Nobre diz que Presidente não é "adorno", Cavaco não se sente "co-responsável" pela governação 17 Dezembro 2010 | 23:49
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Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
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Nobre diz que Presidente não é "adorno", Cavaco não se sente "co-responsável" pela governação 17 Dezembro 2010 | 23:49
Nobre diz que Presidente não é "adorno", Cavaco não se sente "co-responsável" pela governação
17 Dezembro 2010 | 23:49
António Larguesa
- alarguesa@negocios.pt
Ao terceiro
debate, Cavaco Silva entrou em acção para rejeitar responsabilidades
pela situação da economia e lamentar que por vezes não tenha havido
"humidade democrática" para o ouvir. Fernando Nobre co-responsabilizou
Cavaco pela crise e defendeu maior intervenção do chefe de Estado, que
não pode ir para Belém "como um vaso de flores".
O
candidato independente deu o mote para um tema que marcou o debate: a
responsabilização ou não de Cavaco Silva pela actual crise económica e
financeira em Portugal. Para Fernando Nobre, “a experiência de Cavaco na
economia não impediu que estivéssemos muito pior do que há cinco anos”,
ficando até provado que na Presidência não é preciso ser-se perito em
Economia e Finanças”.
Em resposta, Cavaco lembrou as restrições
dos poderes de um chefe de Estado, que deve sobretudo ser “mediador e
amortecedor de conflitos” e ser “o garante do equilíbrio do sistema”,
não cabendo ao Presidente governar nem legislar. “O Presidente não tem
ministérios, não tem administração pública. Como escreveu o meu
antecessor Jorge Sampaio, o Presidente não é responsável nem tão pouco
co-responsável [pelo resultado da governação].
Nobre lembrou que
o Presidente é o único político que é eleito directamente para dizer
que “daí vem-lhe uma autoridade única para não ser apenas ouvido, mas
escutado. O Presidente não é um mero adorno, não se vai para a
Presidência como um vaso de flores”.
“A cada momento fiz sempre
aquilo que se exigia ao Presidente tendo em conta o interesse nacional e
os poderes do presidente. Contribui para que a situação fosse melhor.
Há pouco tempo impedi que caíssemos no descalabro. Empenhei-me muito
para garantir que o Orçamento fosse aprovado, após semanas e semanas de
contactos com o governo e os dirigentes partidários”, respondeu Cavaco
Silva.
Questionado sobre em que momento é que não foi ouvido, o
candidato apoiado pelo PSD, CDS e MEP respondeu que “em algumas
circunstâncias” não foi “ouvido como gostaria”, criticando que nessas
alturas “faltou humildade democrática para ouvir”. Defendendo a sua
intervenção no sucesso negocial da conta pública para o próximo ano,
após semanas de tensão entre PS e PSD, Cavaco atirou: “Se não dei um
contributo para minorar os efeitos económicos e sociais, estão muito
distraídos”.
A este propósito, o candidato independente que é
presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) argumentou que este
é um Orçamento que “interessa tanto à UE, de certeza aos grandes
financeiros de Nova Iorque e aos especuladores, não é um Orçamento que
interesse aos portugueses”. “Precisamos mudar métodos, abordagens, para
que o nosso País tenha outro desígnio que não o actual, que é mortífero
para a nossa sociedade e para a nossa democracia”, completou.
Cavaco: “Pensam que eu gosto deste Orçamento?”
Apesar de ter defendido a aprovação da proposta orçamental apresentada pelo Governo para o
próximo ano, o ainda Presidente da República confessou esta noite que o
conteúdo não é do seu agrado, mas se não houvesse Orçamento, Portugal
estaria hoje numa situação de descalabro económico e financeiro”.
“Duvido que existam muitos portugueses que gostem muito deste
Orçamento. Pensam que eu gosto? Uma coisa é certa: a nossa cara estava
muito próxima da parede”, disse Cavaco Silva. “Nunca houve um Presidente
da República em Portugal que devolvesse um Orçamento, impusesse
condições à elaboração de um Orçamento”, acrescentou,
desresponsabilizando-se assim pelas medidas de austeridade nele
contidas.
No debate transmitido esta sexta-feira à noite pela
SIC, Cavaco pronunciou-se ainda sobre a possibilidade de Portugal vir a
precisar de ajuda externa: “Um Presidente deve evitar que seja
necessária ajuda externa. Tenho de confiar nas informações que o governo
me dá de que isso não irá acontecer. Espero que o governo faça o
necessário para que não entre o FMI. Temos de demonstrar que existe uma
saída”. A fechar o debate, Fernando Nobre disse ser “um patriota,
disposto a dar a vida e meter-se na boca do lobo para defender os
interesses do País”. Para o candidato às eleições de 23 de Janeiro,
“precisamos de um Presidente que conheça o mundo, como eu conheço, que
conheça os povos e as comunidades antigas e presentes”. “Candidatei-me
porque estou muito preocupado com o meu País”.
17 Dezembro 2010 | 23:49
António Larguesa
- alarguesa@negocios.pt
Ao terceiro
debate, Cavaco Silva entrou em acção para rejeitar responsabilidades
pela situação da economia e lamentar que por vezes não tenha havido
"humidade democrática" para o ouvir. Fernando Nobre co-responsabilizou
Cavaco pela crise e defendeu maior intervenção do chefe de Estado, que
não pode ir para Belém "como um vaso de flores".
O
candidato independente deu o mote para um tema que marcou o debate: a
responsabilização ou não de Cavaco Silva pela actual crise económica e
financeira em Portugal. Para Fernando Nobre, “a experiência de Cavaco na
economia não impediu que estivéssemos muito pior do que há cinco anos”,
ficando até provado que na Presidência não é preciso ser-se perito em
Economia e Finanças”.
Em resposta, Cavaco lembrou as restrições
dos poderes de um chefe de Estado, que deve sobretudo ser “mediador e
amortecedor de conflitos” e ser “o garante do equilíbrio do sistema”,
não cabendo ao Presidente governar nem legislar. “O Presidente não tem
ministérios, não tem administração pública. Como escreveu o meu
antecessor Jorge Sampaio, o Presidente não é responsável nem tão pouco
co-responsável [pelo resultado da governação].
Nobre lembrou que
o Presidente é o único político que é eleito directamente para dizer
que “daí vem-lhe uma autoridade única para não ser apenas ouvido, mas
escutado. O Presidente não é um mero adorno, não se vai para a
Presidência como um vaso de flores”.
“A cada momento fiz sempre
aquilo que se exigia ao Presidente tendo em conta o interesse nacional e
os poderes do presidente. Contribui para que a situação fosse melhor.
Há pouco tempo impedi que caíssemos no descalabro. Empenhei-me muito
para garantir que o Orçamento fosse aprovado, após semanas e semanas de
contactos com o governo e os dirigentes partidários”, respondeu Cavaco
Silva.
Questionado sobre em que momento é que não foi ouvido, o
candidato apoiado pelo PSD, CDS e MEP respondeu que “em algumas
circunstâncias” não foi “ouvido como gostaria”, criticando que nessas
alturas “faltou humildade democrática para ouvir”. Defendendo a sua
intervenção no sucesso negocial da conta pública para o próximo ano,
após semanas de tensão entre PS e PSD, Cavaco atirou: “Se não dei um
contributo para minorar os efeitos económicos e sociais, estão muito
distraídos”.
A este propósito, o candidato independente que é
presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) argumentou que este
é um Orçamento que “interessa tanto à UE, de certeza aos grandes
financeiros de Nova Iorque e aos especuladores, não é um Orçamento que
interesse aos portugueses”. “Precisamos mudar métodos, abordagens, para
que o nosso País tenha outro desígnio que não o actual, que é mortífero
para a nossa sociedade e para a nossa democracia”, completou.
Cavaco: “Pensam que eu gosto deste Orçamento?”
Apesar de ter defendido a aprovação da proposta orçamental apresentada pelo Governo para o
próximo ano, o ainda Presidente da República confessou esta noite que o
conteúdo não é do seu agrado, mas se não houvesse Orçamento, Portugal
estaria hoje numa situação de descalabro económico e financeiro”.
“Duvido que existam muitos portugueses que gostem muito deste
Orçamento. Pensam que eu gosto? Uma coisa é certa: a nossa cara estava
muito próxima da parede”, disse Cavaco Silva. “Nunca houve um Presidente
da República em Portugal que devolvesse um Orçamento, impusesse
condições à elaboração de um Orçamento”, acrescentou,
desresponsabilizando-se assim pelas medidas de austeridade nele
contidas.
No debate transmitido esta sexta-feira à noite pela
SIC, Cavaco pronunciou-se ainda sobre a possibilidade de Portugal vir a
precisar de ajuda externa: “Um Presidente deve evitar que seja
necessária ajuda externa. Tenho de confiar nas informações que o governo
me dá de que isso não irá acontecer. Espero que o governo faça o
necessário para que não entre o FMI. Temos de demonstrar que existe uma
saída”. A fechar o debate, Fernando Nobre disse ser “um patriota,
disposto a dar a vida e meter-se na boca do lobo para defender os
interesses do País”. Para o candidato às eleições de 23 de Janeiro,
“precisamos de um Presidente que conheça o mundo, como eu conheço, que
conheça os povos e as comunidades antigas e presentes”. “Candidatei-me
porque estou muito preocupado com o meu País”.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Nobre diz que Presidente não é "adorno", Cavaco não se sente "co-responsável" pela governação 17 Dezembro 2010 | 23:49
a
responsabilização ou não de Cavaco Silva pela actual crise económica e
financeira em Portugal. Para Fernando Nobre, “a experiência de Cavaco na
economia não impediu que estivéssemos muito pior do que há cinco anos”,
ficando até provado que na Presidência não é preciso ser-se perito em
Economia e Finanças”.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Nobre diz que Presidente não é "adorno", Cavaco não se sente "co-responsável" pela governação 17 Dezembro 2010 | 23:49
.
A prestação de Cavaco foi fraquinha, como eu esperava e cada vez me convenço mais de que vamos ver grande parte do eleitorado com os olhos e ouvidos assestados em Fernando Nobre, precisamente por revelar que interesses superiores à politiquice rasteira o movem.
Já no dia anterior, o debate Alegre/Defensor nada trouxe de novo e torna-se cada vez mais notório, que alguém precisa de agitar as águas e não ficar refém de estereótipos ultrapassados.
Será esse alguém Fernando Nobre, apesar dos comentadeiros de serviço lhe atribuirem nota negativa, coisa que, cada vez menos, pesa nas decisões dos eleitores?!
A prestação de Cavaco foi fraquinha, como eu esperava e cada vez me convenço mais de que vamos ver grande parte do eleitorado com os olhos e ouvidos assestados em Fernando Nobre, precisamente por revelar que interesses superiores à politiquice rasteira o movem.
Já no dia anterior, o debate Alegre/Defensor nada trouxe de novo e torna-se cada vez mais notório, que alguém precisa de agitar as águas e não ficar refém de estereótipos ultrapassados.
Será esse alguém Fernando Nobre, apesar dos comentadeiros de serviço lhe atribuirem nota negativa, coisa que, cada vez menos, pesa nas decisões dos eleitores?!
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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