Louçã, Cavaco e a nêspera

Louçã, Cavaco e a nêspera
21 de Janeiro, 2011por Susete Francisco


Francisco
Louçã pegou hoje nas palavras de Cavaco Silva, que se manifestou contra
as campanhas de «vil baixeza» contra si, para afirmar que «vil baixeza
foi a fraude financeira que agora está a arruinar o país, da quadrilha
do BPN, dos seus ex-ministros».Num discurso muito aplaudido, no
Coliseu dos Recreios de Lisboa, onde Manuel Alegre fechou hoje o
penúltimo dia da campanha para as presidenciais, o líder do Bloco da
Esquerda não poupou nas críticas ao recandidato a Belém: «Não
queremos um Presidente da República que seja um ocultador, não queremos
armários de segredos e de esqueletos em Belém. Queremos transparência e
responsabilidade». «Cavaco Silva olha para nós como um aristocrata ofendido com o atrevimento da populaça»,
acrescentou o também deputado, na primeira intervenção do comício.
Louçã acusou ainda Cavaco Silva de nada fazer contra a crise económica e
de defender que «o que é preciso é não incomodar os mercados, o que é preciso é respeitinho». E,
para exemplificar o que diz ser a atitude do ainda Presidente da
República face aos especuladores citou um poema de Mário Henrique
Leiria: «Uma nêspera estava na cama/ deitada/muito calada a ver o
que acontecia/chegou a velha/ e disse/ olha uma nêspera/e zás comeu-a/é
o que acontece/às nêsperas que ficam deitadas/caladas/a esperar o que
acontece».susete.francisco@sol.pt
Tags: Francisco Louçã, Manuel Alegre, Presidenciais, Política