CITAÇÃO, 326
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CITAÇÃO, 326
CITAÇÃO, 326
Vasco Pulido Valente, O Presidente perdido, hoje no Público. Breve excerto, sublinhados meus:
«Temos de voltar ao essencial. O dr. Cavaco perdeu. E fez mais do que perder uma eleição. Comprometeu gravemente o regime, que daqui em diante já não pode funcionar com qualquer espécie de “regularidade”. Com 54 por cento de abstenção, um Presidente, este ou outro, não tem a força e o prestígio para dissolver a Assembleia ou sequer para exercer uma influência pesada sobre o Governo. Está sempre numa posição de claríssima fraqueza, porque nada lhe garante que os poucos votos de 23 de Janeiro (menos de um quarto dos portugueses) lhe cheguem para sancionar ou impor uma decisão [...] obrigado a negociar a todo o momento cada passo e cada palavra.
E assim o homem, que devia assegurar a estabilidade da República, acabou em cinco anos por a comprometer. [...] Andou por aí, como um fantasma, sem uma palavra pertinente, um gesto de afirmação, uma vontade clara. E ficou, como era de esperar, sozinho. O que não importaria muito, se Portugal não precisasse, como precisa, de um Presidente.»
posted by Eduardo Pitta
Vasco Pulido Valente, O Presidente perdido, hoje no Público. Breve excerto, sublinhados meus:
«Temos de voltar ao essencial. O dr. Cavaco perdeu. E fez mais do que perder uma eleição. Comprometeu gravemente o regime, que daqui em diante já não pode funcionar com qualquer espécie de “regularidade”. Com 54 por cento de abstenção, um Presidente, este ou outro, não tem a força e o prestígio para dissolver a Assembleia ou sequer para exercer uma influência pesada sobre o Governo. Está sempre numa posição de claríssima fraqueza, porque nada lhe garante que os poucos votos de 23 de Janeiro (menos de um quarto dos portugueses) lhe cheguem para sancionar ou impor uma decisão [...] obrigado a negociar a todo o momento cada passo e cada palavra.
E assim o homem, que devia assegurar a estabilidade da República, acabou em cinco anos por a comprometer. [...] Andou por aí, como um fantasma, sem uma palavra pertinente, um gesto de afirmação, uma vontade clara. E ficou, como era de esperar, sozinho. O que não importaria muito, se Portugal não precisasse, como precisa, de um Presidente.»
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