradora Paula Soares, uma das titulares do inquérito [...] foi quem recolheu este depoimento [mas] considerou que os factos denunciados eram muito antigos e não estavam relacionados com nenhum dos arguidos, suspeitos ou ofendidos do inquérito da rede de pedofilia, pelo que não ordenou qualquer diligência investigatória, nomeadamente que se procedesse ao interrogatório do pai da suposta vítima a fim de se apurar que casa era aquela e quem era o seu proprietário.»
Know-how. Se a direcção-geral da Administração da Justiça e o Instituto das Tecnologias e Informatização Judiciária não têm quadros capazes de resolver o «problema informático» — que parece resumir-se ao aparecimento de janelas com comentários de revisão —, então deviam ter contratado alguém capaz de o fazer. Um engenheiro de informática cobra entre 100 a 120 euros por hora. Uma manhã ou uma tarde de trabalho seriam suficientes, mesmo com café e paleio. O que não falta em Lisboa são técnicos de informática qualificados. E se não querem gente de Lisboa, com medo de fugas de informação (estes gajos conhecem-se todos), alternativas não faltam. Caramba: a Critical Software (Coimbra) tem a Nasa entre os seus clientes!
Neste momento, ninguém sabe quando o Acórdão estará disponível. O ministro da Justiça, I presume, anda em parte incerta.
posted by Eduardo Pitta
O que se está a passar com o Acórdão do processo Casa Pia não tem qualificação possível. Para simplificar, digamos que os episódios dos últimos oito dias até na Somália seriam considerados excêntricos.
Hierarquia. O ministro da Justiça tem competência hierárquica sobre o director-geral da Administração da Justiça e o presidente do Instituto das Tecnologias e Informatização Judiciária. Em vista do que se está a passar (e o que se está a passar inclui a imagem caricata, ontem difundida na televisão, de duas funcionárias empurrando caixas de impressoras que fariam corar de vergonha o mais obscuro blogger de província), algum destes dirigentes foi chamado à pedra?
Factos vs teorias da conspiração. Para todos os gostos. Há quem relacione o «problema informático» com o alarme público que suscitará a revelação da identidade de um antigo presidente do PSD, e passo a citar o jornal i do passado dia 7 — «acusado, a 8 de Abril de 2003, por uma professora, residente na Margem Sul do Tejo [de] abuso de menores [...] A procuradora Paula Soares, uma das titulares do inquérito [...] foi quem recolheu este depoimento [mas] considerou que os factos denunciados eram muito antigos e não estavam relacionados com nenhum dos arguidos, suspeitos ou ofendidos do inquérito da rede de pedofilia, pelo que não ordenou qualquer diligência investigatória, nomeadamente que se procedesse ao interrogatório do pai da suposta vítima a fim de se apurar que casa era aquela e quem era o seu proprietário.»
Know-how. Se a direcção-geral da Administração da Justiça e o Instituto das Tecnologias e Informatização Judiciária não têm quadros capazes de resolver o «problema informático» — que parece resumir-se ao aparecimento de janelas com comentários de revisão —, então deviam ter contratado alguém capaz de o fazer. Um engenheiro de informática cobra entre 100 a 120 euros por hora. Uma manhã ou uma tarde de trabalho seriam suficientes, mesmo com café e paleio. O que não falta em Lisboa são técnicos de informática qualificados. E se não querem gente de Lisboa, com medo de fugas de informação (estes gajos conhecem-se todos), alternativas não faltam. Caramba: a Critical Software (Coimbra) tem a Nasa entre os seus clientes!
Neste momento, ninguém sabe quando o Acórdão estará disponível. O ministro da Justiça, I presume, anda em parte incerta.
posted by Eduardo Pitta
Viriato- Pontos : 16657
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
a Critical Software (Coimbra) tem a Nasa entre os seus clientes!
tem toneladas de curiosidade porque foi com um Diz Tinto prof da Uc que eu aprendi informatica
naquela altura nao era como agora era necessario esgravatar nos teclado para ...
tem toneladas de curiosidade porque foi com um Diz Tinto prof da Uc que eu aprendi informatica
naquela altura nao era como agora era necessario esgravatar nos teclado para ...
Vitor mango- Pontos : 118212
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Vitor mango escreveu:a Critical Software (Coimbra) tem a Nasa entre os seus clientes!
tem toneladas de curiosidade porque foi com um Diz Tinto prof da Uc que eu aprendi informatica
naquela altura nao era como agora era necessario esgravatar nos teclado para ...
Pois. Mas creio que o que se passa (a Dona Juíza que me perdoe a audávia), é que ainda andam a esgravatar o processo.
Viriato- Pontos : 16657
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Viriato escreveu:Vitor mango escreveu:a Critical Software (Coimbra) tem a Nasa entre os seus clientes!
tem toneladas de curiosidade porque foi com um Diz Tinto prof da Uc que eu aprendi informatica
naquela altura nao era como agora era necessario esgravatar nos teclado para ...
Pois. Mas creio que o que se passa (a Dona Juíza que me perdoe a audávia), é que ainda andam a esgravatar o processo.
Viriato nao me fale em Juiza visto que ultima vez que eu tive que ir a tribunal foi uma juiza que teve medo do advogado do lado contrario
Depois o mano Mango entrou a matar e gritou ao advogado
- Se nao retira o que disse leva na tromba
No julagamento depois de 3 anos confesso que nunca fui tao recebdio por um Juiz jovem que olhou para mim e topou o Jogo
E quando eu disse
Sr Dr eu estava convencido que quem mandava nos tribunias era o Juiz
Ai o Juiz olha para o MP e disse-me
Nisso tenha a certeza porque aqui mando eu
Eu sorri porque ja tinha largado a boca
Nao sou machista mas se em vez da madame juiza fosse um caramelo macho as coisas estavam ja nos finalmente
( bocas sao para a galeria pah )
Vitor mango- Pontos : 118212
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
Confiar na justiça?
É frequente vermos magistrados a dar entrevistas à comunicação, apresentam-se bem vestidos e com a barba impecável, falam com ar de sabedoria, interpelam com autoridade, quase nos convencem da sua competência, independência e infalibilidade. Mas quando o cenário é o dos corredores da justiça a imagem desmorona-se, assistimos a manifestações de prepotência, a manipulações, a erros sucessivos, a atrasos, a trapalhadas e a um rol de injustiças. Quem pode confiar numa justiça onde uma juíza apresenta um comunicado de imprensa e passados seis dias depois os arguidos ainda não puderam conhecer os factos e argumentos que levaram à sua condenação?
Poderão dizer-me que passaram estes dias a limpar os nomes das vítimas mas isso é argumento para papalvos, recorrendo ao processador de texto utilizado, muito provavelmente o Word isso faz-se num par de minutos. Dizer que há problemas com os computadores só pode suscitar uma gargalhada, até um Magalhães permite a manipulação do texto, a sua conversão em PDF ou a sua gravação numa pen.
A verdade é que não há nenhuma razão plausível para este atraso e na profissão da maior parte dos portugueses esta situação tinha um nome para a designar, incompetência. Em circunstância alguma a sentença deveria ter sido lida sem que os magistrados tivesse cópias do acórdão para entregar aos advogados. Só que a preocupação dos magistrados não foram os interessados, acusadores ou arguidos, foi o espectáculo, e em vez de uma sentença montaram um sketch para as televisões.
Até admito que tivessem lido o comunicado de imprensa e se despedissem dizendo que “um dia destes” mandavam o acórdão às partes, mas nesse caso deixavam um exemplar ao cuidado do Conselho Superior de Magistratura, assim teríamos a certeza de que o acórdão foi feito antes do resumo e não o contrário.
Infelizmente esta não foi uma situação isolada, nos últimos anos a justiça tem sido uma contínua exibição de incompetência, manipulação, tentativas de golpes de estado e outras manobras inaceitáveis. Mas os magistrados têm sorte, os portugueses podem não ter respeito mas têm boas razões para terem medo deles, poderão ser incompetentes mas as suas decisões valem e quem lhes fizer frente corre riscos.
Ninguém nos garante que não apareça um pacote de cocaína no bolso, que nos gravem uma conversa mal explicada ao telefone, que não lhes mandam uma carta anónima denunciando um crime que supostamente cometemos.
Ninguém neste país tem a mais pequena consideração pelos magistrados, temos confiança a menos e medo a mais, algo que é inacceitável numa democracia. O medo é próprio das ditaduras e se em Portugal há medo dos magistrados isso significa que começa a faltar o ar nos corredores da justiça portuguesa.
Publicada por Jumento
É frequente vermos magistrados a dar entrevistas à comunicação, apresentam-se bem vestidos e com a barba impecável, falam com ar de sabedoria, interpelam com autoridade, quase nos convencem da sua competência, independência e infalibilidade. Mas quando o cenário é o dos corredores da justiça a imagem desmorona-se, assistimos a manifestações de prepotência, a manipulações, a erros sucessivos, a atrasos, a trapalhadas e a um rol de injustiças. Quem pode confiar numa justiça onde uma juíza apresenta um comunicado de imprensa e passados seis dias depois os arguidos ainda não puderam conhecer os factos e argumentos que levaram à sua condenação?
Poderão dizer-me que passaram estes dias a limpar os nomes das vítimas mas isso é argumento para papalvos, recorrendo ao processador de texto utilizado, muito provavelmente o Word isso faz-se num par de minutos. Dizer que há problemas com os computadores só pode suscitar uma gargalhada, até um Magalhães permite a manipulação do texto, a sua conversão em PDF ou a sua gravação numa pen.
A verdade é que não há nenhuma razão plausível para este atraso e na profissão da maior parte dos portugueses esta situação tinha um nome para a designar, incompetência. Em circunstância alguma a sentença deveria ter sido lida sem que os magistrados tivesse cópias do acórdão para entregar aos advogados. Só que a preocupação dos magistrados não foram os interessados, acusadores ou arguidos, foi o espectáculo, e em vez de uma sentença montaram um sketch para as televisões.
Até admito que tivessem lido o comunicado de imprensa e se despedissem dizendo que “um dia destes” mandavam o acórdão às partes, mas nesse caso deixavam um exemplar ao cuidado do Conselho Superior de Magistratura, assim teríamos a certeza de que o acórdão foi feito antes do resumo e não o contrário.
Infelizmente esta não foi uma situação isolada, nos últimos anos a justiça tem sido uma contínua exibição de incompetência, manipulação, tentativas de golpes de estado e outras manobras inaceitáveis. Mas os magistrados têm sorte, os portugueses podem não ter respeito mas têm boas razões para terem medo deles, poderão ser incompetentes mas as suas decisões valem e quem lhes fizer frente corre riscos.
Ninguém nos garante que não apareça um pacote de cocaína no bolso, que nos gravem uma conversa mal explicada ao telefone, que não lhes mandam uma carta anónima denunciando um crime que supostamente cometemos.
Ninguém neste país tem a mais pequena consideração pelos magistrados, temos confiança a menos e medo a mais, algo que é inacceitável numa democracia. O medo é próprio das ditaduras e se em Portugal há medo dos magistrados isso significa que começa a faltar o ar nos corredores da justiça portuguesa.
Publicada por Jumento
Viriato- Pontos : 16657
Re: É COM CERTEZA UM PROCESSO PORTUGUÊS
QUERERÃO CALAR CARLOS CRUZ?
Enquanto se sucediam as violações ao segredo de justiça e a comunicação se banqueteou com as acusações a Carlos Cruz ninguém questionou os órgão de comunicação social e nenhum magistrado tentou travar a enxurrada de informação que parecia vir do interior da investigação.
Agora que o julgamento chegou ao fim e não existe um limite do segredo de justiça os magistrados querem impedir a divulgação de informação do processo e há quem queira limitar Carlos Cruz. Ora, se o julgamento foi bem feito quem tem medo de Carlos Crus ou de que chegue ao conhecimento público a informação com base na qual ele foi condenado?
Como é possível confiar numa justiça que se esconde e tenta calar os condenados como se os mesmos que antes de julgados foram condenados na opinião pública não possam recorrer a essa mesma opinião pública manipulada ao longo de anos para clamar justiça.
Se Carlos Cruz foi bem condenado e as provas foram suficientes quem receia as opiniões de Carlos Cruz e a divulgação das propostas?
O Jumento
Enquanto se sucediam as violações ao segredo de justiça e a comunicação se banqueteou com as acusações a Carlos Cruz ninguém questionou os órgão de comunicação social e nenhum magistrado tentou travar a enxurrada de informação que parecia vir do interior da investigação.
Agora que o julgamento chegou ao fim e não existe um limite do segredo de justiça os magistrados querem impedir a divulgação de informação do processo e há quem queira limitar Carlos Cruz. Ora, se o julgamento foi bem feito quem tem medo de Carlos Crus ou de que chegue ao conhecimento público a informação com base na qual ele foi condenado?
Como é possível confiar numa justiça que se esconde e tenta calar os condenados como se os mesmos que antes de julgados foram condenados na opinião pública não possam recorrer a essa mesma opinião pública manipulada ao longo de anos para clamar justiça.
Se Carlos Cruz foi bem condenado e as provas foram suficientes quem receia as opiniões de Carlos Cruz e a divulgação das propostas?
O Jumento
Viriato- Pontos : 16657
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