O Egito e o dilema de Obama
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O Egito e o dilema de Obama
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O Egito e o dilema de Obama
Alessandra Correa | 01:35, quinta-feira, 3 fevereiro 2011
Comentários (0)
A crise no Egito chama a atenção para um dilema presente há
muito tempo na política externa americana: como defender os ideais de
democracia e, ao mesmo tempo, os interesses do país.
Desde que começaram os protestos pedindo a saída do presidente
egípcio, Hosni Mubarak, os Estados Unidos se veem na difícil escolha
entre apoiar o clamor dos manifestantes ou um aliado de 30 anos,
considerado crucial para os interesses americanos em uma região
estratégica.
Em uma entrevista publicada no site do Council on Foreign Relations, o
ex-secretário de Estado americano James Baker definiu a situação no
Egito como um exemplo de como "é difícil conduzir a política externa".
"Nós temos de considerar princípios e valores, sim. Democracia,
direitos humanos, liberdade. Mas nós também temos de considerar o
interesse nacional", disse Baker, que ocupou o cargo de 1989 a 1992.
Mubarak teve um papel importante nas negociações de paz entre
israelenses e palestinos e tem sido um parceiro fiel do governo
americano na luta contra o extremismo islâmico e contra as ambições do
Irã.
Muitos nos Estados Unidos temem que sua saída abra caminho para um governo com posições antiamericanas.
Além disso, o Egito é um país importante na região e o desenrolar dos acontecimentos pode influenciar outros países.
Os Estados Unidos fornecem ao Egito mais de US$ 1 bilhão por ano em assistência, grande parte para o setor militar.
No entanto, nos últimos dias, diante da escalada dos protestos, a
sensação no governo americano parece ser a de que o líder egípcio deve
deixar o poder o mais rápido possível.
No pronunciamento que fez logo após Mubarak anunciar que não pretende
concorrer à reeleição em setembro - e depois de uma conversa de meia
hora por telefone com o líder egípcio -, Obama não pediu sua saída
imediata, mas deixou claro que a transição no Egito deve começar
"agora".
Em um artigo publicado na revista Foreign Affairs, o analista Steven Cook disse que ao longo de seu governo Mubarak esteve sempre diante de duas posições "irreconciliáveis".
"Ele poderia ser o homem de Washington ou um homem do povo - mas não ambos", disse Cook.
O analista disse acreditar que "nenhum líder egípcio vai cometer esse erro novamente".
Ainda não se sabe como a crise no Egito vai acabar, mas analistas
concordam que, seja quem for o novo governante do Egito, é certo que a
relação com os Estados Unidos não será mais tão próxima.
O Egito e o dilema de Obama
Alessandra Correa | 01:35, quinta-feira, 3 fevereiro 2011
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A crise no Egito chama a atenção para um dilema presente há
muito tempo na política externa americana: como defender os ideais de
democracia e, ao mesmo tempo, os interesses do país.
Desde que começaram os protestos pedindo a saída do presidente
egípcio, Hosni Mubarak, os Estados Unidos se veem na difícil escolha
entre apoiar o clamor dos manifestantes ou um aliado de 30 anos,
considerado crucial para os interesses americanos em uma região
estratégica.
Em uma entrevista publicada no site do Council on Foreign Relations, o
ex-secretário de Estado americano James Baker definiu a situação no
Egito como um exemplo de como "é difícil conduzir a política externa".
"Nós temos de considerar princípios e valores, sim. Democracia,
direitos humanos, liberdade. Mas nós também temos de considerar o
interesse nacional", disse Baker, que ocupou o cargo de 1989 a 1992.
Mubarak teve um papel importante nas negociações de paz entre
israelenses e palestinos e tem sido um parceiro fiel do governo
americano na luta contra o extremismo islâmico e contra as ambições do
Irã.
Muitos nos Estados Unidos temem que sua saída abra caminho para um governo com posições antiamericanas.
Além disso, o Egito é um país importante na região e o desenrolar dos acontecimentos pode influenciar outros países.
Os Estados Unidos fornecem ao Egito mais de US$ 1 bilhão por ano em assistência, grande parte para o setor militar.
No entanto, nos últimos dias, diante da escalada dos protestos, a
sensação no governo americano parece ser a de que o líder egípcio deve
deixar o poder o mais rápido possível.
No pronunciamento que fez logo após Mubarak anunciar que não pretende
concorrer à reeleição em setembro - e depois de uma conversa de meia
hora por telefone com o líder egípcio -, Obama não pediu sua saída
imediata, mas deixou claro que a transição no Egito deve começar
"agora".
Em um artigo publicado na revista Foreign Affairs, o analista Steven Cook disse que ao longo de seu governo Mubarak esteve sempre diante de duas posições "irreconciliáveis".
"Ele poderia ser o homem de Washington ou um homem do povo - mas não ambos", disse Cook.
O analista disse acreditar que "nenhum líder egípcio vai cometer esse erro novamente".
Ainda não se sabe como a crise no Egito vai acabar, mas analistas
concordam que, seja quem for o novo governante do Egito, é certo que a
relação com os Estados Unidos não será mais tão próxima.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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