José Sócrates
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José Sócrates
.
Sócrates pede licença sem vencimento na Covilhã
por Lusa
Ontem
José Sócrates pediu, nos termos da lei, uma licença sem vencimento das funções de engenheiro na Câmara da Covilhã para ingressar numa instituição universitária internacional, disse à Agência Lusa fonte próxima do ex-primeiro ministro.
José Sócrates é funcionário do quadro da Câmara da Covilhã, cidade onde cresceu, num lugar da carreira de engenheiro técnico. Viria a deixar de exercer funções no município em 1987 quando foi eleito deputado na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Castelo Branco.
Segundo foi noticiado o primeiro-ministro deverá dedicar-se ao estudo da Filosofia, em Paris.
In DN
Sócrates pede licença sem vencimento na Covilhã
por Lusa
Ontem
José Sócrates pediu, nos termos da lei, uma licença sem vencimento das funções de engenheiro na Câmara da Covilhã para ingressar numa instituição universitária internacional, disse à Agência Lusa fonte próxima do ex-primeiro ministro.
José Sócrates é funcionário do quadro da Câmara da Covilhã, cidade onde cresceu, num lugar da carreira de engenheiro técnico. Viria a deixar de exercer funções no município em 1987 quando foi eleito deputado na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Castelo Branco.
Segundo foi noticiado o primeiro-ministro deverá dedicar-se ao estudo da Filosofia, em Paris.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: José Sócrates
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Hoje, na Sic Notícias, um comentador dizia, que Sócrates deveria ter pedido a exoneração do cargo e nâo a licença sem vencimento e "ir depois à sua vida".
Será que disse o mesmo, quando Cavaco Silva regressou ao BP e à sua vida de professor de economia? E quem diz Cavaco, diz outros que ocuparam também cargos na administração pública!
Continua a perseguição. Medo de um regresso, que não poupará certos lobbies e interesses, acabando o que não conseguiu desta vez?!?!
Hoje, na Sic Notícias, um comentador dizia, que Sócrates deveria ter pedido a exoneração do cargo e nâo a licença sem vencimento e "ir depois à sua vida".
Será que disse o mesmo, quando Cavaco Silva regressou ao BP e à sua vida de professor de economia? E quem diz Cavaco, diz outros que ocuparam também cargos na administração pública!
Continua a perseguição. Medo de um regresso, que não poupará certos lobbies e interesses, acabando o que não conseguiu desta vez?!?!
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Sócrates regressa à terra Natal para homenagear o pai
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«Vilar de Maçada: passado e presente»
http://www.diariodetrasosmontes.com/images/noticias/socrates_vmacada
Sócrates regressa à terra Natal para homenagear o pai
O ex primeiro-ministro José Sócrates regressou hoje à sua terra natal, Alijó, para a apresentação da obra «humilde mas cheia de amor» escrita pelo seu pai Fernando Pinto de Sousa, Vilar de Maçada: passado e presente.
Com uma voz embargada, Sócrates fez um discurso emocionado de homenagem àquele que foi o último acto de Fernando Pinto de Sousa, que faleceu em Julho.
A apresentação do livro decorreu no salão nobre da Câmara de Alijó, que encheu com muitos amigos, conhecidos e colegas de partido de José Sócrates, que viajaram um pouco de todo o país para este concelho duriense.
Nas palavras do ex-governante do PS, Fernando Pinto de Sousa tinha um «profundo amor a Vilar de Maçada», terra Natal dos dois.
«Este livro é um gesto de amor. Amor ao conjunto, à terra, à paisagem, às pessoas. Amor, sobretudo, à sua família, aos seus pais, à sua memória», afirmou o ex primeiro-ministro na introdução do livro.
Em Vilar de Maçada: passado e presente, o pai de José Sócrates faz uma viagem pela história desta terra, localizada nas encostas do Douro, pelas suas gentes, solares e património religioso.
Fernando Pinto de Sousa soube transmitir o amor à terra aos seus filhos: «Eu e todos os meus irmãos crescemos não apenas com Vilar de Maçada no bilhete de identidade, mas também com a consciência de que ali é a nossa terra, que dali vínhamos, e que ali haveríamos sempre de voltar», referiu Sócrates no texto introdutório da obra.
O ex-primeiro-ministro recordou as viagens feitas mais tarde pela família da Covilhã, para onde se mudaram, para Alijó, e durante as quais ficou a conhecer o escritor Miguel Torga, tantas vezes citado pelo pai.
«Sim, devo a meu pai conhecer Miguel Torga e a ambos o amor que tenho a Trás-os-Montes», salientou.
Sócrates lembrou ainda a «batalha» de Fernando Pinto de Sousa «contra o esquecimento» e «desigualdade». «Profundamente transmontano detestava a injustiça como venerava a coragem», frisou.
Já na recta final da sua vida, Fernando Pinto de Sousa «correu a fazer este livro sobre a sua terra» e com o qual quis dizer que sentia «orgulho» de ser de Vilar de Maçada.
«Nos últimos tempos da sua vida nada lhe dava mais conforto do que apenas este sentimento: eu sei de onde sou e sei para onde virei. Também eu, neste momento, o que vos quero dizer é que nada dá mais tranquilidade ao meu espírito do que saber que sou daqui e saber que é para aqui que também virei», concluiu Sócrates.
Fernando Pinto de Sousa morreu em Julho no Hospital de Santo António, do Porto, a mesma unidade hospitalar aonde nasceu há 53 anos José Sócrates. Caiu ao descer uma escada e contraiu um traumatismo craniano que lhe foi fatal.
Arquitecto de profissão, o pai do ex-primeiro-ministro socialista foi cofundador do PSD na Covilhã e vereador eleito por aquele partido à Câmara local nas eleições autárquicas de 1985, tendo tomado posse a 3 de Janeiro de 1986.
Foi professor do Liceu da Covilhã e, enquanto arquitecto, foi responsável pela colocação da estátua em granito de homenagem a Pêro da Covilhã, localizada na Praça do Município daquela cidade.
Lusa, 2011-12-22
«Vilar de Maçada: passado e presente»
http://www.diariodetrasosmontes.com/images/noticias/socrates_vmacada
Sócrates regressa à terra Natal para homenagear o pai
O ex primeiro-ministro José Sócrates regressou hoje à sua terra natal, Alijó, para a apresentação da obra «humilde mas cheia de amor» escrita pelo seu pai Fernando Pinto de Sousa, Vilar de Maçada: passado e presente.
Com uma voz embargada, Sócrates fez um discurso emocionado de homenagem àquele que foi o último acto de Fernando Pinto de Sousa, que faleceu em Julho.
A apresentação do livro decorreu no salão nobre da Câmara de Alijó, que encheu com muitos amigos, conhecidos e colegas de partido de José Sócrates, que viajaram um pouco de todo o país para este concelho duriense.
Nas palavras do ex-governante do PS, Fernando Pinto de Sousa tinha um «profundo amor a Vilar de Maçada», terra Natal dos dois.
«Este livro é um gesto de amor. Amor ao conjunto, à terra, à paisagem, às pessoas. Amor, sobretudo, à sua família, aos seus pais, à sua memória», afirmou o ex primeiro-ministro na introdução do livro.
Em Vilar de Maçada: passado e presente, o pai de José Sócrates faz uma viagem pela história desta terra, localizada nas encostas do Douro, pelas suas gentes, solares e património religioso.
Fernando Pinto de Sousa soube transmitir o amor à terra aos seus filhos: «Eu e todos os meus irmãos crescemos não apenas com Vilar de Maçada no bilhete de identidade, mas também com a consciência de que ali é a nossa terra, que dali vínhamos, e que ali haveríamos sempre de voltar», referiu Sócrates no texto introdutório da obra.
O ex-primeiro-ministro recordou as viagens feitas mais tarde pela família da Covilhã, para onde se mudaram, para Alijó, e durante as quais ficou a conhecer o escritor Miguel Torga, tantas vezes citado pelo pai.
«Sim, devo a meu pai conhecer Miguel Torga e a ambos o amor que tenho a Trás-os-Montes», salientou.
Sócrates lembrou ainda a «batalha» de Fernando Pinto de Sousa «contra o esquecimento» e «desigualdade». «Profundamente transmontano detestava a injustiça como venerava a coragem», frisou.
Já na recta final da sua vida, Fernando Pinto de Sousa «correu a fazer este livro sobre a sua terra» e com o qual quis dizer que sentia «orgulho» de ser de Vilar de Maçada.
«Nos últimos tempos da sua vida nada lhe dava mais conforto do que apenas este sentimento: eu sei de onde sou e sei para onde virei. Também eu, neste momento, o que vos quero dizer é que nada dá mais tranquilidade ao meu espírito do que saber que sou daqui e saber que é para aqui que também virei», concluiu Sócrates.
Fernando Pinto de Sousa morreu em Julho no Hospital de Santo António, do Porto, a mesma unidade hospitalar aonde nasceu há 53 anos José Sócrates. Caiu ao descer uma escada e contraiu um traumatismo craniano que lhe foi fatal.
Arquitecto de profissão, o pai do ex-primeiro-ministro socialista foi cofundador do PSD na Covilhã e vereador eleito por aquele partido à Câmara local nas eleições autárquicas de 1985, tendo tomado posse a 3 de Janeiro de 1986.
Foi professor do Liceu da Covilhã e, enquanto arquitecto, foi responsável pela colocação da estátua em granito de homenagem a Pêro da Covilhã, localizada na Praça do Município daquela cidade.
Lusa, 2011-12-22
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Cândida Almeida garante que inquérito foi "transparente"
.
Cândida Almeida garante que inquérito foi "transparente"
por Lusa
Hoje
A magistrada Cândida Almeida assegurou hoje em Lisboa que, no inquérito sobre a licenciatura do ex-primeiro-ministro José Sócrates na Universidade Independente (UNI), tudo foi "transparente, leal e está vertido no processo".
A diretora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) estranhou e considerou "ridículo" que se volte a falar de um processo que foi arquivado há "quatro anos".
Cândida Almeida precisou que processo arquivado está no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter entendido, e "bem", que competia a um juiz do TIC fazer a instrução.
Cândida Almeida esclareceu ainda que a instrução do processo não ocorreu porque um dos assistentes que havia requerido a abertura desta fase processual "não pagou taxa de justiça", levando ao arquivamento dos autos.
Segundo a diretora do DCIAP, os assistentes tiveram acesso a todos os documentos que constam do processo arquivado, explicando que só factos novos podem reabrir o caso, mas que "para já está arquivado".
Cândida Almeida vincou que "toda a verdade processual" está "refletida" no inquérito, numa altura em que a juíza presidente do julgamento do caso da UNI, Ana Peres, solicitou uma cópia dos documentos enquanto avalia se vai ou não ouvir José Sócrates como testemunha.
Por seu lado, o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, disse não lhe merecer "nenhum comentário" o facto de o Ministério Público ter abdicado de ouvir o ex-chefe do Governo como testemunha em julgamento, mas adiantou que se trata de uma "questão meramente técnica".
"Se alguém pede para ouvir uma determinada pessoa, o MP adere para o poder ouvir, mas se a pessoa deixa cair esse pedido, o pedido do MP cai automaticamente. Não há ciência nenhuma", disse o PGR.
Uma fonte do MP disse na segunda-feira à Lusa que a procuradora do julgamento do caso UNI não ia inquirir José Sócrates, depois de o arguido e ex-reitor da UNI Luiz Arouca ter prescindido da inquirição do ex-primeiro-ministro.
Sócrates faltou à inquirição como testemunha que esteve agendada para a passada segunda-feira, tendo a juíza Ana Peres considerado a falta "justificada", por se encontrar no estrangeiro.
Entretanto, Proença de Carvalho, advogado de José Sócrates, assegurou já que o ex-primeiro-ministro, a residir em Paris, está "inteiramente disponível" para, "pessoalmente ou por videoconferência", depor como testemunha no julgamento do caso UNI.
Quanto ao inquérito do Ministério Público relacionado com a licenciatura em engenharia de Sócrates na Universidade Independente, Proença de Carvalho notou que o caso foi arquivado após investigação "exaustiva".
A forma como José Sócrates concluiu a licenciatura em engenharia na UNI, com um exame a um domingo, é uma das situações que mais curiosidade suscitou em torno do caso UNI, universidade já encerrada após um escândalo que levou a julgamento vários antigos responsáveis da instituição por associação criminosa, burla e falsificação de documentos, entre outros ilícitos.
In DN
Cândida Almeida garante que inquérito foi "transparente"
por Lusa
Hoje
A magistrada Cândida Almeida assegurou hoje em Lisboa que, no inquérito sobre a licenciatura do ex-primeiro-ministro José Sócrates na Universidade Independente (UNI), tudo foi "transparente, leal e está vertido no processo".
A diretora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) estranhou e considerou "ridículo" que se volte a falar de um processo que foi arquivado há "quatro anos".
Cândida Almeida precisou que processo arquivado está no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter entendido, e "bem", que competia a um juiz do TIC fazer a instrução.
Cândida Almeida esclareceu ainda que a instrução do processo não ocorreu porque um dos assistentes que havia requerido a abertura desta fase processual "não pagou taxa de justiça", levando ao arquivamento dos autos.
Segundo a diretora do DCIAP, os assistentes tiveram acesso a todos os documentos que constam do processo arquivado, explicando que só factos novos podem reabrir o caso, mas que "para já está arquivado".
Cândida Almeida vincou que "toda a verdade processual" está "refletida" no inquérito, numa altura em que a juíza presidente do julgamento do caso da UNI, Ana Peres, solicitou uma cópia dos documentos enquanto avalia se vai ou não ouvir José Sócrates como testemunha.
Por seu lado, o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, disse não lhe merecer "nenhum comentário" o facto de o Ministério Público ter abdicado de ouvir o ex-chefe do Governo como testemunha em julgamento, mas adiantou que se trata de uma "questão meramente técnica".
"Se alguém pede para ouvir uma determinada pessoa, o MP adere para o poder ouvir, mas se a pessoa deixa cair esse pedido, o pedido do MP cai automaticamente. Não há ciência nenhuma", disse o PGR.
Uma fonte do MP disse na segunda-feira à Lusa que a procuradora do julgamento do caso UNI não ia inquirir José Sócrates, depois de o arguido e ex-reitor da UNI Luiz Arouca ter prescindido da inquirição do ex-primeiro-ministro.
Sócrates faltou à inquirição como testemunha que esteve agendada para a passada segunda-feira, tendo a juíza Ana Peres considerado a falta "justificada", por se encontrar no estrangeiro.
Entretanto, Proença de Carvalho, advogado de José Sócrates, assegurou já que o ex-primeiro-ministro, a residir em Paris, está "inteiramente disponível" para, "pessoalmente ou por videoconferência", depor como testemunha no julgamento do caso UNI.
Quanto ao inquérito do Ministério Público relacionado com a licenciatura em engenharia de Sócrates na Universidade Independente, Proença de Carvalho notou que o caso foi arquivado após investigação "exaustiva".
A forma como José Sócrates concluiu a licenciatura em engenharia na UNI, com um exame a um domingo, é uma das situações que mais curiosidade suscitou em torno do caso UNI, universidade já encerrada após um escândalo que levou a julgamento vários antigos responsáveis da instituição por associação criminosa, burla e falsificação de documentos, entre outros ilícitos.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Trinta e dois mil querem Sócrates em tribunal
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Trinta e dois mil querem Sócrates em tribunalpor DN.ptHoje
Uma petição online já tinha esta quarta-feira de manhã mais de 32 mil assinaturas a pedirem responsabilidades do ex-primeiro-ministro por "gestão danosa dos dinheiros públicos".
O texto da petição resume-se a uma única frase. "Para que se apure onde foram gastos os dinheiros públicos, e quais as suas motivações, durante os governos do engenheiro José Sócrates, que duplicou a dívida pública de Portugal e nos conduziu à bancarrota", lê-se no curto texto, cujo primeiro signatário é Ilídio José Ramos Vieira da Silva.
Às 12.20 desta quarta-feira, o texto tinha sido subscrito por 32049 pessoas (apesar de existirem assinaturas não reconhecidas), o que ultrapassa claramente o número de quatro mil subscritores necessários para o texto subir a plenário da Assembleia da República. Desconhece-se se o seu autor promoverá a entrega do texto junto do Parlamento.
CLIQUE AQUI para ver a petição.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2233808
In DN
Trinta e dois mil querem Sócrates em tribunalpor DN.ptHoje
Uma petição online já tinha esta quarta-feira de manhã mais de 32 mil assinaturas a pedirem responsabilidades do ex-primeiro-ministro por "gestão danosa dos dinheiros públicos".
O texto da petição resume-se a uma única frase. "Para que se apure onde foram gastos os dinheiros públicos, e quais as suas motivações, durante os governos do engenheiro José Sócrates, que duplicou a dívida pública de Portugal e nos conduziu à bancarrota", lê-se no curto texto, cujo primeiro signatário é Ilídio José Ramos Vieira da Silva.
Às 12.20 desta quarta-feira, o texto tinha sido subscrito por 32049 pessoas (apesar de existirem assinaturas não reconhecidas), o que ultrapassa claramente o número de quatro mil subscritores necessários para o texto subir a plenário da Assembleia da República. Desconhece-se se o seu autor promoverá a entrega do texto junto do Parlamento.
CLIQUE AQUI para ver a petição.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2233808
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O fantasma de Paris
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O fantasma de Paris
por NUNO SARAIVA
Hoje
O Partido Socialista vive atormentado pelo fantasma do ex-primeiro-ministro. José Sócrates, embora exilado em Paris, continua demasiado presente. De cada vez que o seu nome é pronunciado ou insinuado, agitam-se os órfãos e as viúvas do socratismo e contorcem-se, incomodados e atarantados, alguns dos que se lhe seguiram, num exercício de autofagia política habitual no PSD, quando fora do poder.
Do que se trata é, sem qualquer espécie de dúvida, da incapacidade de olhar para o passado de forma crítica. De avaliar o que correu bem e o que correu mal. De assumir os erros e exaltar as virtudes. Ao PS falta fazer o luto, como a qualquer família que perde um ente querido, mesmo sabendo que o ex-líder há muito tinha perdido esse estatuto.
Veja-se o que aconteceu nos últimos dias. No congresso do PSD do último fim de semana, José Sócrates foi o nome mais vezes repetido por aqueles que haviam jurado nunca invocar o passado como álibi. Foram os negócios ruinosos das parcerias público-privadas (PPP), foi a gestão sob suspeita do Tribunal de Contas e do Ministério Público da Parque Escolar, foram as opções políticas que nos conduziram ao caminho do ajustamento financeiro - ignorando, quando dá jeito, a dimensão internacional da crise.
Confrontados com os factos da "pesada herança", que Passos Coelho e o PSD não hesitam em atirar à cara de António José Seguro, os socialistas correram a falar de um ataque a todo o PS, de uma obsessão da atual maioria com José Sócrates e, no interior do partido, não faltou quem exigisse a defesa acérrima e intransigente do antigo chefe. Mas defender o quê? É ou não verdade que algumas PPP foram mal negociadas, com custos elevadíssimos para o Estado e as gerações futuras? É ou não um facto que o Tribunal de Contas e o Ministério Público estão a investigar as suspeitas de alegados negócios ilegais, no valor de vários milhões de euros, feitos pela Parque Escolar? É ou não incontestável que, sem prejuízo da dimensão internacional da crise, José Sócrates foi o timoneiro que, na sua obstinação e autismo face à realidade - ignorando os avisos do então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos -, nos conduziu ao limiar da bancarrota? E foi ou não por causa de tudo isto que, quando decidimos pedir ajuda, acabámos confrontados com a realidade de sermos obrigados a escolher a espada em vez da parede?
Sendo tudo isto verdade, o PS não tem outra alternativa que não passe pela avaliação da memória política recente. E, das duas, uma: ou assume por inteiro o seu passado - distinguindo o bom do mau -, ou faz um ato de contrição e corta de vez com José Sócrates. Não há, neste caso, uma terceira via. É justo assinalar que, António José Seguro, ensaiou fazê-lo na última reunião da Comissão Nacional do partido quando se demarcou e assumiu as suas divergências em relação ao memorando de entendimento, negociado pelo Governo do PS com a troika. Porém, até entre os seus mais próximos, o fantasma de Sócrates tolda o raciocínio e a inteligência. Honrar os compromissos internacionais - tem sido a linha oficial socialista -, nos quais, por mais que custe a crer a quem é de esquerda, se inscrevem explicitamente as alterações ao Código do Trabalho, ontem aprovadas na generalidade pelo Parlamento, não é compatível com desabafos públicos incendiários de um porta-voz do partido.
Perante tudo isto, José Sócrates ameaça tornar-se um caso patológico da política portuguesa. O Governo, obcecado em iludir as suas responsabilidades e os seus fracassos, continuará, enquanto tiver margem política e terreno fértil para o fazer, a apontar o dedo à governação socrática. O PS, sem ter feito a catarse que se impõe e incapaz de lidar com o seu passado político recente, continuará refém da memória e sem capacidade para construir uma alternativa credível à maioria PSD-CDS. E o País continuará a assistir, desesperado e sem esperança, ao aumento do flagelo do desemprego, à morte cada vez menos lenta da economia e à falência cada vez mais acelerada da Segurança Social.
Este é o futuro, senão já o presente, que nos arriscamos a ter pela frente. Porque, como dizia António Costa, esta semana na Quadratura do Círculo, Governo e alguma oposição têm-se revelado incompetentes a preencher o presente e o futuro e, por isso, entretêm-se a preencher o passado.
In DN
O fantasma de Paris
por NUNO SARAIVA
Hoje
O Partido Socialista vive atormentado pelo fantasma do ex-primeiro-ministro. José Sócrates, embora exilado em Paris, continua demasiado presente. De cada vez que o seu nome é pronunciado ou insinuado, agitam-se os órfãos e as viúvas do socratismo e contorcem-se, incomodados e atarantados, alguns dos que se lhe seguiram, num exercício de autofagia política habitual no PSD, quando fora do poder.
Do que se trata é, sem qualquer espécie de dúvida, da incapacidade de olhar para o passado de forma crítica. De avaliar o que correu bem e o que correu mal. De assumir os erros e exaltar as virtudes. Ao PS falta fazer o luto, como a qualquer família que perde um ente querido, mesmo sabendo que o ex-líder há muito tinha perdido esse estatuto.
Veja-se o que aconteceu nos últimos dias. No congresso do PSD do último fim de semana, José Sócrates foi o nome mais vezes repetido por aqueles que haviam jurado nunca invocar o passado como álibi. Foram os negócios ruinosos das parcerias público-privadas (PPP), foi a gestão sob suspeita do Tribunal de Contas e do Ministério Público da Parque Escolar, foram as opções políticas que nos conduziram ao caminho do ajustamento financeiro - ignorando, quando dá jeito, a dimensão internacional da crise.
Confrontados com os factos da "pesada herança", que Passos Coelho e o PSD não hesitam em atirar à cara de António José Seguro, os socialistas correram a falar de um ataque a todo o PS, de uma obsessão da atual maioria com José Sócrates e, no interior do partido, não faltou quem exigisse a defesa acérrima e intransigente do antigo chefe. Mas defender o quê? É ou não verdade que algumas PPP foram mal negociadas, com custos elevadíssimos para o Estado e as gerações futuras? É ou não um facto que o Tribunal de Contas e o Ministério Público estão a investigar as suspeitas de alegados negócios ilegais, no valor de vários milhões de euros, feitos pela Parque Escolar? É ou não incontestável que, sem prejuízo da dimensão internacional da crise, José Sócrates foi o timoneiro que, na sua obstinação e autismo face à realidade - ignorando os avisos do então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos -, nos conduziu ao limiar da bancarrota? E foi ou não por causa de tudo isto que, quando decidimos pedir ajuda, acabámos confrontados com a realidade de sermos obrigados a escolher a espada em vez da parede?
Sendo tudo isto verdade, o PS não tem outra alternativa que não passe pela avaliação da memória política recente. E, das duas, uma: ou assume por inteiro o seu passado - distinguindo o bom do mau -, ou faz um ato de contrição e corta de vez com José Sócrates. Não há, neste caso, uma terceira via. É justo assinalar que, António José Seguro, ensaiou fazê-lo na última reunião da Comissão Nacional do partido quando se demarcou e assumiu as suas divergências em relação ao memorando de entendimento, negociado pelo Governo do PS com a troika. Porém, até entre os seus mais próximos, o fantasma de Sócrates tolda o raciocínio e a inteligência. Honrar os compromissos internacionais - tem sido a linha oficial socialista -, nos quais, por mais que custe a crer a quem é de esquerda, se inscrevem explicitamente as alterações ao Código do Trabalho, ontem aprovadas na generalidade pelo Parlamento, não é compatível com desabafos públicos incendiários de um porta-voz do partido.
Perante tudo isto, José Sócrates ameaça tornar-se um caso patológico da política portuguesa. O Governo, obcecado em iludir as suas responsabilidades e os seus fracassos, continuará, enquanto tiver margem política e terreno fértil para o fazer, a apontar o dedo à governação socrática. O PS, sem ter feito a catarse que se impõe e incapaz de lidar com o seu passado político recente, continuará refém da memória e sem capacidade para construir uma alternativa credível à maioria PSD-CDS. E o País continuará a assistir, desesperado e sem esperança, ao aumento do flagelo do desemprego, à morte cada vez menos lenta da economia e à falência cada vez mais acelerada da Segurança Social.
Este é o futuro, senão já o presente, que nos arriscamos a ter pela frente. Porque, como dizia António Costa, esta semana na Quadratura do Círculo, Governo e alguma oposição têm-se revelado incompetentes a preencher o presente e o futuro e, por isso, entretêm-se a preencher o passado.
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Re: José Sócrates
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Este escriba nem disfarça o ódio, que o move contra o ex-PM.
Se é um facto, que ele cometeu erros, não é menos verdade, que está a levar às costas, também os erros dos outros, desde a malfadada data de 25 de Abril, de 1974.
Não bato palmas ao antigo regime, mas bato ainda muitas menos ao que vigora actualmente, de que é espelho desastroso, o actual governo.
Foi-nos prometido muito e nada recebemos. Minto, há quem tenha os bolsos bem recheados, à minha custa e de outros como eu, mas armam-se agora em paladinos da moral, eles os maiores corruptos do país.
Não vale a pena apontar nomes, por sobejamente conhecidos e falados, mas, apesar de todos os seus erros, tomaram esses falsoa arautos da verdade, chegar à sola dos sapatos de José Sócrates!
Este escriba nem disfarça o ódio, que o move contra o ex-PM.
Se é um facto, que ele cometeu erros, não é menos verdade, que está a levar às costas, também os erros dos outros, desde a malfadada data de 25 de Abril, de 1974.
Não bato palmas ao antigo regime, mas bato ainda muitas menos ao que vigora actualmente, de que é espelho desastroso, o actual governo.
Foi-nos prometido muito e nada recebemos. Minto, há quem tenha os bolsos bem recheados, à minha custa e de outros como eu, mas armam-se agora em paladinos da moral, eles os maiores corruptos do país.
Não vale a pena apontar nomes, por sobejamente conhecidos e falados, mas, apesar de todos os seus erros, tomaram esses falsoa arautos da verdade, chegar à sola dos sapatos de José Sócrates!
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Uma polémica ridícula e absurda
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Uma polémica ridícula e absurda
por FILOMENA MARTINS
Ontem
A polémica em redor do regresso de José Sócrates à vida política portuguesa - perdão, ao comentário televisivo - é ridícula. E as críticas à decisão da RTP são um absoluto absurdo. Mas o facto de, em pouco mais de 24 horas, as petições contra a contratação do ex-primeiro-ministro já terem mais de cem mil assinaturas são politicamente significativas: revelam que a sociedade diaboliza a figura e lhe atribui muita da responsabilidade pela situação a que o País chegou, coagindo e limitando assim a ambição que o ex-líder do PS podia ter quanto ao seu futuro, nomeadamente a possibilidade de poder vir a entrar na corrida a Belém.
A parte mais ridícula da polémica é a protagonizada pelo CDS-PP. Depois de discutir no Parlamento o regresso do TV Rural ao canal 2, agora os centristas exigem ouvir o diretor de Informação da estação pública sobre o novo comentador da estação. Nesta lógica, o partido é contra a privatização da RTP apenas para, anualmente, poder discutir a grelha da estação na Assembleia. Assim, no regresso das férias de verão, os deputados podem colocar em cima da mesa se é melhor ter o Malato ou o Goucha nas manhãs ou se a Catarina Furtado ou o Herman José nas tardes de domingo. Ridículo, repito.
Já absurdo é ver os críticos que vieram defender que Miguel Relvas tinha sido impedido de se expressar por causa de uns protestos estudantis tolos e os que atacavam o mesmo José Sócrates pelas suas tendências - confirmadas - de tentativa de controlo dos media estarem agora do lado de lá da barricada. Ou ler que a RTP não podia ter contratado o comentário de Sócrates pelo que ele pode implicar nas decisões governamentais e na vida interna do PS, mas nada ter visto de semelhante nos anos de críticas, gerais, de Marcelo (muitas delas também na estação pública), ou agora de Marques Mendes, Manuela Ferreira Leite ou Santana Lopes.
É de interesse público ouvir o que o ex-primeiro-ministro tem a dizer? Claro. Tem interesse político saber o que pensa quem esteve à frente do Governo que negociou com a troika? Muito. Vamos todos ver? Obviamente. Onde é que está, então, a questão editorial da decisão? Só se for na inveja.
Quanto ao facto em si: ganha a RTP e perde muito mais o PS do que o Governo. Impedida que foi a tentativa de tomada de poder socialista por parte de António Costa, Seguro terá agora o seu grande inimigo semanalmente às canelas. Já para a maioria, Sócrates deixa de ser o fantasma de Paris, cuja responsabilização à distância era sempre malvista, e passa a ser a figura mediática semanal, a quem acusar da desgraça em que deixou o País, colando sempre os socialistas às suas decisões, uma colagem de que há muito Seguro também se anda a tentar afastar. Eis pois uma grande jogada: jornalística e política.
In DN
Uma polémica ridícula e absurda
por FILOMENA MARTINS
Ontem
A polémica em redor do regresso de José Sócrates à vida política portuguesa - perdão, ao comentário televisivo - é ridícula. E as críticas à decisão da RTP são um absoluto absurdo. Mas o facto de, em pouco mais de 24 horas, as petições contra a contratação do ex-primeiro-ministro já terem mais de cem mil assinaturas são politicamente significativas: revelam que a sociedade diaboliza a figura e lhe atribui muita da responsabilidade pela situação a que o País chegou, coagindo e limitando assim a ambição que o ex-líder do PS podia ter quanto ao seu futuro, nomeadamente a possibilidade de poder vir a entrar na corrida a Belém.
A parte mais ridícula da polémica é a protagonizada pelo CDS-PP. Depois de discutir no Parlamento o regresso do TV Rural ao canal 2, agora os centristas exigem ouvir o diretor de Informação da estação pública sobre o novo comentador da estação. Nesta lógica, o partido é contra a privatização da RTP apenas para, anualmente, poder discutir a grelha da estação na Assembleia. Assim, no regresso das férias de verão, os deputados podem colocar em cima da mesa se é melhor ter o Malato ou o Goucha nas manhãs ou se a Catarina Furtado ou o Herman José nas tardes de domingo. Ridículo, repito.
Já absurdo é ver os críticos que vieram defender que Miguel Relvas tinha sido impedido de se expressar por causa de uns protestos estudantis tolos e os que atacavam o mesmo José Sócrates pelas suas tendências - confirmadas - de tentativa de controlo dos media estarem agora do lado de lá da barricada. Ou ler que a RTP não podia ter contratado o comentário de Sócrates pelo que ele pode implicar nas decisões governamentais e na vida interna do PS, mas nada ter visto de semelhante nos anos de críticas, gerais, de Marcelo (muitas delas também na estação pública), ou agora de Marques Mendes, Manuela Ferreira Leite ou Santana Lopes.
É de interesse público ouvir o que o ex-primeiro-ministro tem a dizer? Claro. Tem interesse político saber o que pensa quem esteve à frente do Governo que negociou com a troika? Muito. Vamos todos ver? Obviamente. Onde é que está, então, a questão editorial da decisão? Só se for na inveja.
Quanto ao facto em si: ganha a RTP e perde muito mais o PS do que o Governo. Impedida que foi a tentativa de tomada de poder socialista por parte de António Costa, Seguro terá agora o seu grande inimigo semanalmente às canelas. Já para a maioria, Sócrates deixa de ser o fantasma de Paris, cuja responsabilização à distância era sempre malvista, e passa a ser a figura mediática semanal, a quem acusar da desgraça em que deixou o País, colando sempre os socialistas às suas decisões, uma colagem de que há muito Seguro também se anda a tentar afastar. Eis pois uma grande jogada: jornalística e política.
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José Sócrates no país dos 'zombies'
.
José Sócrates no país dos 'zombies'
por JOÃO LOPES
Hoje
Curiosa e perturbante perversão na vida das imagens em democracia: aparentemente, para alguns cidadãos que têm assinado uma petição contra a anunciada presença de José Sócrates num programa da RTP, se alguém formular a mais simples dúvida sobre os pressupostos ideológicos e morais de tal exigência, isso é de imediato rotulado como uma manifestação militante em favor de todas as políticas que, enquanto primeiro-ministro, Sócrates pôs em prática.
A paisagem mediática portuguesa tornou-se, assim, uma experiência que não é estranha às ambiências dessa notável série televisiva que é The Walking Dead (FOX). O que a série coloca em cena é, precisamente, a decomposição de um tecido social ameaçado pela eclosão de um Mal absoluto (os "zombies"). Na sua fina inteligência dramática, The Walking Dead acaba por ter como tema nuclear o contraponto mais humano. A saber: o que é isso de uma relação humana? E também: como construir, manter e enriquecer uma relação humana? Em Portugal, parece haver cidadãos que vêem o seu país como uma arena de "zombies": se alguma coisa se move, dispara-se primeiro e pergunta-se depois... Para eles, a existência de um sinistro programa de televisão como o Big Brother é indiferente: basta-lhes que calem José Sócrates e sentem-se logo mais felizes.
O que está a acontecer repete a triste avalancha de ideias (?) que sustentou o célebre "grandolar" contra o ministro Miguel Relvas. De facto, não se tratava de pensar o evento como uma censura ao direito de expressão do próprio ministro. Tratava-se, e trata-se, de perguntar o que está a acontecer no plano da simbologia colectiva quando uma canção ligada à defesa do direito de expressão é aplicada como instrumento prático de silenciamento (seja de quem for!).
Sócrates, idem, aspas. Só mesmo um "zombie" pretenderá que a sua gestão política foi um inquestionável mar de rosas. Apesar disso, ou precisamente por causa disso, importa perguntar: que pedagogia é essa que, além de conseguir "explicar" todos os dramas do país pelo bode expiatório mais à mão, se satisfaz com a interdição radical do discurso de um cidadão? Será que vão começar a proliferar tribos do Facebook, cada uma delas visando um ex-governante? Liguem os televisores, têm muito por onde escolher...
Como se isto não bastasse, voltamos a estar sujeitos à cobardia intelectual de alguns elementos da nossa classe política. Em ocasiões como esta, vêm para a praça pública mostrar-se muito ofendidos, mas nunca (repito: nunca!) os ouvi tecer a mais ténue consideração sobre o facto de alguns programas de televisão, filiados na obscena ideologia dos reality shows, promoverem todos os dias a estupidez, a ignorância e a degradação da dignidade humana. Eis um problema gravíssimo que vem do século passado, mas que tais políticos continuam a ignorar. É mais fácil demonizar José Sócrates.
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José Sócrates no país dos 'zombies'
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Hoje
Curiosa e perturbante perversão na vida das imagens em democracia: aparentemente, para alguns cidadãos que têm assinado uma petição contra a anunciada presença de José Sócrates num programa da RTP, se alguém formular a mais simples dúvida sobre os pressupostos ideológicos e morais de tal exigência, isso é de imediato rotulado como uma manifestação militante em favor de todas as políticas que, enquanto primeiro-ministro, Sócrates pôs em prática.
A paisagem mediática portuguesa tornou-se, assim, uma experiência que não é estranha às ambiências dessa notável série televisiva que é The Walking Dead (FOX). O que a série coloca em cena é, precisamente, a decomposição de um tecido social ameaçado pela eclosão de um Mal absoluto (os "zombies"). Na sua fina inteligência dramática, The Walking Dead acaba por ter como tema nuclear o contraponto mais humano. A saber: o que é isso de uma relação humana? E também: como construir, manter e enriquecer uma relação humana? Em Portugal, parece haver cidadãos que vêem o seu país como uma arena de "zombies": se alguma coisa se move, dispara-se primeiro e pergunta-se depois... Para eles, a existência de um sinistro programa de televisão como o Big Brother é indiferente: basta-lhes que calem José Sócrates e sentem-se logo mais felizes.
O que está a acontecer repete a triste avalancha de ideias (?) que sustentou o célebre "grandolar" contra o ministro Miguel Relvas. De facto, não se tratava de pensar o evento como uma censura ao direito de expressão do próprio ministro. Tratava-se, e trata-se, de perguntar o que está a acontecer no plano da simbologia colectiva quando uma canção ligada à defesa do direito de expressão é aplicada como instrumento prático de silenciamento (seja de quem for!).
Sócrates, idem, aspas. Só mesmo um "zombie" pretenderá que a sua gestão política foi um inquestionável mar de rosas. Apesar disso, ou precisamente por causa disso, importa perguntar: que pedagogia é essa que, além de conseguir "explicar" todos os dramas do país pelo bode expiatório mais à mão, se satisfaz com a interdição radical do discurso de um cidadão? Será que vão começar a proliferar tribos do Facebook, cada uma delas visando um ex-governante? Liguem os televisores, têm muito por onde escolher...
Como se isto não bastasse, voltamos a estar sujeitos à cobardia intelectual de alguns elementos da nossa classe política. Em ocasiões como esta, vêm para a praça pública mostrar-se muito ofendidos, mas nunca (repito: nunca!) os ouvi tecer a mais ténue consideração sobre o facto de alguns programas de televisão, filiados na obscena ideologia dos reality shows, promoverem todos os dias a estupidez, a ignorância e a degradação da dignidade humana. Eis um problema gravíssimo que vem do século passado, mas que tais políticos continuam a ignorar. É mais fácil demonizar José Sócrates.
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E agora?
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E agora?
por PEDRO MARQUES LOPES
Ontem
1 José Sócrates afirmou, na entrevista que constituiu o prefácio às suas aparições semanais na RTP, que vinha para tomar a palavra e participar no debate público. É ridículo ter de o dizer, mas está no seu direito. As reacções ao seu regresso à televisão mostraram bem o receio que muita gente - que andou para aí a bater no peito dizendo-se grande defensora da liberdade de expressão - tem, de facto, por esse valor democrático.
A verdade, porém, é que esta passagem de Sócrates a político comentador não dignifica a instituição primeiro-ministro. E deviam ser os homens que exerceram essa função os seus mais activos defensores. Alguém que já teve esse mandato não pode actuar depois de o abandonar como se tivesse sido apenas um passo na sua vida. Ser o máximo responsável pela condução duma comunidade acarreta responsabilidades que se pronlongam após o abandono do cargo.
Alguém que exerceu o mais importante cargo político do País não fica obrigado a terminar a sua carreira política. Mas se a quer prosseguir não o deve fazer comentando-se ou actuar politicamente como se as suas palavras não tivessem um enorme efeito no espaço público. Um comentador político, por muita influência que tenha, pode ignorar as possíveis consequências, um antigo primeiro-ministro, não. Um primeiro-ministro chega a esse cargo através do regular funcionamento de instituições democráticas, partidos, Assembleia da República, e deve ser dentro deles que deve actuar num eventual regresso à política. Claro está que fazer política na televisão não porá em causa a seriedade com que José Sócrates exerceu as suas funções (concorde-se ou não com ele, pense-se ou não que foi um bom ou mau primeiro-ministro) ou colocará em causa duma forma radical a dignidade da instituição. Mas ao fazê-lo devia assumir-se como político de corpo inteiro e não mascarado de comentador (não valerá a pena lembrar que ter um ex-primeiro-ministro comentador é uma originalidade portuguesa face a outras democracias maduras).
Como nenhum outro político português em democracia, José Sócrates foi responsabilizado por todos os males do mundo, insultado e alvo dos mais inqualificáveis ataques pessoais. Também não deixa de ser verdade que, em termos políticos, o seu partido deixou que se cimentasse a ideia na comunidade de que ele era o único culpado pela crise que atravessamos, e os tribunais e a própria comunidade assistiram impávidos e serenos aos mais sórdidos ataques pessoais e intromis- sões na sua vida privada. Sócrates pode argumentar, como argumentou, que não podia deixar de responder àquilo que apelida de mentiras sobre a sua governação. Mas em democracia há dois julgamentos políticos fundamentais: o voto e a história. Um deles já foi feito, o outro leva mais, muitos mais, anos a concretizar-se. E não será o contraponto que Sócrates diz ir fazer à "narrativa da direita" (como se só houvesse uma) que o absolverá ou o culpabilizará face à história.
2 Sim, estamos todos de acordo: Sócrates quis contar a sua verdade e ajustar contas com Cavaco Silva - que é um péssimo exemplo quando se fala de preservar a dignidade das instituições, já agora. O principal efeito político deste início de conversa, porém, deu-se no Partido Socialista: a sede da oposição passou do Largo do Rato para o edifício da RTP.
Não acredito que o eleitorado tradicional do PSD, CDS e PCP (já o do BE é outra coisa) tenha sequer começado a dar o benefício da dúvida a Sócrates depois da entrevista. Duvido muito também que aquele eleitorado que flutua entre o PS e o PSD tenha ficado minimamente convencido das razões do antigo primeiro-ministro. Não creio ainda que os abstencionistas militantes e demais descontentes com o actual sistema político tenham encontrado o seu D. Sebastião. Agora, o eleitorado socialista, esse, levou um gigantesco abanão. Não foi preciso Sócrates ter criticado Seguro, até lhe fez um indirecto ténue elogio. Não foi preciso esperar muito para ver de novo um político profissional bem preparado e a dominar todos os campos do discurso político. Bastaram cinco minutos para os socialistas e demais gente da área, e não só, terem sido recordados que Sócrates é dum campeonato a que António José Seguro não pertence. Nem ele nem nenhum dos políticos no activo, a bem da verdade. O anterior líder do PS tem mais carisma, força, capacidade de persuasão no dedo mindinho que o actual dos pés à cabeça.
No próximo Congresso do PS teremos um gigantesco fantasma a pairar. Falar-se-á do que se falar na tribuna, mas a conversa em todos os cantos será outra: Sócrates. Sócrates não retirou apenas a liderança da oposição a Seguro, relançou a questão da liderança do PS. Para quem? A ver vamos.
In DN
http://www.trasosmontes.com/forum/images/smilies/smilie31.gif[img][/img]
E agora?
por PEDRO MARQUES LOPES
Ontem
1 José Sócrates afirmou, na entrevista que constituiu o prefácio às suas aparições semanais na RTP, que vinha para tomar a palavra e participar no debate público. É ridículo ter de o dizer, mas está no seu direito. As reacções ao seu regresso à televisão mostraram bem o receio que muita gente - que andou para aí a bater no peito dizendo-se grande defensora da liberdade de expressão - tem, de facto, por esse valor democrático.
A verdade, porém, é que esta passagem de Sócrates a político comentador não dignifica a instituição primeiro-ministro. E deviam ser os homens que exerceram essa função os seus mais activos defensores. Alguém que já teve esse mandato não pode actuar depois de o abandonar como se tivesse sido apenas um passo na sua vida. Ser o máximo responsável pela condução duma comunidade acarreta responsabilidades que se pronlongam após o abandono do cargo.
Alguém que exerceu o mais importante cargo político do País não fica obrigado a terminar a sua carreira política. Mas se a quer prosseguir não o deve fazer comentando-se ou actuar politicamente como se as suas palavras não tivessem um enorme efeito no espaço público. Um comentador político, por muita influência que tenha, pode ignorar as possíveis consequências, um antigo primeiro-ministro, não. Um primeiro-ministro chega a esse cargo através do regular funcionamento de instituições democráticas, partidos, Assembleia da República, e deve ser dentro deles que deve actuar num eventual regresso à política. Claro está que fazer política na televisão não porá em causa a seriedade com que José Sócrates exerceu as suas funções (concorde-se ou não com ele, pense-se ou não que foi um bom ou mau primeiro-ministro) ou colocará em causa duma forma radical a dignidade da instituição. Mas ao fazê-lo devia assumir-se como político de corpo inteiro e não mascarado de comentador (não valerá a pena lembrar que ter um ex-primeiro-ministro comentador é uma originalidade portuguesa face a outras democracias maduras).
Como nenhum outro político português em democracia, José Sócrates foi responsabilizado por todos os males do mundo, insultado e alvo dos mais inqualificáveis ataques pessoais. Também não deixa de ser verdade que, em termos políticos, o seu partido deixou que se cimentasse a ideia na comunidade de que ele era o único culpado pela crise que atravessamos, e os tribunais e a própria comunidade assistiram impávidos e serenos aos mais sórdidos ataques pessoais e intromis- sões na sua vida privada. Sócrates pode argumentar, como argumentou, que não podia deixar de responder àquilo que apelida de mentiras sobre a sua governação. Mas em democracia há dois julgamentos políticos fundamentais: o voto e a história. Um deles já foi feito, o outro leva mais, muitos mais, anos a concretizar-se. E não será o contraponto que Sócrates diz ir fazer à "narrativa da direita" (como se só houvesse uma) que o absolverá ou o culpabilizará face à história.
2 Sim, estamos todos de acordo: Sócrates quis contar a sua verdade e ajustar contas com Cavaco Silva - que é um péssimo exemplo quando se fala de preservar a dignidade das instituições, já agora. O principal efeito político deste início de conversa, porém, deu-se no Partido Socialista: a sede da oposição passou do Largo do Rato para o edifício da RTP.
Não acredito que o eleitorado tradicional do PSD, CDS e PCP (já o do BE é outra coisa) tenha sequer começado a dar o benefício da dúvida a Sócrates depois da entrevista. Duvido muito também que aquele eleitorado que flutua entre o PS e o PSD tenha ficado minimamente convencido das razões do antigo primeiro-ministro. Não creio ainda que os abstencionistas militantes e demais descontentes com o actual sistema político tenham encontrado o seu D. Sebastião. Agora, o eleitorado socialista, esse, levou um gigantesco abanão. Não foi preciso Sócrates ter criticado Seguro, até lhe fez um indirecto ténue elogio. Não foi preciso esperar muito para ver de novo um político profissional bem preparado e a dominar todos os campos do discurso político. Bastaram cinco minutos para os socialistas e demais gente da área, e não só, terem sido recordados que Sócrates é dum campeonato a que António José Seguro não pertence. Nem ele nem nenhum dos políticos no activo, a bem da verdade. O anterior líder do PS tem mais carisma, força, capacidade de persuasão no dedo mindinho que o actual dos pés à cabeça.
No próximo Congresso do PS teremos um gigantesco fantasma a pairar. Falar-se-á do que se falar na tribuna, mas a conversa em todos os cantos será outra: Sócrates. Sócrates não retirou apenas a liderança da oposição a Seguro, relançou a questão da liderança do PS. Para quem? A ver vamos.
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"Muito curioso" para ver se o MP terá "duplo critério"
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"Muito curioso" para ver se o MP terá "duplo critério"
por M.C.F.
Hoje
José Sócrates disse este domingo estar "muito curioso para ver" se o Ministério Público vai ter um "duplo critério" no caso da crítica de Miguel Sousa Tavares ao Presidente da República.
"Espero que o Ministério Público não tenha um duplo critério", referiu o ex-primeiro-ministro na RTP, registando o "duplo critério em termos de moralidade" exibido por quem se indignou com terem chamado "palhaço" a Cavaco Silva e nada disse quando, no passado, outros governantes foram alvo de insultos à sua honra, dignidade e bom nome.
"Houve queixas" dele próprio "e de muitos mais" responsáveis políticos, lembrou o comentador , dando o exemplo do autarca do Porto Rui Rio.
Porém, "o Ministério Público não acompanhou" essas queixas, lembrou José Sócrates, observando que a única distinção entre o seu caso como chefe do Governo e o do Presidente da República é que este não necessita de fazer queixa.
Caso avance agora, o Ministério Público "tem de rever os critérios que o levaram no passado" a não avançar com inquéritos, insistiu José Sócrates.
In DN
"Muito curioso" para ver se o MP terá "duplo critério"
por M.C.F.
Hoje
José Sócrates disse este domingo estar "muito curioso para ver" se o Ministério Público vai ter um "duplo critério" no caso da crítica de Miguel Sousa Tavares ao Presidente da República.
"Espero que o Ministério Público não tenha um duplo critério", referiu o ex-primeiro-ministro na RTP, registando o "duplo critério em termos de moralidade" exibido por quem se indignou com terem chamado "palhaço" a Cavaco Silva e nada disse quando, no passado, outros governantes foram alvo de insultos à sua honra, dignidade e bom nome.
"Houve queixas" dele próprio "e de muitos mais" responsáveis políticos, lembrou o comentador , dando o exemplo do autarca do Porto Rui Rio.
Porém, "o Ministério Público não acompanhou" essas queixas, lembrou José Sócrates, observando que a única distinção entre o seu caso como chefe do Governo e o do Presidente da República é que este não necessita de fazer queixa.
Caso avance agora, o Ministério Público "tem de rever os critérios que o levaram no passado" a não avançar com inquéritos, insistiu José Sócrates.
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Nova linha férrea para Madrid transportará passageiros
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Nova linha férrea para Madrid transportará passageiros
Ontem
O ministro da Economia anunciou em Espanha que a futura linha férrea de alta velocidade entre Portugal e Espanha também vai transportar passageiros.
A declaração de Álvaro Santos Pereira, feita há dias em Madrid, foi exibida este domingo no programa de comentário de José Sócrates na RTP.
"Foi uma declaração absolutamente confrangedora" do ministro da Economia, sustentou José Sócrates.
A RTP exibiu também declarações de Pedro Passos Coelho (ainda na oposição e depois como chefe do Governo) e do secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, a garantir a morte do projeto do TGV e a sua substituição por uma linha de transporte só para mercadorias.
Para José Sócrates, cujo governo foi duramente criticado pelo PSD por insistir no TGV Lisboa-Madrid, "o Governo não pode ir dizer para Espanha o que não quer dizer" em Portugal.
"O Governo deve assumir a verdade", acrescentou o ex-primeiro-ministro, a quem a oposição colara o epíteto de "Pinóquio".
José Sócrates lembrou ainda que, servindo a nova linha férrea para transportar também passageiros, então o Governo "vai ter de fazer estações".
In DN
Nova linha férrea para Madrid transportará passageiros
Ontem
O ministro da Economia anunciou em Espanha que a futura linha férrea de alta velocidade entre Portugal e Espanha também vai transportar passageiros.
A declaração de Álvaro Santos Pereira, feita há dias em Madrid, foi exibida este domingo no programa de comentário de José Sócrates na RTP.
"Foi uma declaração absolutamente confrangedora" do ministro da Economia, sustentou José Sócrates.
A RTP exibiu também declarações de Pedro Passos Coelho (ainda na oposição e depois como chefe do Governo) e do secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, a garantir a morte do projeto do TGV e a sua substituição por uma linha de transporte só para mercadorias.
Para José Sócrates, cujo governo foi duramente criticado pelo PSD por insistir no TGV Lisboa-Madrid, "o Governo não pode ir dizer para Espanha o que não quer dizer" em Portugal.
"O Governo deve assumir a verdade", acrescentou o ex-primeiro-ministro, a quem a oposição colara o epíteto de "Pinóquio".
José Sócrates lembrou ainda que, servindo a nova linha férrea para transportar também passageiros, então o Governo "vai ter de fazer estações".
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PSD está "à beira de um tumulto", diz Sócrates
.
PSD está "à beira de um tumulto", diz Sócrates
por Miguel Marujo
Ontem
O ex-primeiro-ministro, agora comentador, disse que declaração de recandidatura de Passos Coelho "destina-se ao PSD" e aos seus contestatários no partido.
No espaço de comentário semanal, José Sócrates sublinhou o "despropósito" da declaração do primeiro-ministro "a meio do mandato", para afirmar em seguida que esta "declaração destina-se ao PSD, tem como objetivo avisar os contestatários". Mas, considerou o ex-primeiro-ministro, "com esta declaração, o que Passos fez foi evidenciar esse problema interno".
Para Sócrates, não se trata apenas de uma advertência a Rui Rio, o presidente da Câmara do Porto, que tem estado em rota de colisão com a liderança do seu partido, mas sim às elites sociais-democratas e autarcas.
Neste aspeto, o socialista disse que há "um divórcio entre o PSD e a sua liderança", com muitos candidatos às próximas eleições autárquicas a omitirem a referência ao partido nos seus cartazes de campanha. "É o pior que pode acontecer à liderança de um partido, que o próprio partido tenha vergonha de se identificar", apontou.
In DN
PSD está "à beira de um tumulto", diz Sócrates
por Miguel Marujo
Ontem
O ex-primeiro-ministro, agora comentador, disse que declaração de recandidatura de Passos Coelho "destina-se ao PSD" e aos seus contestatários no partido.
No espaço de comentário semanal, José Sócrates sublinhou o "despropósito" da declaração do primeiro-ministro "a meio do mandato", para afirmar em seguida que esta "declaração destina-se ao PSD, tem como objetivo avisar os contestatários". Mas, considerou o ex-primeiro-ministro, "com esta declaração, o que Passos fez foi evidenciar esse problema interno".
Para Sócrates, não se trata apenas de uma advertência a Rui Rio, o presidente da Câmara do Porto, que tem estado em rota de colisão com a liderança do seu partido, mas sim às elites sociais-democratas e autarcas.
Neste aspeto, o socialista disse que há "um divórcio entre o PSD e a sua liderança", com muitos candidatos às próximas eleições autárquicas a omitirem a referência ao partido nos seus cartazes de campanha. "É o pior que pode acontecer à liderança de um partido, que o próprio partido tenha vergonha de se identificar", apontou.
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