Carlos Pereira: “Era voz corrente” na Madeira que o Nacional aliciava árbitros com prostitutas
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Carlos Pereira: “Era voz corrente” na Madeira que o Nacional aliciava árbitros com prostitutas
Carlos Pereira: “Era voz corrente” na Madeira que o Nacional aliciava árbitros com prostitutas
29.09.2008 - 19h19 Lusa
O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, afirmou hoje no Tribunal de Gondomar que "era voz corrente" na Madeira que o Nacional teria aliciado alguns árbitros com prostitutas.
Carlos Pereira depôs no Tribunal de Gondomar como testemunha do processo "Apito Dourado" sobre o alegado favorecimento do seu clube no jogo com o Nacional, relativo à 31ª jornada da Superliga 2003/2004, que terminou com a vitória da equipa dos Barreiros por 2-0.
"Em função do que se diz ser voz corrente, não tinha receio que o Marítimo fosse prejudicado nesse jogo com o Nacional?" - perguntou a juíza Manuela Sousa a Carlos Pereira. "Se tivesse presenciado, receava, mas era um rumor, limitei-me a mandar tudo para a Liga", respondeu o dirigente.
Já no final da audiência, Carlos Pereira revelou aos jornalistas que a Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional abriu um inquérito sobre o assunto e enviou as suas conclusões para o Ministério Público (MP). "Resultado disso, não sei", assegurou o presidente do Marítimo.
Neste processo, são arguidos o árbitro Martins dos Santos - pronunciado por corrupção passiva desportiva - e o antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, António Henriques - acusado de corrupção activa desportiva.
O presidente do Marítimo considerou que o jogo que deu origem a este processo foi “normal”, “como tantos outros a que tenho assistido”, acrescentou.
Disse também que não se recordava de ter manifestado alguma insatisfação com a nomeação de Martins dos Santos para o encontro e garantiu que não estava apreensivo quanto ao resultado do dérbi. "Se perdesse, não vinha nenhum mal ao mundo. O Marítimo não descia", referiu.
Durante a audiência, Carlos Pereira foi advertido pela juíza Manuela Sousa pela forma, alegadamente agreste, como respondeu a uma pergunta do procurador Paulo Sérgio.
Na sessão da tarde, o tribunal completou a audição de peritos iniciada de manhã, com o testemunho de Jorge Coroado. O antigo árbitro internacional considerou "eticamente censurável" que um árbitro ligue a um dirigente após um jogo (alusão às escutas do processo).
Quanto aos erros imputados à equipa de arbitragem do Marítimo-Nacional, Coroado disse que a responsabilidade do árbitro principal "está aligeirada" por não ter visto um lance – agora posto em causa – e aceitado como boa a indicação de um auxiliar.
"Se o árbitro principal tem dúvidas ou se não viu, deve seguir as indicações do árbitro-assistente", concordou Luís Guilherme, que, em 2003/2004, era presidente da Comissão de Arbitragem da Liga e que também foi chamado hoje a depor.
Na audiência de hoje, Os árbitros-assistentes de Martins dos Santos negaram qualquer pressão do chefe de equipa para favorecimento da equipa dos Barreiros. "Está totalmente fora de questão. Categoricamente", afirmou João Santos, um dos árbitros auxiliares.
A acusação afirmou hoje que Martins dos Santos teria como contrapartida, pelo alegado benefício do Marítimo, a promoção do seu filho, Daniel Santos, igualmente árbitro, da terceira à segunda categoria. Porém, a pronúncia refere apenas que Martins dos Santos terá obtido uma "vantagem não concretamente apurada".
O julgamento deste caso chegou a estar marcado para o Tribunal do Funchal, que, contudo, se declarou incompetente para o efeito por causa territorial. As audiências prosseguem a 15 Outubro, a partir das 9h00.
29.09.2008 - 19h19 Lusa
O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, afirmou hoje no Tribunal de Gondomar que "era voz corrente" na Madeira que o Nacional teria aliciado alguns árbitros com prostitutas.
Carlos Pereira depôs no Tribunal de Gondomar como testemunha do processo "Apito Dourado" sobre o alegado favorecimento do seu clube no jogo com o Nacional, relativo à 31ª jornada da Superliga 2003/2004, que terminou com a vitória da equipa dos Barreiros por 2-0.
"Em função do que se diz ser voz corrente, não tinha receio que o Marítimo fosse prejudicado nesse jogo com o Nacional?" - perguntou a juíza Manuela Sousa a Carlos Pereira. "Se tivesse presenciado, receava, mas era um rumor, limitei-me a mandar tudo para a Liga", respondeu o dirigente.
Já no final da audiência, Carlos Pereira revelou aos jornalistas que a Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional abriu um inquérito sobre o assunto e enviou as suas conclusões para o Ministério Público (MP). "Resultado disso, não sei", assegurou o presidente do Marítimo.
Neste processo, são arguidos o árbitro Martins dos Santos - pronunciado por corrupção passiva desportiva - e o antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, António Henriques - acusado de corrupção activa desportiva.
O presidente do Marítimo considerou que o jogo que deu origem a este processo foi “normal”, “como tantos outros a que tenho assistido”, acrescentou.
Disse também que não se recordava de ter manifestado alguma insatisfação com a nomeação de Martins dos Santos para o encontro e garantiu que não estava apreensivo quanto ao resultado do dérbi. "Se perdesse, não vinha nenhum mal ao mundo. O Marítimo não descia", referiu.
Durante a audiência, Carlos Pereira foi advertido pela juíza Manuela Sousa pela forma, alegadamente agreste, como respondeu a uma pergunta do procurador Paulo Sérgio.
Na sessão da tarde, o tribunal completou a audição de peritos iniciada de manhã, com o testemunho de Jorge Coroado. O antigo árbitro internacional considerou "eticamente censurável" que um árbitro ligue a um dirigente após um jogo (alusão às escutas do processo).
Quanto aos erros imputados à equipa de arbitragem do Marítimo-Nacional, Coroado disse que a responsabilidade do árbitro principal "está aligeirada" por não ter visto um lance – agora posto em causa – e aceitado como boa a indicação de um auxiliar.
"Se o árbitro principal tem dúvidas ou se não viu, deve seguir as indicações do árbitro-assistente", concordou Luís Guilherme, que, em 2003/2004, era presidente da Comissão de Arbitragem da Liga e que também foi chamado hoje a depor.
Na audiência de hoje, Os árbitros-assistentes de Martins dos Santos negaram qualquer pressão do chefe de equipa para favorecimento da equipa dos Barreiros. "Está totalmente fora de questão. Categoricamente", afirmou João Santos, um dos árbitros auxiliares.
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O julgamento deste caso chegou a estar marcado para o Tribunal do Funchal, que, contudo, se declarou incompetente para o efeito por causa territorial. As audiências prosseguem a 15 Outubro, a partir das 9h00.
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