Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque

Ir para baixo

Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque  Empty Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque

Mensagem por Vitor mango Sáb Jan 22, 2011 12:57 am

Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque








publicado
17:44
21 janeiro '11











  • Texto























Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque  22346df7f98e1597ac46ea9ebdb58fd8&w=385&sx=16&sy=0&sw=925&sh=649&q=75

Tony Blair (à esquerda) e um dos seus guarda-costas deixam o
local onde o ex-primeiro ministro teve de voltar a prestar declarações
sobre o envolvimento britânico na guerra do Iraque . Andy Rain, EPA




Pela segunda vez, Tony Blair viu-se forçado a
testemunhar perante a comissão que investiga o envolvimento do Reino
Unido na guerra do Iraque. O antigo primeiro-ministro britânico voltou a
ser chamado depois de testemunhas terem levantado dúvidas sobre alguns
aspetos das declarações feitas por Blair no seu primeiro depoimento.

























Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque

0 twitter



















Quando Tony Blair chegou ao local da comissão de inquérito, foi
saudado por algumas dezenas de manifestantes antiguerra que ergueram
bandeiras e gritaram palavras de ordem a classificá-lo de “terrorista”.

Uma vez no interior, o antigo governante argumentou que no primeiro
testemunho à comissão, a sua recusa em manifestar arrependimento pelas
decisões que conduziram à guerra, tinha sido mal interpretada.

Mais tarde, quando Blair disse “lamentar profundamente a perda de vidas”
durante o conflito do Iraque, ouviram-se gritos de “tarde demais”
vindos da galeria do público.

Durante a audição de Tony Blair, o painel de cinco elementos tornou
públicas cartas e documentos que revelam as intensas discussões que
decorreram nas altas esferas do Governo britânico sobre a forma de
responder à alegada ameaça representada por Saddam Hussein.

Motivos “óbvios” para derrubar SaddamNuma
carta dirigida ao seu chefe de estado-maior, Jonathan Powell, o então
primeiro-ministro dizia na altura que os motivos para remover o líder
iraquiano do poder “deveriam ser óbvios”.

Segundo Blair, as nações que se opõem às ditaduras, e que anteriormente
tinham apoiado a ação militar no Kosovo, Afeganistão e Serra leoa,
deveriam estar “com ganas” de se lançar a Saddam.

Nessa mesma carta dirigida a Powell, o então primeiro-ministro admitia
que seria difícil convencer os céticos da necessidade de ação, e
reconhecia que, na altura, o plano de armamento iraquiano “não parecia
obviamente pior do que três anos antes”.

“A tarefa de persuasão neste aspeto parece-me muito difícil” escreveu
Tony Blair “A opinião pública é frágil. A opinião internacional, tal
como constatei na União Europeia, está muito cética”.

Fazendo o ponto da situação, Blair prosseguia dizendo “as pessoas pensam
que nós [a Grã-Bretanha] só estamos a fazer isto para apoiar os Estados
Unidos e que eles [os EUA] só estão a fazer isto para ajustar velhas
contas” . Por esse motivo, opinou Blair, “ temos de reorganizar a nossa
história e a mensagem a passar. Cada vez mais acho que [a mensagem] deve
ser acerca da natureza do regime”.

Campanha de informação “Rolls RoyceNa resposta, o chefe de
estado-maior disse a Blair que se deveriam focar “numa campanha de
informação Rolls Royce” sobre os abusos de direitos humanos cometidos
pelo regime de Saddam.

Outro documento agora divulgado é uma nota, preparada, em dezembro de
2001, por outro alto-conselheiro, a avisar Blair que a justificação
legal para uma ação militar seria “mínima” . Noutros documentos é
possível constatar que em janeiro de 2003, os responsáveis britânicos
ainda se afadigavam em busca de pretextos legais para justificar o
conflito.

O Governo a que Blair presidiu tem sido muito criticado por ter,
alegadamente, exagerado os motivos para fazer a guerra e ter deturpado
informações dos serviços de inteligência, de modo a aumentar o apoio da
opinião pública ao conflito.

No testemunho prestado à comissão de inquérito, Tony Blair reafirmou
repetidamente o seu ponto de vista, de que os ataques terroristas de 11
de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, significam que as nações
terão de lidar ativamente com os potenciais agressores, e não apenas
contê-los como até aí.

“Não encarei o 11 de setembro como um ataque à América”, disse Blair,
“vi-o como um ataque a nós… ao Ocidente” afirmou, numa sala repleta de
familiares de alguns dos 179 militares britânicos mortos na missão de
seis anos no Iraque.

“Terrorismo não pode ser controlado”Segundo
Blair, alguns líderes, incluindo o então presidente francês Jacques
Chirac, acreditavam que a ameaça do terrorismo poderia ser contida sem
necessidade de um conflito armado aberto. “A outra corrente de opinião,
da qual eu partilho, é a de que este é um assunto profundo, com um
enorme e devastador potencial de destruição, e nós temos de o
confrontar” defendeu o ex-primeiro-ministro.

“A coisa mais difícil que temos de enfrentar hoje (…) é o risco deste
novo tipo de terrorismo e extremismo, baseado na perversão ideológica da
fé islâmica, combinado com a tecnologia que permite matar pessoas em
larga escala” declarou. “Embora atualmente haja muita gente a acreditar
que o extremismo pode ser controlado, eu não penso que seja verdade.
Creio que ele tem de ser confrontado e alterado”, reforçou.

Antes da audiência de hoje, as autoridades britânicas recusaram-se a
tornar publicas notas, a que o painel de inquérito teve acesso, que
Blair tinha enviado na altura ao então presidente dos EUA George W.
Bush.

Blair apoiou esta decisão, dizendo que os líderes “têm de poder
comunicar com confiança”, mas reconheceu que tinha oferecido apoio ao
presidente americano. No entanto, negou que tenha dito a Bush “o que
quer que seja que você decidir estarei consigo”.

“Eu disse a Bush, que podia contar connosco, vamos estar ao vosso lado
para lidar com esta questão, mas há estas e estas dificuldades”, afirmou
Tony Blair.

Críticas ao IrãoDurante o depoimento, o
antigo primeiro-ministro britânico lançou ainda um forte ataque “à
nocividade” do Irão que, segundo ele, encoraja o terrorismo” no Médio
Oriente, ao mesmo tempo que sublinhou a ausência de resultados da
“política de mão estendida” para com Teerão seguida, na atualidade, pelo
Presidente Obama.

“Passo a maior parte do meu tempo na região [como enviado oficial do
quarteto de paz para o Médio Oriente] e vejo o impacto e a influência do
Irão por todo o lado”, declarou à comissão. A influência “é nociva,
desestabilizadora, apoia os grupos terroristas e faz tudo o que pode
para pôr entraves ao processo de paz no Médio Oriente” declarou o antigo
líder do partido trabalhista britânico.

“A verdade é que [o Irão] age assim porque está fundamentalmente em
desacordo com o nosso modo de vida e que vai continuar no mesmo caminho,
a menos que encontre pela frente a determinação necessária e, se for
preciso, a força”, argumentou.

“O Presidente Obama foi em março de 2009 ao Cairo, no próprio coração do
Islão. Pronunciou então um discurso em que declarava, ponhamos de parte
a era Bush, estendo-vos hoje a mão da amizade. Vós, o Irão, podeis
entrar numa parceria. Sois uma civilização antiga e orgulha, e nós
receber-vos-emos de braços abertos” , recordou Blair.

“E qual foi a resposta que obteve? Eles continuaram com o terrorismo e
com a desestabilização. Continuaram com o seu programa de armas
nucleares”, denunciou Blair, antes de concluir: “A dada altura, teremos
de tirar as cabeças da areia,”

Blair, que foi primeiro-ministro do Reino Unido entre 1997 e 2007,
sofreu, desta vez, um interrogatório mais incisivo do que na primeira
audiência, na qual fez uma apaixonada defesa das suas decisões
relacionadas com a guerra do Iraque e exortou os atuais líderes a
fazerem tudo para travarem o programa nuclear do Irão.

O apoio a BushGrande parte das provas
examinadas desde o início dos trabalhos da comissão, tem-se focado nas
acusações de que Blair ofereceu a Bush apoio à invasão já mesmo em abril
de 2002, um ano antes de os legisladores terem aprovado o envolvimento
britânico na operação.

O painel de inquérito foi formado pelo Governo Britânico para avaliar
retrospetivamente as justificações que conduziram à guerra e os erros no
planeamento da reconstrução pós-conflito, mas não tem poderes para
estabelecer culpa civil ou criminal.

As recomendações da comissão, aguardadas para o fim do ano, vão
focar-se, em vez disso, nas formas de lidar futuramente com situações
como a que conduziu à guerra e aos fracassos do processo de
reconstrução.

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque  Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 118178

Ir para o topo Ir para baixo

Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque  Empty Re: Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque

Mensagem por Vitor mango Sáb Jan 22, 2011 1:05 am


Fazendo o ponto da situação, Blair prosseguia dizendo “as pessoas pensam
que nós [a Grã-Bretanha] só estamos a fazer isto para apoiar os Estados
Unidos e que eles [os EUA] só estão a fazer isto para ajustar velhas
contas” . Por esse motivo, opinou Blair, “ temos de reorganizar a nossa
história e a mensagem a passar. Cada vez mais acho que [a mensagem] deve
ser acerca da natureza do regime”.

nesta historia escapa o Cherne porque o Sampaio teve Pomodores para lhe dizer
- O mewnino nos soldados nao toca ..leva os GNR e é um pau

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Tony Blair volta a ser interrogado sobre o Iraque  Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 118178

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos