Disputa impede reparos em mosteiro no Santo Sepulcro Guila Flint De Tel Aviv para a BBC Brasil
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Disputa impede reparos em mosteiro no Santo Sepulcro Guila Flint De Tel Aviv para a BBC Brasil
Disputa impede reparos em mosteiro no Santo Sepulcro
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Basílica do Santo Sepulcro (arquivo)
A basílica é administrada por diversas correntes da religião cristã
O mosteiro Dir El Sultan, instalado sobre o teto da Basílica do Santo Sepulcro, corre um risco imediato de desabar e causar sérios danos a um dos locais mais sagrados para a religião cristã.
Segundo o governo israelense, a disputa entre as igrejas etíope-ortodoxa e a copta-ortodoxa, pelo controle do local, impede a execução dos reparos.
De acordo com o relatório do engenheiro israelense Igal Bergman, contratado pelo igreja etíope-ortodoxa, o mosteiro Dir El Sultan "representa um risco para a vida dos monges e dos visitantes, trata-se de uma emergência, e reparos no local devem ser feitos com urgência".
O mosteiro fica sobre o teto da Basílica do Santo Sepulcro, local onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo foi crucificado e sepultado.
A Basílica, construída pela primeira vez no século 4º, é administrada por diversas correntes da religião cristã, inclusive a católica romana, a greco-ortodoxa, a etíope-ortodoxa e a copta (egípcia) ortodoxa.
Condição
A propriedade sobre o mosteiro Dir El Sultan é disputada há 200 anos pelas igrejas etíope e copta, o que dificulta a realização de trabalhos no local.
De acordo com o jornal Haaretz, o Ministério do Interior de Israel afirma que "sabe da necessidade de reparos no mosteiro desde 2004 e está disposto a arcar com as despesas da obra".
Porém, a condição do Ministério para iniciar os trabalhos é que as igrejas cheguem a um acordo sobre a responsabilidade pelo local.
Segundo o arcebispo Mateus, chefe da igreja etíope-ortodoxa, que enviou uma carta urgente ao Ministério do Interior de Israel, exigindo a execução dos reparos, "a condição do governo israelense é inaceitável porque não reconhecemos direito algum da igreja copta no local".
O Ministério do Interior disse ao jornal Haaretz que "qualquer intervenção ativa do governo israelense na Basílica do Santo Sepulcro, sem o acordo das duas igrejas, pode provocar uma crise entre Israel, a Etiópia e o Egito".
O prefeito de Jerusalém, Uri Lupoliansky, afirmou que vai tentar intermediar a crise entre as duas igrejas para que seja possível realizar as reformas.
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Basílica do Santo Sepulcro (arquivo)
A basílica é administrada por diversas correntes da religião cristã
O mosteiro Dir El Sultan, instalado sobre o teto da Basílica do Santo Sepulcro, corre um risco imediato de desabar e causar sérios danos a um dos locais mais sagrados para a religião cristã.
Segundo o governo israelense, a disputa entre as igrejas etíope-ortodoxa e a copta-ortodoxa, pelo controle do local, impede a execução dos reparos.
De acordo com o relatório do engenheiro israelense Igal Bergman, contratado pelo igreja etíope-ortodoxa, o mosteiro Dir El Sultan "representa um risco para a vida dos monges e dos visitantes, trata-se de uma emergência, e reparos no local devem ser feitos com urgência".
O mosteiro fica sobre o teto da Basílica do Santo Sepulcro, local onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo foi crucificado e sepultado.
A Basílica, construída pela primeira vez no século 4º, é administrada por diversas correntes da religião cristã, inclusive a católica romana, a greco-ortodoxa, a etíope-ortodoxa e a copta (egípcia) ortodoxa.
Condição
A propriedade sobre o mosteiro Dir El Sultan é disputada há 200 anos pelas igrejas etíope e copta, o que dificulta a realização de trabalhos no local.
De acordo com o jornal Haaretz, o Ministério do Interior de Israel afirma que "sabe da necessidade de reparos no mosteiro desde 2004 e está disposto a arcar com as despesas da obra".
Porém, a condição do Ministério para iniciar os trabalhos é que as igrejas cheguem a um acordo sobre a responsabilidade pelo local.
Segundo o arcebispo Mateus, chefe da igreja etíope-ortodoxa, que enviou uma carta urgente ao Ministério do Interior de Israel, exigindo a execução dos reparos, "a condição do governo israelense é inaceitável porque não reconhecemos direito algum da igreja copta no local".
O Ministério do Interior disse ao jornal Haaretz que "qualquer intervenção ativa do governo israelense na Basílica do Santo Sepulcro, sem o acordo das duas igrejas, pode provocar uma crise entre Israel, a Etiópia e o Egito".
O prefeito de Jerusalém, Uri Lupoliansky, afirmou que vai tentar intermediar a crise entre as duas igrejas para que seja possível realizar as reformas.
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