Estátua gigante de Marylin Monroe causa polémica

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Estátua gigante de Marylin Monroe causa polémica
A estátua de Marylin Monroe em Chicago tem provocado opiniões completamente divergentes. Apesar de ser muito visitada, a valia artística e visual da obra tem sido posta em causa.
Tiago Oliveira (www.expresso.pt)
9:00 Terça feira, 9 de agosto de 2011

A estátua de oito metros provoca tanta inquietação como a própria Marylin em vida
A estátua de oito metros provoca tanta inquietação como a própria Marylin em vida
Jim Young/Reuters
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Está levantada a polémica em Chicago. A construção de uma enorme estátua de Marylin Monroe numa das praças mais movimentadas da cidade americana tem acicatado os ânimos de alguns habitantes, que acham a obra uma ofensa aos sentidos e à cidade.

Da autoria de Seward Johnson, neto de um dos fundadores da Johnson & Johnson, a estátua, de quase 8 metros de altura e 17 toneladas, representa a famosa atriz americana na pose mais icónica da carreira (no filme "O Pecado mora ao lado "), em cima de uma conduta de ventilação.

Porém, se o filme deixa muito subentendido, a estátua deixa pouco à imaginação, mostrando a figura de todos os ângulos e posições possíveis. Construída com grande realismo, de forma a conferir a máxima semelhança a uma figura de cera, a obra tem atraído a inevitável atenção de quem passa e tem vindo a tornar-se um popular local de visita. A obra foi colocada na Pioneer Plaza, um ponto nevrálgico de Chicago.
Há sempre alguém debaixo da saia


O Wall Street Journal descreve cenas de grande animação à volta da estátua. Crianças sentadas em cima das unhas vermelhas, pessoas abraçadas aos tornozelos e aos saltos altos dos sapatos, homens debaixo da saia a tirar fotografias da roupa interior, entre outras situações de rejúbilo. "Está sempre alguém debaixo das pernas dela", diz Keara Nicholas, empregada num ar vizinho da praça.


Todas as movimentações por causa da estátua têm solenemente irritado muitos habitantes de Chicago e, visitantes, que dizem que a "obra de arte" está a manchar a cidade. Enquanto alguns apontam a falta de ligação de Marylin ali (a cena representada passa-se em Manhattan, por exemplo) e outros mencionam que a figura desvia a atenção de monumentos históricos, há quem não tolere algumas das cenas que se verificam junto da obra.

Uma professora de filosofia na Universidade de Oklahoma afirmou ter visto uma mulher a dizer ao filho pequeno para olhar para a roupa interior de Marylin. "Foi algo que me fez muita confusão", confessou. Já Andrew Huff, autor do popular blogue local Gapers Block admitiu não estar a falar só por ele quando expressou o seu desdém pela estátua. "A maioria das pessoas considera que é uma obra de mau gosto, e muitos pensam que demonstra um lado mau da cidade de Chicago. Ponho seriamente em causa a decisão de colocar aquela estátua naquele local".

Além de afirmar contar com o aval firme da Câmara de Chicago, que ajudou a acelerar o processo de aprovação da figura, o responsável pela exploração comercial da área, Paul Zeller, explica que pensou que a estátua iria "levantar os ânimos". Revelou mesmo que, todos os dias, tira 10 minutos para ir à Pioneer Plaza observar, com agrado, as pessoas a interagir com Marylin.

A estátua vai ficar naquele local até à primavera de 2012 e, de acordo com os representantes do escultor, já existem inúmeros pedidos de todo o mundo para obter a obra. Porém, a polémica quanto à valia artística da estátua promete continuar a marcar as discussões em Chicago.

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