Agricultores da Galiza deitam fora 25 mil litros de leite português
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Agricultores da Galiza deitam fora 25 mil litros de leite português
Agricultores da Galiza deitam fora 25 mil litros de leite português
22.09.2008 - 13h29
Por Lusa
Um grupo de agricultores da Galiza derramou hoje mais 25 mil litros de leite de Portugal que estava a ser transportado para uma fábrica na região, num protesto para exigir um "preço digno" para o leite galego.
O incidente ocorreu quando um camião cisterna da empresa de Barcelos "A Fornecedora", que se dirigia para a fábrica da Corporación Peñasanta - de que faz parte a leitaria Larsa - foi travado em Lugo. A acção surge depois de manifestações, nos últimos meses, contra a importação de leite de Portugal a preços mais baratos que os praticados na Galiza.
Francisco Bello, secretário-geral do sindicato Asaja-Xóvenes Agricultores, que com a Unións Agrarias (UU.AA.) e o Sindicato Labrego Galego (SLG), apoiou o protesto, disse que a acção de hoje se inseriu nos protestos "contra as constantes ameaças" de redução de preços por parte das indústrias lácteas regionais. "Sentimo-nos na obrigação de denunciar perante a opinião pública que a indústria ameaça os agricultores - de que ou baixam os preços ou deixam de comprar - e ao mesmo tempo vão, pelas costas, comprar leite a França e a Portugal", afirmou.
Defendendo negociações entre as indústrias do sector e os produtores, Bello alegou que muitas empresas estão a praticar "fraude por estarem a receber subsídios para depois não comprarem leite galego".
Também a Unions Agrárias critica o que diz ser "os abusos das indústrias sobre o trabalho dos produtores de leite", afirmando que práticas como importar leite de Portugal "estão a asfixiar os criadores de gado galegos" e a "desequilibrar o mercado interno". "A indústria não tem qualquer escrúpulo em deixar de comprar leite na Galiza enquanto a compra de países como Portugal e, sobretudo, de França", sustenta a estrutura sindical.
A Unions Agrárias queixa-se do que considera ser a importação de excedentes de produção de países que produzem mais do que consomem e que vendem para Espanha "a preços mais baixos".
Já em Agosto, o responsável de uma outra empresa galega, a Leche Rio, tinha anunciado que deixaria de comprar leite a Portugal, onde adquiria 22 mil litros diariamente. Neste caso, Jesus Lence explicou que tinha regressado ao mercado da Galiza porque "há muita oferta e pouca procura"
22.09.2008 - 13h29
Por Lusa
Um grupo de agricultores da Galiza derramou hoje mais 25 mil litros de leite de Portugal que estava a ser transportado para uma fábrica na região, num protesto para exigir um "preço digno" para o leite galego.
O incidente ocorreu quando um camião cisterna da empresa de Barcelos "A Fornecedora", que se dirigia para a fábrica da Corporación Peñasanta - de que faz parte a leitaria Larsa - foi travado em Lugo. A acção surge depois de manifestações, nos últimos meses, contra a importação de leite de Portugal a preços mais baratos que os praticados na Galiza.
Francisco Bello, secretário-geral do sindicato Asaja-Xóvenes Agricultores, que com a Unións Agrarias (UU.AA.) e o Sindicato Labrego Galego (SLG), apoiou o protesto, disse que a acção de hoje se inseriu nos protestos "contra as constantes ameaças" de redução de preços por parte das indústrias lácteas regionais. "Sentimo-nos na obrigação de denunciar perante a opinião pública que a indústria ameaça os agricultores - de que ou baixam os preços ou deixam de comprar - e ao mesmo tempo vão, pelas costas, comprar leite a França e a Portugal", afirmou.
Defendendo negociações entre as indústrias do sector e os produtores, Bello alegou que muitas empresas estão a praticar "fraude por estarem a receber subsídios para depois não comprarem leite galego".
Também a Unions Agrárias critica o que diz ser "os abusos das indústrias sobre o trabalho dos produtores de leite", afirmando que práticas como importar leite de Portugal "estão a asfixiar os criadores de gado galegos" e a "desequilibrar o mercado interno". "A indústria não tem qualquer escrúpulo em deixar de comprar leite na Galiza enquanto a compra de países como Portugal e, sobretudo, de França", sustenta a estrutura sindical.
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