Um Jardim desgovernado
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Um Jardim desgovernado
Um Jardim desgovernado
«A troca de galhardetes entre Alberto João Jardim e Paulo Portas no último fim-de-semana não foi só lamentável.
Foi só mais uma prova de que há uma ilha perdida no Atlântico governada por um homem que, demasiadas vezes, parece (e aparece) de cabeça perdida. Se assim não é, como explicar que um líder político suba a um palco para insultar de forma gratuita parceiros do seu próprio partido, atirando-lhes com acusações de "falsos", "fariseus" ou "bando de vigaristas"?
É verdade que a visita do líder do CDS à pérola do Atlântico não foi pacífica - nem inocente. Entre os sorrisos e os discursos, ficaram os recados. E as acusações: ao descontrolo, ao excessivo endividamento, ao alto despesismo, a tudo o que vai atolando a pequena ilha num oceano de danos financeiros que o continente vai alimentando. Mas Portas sabia muito bem o que estava a fazer. O desgoverno de Jardim dá-lhe todos os argumentos para manter na agenda da coligação um tema fracturante. E, ao distanciar-se do líder regional do PSD, Paulo Portas quer provar que é um pilar, e não uma muleta, da aliança com os sociais-democratas. Mas também já devia saber que qualquer dedo apontado ao líder madeirense é devolvido com a violência de uma bofetada. Como sempre: quem se mete com Jardim, leva.
Já não há surpresas na Madeira. Todos os anos, o discurso populista e a atitude autoritária e arrogante de Jardim repetem-se. E reforçam-se. Uma atitude que até se poderia julgar legítima. Mas não é, sobretudo quando se trata do presidente de um governo regional que continua a reclamar mundos e fundos para a sua ilha, mas não se sujeita às regras e escrutínio de quem financia a sua gestão. Modelou uma máquina governativa à sua imagem e às suas regras, mas não a alimenta sozinho - exige isso de Lisboa, que depois acusa de se querer intrometer e atrapalhar o seu governo. É um líder ingovernável, apenas protegido pela insularidade.
Entre os desfiles de carnaval e o carnaval dos discursos políticos, Jardim tornou-se assim numa espécie de caricatura desgovernada que diz umas coisas que é difícil de levar a sério. O mesmo homem que, dentro de dois meses, volta às eleições para, como ontem reclamou, "ganhar com uma grande maioria". É isso ou não poderá governar, avisa, e assim "vou embora da política". Percebe-se a exigência: um homem habituado a governar sem oposição, sem escrutínio, dificilmente se habitua a novas regras. É o absolutismo - ou a desistência. Muitos madeirenses podem não gostar da ideia de ver o querido líder virar as costas à governação, mas num País governado pela ‘troika', quantos menos exemplos de abuso, excessos, autoritarismo gratuito e violência verbal, melhor. O agora ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, em tempos achou interessante a ideia de dar a independência à Madeira, caso esta a quisesse. É a prova de fogo que Jardim nunca teve. Mas merecia.» [DE]
Helena Cristina Coelho
«A troca de galhardetes entre Alberto João Jardim e Paulo Portas no último fim-de-semana não foi só lamentável.
Foi só mais uma prova de que há uma ilha perdida no Atlântico governada por um homem que, demasiadas vezes, parece (e aparece) de cabeça perdida. Se assim não é, como explicar que um líder político suba a um palco para insultar de forma gratuita parceiros do seu próprio partido, atirando-lhes com acusações de "falsos", "fariseus" ou "bando de vigaristas"?
É verdade que a visita do líder do CDS à pérola do Atlântico não foi pacífica - nem inocente. Entre os sorrisos e os discursos, ficaram os recados. E as acusações: ao descontrolo, ao excessivo endividamento, ao alto despesismo, a tudo o que vai atolando a pequena ilha num oceano de danos financeiros que o continente vai alimentando. Mas Portas sabia muito bem o que estava a fazer. O desgoverno de Jardim dá-lhe todos os argumentos para manter na agenda da coligação um tema fracturante. E, ao distanciar-se do líder regional do PSD, Paulo Portas quer provar que é um pilar, e não uma muleta, da aliança com os sociais-democratas. Mas também já devia saber que qualquer dedo apontado ao líder madeirense é devolvido com a violência de uma bofetada. Como sempre: quem se mete com Jardim, leva.
Já não há surpresas na Madeira. Todos os anos, o discurso populista e a atitude autoritária e arrogante de Jardim repetem-se. E reforçam-se. Uma atitude que até se poderia julgar legítima. Mas não é, sobretudo quando se trata do presidente de um governo regional que continua a reclamar mundos e fundos para a sua ilha, mas não se sujeita às regras e escrutínio de quem financia a sua gestão. Modelou uma máquina governativa à sua imagem e às suas regras, mas não a alimenta sozinho - exige isso de Lisboa, que depois acusa de se querer intrometer e atrapalhar o seu governo. É um líder ingovernável, apenas protegido pela insularidade.
Entre os desfiles de carnaval e o carnaval dos discursos políticos, Jardim tornou-se assim numa espécie de caricatura desgovernada que diz umas coisas que é difícil de levar a sério. O mesmo homem que, dentro de dois meses, volta às eleições para, como ontem reclamou, "ganhar com uma grande maioria". É isso ou não poderá governar, avisa, e assim "vou embora da política". Percebe-se a exigência: um homem habituado a governar sem oposição, sem escrutínio, dificilmente se habitua a novas regras. É o absolutismo - ou a desistência. Muitos madeirenses podem não gostar da ideia de ver o querido líder virar as costas à governação, mas num País governado pela ‘troika', quantos menos exemplos de abuso, excessos, autoritarismo gratuito e violência verbal, melhor. O agora ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, em tempos achou interessante a ideia de dar a independência à Madeira, caso esta a quisesse. É a prova de fogo que Jardim nunca teve. Mas merecia.» [DE]
Helena Cristina Coelho
Viriato- Pontos : 16657
Re: Um Jardim desgovernado
K kümece a peixeirada
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, foi à Madeira festejar o aniversário do CDS e afirmou não ser possível à Região Autónoma da Madeira endividar-se mais.
Paulo Portas disse ainda que Jardim na Madeira é igual a Sócrates no continente. «No país, os socialistas fizeram uma política de endividamento para lá do que era aceitável e aqui, na Região da Madeira, os sociais-democratas fizeram uma política de endividamento que é também para lá do aceitável. É que não é possível continuar a endividar mais um país ou uma região».
Alberto João Jardim guardou os ataques ao CDS para a festa anual do partido no Chão da Lagoa, e sem nunca mencionar Paulo Portas, Jardim referiu-se aos centristas como "os fariseus do CDS" e "falsos cristãozinhos", que criticou por terem optado pela abstenção na votação da lei das finanças regionais. "Vejam a lata deles. Dizendo-se um partido cristão foram para a Assembleia da República querer fechar o ''Jornal da Madeira''. São aqueles fariseus que têm de ser expulsos do templo com chicote", afirmou Alberto João Jardim, acrescentando que "eles sabem é jogar no casino".
Mais um murro no estomago do Passos Coelho que agora ainda vai ter de se preocupar com a guerra entre o seu parceiro de coligação e os madeirenses do PSD. Pela primeira aproximação, se o Portas não mete a viola no saco, a koizzzzzz@ vai ficar animada.
Kllüx- Pontos : 11230
Re: Um Jardim desgovernado
O presidente do PSD-Madeira, Alberto João Jardim é, novamente, o cabeça de lista do PSD às eleições legislativas regionais, anunciou na terça-feira à noite o próprio, que se declarou mais preocupado com a abstenção do que com a oposição.
“Para mim, a abstenção é mais preocupante do que os partidos da oposição e as instruções que eu dei ao partido foi para se dedicar mais a captar os abstencionistas do que, propriamente, a perder tempo com os partidos da oposição”, afirmou Alberto João Jardim, no final da reunião da comissão política regional, que decorreu no Funchal.
O líder do PSD-M acrescentou que “a situação política está bipolarizada” na Madeira: “O povo vai ter que escolher entre mim e as famílias que dominaram a Madeira velha, mais a burguesia rica mascarada de esquerda e os partidos políticos que são as suas marionetas”.
Alberto João Jardim repetiu o que disse no domingo, na festa do Chão da Lagoa: “Se não tiver maioria que possa formar governo, ‘bye bye’, que eu tenho outras coisas para fazer enquanto Deus me der vida”.
Questionado se esta decisão resulta de alguma preocupação com o desfecho das eleições, o dirigente respondeu: “Resulta da forma como eu vejo certos sectores da comunicação social se prepararem para não serem imparciais nas próximas eleições”.
O presidente do PSD-Madeira disse ainda que o objetivo dos restantes partidos para 09 de outubro é um ‘case study’.
“Aqui só há um partido que vem para ganhar, é o PSD, os outros todos dizem que não vêm para ganhar, mas para tirar a maioria absoluta ao PSD”, declarou Alberto João Jardim, garantindo que os sociais-democratas são a “alternativa”.
Segundo o responsável, que é presidente do governo regional da Madeira, o PSD-M deu “prova de competência” na revolução que efetuou no arquipélago, e tem “visão política”, ao “fazer as coisas a tempo, que hoje já não podiam ser feitas” devido à crise.
“Não me viram perder a capacidade de liderança”, assinalou, apontando a reação imediata “com as medidas que tinham que ser tomadas, mesmo nos momentos mais difíceis”, sublinhou.
Alberto João Jardim adiantou que o PSD-M constitui, ainda, alternativa porque diz que “primeiro está a Madeira e, só depois, o PSD nacional”.
Sobre a lista que propôs e a comissão política aceitou por unanimidade, o líder do PSD-M destacou que conseguiu fazer a “renovação de 30 por cento” que “há muitos anos” promove nos 31 primeiros lugares da lista.
O responsável explicou que os sete primeiros lugares são os titulares dos órgãos de governo e do partido, seguindo-se o nome indicado pela Juventude Social-Democrata (JSD-M) e pelos Trabalhadores Social-Democratas (TSD-M).
O nome do representante de cada um dos onze concelhos da Região Autónoma, onde se inclui o presidente da câmara de Machico, que vai abandonar a autarquia, ou do autarca de Porto Santo, que ainda não decidiu se vai optar pela Assembleia Legislativa, são os que sucedem na lista, que mantém, ainda, outros dos deputados da última legislatura.
Nas últimas eleições, em 2007, o PSD-M elegeu 33 dos 47 deputados do Parlamento regional.
“Para mim, a abstenção é mais preocupante do que os partidos da oposição e as instruções que eu dei ao partido foi para se dedicar mais a captar os abstencionistas do que, propriamente, a perder tempo com os partidos da oposição”, afirmou Alberto João Jardim, no final da reunião da comissão política regional, que decorreu no Funchal.
O líder do PSD-M acrescentou que “a situação política está bipolarizada” na Madeira: “O povo vai ter que escolher entre mim e as famílias que dominaram a Madeira velha, mais a burguesia rica mascarada de esquerda e os partidos políticos que são as suas marionetas”.
Alberto João Jardim repetiu o que disse no domingo, na festa do Chão da Lagoa: “Se não tiver maioria que possa formar governo, ‘bye bye’, que eu tenho outras coisas para fazer enquanto Deus me der vida”.
Questionado se esta decisão resulta de alguma preocupação com o desfecho das eleições, o dirigente respondeu: “Resulta da forma como eu vejo certos sectores da comunicação social se prepararem para não serem imparciais nas próximas eleições”.
O presidente do PSD-Madeira disse ainda que o objetivo dos restantes partidos para 09 de outubro é um ‘case study’.
“Aqui só há um partido que vem para ganhar, é o PSD, os outros todos dizem que não vêm para ganhar, mas para tirar a maioria absoluta ao PSD”, declarou Alberto João Jardim, garantindo que os sociais-democratas são a “alternativa”.
Segundo o responsável, que é presidente do governo regional da Madeira, o PSD-M deu “prova de competência” na revolução que efetuou no arquipélago, e tem “visão política”, ao “fazer as coisas a tempo, que hoje já não podiam ser feitas” devido à crise.
“Não me viram perder a capacidade de liderança”, assinalou, apontando a reação imediata “com as medidas que tinham que ser tomadas, mesmo nos momentos mais difíceis”, sublinhou.
Alberto João Jardim adiantou que o PSD-M constitui, ainda, alternativa porque diz que “primeiro está a Madeira e, só depois, o PSD nacional”.
Sobre a lista que propôs e a comissão política aceitou por unanimidade, o líder do PSD-M destacou que conseguiu fazer a “renovação de 30 por cento” que “há muitos anos” promove nos 31 primeiros lugares da lista.
O responsável explicou que os sete primeiros lugares são os titulares dos órgãos de governo e do partido, seguindo-se o nome indicado pela Juventude Social-Democrata (JSD-M) e pelos Trabalhadores Social-Democratas (TSD-M).
O nome do representante de cada um dos onze concelhos da Região Autónoma, onde se inclui o presidente da câmara de Machico, que vai abandonar a autarquia, ou do autarca de Porto Santo, que ainda não decidiu se vai optar pela Assembleia Legislativa, são os que sucedem na lista, que mantém, ainda, outros dos deputados da última legislatura.
Nas últimas eleições, em 2007, o PSD-M elegeu 33 dos 47 deputados do Parlamento regional.
Kllüx- Pontos : 11230
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