Grandes bancos estão a ser convocados para renegociar dívida grega
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Grandes bancos estão a ser convocados para renegociar dívida grega
Grandes bancos estão a ser convocados para renegociar dívida grega (act.)
22 Junho 2011 | 18:32
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
Frankfurt, Paris e
Amesterdão deram hoje início às conversações com a banca para a
persuadir a manter o crédito à Grécia. Presidente do Eurogrupo confirma
urgência e admite que a crise grega pode "virar a Zona Euro do avesso".
Taxas de juro irlandesas e, sobretudo, portugueses continuam ao rubro.
Os
Ministérios das Finanças alemão, francês e holandês convocaram hoje,
separadamente, os maiores bancos dos respectivos países para começar a
acertar os termos em que o sector privado poderá aceitar estender os
prazos dos seus créditos à Grécia, de modo a não agravar as já profundas
necessidades de financiamento do país.
A informação está a ser
avançada pela agência Bloomberg, que indica que os encontros agendados
para o fim da tarde de hoje são "exploratórios", devendo ser seguidos de
novas rondas, com vista a cumprir o calendário fixado pelos ministros
europeus das Finanças que querem, até 3 de Julho, ter uma noção precisa
do valor da dívida grega que pode ser recalendarizada.
A dívida
pública grega ascende a 350 mil milhões de euros (150% do PIB), sendo
que cerca de 40 mil milhões vencem dentro de um ano.
No caso da
Alemanha, o arranque das negociações haviam sido já esta manhã noticiado
pela Reuters, e envolve pelo menos 11 instituições financeiras, entre
as quais o Deutsche Bank (o banco mais exposto à dívida grega, com títulos em carteira de 1,6 mil milhões de euros), o Commerzbank, a par das seguradoras Allianz e Munich Re.
“Estamos
a tentar, ao nível nacional e internacional, encetar conversações com o
sector privado para conseguir quantificar a contribuição do sector
privado” num segundo pacote de assistência à Grécia, explicou Martin
Kotthaus, porta-voz do Ministério alemão das Finanças.
Alemanha,
que garante a fatia de leão dos empréstimos aos parceiros do euro, diz
não ter condições políticas para aprovar um reforço do empréstimo à
Grécia (assumindo mais riscos em nome dos seus contribuintes), a menos
que os bancos e fundos que detêm dívida grega se envolvam também para
evitar o pior dos cenários - "default" - de que seriam as vítimas mais
directas.
O empréstimo a três anos de 110 mil milhões de
euros acordado pela UE e o FMI há um ano deverá ter de ser reforçado,
possivelmente em 60 mil milhões de euros. Este valor estará
condicionado a que os privados aceitem adiar o reembolso de pelo menos
30 mil milhões de euros de dívida grega e que Atenas consiga arrecadar em privatizações pelo menos um outro tanto.
"Voluntário q.b."
A convocação da banca comercial segue o acordo a que chegaram na semana passada a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy,
no sentido de envolver de forma “voluntária” o sector privado num
segundo pacote para evitar que a Grécia entre em incumprimento.
O
envolvimento da banca seguirá os moldes da "Iniciativa de Viena" que,
em 2009, enquadrou as ajudas externas a países do centro e leste
europeu, em que os empréstimos da UE e do FMI foram secundados pelo compromisso dos principais bancos de que não reduziriam a sua exposição à respectiva dívida pública.
Isso
pressuporá que a Grécia pagará os empréstimos a tempo e horas, mas que
estes serão automaticamente renovados em termos idênticos aos dos
anteriores.
A associação alemã de bancos sugeriu esta semana que
os seus associados seriam mais facilmente aliciados a participar neste
novo resgate à Grécia, se as novas emissões de dívida destinadas a
substituir as que se vencem tiverem garantias estatais, designadamente
da Alemanha.
As agências de “rating” têm advertido que este
expediente será catalogado de “default” (incapacidade de honrar
créditos), o que terá consequências imediatas tremendas para o Estado e
bancos gregos, cujos “rating” já estão hoje esmagados abaixo de “lixo”.
O BCE,
que é um dos maiores credores da Grécia (terá em mãos 40 mil milhões de
euros de títulos de dívida), tem oferecido enormes resistências a esta
abordagem, temendo que um "default" na Grécia signifique o início de uma
espiral de falências na banca, tal como a queda do Lehman Brothers
precipitou a crise financeira, em Setembro de 2008.
Esse é também o receio de Jean-Claude Juncker
que hoje admitiu que "se forem cometidos erros na gestão da crise
grega, o problema saltará para outros países do euro e, pouco a pouco, a
Zona Euro será virada do avesso".
A confirmar os sinais de
contágio estão as taxas de juro no mercado secundário, que voltaram hoje
a disparar nos países da periferia, castigando a Irlanda e, em
particular, Portugal.
22 Junho 2011 | 18:32
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
Frankfurt, Paris e
Amesterdão deram hoje início às conversações com a banca para a
persuadir a manter o crédito à Grécia. Presidente do Eurogrupo confirma
urgência e admite que a crise grega pode "virar a Zona Euro do avesso".
Taxas de juro irlandesas e, sobretudo, portugueses continuam ao rubro.
Os
Ministérios das Finanças alemão, francês e holandês convocaram hoje,
separadamente, os maiores bancos dos respectivos países para começar a
acertar os termos em que o sector privado poderá aceitar estender os
prazos dos seus créditos à Grécia, de modo a não agravar as já profundas
necessidades de financiamento do país.
A informação está a ser
avançada pela agência Bloomberg, que indica que os encontros agendados
para o fim da tarde de hoje são "exploratórios", devendo ser seguidos de
novas rondas, com vista a cumprir o calendário fixado pelos ministros
europeus das Finanças que querem, até 3 de Julho, ter uma noção precisa
do valor da dívida grega que pode ser recalendarizada.
A dívida
pública grega ascende a 350 mil milhões de euros (150% do PIB), sendo
que cerca de 40 mil milhões vencem dentro de um ano.
No caso da
Alemanha, o arranque das negociações haviam sido já esta manhã noticiado
pela Reuters, e envolve pelo menos 11 instituições financeiras, entre
as quais o Deutsche Bank (o banco mais exposto à dívida grega, com títulos em carteira de 1,6 mil milhões de euros), o Commerzbank, a par das seguradoras Allianz e Munich Re.
“Estamos
a tentar, ao nível nacional e internacional, encetar conversações com o
sector privado para conseguir quantificar a contribuição do sector
privado” num segundo pacote de assistência à Grécia, explicou Martin
Kotthaus, porta-voz do Ministério alemão das Finanças.
Alemanha,
que garante a fatia de leão dos empréstimos aos parceiros do euro, diz
não ter condições políticas para aprovar um reforço do empréstimo à
Grécia (assumindo mais riscos em nome dos seus contribuintes), a menos
que os bancos e fundos que detêm dívida grega se envolvam também para
evitar o pior dos cenários - "default" - de que seriam as vítimas mais
directas.
O empréstimo a três anos de 110 mil milhões de
euros acordado pela UE e o FMI há um ano deverá ter de ser reforçado,
possivelmente em 60 mil milhões de euros. Este valor estará
condicionado a que os privados aceitem adiar o reembolso de pelo menos
30 mil milhões de euros de dívida grega e que Atenas consiga arrecadar em privatizações pelo menos um outro tanto.
"Voluntário q.b."
A convocação da banca comercial segue o acordo a que chegaram na semana passada a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy,
no sentido de envolver de forma “voluntária” o sector privado num
segundo pacote para evitar que a Grécia entre em incumprimento.
O
envolvimento da banca seguirá os moldes da "Iniciativa de Viena" que,
em 2009, enquadrou as ajudas externas a países do centro e leste
europeu, em que os empréstimos da UE e do FMI foram secundados pelo compromisso dos principais bancos de que não reduziriam a sua exposição à respectiva dívida pública.
Isso
pressuporá que a Grécia pagará os empréstimos a tempo e horas, mas que
estes serão automaticamente renovados em termos idênticos aos dos
anteriores.
A associação alemã de bancos sugeriu esta semana que
os seus associados seriam mais facilmente aliciados a participar neste
novo resgate à Grécia, se as novas emissões de dívida destinadas a
substituir as que se vencem tiverem garantias estatais, designadamente
da Alemanha.
As agências de “rating” têm advertido que este
expediente será catalogado de “default” (incapacidade de honrar
créditos), o que terá consequências imediatas tremendas para o Estado e
bancos gregos, cujos “rating” já estão hoje esmagados abaixo de “lixo”.
O BCE,
que é um dos maiores credores da Grécia (terá em mãos 40 mil milhões de
euros de títulos de dívida), tem oferecido enormes resistências a esta
abordagem, temendo que um "default" na Grécia signifique o início de uma
espiral de falências na banca, tal como a queda do Lehman Brothers
precipitou a crise financeira, em Setembro de 2008.
Esse é também o receio de Jean-Claude Juncker
que hoje admitiu que "se forem cometidos erros na gestão da crise
grega, o problema saltará para outros países do euro e, pouco a pouco, a
Zona Euro será virada do avesso".
A confirmar os sinais de
contágio estão as taxas de juro no mercado secundário, que voltaram hoje
a disparar nos países da periferia, castigando a Irlanda e, em
particular, Portugal.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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