Portuguesíssimamente
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Portuguesíssimamente
Relembrando a primeira mensagem :
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O português que calça princesas e primeiras damas
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
A criatividade de Luís Onofre, que já passou por fazer sapatos com pele de rã, caiu aos pés de Letizia Ortiz, Michelle Obama e Paris Hilton.
A carta de agradecimento assinada por Michelle Obama e com carimbo da Casa Branca está guardada e deverá constar de uma moldura com lugar de destaque na fábrica de Luís Onofre, em Oliveira de Azeméis. Foi assim que a primeira dama manifestou o total agradecimento pelos mocassins número 41 desenhados pelo estilista e levados na bagagem do próprio Barack Obama, após a visita a Portugal.
"Quando vi o carteiro chegar com a carta registada a dizer 'White House', não queria acreditar", conta ao DN Luís Onofre, o homem (português) que tem como fãs a princesa Letizia Ortiz, a milionária Paris Hilton e, até, a actriz Naomi Watts. Nada que lhe roube a humildade de quem começou com muito trabalho e deve a todos os clientes, a cada ano, uma colecção original e de sucesso. "Penso sempre que podia fazer melhor e tento sempre melhorar. Uma má colecção é arrasadora a nível internacional e lembrada durante muito tempo." A lição aprendeu-a com a experiência começada há precisamente 12 anos, quando entrou na empresa de calçado do pai, que foi fundada pela sua avó Conceição Rosa Pereira (cujo nome permanece o da empresa).
Os sucessos e dificuldades da indústria do calçado ainda balançaram Luís Onofre, que esteve quase a optar pelo curso de Design de Interiores. Mas à última hora, os genes foram mais fortes e a escolha recaiu no Design de Calçado. Seguiu-se uma especialização em Itália - fundamental na sua forma de trabalhar - e a integração na empresa do pai. Na altura, a fábrica produzia calçado "mais clássico e para um público de idade superior". Paralelamente, faziam as colecções da Kenzo e da Cacharel. "Não foi fácil começar a introduzir o meu produto. Tive de me ir adaptando ao público, mas sabia que queria um sapato que abrangesse pessoas de várias idades."
A primeira colecção que fez reunia 40 modelos diferentes, agora tem 400 para apresentação - o que dá uma produção de cerca de 80 pares diversos. "Tive de me adaptar ao mercado. Percebi, por exemplo, que não podia fazer apenas sapatos altos." E neste momento oferece uma gama muito variada: "Entre sapatos, mocassins, sandálias, bailarinas, mesmo no Inverno, porque há países com climas diferentes."
A participação em várias feiras internacionais foi fundamental para se tornar reconhecido e encontrar agentes comerciais para o seu produto. Hoje exporta 93% do que produz, o que lhe traz uma consciência internacional dos gostos de cada um. "Na Rússia procuram-se saltos altíssimos, com muitos pormenores, os países nórdicos e o Norte de Itália procuram produtos mais básicos, sem grandes pormenores, mas bom sapatos. O mercado latino, Portugal, Espanha, Sul de Itália, Grécia, querem saltos mais baixos, ligam mais ao conforto."
Como criativo da empresa que hoje só comercializa o que foi pensado por si, Luís Onofre teme que um dia não consiga ser capaz de continuar a produzir e de ter de recorrer a outra pessoa para pensar por ele. "Não é ser egoísta, mas é uma tarefa que, neste momento, não consigo delegar em ninguém. Se falha, põe em risco mais de 60 postos de trabalho." A inspiração busca-a em coisas tão simples como o adorno que uma vez viu na mão de um hippie, quando se passeava pelo Brasil: uma pulseira que ligava o dedo. O resultado foi transposto para a colecção de 2003. Noutra usou apenas materiais naturais para um calçado 100% ecológico. Mas neste campo tenta variar.
Conta que o material mais estranho que usou foi pele de rã - rã de cativeiro vinda precisamente do Brasil depois de passados vários degraus burocráticos. Importa os mais variados materiais, como pele de pitão (verdadeira ou não, porque há quem não queira pagar pela verdadeira), pele de crocodilo, camurça e muito pêlo. Materiais presentes nesta estação de Inverno com um conceito que pretende dar a volta à crise. "Este ano, a colecção é pensada nas mulheres que compram por impulso. É graças a elas que este sector ainda sobrevive."
In DN
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O português que calça princesas e primeiras damas
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
A criatividade de Luís Onofre, que já passou por fazer sapatos com pele de rã, caiu aos pés de Letizia Ortiz, Michelle Obama e Paris Hilton.
A carta de agradecimento assinada por Michelle Obama e com carimbo da Casa Branca está guardada e deverá constar de uma moldura com lugar de destaque na fábrica de Luís Onofre, em Oliveira de Azeméis. Foi assim que a primeira dama manifestou o total agradecimento pelos mocassins número 41 desenhados pelo estilista e levados na bagagem do próprio Barack Obama, após a visita a Portugal.
"Quando vi o carteiro chegar com a carta registada a dizer 'White House', não queria acreditar", conta ao DN Luís Onofre, o homem (português) que tem como fãs a princesa Letizia Ortiz, a milionária Paris Hilton e, até, a actriz Naomi Watts. Nada que lhe roube a humildade de quem começou com muito trabalho e deve a todos os clientes, a cada ano, uma colecção original e de sucesso. "Penso sempre que podia fazer melhor e tento sempre melhorar. Uma má colecção é arrasadora a nível internacional e lembrada durante muito tempo." A lição aprendeu-a com a experiência começada há precisamente 12 anos, quando entrou na empresa de calçado do pai, que foi fundada pela sua avó Conceição Rosa Pereira (cujo nome permanece o da empresa).
Os sucessos e dificuldades da indústria do calçado ainda balançaram Luís Onofre, que esteve quase a optar pelo curso de Design de Interiores. Mas à última hora, os genes foram mais fortes e a escolha recaiu no Design de Calçado. Seguiu-se uma especialização em Itália - fundamental na sua forma de trabalhar - e a integração na empresa do pai. Na altura, a fábrica produzia calçado "mais clássico e para um público de idade superior". Paralelamente, faziam as colecções da Kenzo e da Cacharel. "Não foi fácil começar a introduzir o meu produto. Tive de me ir adaptando ao público, mas sabia que queria um sapato que abrangesse pessoas de várias idades."
A primeira colecção que fez reunia 40 modelos diferentes, agora tem 400 para apresentação - o que dá uma produção de cerca de 80 pares diversos. "Tive de me adaptar ao mercado. Percebi, por exemplo, que não podia fazer apenas sapatos altos." E neste momento oferece uma gama muito variada: "Entre sapatos, mocassins, sandálias, bailarinas, mesmo no Inverno, porque há países com climas diferentes."
A participação em várias feiras internacionais foi fundamental para se tornar reconhecido e encontrar agentes comerciais para o seu produto. Hoje exporta 93% do que produz, o que lhe traz uma consciência internacional dos gostos de cada um. "Na Rússia procuram-se saltos altíssimos, com muitos pormenores, os países nórdicos e o Norte de Itália procuram produtos mais básicos, sem grandes pormenores, mas bom sapatos. O mercado latino, Portugal, Espanha, Sul de Itália, Grécia, querem saltos mais baixos, ligam mais ao conforto."
Como criativo da empresa que hoje só comercializa o que foi pensado por si, Luís Onofre teme que um dia não consiga ser capaz de continuar a produzir e de ter de recorrer a outra pessoa para pensar por ele. "Não é ser egoísta, mas é uma tarefa que, neste momento, não consigo delegar em ninguém. Se falha, põe em risco mais de 60 postos de trabalho." A inspiração busca-a em coisas tão simples como o adorno que uma vez viu na mão de um hippie, quando se passeava pelo Brasil: uma pulseira que ligava o dedo. O resultado foi transposto para a colecção de 2003. Noutra usou apenas materiais naturais para um calçado 100% ecológico. Mas neste campo tenta variar.
Conta que o material mais estranho que usou foi pele de rã - rã de cativeiro vinda precisamente do Brasil depois de passados vários degraus burocráticos. Importa os mais variados materiais, como pele de pitão (verdadeira ou não, porque há quem não queira pagar pela verdadeira), pele de crocodilo, camurça e muito pêlo. Materiais presentes nesta estação de Inverno com um conceito que pretende dar a volta à crise. "Este ano, a colecção é pensada nas mulheres que compram por impulso. É graças a elas que este sector ainda sobrevive."
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
A tecnologia que coloca a carteira dentro do telemóvel
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A tecnologia que coloca a carteira dentro do telemóvel
por CARLOS DIOGO SANTOS
Hoje
Depois dos cartões de cliente e dos cupões de descontos, os cartões de débito são os próximos a entrar no telemóvel.
Quantas vezes já deu por si a pensar que gostava de tornar a sua carteira mais leve e menos volumosa? E se, de um dia para o outro, pudesse eliminar este objeto e transportar todos os cartões no telemóvel? A tecnologia que o permite está a ser desenvolvida pela empresa portuguesa Cardmobili e já permite aliviar algumas carteiras.
Quer tenha um iPhone, um Nokia, um Blacberry ou até um LG, atualmente é possível transportar todos os cartões de fidelização e cupões de desconto numa simples aplicação. Helena Leite, administradora da Cardmobili, é a prova viva. "Eu tenho aqui todos os meus cartões de cliente e até os meus cupões de desconto. Nunca me foi recusado utilizar os cartões em formato digital para usufruir dos descontos", assegura.
Mas este não é o objetivo final desta empresa: "Nós queremos que no futuro, num futuro próximo, consigamos utilizar esta aplicação para fazer pagamentos e assim eliminarmos também os cartões multibanco feitos de plástico. Continuam a existir, mas em formato digital."
Hoje em dia é possível colocar na aplicação Cardmobili os dados de cartões como o cartão do cidadão, a carta de condução e até mesmo os do cartão de saúde europeu, porém não substituem o cartão plástico. O mesmo não acontece com o cartão de eleitor. Há já quem tivesse usado o cartão digital de eleitor para exercer os seis deveres cívicos.
"Neste caso não há qualquer problema quanto a trocas de identidade, uma vez que o eleitor tem de apresentar sempre o seu cartão do cidadão ou passaporte para votar", esclarece Helena Leite.
Mas o trabalho de todos os profissionais da Cardmobili é assegurar que não existam falhas de segurança. E numa altura em que estudam o alargamento da tecnologia aos cartões bancários, oferecem já muitas garantias aos portugueses.
"As pessoas podem colocar um PIN na aplicação que funciona como se fosse código de segurança da carteira. No fundo, o mecanismo é o mesmo do dos cartões só não têm formato físico", diz Helena Leite, sublinhando que é tão fácil piratear um cartão que está no telemóvel como um cartão de plástico.
Os cartões de desconto e os cupões foram apenas o início desta revolução. "Não poderíamos começar logo a desenvolver tecnologia que permitisse colocar cartões oficiais e de pagamento. Primeiro tínhamos de testar a carteira digital e mostrar a sua segurança", continuou a responsável.
Foi deste modo que, em 2008, a Cardmobili decidiu apostar nos cartões que possuem apenas um número ou um código de barras. O cartão de eleitor, como tem apenas um número, foi o único cartão oficial abrangido e que pôde ser utilizado já nas últimas eleições.
A primeira vez que Helena Leite foi ao cinema e mostrou o código de barras no ecrã do telemovel, provocou algum espanto. O empregado perguntou-lhe: posso passar o scanner, não vou estragar o seu telemóvel?" Mas hoje é tudo muito natural, porque as pessoas já se habituaram.
Os próximos anos ficarão marcados pela evolução para os cartões de pagamento. Para isso, os telemóveis terão de possuir o sistema NFC - ainda não disponível nos iPhones 4, nem nos Blackberry mais antigos - que permite a troca de informações apenas com a aproximação do aparelho a um terminal de pagamento. Para tal é também necessário que seja criada uma rede nacional de terminais que permitam estes pagamentos, ou seja, com leitor de NFC. Além de poder pagar as suas compras, como quem passa o bilhete do metro no terminal, nunca mais perderá os seus cartões. Ficam todos guardados no satélite e só acessíveis a quem tiver o seu código secreto.
In DN
A tecnologia que coloca a carteira dentro do telemóvel
por CARLOS DIOGO SANTOS
Hoje
Depois dos cartões de cliente e dos cupões de descontos, os cartões de débito são os próximos a entrar no telemóvel.
Quantas vezes já deu por si a pensar que gostava de tornar a sua carteira mais leve e menos volumosa? E se, de um dia para o outro, pudesse eliminar este objeto e transportar todos os cartões no telemóvel? A tecnologia que o permite está a ser desenvolvida pela empresa portuguesa Cardmobili e já permite aliviar algumas carteiras.
Quer tenha um iPhone, um Nokia, um Blacberry ou até um LG, atualmente é possível transportar todos os cartões de fidelização e cupões de desconto numa simples aplicação. Helena Leite, administradora da Cardmobili, é a prova viva. "Eu tenho aqui todos os meus cartões de cliente e até os meus cupões de desconto. Nunca me foi recusado utilizar os cartões em formato digital para usufruir dos descontos", assegura.
Mas este não é o objetivo final desta empresa: "Nós queremos que no futuro, num futuro próximo, consigamos utilizar esta aplicação para fazer pagamentos e assim eliminarmos também os cartões multibanco feitos de plástico. Continuam a existir, mas em formato digital."
Hoje em dia é possível colocar na aplicação Cardmobili os dados de cartões como o cartão do cidadão, a carta de condução e até mesmo os do cartão de saúde europeu, porém não substituem o cartão plástico. O mesmo não acontece com o cartão de eleitor. Há já quem tivesse usado o cartão digital de eleitor para exercer os seis deveres cívicos.
"Neste caso não há qualquer problema quanto a trocas de identidade, uma vez que o eleitor tem de apresentar sempre o seu cartão do cidadão ou passaporte para votar", esclarece Helena Leite.
Mas o trabalho de todos os profissionais da Cardmobili é assegurar que não existam falhas de segurança. E numa altura em que estudam o alargamento da tecnologia aos cartões bancários, oferecem já muitas garantias aos portugueses.
"As pessoas podem colocar um PIN na aplicação que funciona como se fosse código de segurança da carteira. No fundo, o mecanismo é o mesmo do dos cartões só não têm formato físico", diz Helena Leite, sublinhando que é tão fácil piratear um cartão que está no telemóvel como um cartão de plástico.
Os cartões de desconto e os cupões foram apenas o início desta revolução. "Não poderíamos começar logo a desenvolver tecnologia que permitisse colocar cartões oficiais e de pagamento. Primeiro tínhamos de testar a carteira digital e mostrar a sua segurança", continuou a responsável.
Foi deste modo que, em 2008, a Cardmobili decidiu apostar nos cartões que possuem apenas um número ou um código de barras. O cartão de eleitor, como tem apenas um número, foi o único cartão oficial abrangido e que pôde ser utilizado já nas últimas eleições.
A primeira vez que Helena Leite foi ao cinema e mostrou o código de barras no ecrã do telemovel, provocou algum espanto. O empregado perguntou-lhe: posso passar o scanner, não vou estragar o seu telemóvel?" Mas hoje é tudo muito natural, porque as pessoas já se habituaram.
Os próximos anos ficarão marcados pela evolução para os cartões de pagamento. Para isso, os telemóveis terão de possuir o sistema NFC - ainda não disponível nos iPhones 4, nem nos Blackberry mais antigos - que permite a troca de informações apenas com a aproximação do aparelho a um terminal de pagamento. Para tal é também necessário que seja criada uma rede nacional de terminais que permitam estes pagamentos, ou seja, com leitor de NFC. Além de poder pagar as suas compras, como quem passa o bilhete do metro no terminal, nunca mais perderá os seus cartões. Ficam todos guardados no satélite e só acessíveis a quem tiver o seu código secreto.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Drogba e Ashley Cole não jogam sem estas caneleiras
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Drogba e Ashley Cole não jogam sem estas caneleiras
por AMADEU ARAÚJO
Hoje
Robustas, tecnológicas, personalizadas e nacionais são os adjetivos que melhor definem as caneleiras da SAK, que já tem os olhos postos em projetos noutras áreas.
A SAK, que quer dizer Security Against Kicking, fez jus ao nome e depois do futebol já se estendeu ao hóquei e agora são os mercados da segurança e da medicina o novo foco desta empresa portuguesa que fabrica caneleiras personalizadas, com recurso a tecnologia 3D. A aventura de Filipe Simões e Rui Pina começou em 2008 quando desenvolveram uma tecnologia que usa "materiais inquebráveis e projetados para dissipar toda a energia dos impactos para conceber caneleiras".
À época havia um Mundial de Futebol e a seleção nacional estagiava em Viseu. Os dois professores deram-se a conhecer, e, como "jogador bem protegido é jogador mais confiante", as caneleiras entraram no gosto dos atletas, conta Rui Pina. Filipe Simões acrescenta que "as diferenças notam-se no desempenho em campo" e os jogadores nacionais assim o pensaram. O produto inovador acabou por entrar na área dos equipamentos de proteção desportiva no mercado mundial e hoje "são os jogadores que telefonam a pedir as caneleiras", atira Filipe. Jogadores como "Drogba ou Ashley Cole sabem que uma caneleira personalizada dá garantias de uma real proteção". Estava "descoberto um filão - em todo o mundo há 260 milhões de jogadores de futebol federados".
A tecnologia, "um processo não invasivo que recorre a um scanner para gerar uma imagem usada por um software que gera um modelo tridimensional a partir da geometria observada, permite a produção das caneleiras, que oferecem ergonomia e conforto únicos". As caneleiras são "fabricadas em materiais compósitos, leves e resistentes que encaixam perfeitamente na perna do jogador", garante Rui.
Do Manchester United ao Real Madrid, sem esquecer a seleção nacional e o futebol asiático, as caneleiras são um sucesso e já permitiram à empresa alargar-se ao hóquei, a qual fornece a equipa nacional.
Os dois sócios, professores com formação em materiais compósitos e modulação tridimensional, sabem que este "é um material com grandes potencialidades desportivas, na segurança e na medicina. Em tudo que seja necessária proteção para o corpo humano". E levaram a tecnologia ao último Fórum Têxteis do Futuro. Posteriormente ganharam o Prémio Inovação da Associação Empresarial de Viseu, "15 mil euros aplicados na empresa", e obtiveram o reconhecimento do mercado. Este ano a empresa "irá dar um salto gigante através da entrada de um sócio financeiro que permitirá à SAK passar a ter capacidade produtiva e controlar todo o processo", que atualmente é subcontratado a várias empresas.
Com a produção centralizada em Viseu, o "objetivo é franchisar o modelo de negócio através de uma rede de parceiros que se possam deslocar aos clubes". Um primeiro passo para "gerar recursos que permitam desenvolver novas aplicações, na medicina com próteses e ortóteses e na proteção das forças de segurança". Um "mundo de possibilidades em que a segurança é o elemento diferenciador em relação a outros produtos porque permite evoluir tendo em conta as especificações do futuro utilizador". É que, dizem os empresários, "todo o modelo de operação é personalizado e pensado para com um reduzido custo obter grandes resultados".
O que torna o produto "barato apesar das grandes vantagens para os utilizadores". Atualmente, a SAK conclui a negociação com os investidores, mas os dois sócios garantem que "até final de 2012" terão "produção própria".
E isto depois de 4 anos em que tudo o que conseguiram foi resultado de trabalho e investimento. "Nestes 4 anos investimos milhares de euros que retirámos das nossas profissões, mas que valeram a pena." Afinal, "trata--se de um produto nacional, de extrema visibilidade, de base tecnológica e com grandes aplicações", concluem.
In DN
Drogba e Ashley Cole não jogam sem estas caneleiras
por AMADEU ARAÚJO
Hoje
Robustas, tecnológicas, personalizadas e nacionais são os adjetivos que melhor definem as caneleiras da SAK, que já tem os olhos postos em projetos noutras áreas.
A SAK, que quer dizer Security Against Kicking, fez jus ao nome e depois do futebol já se estendeu ao hóquei e agora são os mercados da segurança e da medicina o novo foco desta empresa portuguesa que fabrica caneleiras personalizadas, com recurso a tecnologia 3D. A aventura de Filipe Simões e Rui Pina começou em 2008 quando desenvolveram uma tecnologia que usa "materiais inquebráveis e projetados para dissipar toda a energia dos impactos para conceber caneleiras".
À época havia um Mundial de Futebol e a seleção nacional estagiava em Viseu. Os dois professores deram-se a conhecer, e, como "jogador bem protegido é jogador mais confiante", as caneleiras entraram no gosto dos atletas, conta Rui Pina. Filipe Simões acrescenta que "as diferenças notam-se no desempenho em campo" e os jogadores nacionais assim o pensaram. O produto inovador acabou por entrar na área dos equipamentos de proteção desportiva no mercado mundial e hoje "são os jogadores que telefonam a pedir as caneleiras", atira Filipe. Jogadores como "Drogba ou Ashley Cole sabem que uma caneleira personalizada dá garantias de uma real proteção". Estava "descoberto um filão - em todo o mundo há 260 milhões de jogadores de futebol federados".
A tecnologia, "um processo não invasivo que recorre a um scanner para gerar uma imagem usada por um software que gera um modelo tridimensional a partir da geometria observada, permite a produção das caneleiras, que oferecem ergonomia e conforto únicos". As caneleiras são "fabricadas em materiais compósitos, leves e resistentes que encaixam perfeitamente na perna do jogador", garante Rui.
Do Manchester United ao Real Madrid, sem esquecer a seleção nacional e o futebol asiático, as caneleiras são um sucesso e já permitiram à empresa alargar-se ao hóquei, a qual fornece a equipa nacional.
Os dois sócios, professores com formação em materiais compósitos e modulação tridimensional, sabem que este "é um material com grandes potencialidades desportivas, na segurança e na medicina. Em tudo que seja necessária proteção para o corpo humano". E levaram a tecnologia ao último Fórum Têxteis do Futuro. Posteriormente ganharam o Prémio Inovação da Associação Empresarial de Viseu, "15 mil euros aplicados na empresa", e obtiveram o reconhecimento do mercado. Este ano a empresa "irá dar um salto gigante através da entrada de um sócio financeiro que permitirá à SAK passar a ter capacidade produtiva e controlar todo o processo", que atualmente é subcontratado a várias empresas.
Com a produção centralizada em Viseu, o "objetivo é franchisar o modelo de negócio através de uma rede de parceiros que se possam deslocar aos clubes". Um primeiro passo para "gerar recursos que permitam desenvolver novas aplicações, na medicina com próteses e ortóteses e na proteção das forças de segurança". Um "mundo de possibilidades em que a segurança é o elemento diferenciador em relação a outros produtos porque permite evoluir tendo em conta as especificações do futuro utilizador". É que, dizem os empresários, "todo o modelo de operação é personalizado e pensado para com um reduzido custo obter grandes resultados".
O que torna o produto "barato apesar das grandes vantagens para os utilizadores". Atualmente, a SAK conclui a negociação com os investidores, mas os dois sócios garantem que "até final de 2012" terão "produção própria".
E isto depois de 4 anos em que tudo o que conseguiram foi resultado de trabalho e investimento. "Nestes 4 anos investimos milhares de euros que retirámos das nossas profissões, mas que valeram a pena." Afinal, "trata--se de um produto nacional, de extrema visibilidade, de base tecnológica e com grandes aplicações", concluem.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
A empresa que pôs no léxico nacional as células estaminais
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A empresa que pôs no léxico nacional as células estaminais
por RUI MARQUES SIMÕES
Hoje
Desde 2003 que preserva células e tecido do cordão umbilical para salvar vidas, e o negócio já se expandiu pela Europa...
Crioestaminal: o nome simplifica aquilo que a empresa faz. Numa expressão, criopreservação das células e tecidos estaminais presentes no sangue do cordão umbilical. O objetivo é salvar vidas. E o serviço, pioneiro em Portugal, já conquistou mais de 50 mil famílias.
A empresa nasceu nos corredores da Universidade de Coimbra, criada por um grupo de estudantes inspirados pela ideia de "de-senvolver uma tecnologia que estava a dar os primeiros passos", a criopreservação de células estaminais (células que têm a capacidade única de se autorrenovarem ou dividirem indefinidamente, podendo reparar tecidos danificados ou substituindo células que vão morrendo) - conta André Gomes, de 36 anos, fundador e administrador da empresa, à qual dedicou, até aqui, toda a carreira.
Da ideia (surgida em 2001) ao lançamento (2003) passaram dois anos, mas isso não impediu a Crioestaminal de ser pioneira na área. Foi a segunda empresa europeia do sector. E, de certa maneira, ajudou a meter no léxico nacional uma expressão que "nem existia em Portugal, células estaminais", sorri André Gomes.
Desde então que a Crioestaminal - sedeada no Biocant Park, um polo de inovação localizado em Cantanhede (distrito de Coimbra) - guarda células estaminais (recolhidas após o parto) para utilização futura. São mais de 70 as doenças que podem ser tratadas com este tipo de células, principalmente hemato-oncológicas (como algumas leucemias, linfomas e anemias). E a criopreservação permite armazená-las por períodos alargados de tempo (20 a 25 anos), até que o dador ou um familiar precise de usá-las.
Até aqui, mais de 50 mil famílias - de Portugal, mas também de Espanha e Itália - recorreram aos serviços da Crioestaminal. Dessas, só sete já tiveram de usar as células armazenadas. Mas é nesses casos que os responsáveis estão sempre a pensar. "Temos sete transplantes feitos. Isto já não é apenas guardar por guardar. Salvámos as vidas de sete crianças - tanto para uso próprio como para uso de irmãos", frisa Miguel Marti, CEO (diretor executivo) da empresa.
Agora, a preocupação é encontrar novas doenças tratáveis com o sangue do cordão umbilical. "Há centenas de ensaios clínicos a decorrer", explica André Gomes, enquanto Miguel Marti sublinha o investimento contínuo em investigação e desenvolvimento. "Tanto aqui como em parcerias com o Instituto Superior Técnico e o Instituto Português de Oncologia, de Lisboa, temos projetos que podem dar mais-valias para o País. Um deles, que usa células mesenquimais [que a empresa agora também recolhe] para ajudar a sarar feridas - por exemplo, em diabéticos - já está na fase de pedido de patente. Pode chegar ao mercado em cinco ou dez anos", revela ainda Miguel Marti.
De resto, em Cantanhede não falta ambição. Hoje, a Crioestaminal é a terceira empresa europeia do sector, tanto em número de transplantes como de amostras armazenadas - 40% da sua faturação vem do estrangeiro. E "o futuro passará por sermos um centro de excelência no desenvolvimento de tecnologia a nível mundial", assume Miguel Marti. "Estamos em três países, mas temos recursos, know-how e ambição de levar este projeto para outras geografias, na Europa e América do Sul", completa o CEO, um espanhol "só de nascimento", que vive em Portugal "há mais de 10 anos" e chegou à Crioestaminal, em 2011, para liderar e internacionalizar a empresa.
Assim, Miguel Marti sonha ter, daqui a 10 anos, "uma empresa portuguesa, mas global, presente nos cinco continentes". E André Gomes deseja que, então, "algumas dezenas ou centenas de pessoas tenham sido tratadas devido às tecnologias da Crioestaminal". É para isso que estão a trabalhar.
In DN
A empresa que pôs no léxico nacional as células estaminais
por RUI MARQUES SIMÕES
Hoje
Desde 2003 que preserva células e tecido do cordão umbilical para salvar vidas, e o negócio já se expandiu pela Europa...
Crioestaminal: o nome simplifica aquilo que a empresa faz. Numa expressão, criopreservação das células e tecidos estaminais presentes no sangue do cordão umbilical. O objetivo é salvar vidas. E o serviço, pioneiro em Portugal, já conquistou mais de 50 mil famílias.
A empresa nasceu nos corredores da Universidade de Coimbra, criada por um grupo de estudantes inspirados pela ideia de "de-senvolver uma tecnologia que estava a dar os primeiros passos", a criopreservação de células estaminais (células que têm a capacidade única de se autorrenovarem ou dividirem indefinidamente, podendo reparar tecidos danificados ou substituindo células que vão morrendo) - conta André Gomes, de 36 anos, fundador e administrador da empresa, à qual dedicou, até aqui, toda a carreira.
Da ideia (surgida em 2001) ao lançamento (2003) passaram dois anos, mas isso não impediu a Crioestaminal de ser pioneira na área. Foi a segunda empresa europeia do sector. E, de certa maneira, ajudou a meter no léxico nacional uma expressão que "nem existia em Portugal, células estaminais", sorri André Gomes.
Desde então que a Crioestaminal - sedeada no Biocant Park, um polo de inovação localizado em Cantanhede (distrito de Coimbra) - guarda células estaminais (recolhidas após o parto) para utilização futura. São mais de 70 as doenças que podem ser tratadas com este tipo de células, principalmente hemato-oncológicas (como algumas leucemias, linfomas e anemias). E a criopreservação permite armazená-las por períodos alargados de tempo (20 a 25 anos), até que o dador ou um familiar precise de usá-las.
Até aqui, mais de 50 mil famílias - de Portugal, mas também de Espanha e Itália - recorreram aos serviços da Crioestaminal. Dessas, só sete já tiveram de usar as células armazenadas. Mas é nesses casos que os responsáveis estão sempre a pensar. "Temos sete transplantes feitos. Isto já não é apenas guardar por guardar. Salvámos as vidas de sete crianças - tanto para uso próprio como para uso de irmãos", frisa Miguel Marti, CEO (diretor executivo) da empresa.
Agora, a preocupação é encontrar novas doenças tratáveis com o sangue do cordão umbilical. "Há centenas de ensaios clínicos a decorrer", explica André Gomes, enquanto Miguel Marti sublinha o investimento contínuo em investigação e desenvolvimento. "Tanto aqui como em parcerias com o Instituto Superior Técnico e o Instituto Português de Oncologia, de Lisboa, temos projetos que podem dar mais-valias para o País. Um deles, que usa células mesenquimais [que a empresa agora também recolhe] para ajudar a sarar feridas - por exemplo, em diabéticos - já está na fase de pedido de patente. Pode chegar ao mercado em cinco ou dez anos", revela ainda Miguel Marti.
De resto, em Cantanhede não falta ambição. Hoje, a Crioestaminal é a terceira empresa europeia do sector, tanto em número de transplantes como de amostras armazenadas - 40% da sua faturação vem do estrangeiro. E "o futuro passará por sermos um centro de excelência no desenvolvimento de tecnologia a nível mundial", assume Miguel Marti. "Estamos em três países, mas temos recursos, know-how e ambição de levar este projeto para outras geografias, na Europa e América do Sul", completa o CEO, um espanhol "só de nascimento", que vive em Portugal "há mais de 10 anos" e chegou à Crioestaminal, em 2011, para liderar e internacionalizar a empresa.
Assim, Miguel Marti sonha ter, daqui a 10 anos, "uma empresa portuguesa, mas global, presente nos cinco continentes". E André Gomes deseja que, então, "algumas dezenas ou centenas de pessoas tenham sido tratadas devido às tecnologias da Crioestaminal". É para isso que estão a trabalhar.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
"Montamos as nossas fábricas na casa dos clientes"
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"Montamos as nossas fábricas na casa dos clientes"
por CARLOS DIOGO SANTOS
Hoje
A Logoplaste foi fundada em 1976 por Marcelo de Botton. Dedicada ao fabrico de embalagens e garrafas, a empresa aposta em dois vetores: internaciolização e inovação.
A Logoplaste é uma empresa portuguesa que se dedica ao fabrico de embalagens e garrafas. Quando foi criada, em 1976, começou por ser unicamente portuguesa, mas depressa se expandiu a outros mercados. Encontrando-se hoje em 18 países, esta marca portuguesa emprega já mais de duas mil pessoas.
"O atual sucesso da Logoplaste deve-se ao facto de termos apostado, desde o início, em dois vetores que consideramos fundamentais: a internacionalização e a inovação", explicou Filipe de Botton, CEO da empresa.
Quando iniciaram a internacionalização, em 1992, a imagem de Portugal ainda não estava "afinada", o que, segundo este responsável, obrigou os profissionais da Logoplaste a esforçarem-se ainda mais. "Se a nossa origem fosse outra, não tínhamos de dar provas todos os dias, mas como somos portugueses e, por vezes, existiam desconfianças, não nos podíamos descuidar nem por um minuto", disse, assegurando que esse esforço de afirmação internacional acabou por ser benéfico em todas as fases do desenvolvimento da empresa.
A "massa cinzenta" foi outra das grandes preocupações. Os responsáveis pela Logoplaste ainda hoje acreditam que só com inovação é possível uma internacionalização de sucesso.
"Nós não exportamos as embalagens, porque as nossas fábricas são montadas na casa do cliente. Se o cliente for estrangeiro, a nossa fábrica está lá", esclarece Filipe de Botton, continuando: "Foi por isso que, logo que abrimos a nossa primeira fábrica no exterior, em 1992, decidimos fazer uma forte aposta na inovação, na massa cinzenta de quem passou a trabalhar connosco."
E foi assim que, após vários anos de estudo, há 12 anos alcançaram uma técnica que "significa tanto como a passagem da máquina a vapor para a tecnologia deste século: a produção em PET (politereftalato de etileno)", revelou Paulo Correia, engenheiro e responsável pelo Logoplaste Innovation Lab. Na prática, a Logoplaste começou a produzir garrafas para bebidas (e outros produtos) com esta nova matéria-prima.
"Para que se entenda melhor, o PET é o material das atuais garrafas de Coca-Cola, Fairy e água do Luso, por exemplo", esclareceu este responsável.
Além de muitas outras vantagens, este material pode também ser derretido e reutilizado vezes sem conta.
Sempre muito atenta à inovação tecnológica, a Logoplaste levou a cabo uma outra revolução nos últimos anos. Após alguns testes em laboratório, a empresa lançou garrafões de cinco litros com uma redução de peso na casa dos 20%, quando comparados com os tradicionais garrafões.
"O cidadão comum não se pode distanciar destas descobertas, porque graças a elas o preço final de um produto diminui", salientou Paulo Correia. Mas não é só. Todos os dias, a Logoplaste consegue vitórias importantes, mas silenciosas, nos seus laboratórios de Cascais, Chicago e São Paulo.
"Para continuarmos a garantir a qualidade a que já habituámos os nossos clientes, considerámos, nos últimos anos, que era fundamental descentralizar a inovação. Abrimos mais centros de inovação em áreas que consideramos estratégicas", contou Filipe de Botton.
Dada a penetração nos mercados norte-americano e brasileiro, Chicago e São Paulo foram as duas cidades escolhidas para a abertura dos dois novos hubs da Logoplaste. O primeiro laboratório a abrir foi o dos Estados Unidos da América, e só em 2010 é que abriram o do Brasil. Numa altura em que o mercado português representa apenas 14% do volume de negócios da empresa, ponderam também a abertura de um outro laboratório na Ásia.
In DN
[Centrar]http://www.trasosmontes.com/forum/images/smilies/Portugal.gif[/Centrar]
"Montamos as nossas fábricas na casa dos clientes"
por CARLOS DIOGO SANTOS
Hoje
A Logoplaste foi fundada em 1976 por Marcelo de Botton. Dedicada ao fabrico de embalagens e garrafas, a empresa aposta em dois vetores: internaciolização e inovação.
A Logoplaste é uma empresa portuguesa que se dedica ao fabrico de embalagens e garrafas. Quando foi criada, em 1976, começou por ser unicamente portuguesa, mas depressa se expandiu a outros mercados. Encontrando-se hoje em 18 países, esta marca portuguesa emprega já mais de duas mil pessoas.
"O atual sucesso da Logoplaste deve-se ao facto de termos apostado, desde o início, em dois vetores que consideramos fundamentais: a internacionalização e a inovação", explicou Filipe de Botton, CEO da empresa.
Quando iniciaram a internacionalização, em 1992, a imagem de Portugal ainda não estava "afinada", o que, segundo este responsável, obrigou os profissionais da Logoplaste a esforçarem-se ainda mais. "Se a nossa origem fosse outra, não tínhamos de dar provas todos os dias, mas como somos portugueses e, por vezes, existiam desconfianças, não nos podíamos descuidar nem por um minuto", disse, assegurando que esse esforço de afirmação internacional acabou por ser benéfico em todas as fases do desenvolvimento da empresa.
A "massa cinzenta" foi outra das grandes preocupações. Os responsáveis pela Logoplaste ainda hoje acreditam que só com inovação é possível uma internacionalização de sucesso.
"Nós não exportamos as embalagens, porque as nossas fábricas são montadas na casa do cliente. Se o cliente for estrangeiro, a nossa fábrica está lá", esclarece Filipe de Botton, continuando: "Foi por isso que, logo que abrimos a nossa primeira fábrica no exterior, em 1992, decidimos fazer uma forte aposta na inovação, na massa cinzenta de quem passou a trabalhar connosco."
E foi assim que, após vários anos de estudo, há 12 anos alcançaram uma técnica que "significa tanto como a passagem da máquina a vapor para a tecnologia deste século: a produção em PET (politereftalato de etileno)", revelou Paulo Correia, engenheiro e responsável pelo Logoplaste Innovation Lab. Na prática, a Logoplaste começou a produzir garrafas para bebidas (e outros produtos) com esta nova matéria-prima.
"Para que se entenda melhor, o PET é o material das atuais garrafas de Coca-Cola, Fairy e água do Luso, por exemplo", esclareceu este responsável.
Além de muitas outras vantagens, este material pode também ser derretido e reutilizado vezes sem conta.
Sempre muito atenta à inovação tecnológica, a Logoplaste levou a cabo uma outra revolução nos últimos anos. Após alguns testes em laboratório, a empresa lançou garrafões de cinco litros com uma redução de peso na casa dos 20%, quando comparados com os tradicionais garrafões.
"O cidadão comum não se pode distanciar destas descobertas, porque graças a elas o preço final de um produto diminui", salientou Paulo Correia. Mas não é só. Todos os dias, a Logoplaste consegue vitórias importantes, mas silenciosas, nos seus laboratórios de Cascais, Chicago e São Paulo.
"Para continuarmos a garantir a qualidade a que já habituámos os nossos clientes, considerámos, nos últimos anos, que era fundamental descentralizar a inovação. Abrimos mais centros de inovação em áreas que consideramos estratégicas", contou Filipe de Botton.
Dada a penetração nos mercados norte-americano e brasileiro, Chicago e São Paulo foram as duas cidades escolhidas para a abertura dos dois novos hubs da Logoplaste. O primeiro laboratório a abrir foi o dos Estados Unidos da América, e só em 2010 é que abriram o do Brasil. Numa altura em que o mercado português representa apenas 14% do volume de negócios da empresa, ponderam também a abertura de um outro laboratório na Ásia.
In DN
[Centrar]http://www.trasosmontes.com/forum/images/smilies/Portugal.gif[/Centrar]
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Sabe o que come? O ADN dos alimentos responde-lhe
.
Sabe o que come? O ADN dos alimentos responde-lhe
por sónia simões
Hoje
Foi a primeira empresa em Portugal acreditada a fazer este tipo de testes e é já procurada por laboratórios estrangeiros
A legislação comunitária obriga a rotular os alimentos mas não havia em Portugal qualquer meio que permitisse controlar se a inscrição na embalagem correspondia, de facto, ao produto. Foi desta premissa que dois biólogos portugueses partiram quando decidiram criar uma empresa que aplicasse à realidade os conhecimentos obtidos em anos de investigação.
"É o leite proveniente de ovelha ou de cabra? E qual o peixe usado em determinado filete?", exemplifica um dos fundadores da empresa, Manuel Rodrigues, para explicar ao mais leigo o que são as análises de ADN aos alimentos. Uma resposta pertinente seja para os vendedores deste tipo de produtos, como é o caso das empresas de distribuição a retalho que comercializam marcas próprias, seja para os fornecedores obterem a certificação dos seus produtos.
A ideia surgiu em 2003 quando Manuel Rodrigues e Mário Gadanho faziam investigação na Universidade Nova de Lisboa. "Tinha chegado a altura de mudarmos o rumo das nossas vidas e aproveitar os nossos conhecimentos", explica Manuel, no gabinete anexo ao laboratório da empresa, com sede na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
"Começámos a desenvolver os testes e, depois de validados, introduzimo-los no mercado". No final de 2006 a empresa, ainda start-up, obteve o primeiro financiamento de capital de risco. Com a entrada de acionistas foi possível recrutar mais pessoal e melhorar as instalações. "Somos neste momento o único laboratório a nível europeu acreditado para fazer estes testes, são cerca de 30."
A partir daqui os clientes começaram a crescer: além de empresas do sector alimentar e das grandes empresas de distribuição a retalho, surgiram organismos públicos preocupados em controlar a qualidade dos alimentos, como a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e, até, universidades.
"Há clientes que começaram a fazer estes testes connosco. Antes nem os faziam. É um mercado em expansão e em breve os testes de ADN serão alargados a outros produtos", salienta. Implementado o produto, a Biopremier começou a pensar no próximo, que está já a a ser desenvolvido, mas só chegará ao mercado no próximo ano.
Se, no caso dos alimentos, as análises são feitas em laboratório, este novo produto surgirá em forma de kit e poderá ser adquirido por qualquer laboratório que queira perceber a origem de uma doença infeciosa. "Estamos a desenvolver um teste para a deteção de agentes relacionados com infeções respiratórias, nomeadamente pneumonias atípicas e tuberculose. E outro para infeções gastro-intestinais", explica Manuel. Vantagem: enquanto o resultado de um exame rotineiro deste género demora duas semanas, este permitirá saber o resultado em duas horas, permitindo um diagnóstico mais rápido e um tratamento mais eficaz.
A única empresa acreditada em Portugal para fazer estes exames tem também acreditação para o sector clínico e veterinário e para o sector ambiental. No que toca à veterinária, a Biopremier tem também uma carta na manga, pronta a ser lançada em 2013 . Trata-se de um teste de deteção de agentes que causam infeções no animal (os chamados dermatofitos), cujos efeitos são visíveis no pelo ou nas unhas. Em caso de animais de companhia, há risco de contágio para os humanos. Neste sector, a empresa desenvolveu ainda um teste de DNA para deteção de micoplasmas e ureaplasmas (bactérias infeciosas ) nos animais.
"Estamos sempre a adicionar novos testes no mercado. Mas temos que ser rigorosos na escolha, por causa do investimento", adverte. A empresa está agora num processo de internacionalização.
In DN
Sabe o que come? O ADN dos alimentos responde-lhe
por sónia simões
Hoje
Foi a primeira empresa em Portugal acreditada a fazer este tipo de testes e é já procurada por laboratórios estrangeiros
A legislação comunitária obriga a rotular os alimentos mas não havia em Portugal qualquer meio que permitisse controlar se a inscrição na embalagem correspondia, de facto, ao produto. Foi desta premissa que dois biólogos portugueses partiram quando decidiram criar uma empresa que aplicasse à realidade os conhecimentos obtidos em anos de investigação.
"É o leite proveniente de ovelha ou de cabra? E qual o peixe usado em determinado filete?", exemplifica um dos fundadores da empresa, Manuel Rodrigues, para explicar ao mais leigo o que são as análises de ADN aos alimentos. Uma resposta pertinente seja para os vendedores deste tipo de produtos, como é o caso das empresas de distribuição a retalho que comercializam marcas próprias, seja para os fornecedores obterem a certificação dos seus produtos.
A ideia surgiu em 2003 quando Manuel Rodrigues e Mário Gadanho faziam investigação na Universidade Nova de Lisboa. "Tinha chegado a altura de mudarmos o rumo das nossas vidas e aproveitar os nossos conhecimentos", explica Manuel, no gabinete anexo ao laboratório da empresa, com sede na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
"Começámos a desenvolver os testes e, depois de validados, introduzimo-los no mercado". No final de 2006 a empresa, ainda start-up, obteve o primeiro financiamento de capital de risco. Com a entrada de acionistas foi possível recrutar mais pessoal e melhorar as instalações. "Somos neste momento o único laboratório a nível europeu acreditado para fazer estes testes, são cerca de 30."
A partir daqui os clientes começaram a crescer: além de empresas do sector alimentar e das grandes empresas de distribuição a retalho, surgiram organismos públicos preocupados em controlar a qualidade dos alimentos, como a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e, até, universidades.
"Há clientes que começaram a fazer estes testes connosco. Antes nem os faziam. É um mercado em expansão e em breve os testes de ADN serão alargados a outros produtos", salienta. Implementado o produto, a Biopremier começou a pensar no próximo, que está já a a ser desenvolvido, mas só chegará ao mercado no próximo ano.
Se, no caso dos alimentos, as análises são feitas em laboratório, este novo produto surgirá em forma de kit e poderá ser adquirido por qualquer laboratório que queira perceber a origem de uma doença infeciosa. "Estamos a desenvolver um teste para a deteção de agentes relacionados com infeções respiratórias, nomeadamente pneumonias atípicas e tuberculose. E outro para infeções gastro-intestinais", explica Manuel. Vantagem: enquanto o resultado de um exame rotineiro deste género demora duas semanas, este permitirá saber o resultado em duas horas, permitindo um diagnóstico mais rápido e um tratamento mais eficaz.
A única empresa acreditada em Portugal para fazer estes exames tem também acreditação para o sector clínico e veterinário e para o sector ambiental. No que toca à veterinária, a Biopremier tem também uma carta na manga, pronta a ser lançada em 2013 . Trata-se de um teste de deteção de agentes que causam infeções no animal (os chamados dermatofitos), cujos efeitos são visíveis no pelo ou nas unhas. Em caso de animais de companhia, há risco de contágio para os humanos. Neste sector, a empresa desenvolveu ainda um teste de DNA para deteção de micoplasmas e ureaplasmas (bactérias infeciosas ) nos animais.
"Estamos sempre a adicionar novos testes no mercado. Mas temos que ser rigorosos na escolha, por causa do investimento", adverte. A empresa está agora num processo de internacionalização.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Eles dominam os videojogos e não é só na brincadeira
.
Eles dominam os videojogos e não é só na brincadeira
por Rui Marques Simões
Hoje
Seed Studios. De comando na mão, empresa fez a jogada que faltava à inovação nacional: criou o primeiro jogo português para PlayStation
Quando era mais novo, Bruno Ribeiro dizia aos amigos "um dia vocês vão comprar um jogo de vídeo e ver o meu nome na caixa". E, anos depois, o desejo tornou-se realidade. O seu nome já figura nos créditos de jogos para Nintendo DS, PC, iPhone e iPad - ao lado dos outros entusiastas da área com quem fundou a produtora Seed Studios. E, desde maio do ano passado, todos têm uma honra ainda maior: lançaram Under Siege, o primeiro jogo de Play Station criado em Portugal, que já conquistou fãs por toda a Europa, América e Ásia (excepto Japão) e entrou no top 10 dos mais vendidos das editoras independentes da Play Station (a Sony não revela números oficiais).
Bruno Ribeiro é o fio condutor da história da Seed Studios - que fundou em 2005, na companhia de Filipe Pina e Jeffrey Ferreira - e conta ao DN como tudo nasceu, anos antes, quando estudavam na Universidade de Aveiro. Aí, começaram a "fazer umas brincadeiras", de programação de jogos... que depressa se tornaram sérias, despertando o interesse dos especialistas do ramo.
Em 2004, os jovens programadores foram convidados para participar na produção de um jogo relacionado com a realização do Campeonato da Europa de futebol. "Por vários motivos", esse jogo não chegou a ser comercializado. Mas foi daí que surgiram "as bases e a estrutura" da criação da Seed Studios em 2006.
Seguiram-se avanços e recuos. "Quando arrancámos, quisemos partir logo para um projeto em grande. Mas, depois, percebemos que isso era arriscado para quem não tinha experiência. Repensámos o caminho e começámos por criar um jogo simples", conta Bruno Ribeiro. Foi então que surgiu o Sudoku for Kids (para PC), que logo conseguiram lançar nos Estados Unidos da América, no Canadá e no Médio Oriente, conquistando o respeito do mercado. "A partir daí ganhámos outra imagem, face a outras empresas nacionais. Todos perceberam 'eles não são só um grupo de miúdos, fazem produtos com princípio, meio e fim'", diz o programador.
O protagonismo garantido pelo primeiro jogo deu à Seed Studios o que lhe faltava: contactos com as grandes editoras (Nintendo e Sony) e kits para desenvolvimento de conteúdos para as suas consolas, Nintendo DS e Play Station. E tudo ficou mais fácil.
Em 2008, o coletivo do Porto lançou o seu primeiro jogo para Nintendo DS, o Toy Shop (e tem ainda mais dois na gaveta, Aquactic Tales e uma adaptação do Sudoku for Kids). E, três anos mais tarde (em maio de 2011), chegou ao Olimpo da criação de jogos, com a saída para o mercado de Under Siege, o primeiro jogo português para Play Station.
Esse foi o grande salto em frente da Seed Studios. "Com o Under Siege passámos de seis para 15 pessoas. Foram dois anos e meio de trabalho e mais de um milhão de euros de investimento", narra Bruno Ribeiro, ciente de que tudo isso traz "retorno financeiro e ao nível da imagem da empresa". "De repente, somos uma empresa conhecida em quase todo o lado. Antes, uma editora quase não nos atendia o telefone e agora já sabe quem nós somos. Isto abriu-nos imensas portas para o futuro", explica, sublinhando também o apoio que recebeu da comunidade de jogadores em Portugal.
Agora, o objetivo é "expandir mais um pouco a empresa, tendo sempre mais do que um projeto em carteira". Em breve, serão editados dois "pequenos" jogos para iPhone e iPad. E a Seed Studios também já tem em pré-produção "projetos para Play Station e para outras plataformas que ainda não estão disponíveis no mercado". O mercado "tem potencial para continuar a crescer". E Bruno Ribeiro vai continuar por ali, a cumprir o seu sonho: "Adoro programar e não me imagino a fazer outra coisa."
In DN
Eles dominam os videojogos e não é só na brincadeira
por Rui Marques Simões
Hoje
Seed Studios. De comando na mão, empresa fez a jogada que faltava à inovação nacional: criou o primeiro jogo português para PlayStation
Quando era mais novo, Bruno Ribeiro dizia aos amigos "um dia vocês vão comprar um jogo de vídeo e ver o meu nome na caixa". E, anos depois, o desejo tornou-se realidade. O seu nome já figura nos créditos de jogos para Nintendo DS, PC, iPhone e iPad - ao lado dos outros entusiastas da área com quem fundou a produtora Seed Studios. E, desde maio do ano passado, todos têm uma honra ainda maior: lançaram Under Siege, o primeiro jogo de Play Station criado em Portugal, que já conquistou fãs por toda a Europa, América e Ásia (excepto Japão) e entrou no top 10 dos mais vendidos das editoras independentes da Play Station (a Sony não revela números oficiais).
Bruno Ribeiro é o fio condutor da história da Seed Studios - que fundou em 2005, na companhia de Filipe Pina e Jeffrey Ferreira - e conta ao DN como tudo nasceu, anos antes, quando estudavam na Universidade de Aveiro. Aí, começaram a "fazer umas brincadeiras", de programação de jogos... que depressa se tornaram sérias, despertando o interesse dos especialistas do ramo.
Em 2004, os jovens programadores foram convidados para participar na produção de um jogo relacionado com a realização do Campeonato da Europa de futebol. "Por vários motivos", esse jogo não chegou a ser comercializado. Mas foi daí que surgiram "as bases e a estrutura" da criação da Seed Studios em 2006.
Seguiram-se avanços e recuos. "Quando arrancámos, quisemos partir logo para um projeto em grande. Mas, depois, percebemos que isso era arriscado para quem não tinha experiência. Repensámos o caminho e começámos por criar um jogo simples", conta Bruno Ribeiro. Foi então que surgiu o Sudoku for Kids (para PC), que logo conseguiram lançar nos Estados Unidos da América, no Canadá e no Médio Oriente, conquistando o respeito do mercado. "A partir daí ganhámos outra imagem, face a outras empresas nacionais. Todos perceberam 'eles não são só um grupo de miúdos, fazem produtos com princípio, meio e fim'", diz o programador.
O protagonismo garantido pelo primeiro jogo deu à Seed Studios o que lhe faltava: contactos com as grandes editoras (Nintendo e Sony) e kits para desenvolvimento de conteúdos para as suas consolas, Nintendo DS e Play Station. E tudo ficou mais fácil.
Em 2008, o coletivo do Porto lançou o seu primeiro jogo para Nintendo DS, o Toy Shop (e tem ainda mais dois na gaveta, Aquactic Tales e uma adaptação do Sudoku for Kids). E, três anos mais tarde (em maio de 2011), chegou ao Olimpo da criação de jogos, com a saída para o mercado de Under Siege, o primeiro jogo português para Play Station.
Esse foi o grande salto em frente da Seed Studios. "Com o Under Siege passámos de seis para 15 pessoas. Foram dois anos e meio de trabalho e mais de um milhão de euros de investimento", narra Bruno Ribeiro, ciente de que tudo isso traz "retorno financeiro e ao nível da imagem da empresa". "De repente, somos uma empresa conhecida em quase todo o lado. Antes, uma editora quase não nos atendia o telefone e agora já sabe quem nós somos. Isto abriu-nos imensas portas para o futuro", explica, sublinhando também o apoio que recebeu da comunidade de jogadores em Portugal.
Agora, o objetivo é "expandir mais um pouco a empresa, tendo sempre mais do que um projeto em carteira". Em breve, serão editados dois "pequenos" jogos para iPhone e iPad. E a Seed Studios também já tem em pré-produção "projetos para Play Station e para outras plataformas que ainda não estão disponíveis no mercado". O mercado "tem potencial para continuar a crescer". E Bruno Ribeiro vai continuar por ali, a cumprir o seu sonho: "Adoro programar e não me imagino a fazer outra coisa."
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Com mais ou menos 'amor' continua
.
Com mais ou menos 'amor' continua
por Rui Pedro Antunes
Hoje
Carlos Amaral aposta forte no mercado brasileiroAmazon quis os dicionários da Priberam nos seus Kindle. É esta a empresa que criou o dicionário que trocou o 'amor' pela 'nostalgia'.
Numa conjuntura de crise, foi-se o "amor", ficou a "nostalgia". Aquela que era a palavra mais pesquisada do dicionário online da Priberam passou para segundo lugar em 2011, sendo "nostalgia" o termo mais procurado. Uma eventual descrença no "romantismo" dos utilizadores do dicionário, não afetou a empresa, uma vez que a Priberam não para de crescer. Depois de vingar em Portugal, a empresa quer afirmar-se no Brasil e entrar em Espanha.
O CEO da Priberam, Carlos Amaral, explica que "o dicionário online - que é o mais pesquisado da Internet - é como que uma montra tecnológica para a empresa". Isto porque o dicionário da Priberam na Internet é a face mais visível da empresa, mas a grande atividade passa pela "venda de produtos, como software de correção de texto e auxílio de escrita".
A crise foi para a Priberam "um estímulo para fomentar ainda mais a internacionalização. E é aí que entra o mercado brasileiro. A maior parte dos acessos feitos ao dicionário online tem origem no Brasil, só depois vem Portugal e os Estados Unidos fecham o pódio. Estes dados mostram como os brasileiros olham para a Priberam, o que já levou diversas empresas brasileiras a recorrerem aos serviços da empresa portuguesa. Em 2010, as exportações já representavam 20% das vendas.
"Quando se pesquisa a palavra 'dicionário' em português, no Google, o primeiro resultado que aparece é a Priberam", lembra Carlos Amaral. No entanto, não é por aí que se fica a expressão internacional da Priberam, que foi escolhida pela Amazon para conceber o dicionário de português do seu leitor de livros digitais. "Desde setembro de 2011 que o dicionário do Kindle da Amazon é da responsabilidade da Priberam", explica o CEO da empresa. E acrescenta: "Também desde o Office do Windows XP que os produtos da Microsft, incluindo o Word, têm ferramentas nossas."
Mas a Priberam é muito mais do que isso: "Concebe e desenvolve tecnologias de processamento de linguagem natural, ferramentas de informação jurídica, tecnologias avançadas de pesquisa e sistemas de informação para a saúde."
Um dos principais produtos criados pela Priberam é o FLiP (software que inclui ferramentas de revisão e auxílio à escrita), bastante solicitado numa altura em que a ortografia se encontra em mudança.
Confrontado sobre o novo Acordo Ortográfico, Carlos Amaral considera que a Priberam tem sido "completamente neutra" no processo, admitindo que as mudanças foram uma "oportunidade de negócio".
Desde legendas de filmes e séries até software de edição de texto para jornais, a Priberam tem tido como clientes diversas empresas que tiveram de se atualizar.
A Priberam foi fundada em 1989, mas só em 1996 cria a sua face mais visível: o primeiro dicionário de língua portuguesa online. Motivo do sucesso? "A forma como conseguimos colocar engenheiros informáticos e liguistas a trabalhar em conjunto", explica Carlos Amaral.
A inovação na construção das mais diversas ferramentas já fez que a empresa fosse premiada. A COTEC (Associação Empresarial para a Inovação) atribuiu uma menção honrosa no Prémio Produto Inovação à Priberam pelo NLP (Natural Language Processing) Workbench. A NPL é uma "plataforma de desenvolvimento de tecnologias linguísticas que resultou na criação de inúmeros corretores ortográficos e sintáticos e auxiliares de tradução em diversas línguas".
Embora os utilizadores tenham deixado de dar preferência ao "amor" no dicionário, foram feitos na Priberam 220 milhões de consultas em 2011 e 66 milhões de visitas. Os acessos vieram de 206 países. Continuar a crescer é o "escopo" (terceira palavra mais pesquisada em 2011) da Priberam.
In DN
Com mais ou menos 'amor' continua
por Rui Pedro Antunes
Hoje
Carlos Amaral aposta forte no mercado brasileiroAmazon quis os dicionários da Priberam nos seus Kindle. É esta a empresa que criou o dicionário que trocou o 'amor' pela 'nostalgia'.
Numa conjuntura de crise, foi-se o "amor", ficou a "nostalgia". Aquela que era a palavra mais pesquisada do dicionário online da Priberam passou para segundo lugar em 2011, sendo "nostalgia" o termo mais procurado. Uma eventual descrença no "romantismo" dos utilizadores do dicionário, não afetou a empresa, uma vez que a Priberam não para de crescer. Depois de vingar em Portugal, a empresa quer afirmar-se no Brasil e entrar em Espanha.
O CEO da Priberam, Carlos Amaral, explica que "o dicionário online - que é o mais pesquisado da Internet - é como que uma montra tecnológica para a empresa". Isto porque o dicionário da Priberam na Internet é a face mais visível da empresa, mas a grande atividade passa pela "venda de produtos, como software de correção de texto e auxílio de escrita".
A crise foi para a Priberam "um estímulo para fomentar ainda mais a internacionalização. E é aí que entra o mercado brasileiro. A maior parte dos acessos feitos ao dicionário online tem origem no Brasil, só depois vem Portugal e os Estados Unidos fecham o pódio. Estes dados mostram como os brasileiros olham para a Priberam, o que já levou diversas empresas brasileiras a recorrerem aos serviços da empresa portuguesa. Em 2010, as exportações já representavam 20% das vendas.
"Quando se pesquisa a palavra 'dicionário' em português, no Google, o primeiro resultado que aparece é a Priberam", lembra Carlos Amaral. No entanto, não é por aí que se fica a expressão internacional da Priberam, que foi escolhida pela Amazon para conceber o dicionário de português do seu leitor de livros digitais. "Desde setembro de 2011 que o dicionário do Kindle da Amazon é da responsabilidade da Priberam", explica o CEO da empresa. E acrescenta: "Também desde o Office do Windows XP que os produtos da Microsft, incluindo o Word, têm ferramentas nossas."
Mas a Priberam é muito mais do que isso: "Concebe e desenvolve tecnologias de processamento de linguagem natural, ferramentas de informação jurídica, tecnologias avançadas de pesquisa e sistemas de informação para a saúde."
Um dos principais produtos criados pela Priberam é o FLiP (software que inclui ferramentas de revisão e auxílio à escrita), bastante solicitado numa altura em que a ortografia se encontra em mudança.
Confrontado sobre o novo Acordo Ortográfico, Carlos Amaral considera que a Priberam tem sido "completamente neutra" no processo, admitindo que as mudanças foram uma "oportunidade de negócio".
Desde legendas de filmes e séries até software de edição de texto para jornais, a Priberam tem tido como clientes diversas empresas que tiveram de se atualizar.
A Priberam foi fundada em 1989, mas só em 1996 cria a sua face mais visível: o primeiro dicionário de língua portuguesa online. Motivo do sucesso? "A forma como conseguimos colocar engenheiros informáticos e liguistas a trabalhar em conjunto", explica Carlos Amaral.
A inovação na construção das mais diversas ferramentas já fez que a empresa fosse premiada. A COTEC (Associação Empresarial para a Inovação) atribuiu uma menção honrosa no Prémio Produto Inovação à Priberam pelo NLP (Natural Language Processing) Workbench. A NPL é uma "plataforma de desenvolvimento de tecnologias linguísticas que resultou na criação de inúmeros corretores ortográficos e sintáticos e auxiliares de tradução em diversas línguas".
Embora os utilizadores tenham deixado de dar preferência ao "amor" no dicionário, foram feitos na Priberam 220 milhões de consultas em 2011 e 66 milhões de visitas. Os acessos vieram de 206 países. Continuar a crescer é o "escopo" (terceira palavra mais pesquisada em 2011) da Priberam.
In DN
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Aqui sonha-se com um novo remédio contra o cancro
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Aqui sonha-se com um novo remédio contra o cancro
por Rui Marques Simões
Hoje
Farmacêutica de Coimbra apostou forte no mercado dos genéricos e exporta 70% do que produz. Mas também quer fazer história pelo seu trabalho na investigação
É um exemplo de empreendedorismo, inovação e ambição. Nasceu em Coimbra, da vontade de quatro profissionais da área da saúde. Aposta na investigação, exporta 70% do que produz e quer chegar mais além. O sonho é criar um novo medicamento contra o cancro. Conheça a Bluepharma.
Paulo Barradas Rebelo tinha um avô médico e outro farmacêutico e vivia indeciso entre qual das profissões seguir. Até que, aos 14 anos, teve um acidente de moto e entrou "pela primeira vez" num hospital. "Aí decidi que ia para Farmácia", conta ao DN. E essa decisão marcou-lhe a vida. Tornou-se farmacêutico. Foi numa farmácia - a Estádio, em Coimbra - que se reuniu com Maria Isolina Mesquita, Miguel Silvestre e Sérgio Simões, para formar a Bluepharma. E, hoje, aos 46 anos, é o CEO (presidente executivo) de uma empresa que não tem parado de evoluir.
A farmacêutica conimbricense nasceu em 2001, quando os quatro sócios não se conformaram com o encerramento da delegação da Bayer em Coimbra e decidiram aproveitar as instalações para lançar o seu projeto pessoal. "Esta era uma base tecnológica, tínhamos a ciência próxima de nós (na Universidade de Coimbra) e tínhamos as pessoas. Por isso, com esse enquadramento, tínhamos mesmo de avançar", recorda Paulo Barradas Rebelo.
Assim fizeram. E rapidamente criaram uma empresa "de referência em três vetores: produção de medicamentos para outras companhias, produção e comercialização de medicamentos genéricos próprios e prestação de serviços na área de investigação, desenvolvimento e registo de novos medicamentos", descreve o CEO.
Os genéricos foram o porta-estandarte da evolução do projeto, na década que se seguiu. "Há 10 anos, conseguimos antever a sua importância no mercado. A Bluepharma, tal como as outras, é uma fábrica multimarca: produz o mesmo comprimido e embala-o em caixinhas diferentes, criando genéricos para a sua própria marca e para outras", explica Paulo Barradas Rebelo.
É esse trabalho que dá "notoriedade" à empresa e lhe permite crescer no estrangeiro. "Praticamente todos os laboratórios que operam na área dos medicamentos genéricos na Europa são nossos clientes", revela o dirigente (quem também tem alguns produtos de marca própria espalhados pelo Velho Continente). Hoje, a Bluepharma está presente em 22 países, mas já prepara relações comerciais com outros destinos, como China, Rússia, México, EUA, Austrália ou Vietname. "Para comercializar um medicamento, temos de passar pelo crivo das autoridades. Isso é algo que pode levar dois ou três anos. Mas acho que já podemos dizer que chegámos aos quatro cantos do mundo", aponta Paulo Barradas Rebelo.
De resto, a empresa já nasceu "virada para fora, com um nome anglo-saxónico e de alcance global". E o presidente quer que a Bluepharma seja conhecida como uma marca "multinacional e inovadora". Para essa notoriedade, muito contribuirá a investigação. No último Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional, a empresa de Coimbra surgia como a terceiro farmacêutica que mais investe em investiga- ção e desenvolvimento (cerca de 10% da sua faturação anual).
"Através dos genéricos, queremos chegar aos medicamentos inovadores", diz Paulo Barradas Rebelo. Por isso, além da investigação intramuros, a Bluepharma trabalha em parceria com três spin-offs universitárias - a lisboeta Technophage e as conimbricenses Luzitin e Treat U - em busca de um sonho: "Temos a ambição de poder contribuir para a criação de um novo medicamento, nomeadamente na área do cancro. É um objetivo que seguimos." E é isso que faz mover a farmacêutica coimbrã.
In DN
Aqui sonha-se com um novo remédio contra o cancro
por Rui Marques Simões
Hoje
Farmacêutica de Coimbra apostou forte no mercado dos genéricos e exporta 70% do que produz. Mas também quer fazer história pelo seu trabalho na investigação
É um exemplo de empreendedorismo, inovação e ambição. Nasceu em Coimbra, da vontade de quatro profissionais da área da saúde. Aposta na investigação, exporta 70% do que produz e quer chegar mais além. O sonho é criar um novo medicamento contra o cancro. Conheça a Bluepharma.
Paulo Barradas Rebelo tinha um avô médico e outro farmacêutico e vivia indeciso entre qual das profissões seguir. Até que, aos 14 anos, teve um acidente de moto e entrou "pela primeira vez" num hospital. "Aí decidi que ia para Farmácia", conta ao DN. E essa decisão marcou-lhe a vida. Tornou-se farmacêutico. Foi numa farmácia - a Estádio, em Coimbra - que se reuniu com Maria Isolina Mesquita, Miguel Silvestre e Sérgio Simões, para formar a Bluepharma. E, hoje, aos 46 anos, é o CEO (presidente executivo) de uma empresa que não tem parado de evoluir.
A farmacêutica conimbricense nasceu em 2001, quando os quatro sócios não se conformaram com o encerramento da delegação da Bayer em Coimbra e decidiram aproveitar as instalações para lançar o seu projeto pessoal. "Esta era uma base tecnológica, tínhamos a ciência próxima de nós (na Universidade de Coimbra) e tínhamos as pessoas. Por isso, com esse enquadramento, tínhamos mesmo de avançar", recorda Paulo Barradas Rebelo.
Assim fizeram. E rapidamente criaram uma empresa "de referência em três vetores: produção de medicamentos para outras companhias, produção e comercialização de medicamentos genéricos próprios e prestação de serviços na área de investigação, desenvolvimento e registo de novos medicamentos", descreve o CEO.
Os genéricos foram o porta-estandarte da evolução do projeto, na década que se seguiu. "Há 10 anos, conseguimos antever a sua importância no mercado. A Bluepharma, tal como as outras, é uma fábrica multimarca: produz o mesmo comprimido e embala-o em caixinhas diferentes, criando genéricos para a sua própria marca e para outras", explica Paulo Barradas Rebelo.
É esse trabalho que dá "notoriedade" à empresa e lhe permite crescer no estrangeiro. "Praticamente todos os laboratórios que operam na área dos medicamentos genéricos na Europa são nossos clientes", revela o dirigente (quem também tem alguns produtos de marca própria espalhados pelo Velho Continente). Hoje, a Bluepharma está presente em 22 países, mas já prepara relações comerciais com outros destinos, como China, Rússia, México, EUA, Austrália ou Vietname. "Para comercializar um medicamento, temos de passar pelo crivo das autoridades. Isso é algo que pode levar dois ou três anos. Mas acho que já podemos dizer que chegámos aos quatro cantos do mundo", aponta Paulo Barradas Rebelo.
De resto, a empresa já nasceu "virada para fora, com um nome anglo-saxónico e de alcance global". E o presidente quer que a Bluepharma seja conhecida como uma marca "multinacional e inovadora". Para essa notoriedade, muito contribuirá a investigação. No último Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional, a empresa de Coimbra surgia como a terceiro farmacêutica que mais investe em investiga- ção e desenvolvimento (cerca de 10% da sua faturação anual).
"Através dos genéricos, queremos chegar aos medicamentos inovadores", diz Paulo Barradas Rebelo. Por isso, além da investigação intramuros, a Bluepharma trabalha em parceria com três spin-offs universitárias - a lisboeta Technophage e as conimbricenses Luzitin e Treat U - em busca de um sonho: "Temos a ambição de poder contribuir para a criação de um novo medicamento, nomeadamente na área do cancro. É um objetivo que seguimos." E é isso que faz mover a farmacêutica coimbrã.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
"As nossas máquinas também permitem levantar dinheiro"
.
"As nossas máquinas também permitem levantar dinheiro"
por Marina Marques
Hoje
SIBS não é propriamente um nome familiar para a maioria das pessoas, mas tem uma marca que faz parte do dia a dia dos portugueses: o multibanco
Criada em setembro de 1983 para promover a cooperação interbancária em Portugal, a SIBS tem-se notabilizado pelo desenvolvimento de serviços inovadores no sistema eletrónico de pagamentos. E a oferta é tal que Vítor Bento, líder da SIBS desde 2000, não resiste a dizer: "As nossas máquinas também permitem levantar dinheiro."
O sistema em que assenta a rede já foi considerado o mais funcional da Europa, em 2006, por uma associação britânica e o serviço de renovação da licença de caça na rede multibanco foi eleito como o Melhor Serviço Administrativo Financeiro Europeu Online, em 2009.
A segurança é um fator fundamental na sua atividade e possui um histórico de fraudes sete vezes inferior à média europeia. No entanto, Vítor Bento, líder da SIBS desde 2000, vê estas conquistas como um desafio constante. "Um dos grandes riscos das empresas de sucesso é acomodarem-se e isso é o princípio do declínio. Por isso, temos de manter a humildade suficiente para estarmos sempre dispostos a pôr-nos em causa." Mais, defende o gestor, "todo o nosso sucesso é passado e nós temos é de disputar o futuro". Sobre a segurança, reconhece que "é um verdadeiro jogo do gato e do rato e nós pretendemos estar sempre à frente do rato".
Com uma posição consolidada no mercado nacional, a SIBS está já a trilhar o caminho da internacionalização. "Mas é difícil entrar em mercados onde já existem redes bancárias implantadas. É mais fácil replicar a rede tal como existe em Portugal em países onde se está a começar a implantar redes", afirma, dando Angola e Moçambique como exemplos. De qualquer forma, a SIBS está presente na Polónia, onde gere a rede do Millenium bcp, na Grécia e na Roménia.
"Temos a perfeita consciência de que uma aposta na internacionalização leva tempo e, por outro lado, o período que vivemos não é fácil", refere Vítor Bento sobre esta linha estratégica de desenvolvimento da empresa. "Nesta altura, a marca Portugal não tem a vantagem que seria desejável noutras circunstâncias e, portanto, acaba por ser um obstáculo adicional a ter que ser superado", especifica sobre o momento que o País atravessa e que faz da nacionalidade da empresa uma desvantagem. "Quando conseguimos que nos abram a porta e nos deixem demonstrar as nossas capacidades, em geral, toda a gente fica muito bem impressionada", adianta.
Para além do crescimento além-fronteiras, "internamente também percebemos que há oportunidades de crescer fora da área bancária", diz Vítor Bento, indicando o caminho: "Podemos ser um parceiro muito útil no aumento da eficiência e da eficácia do Estado." "Da mesma forma que ajudámos os bancos a serem mais eficientes - os bancos conseguiram reduzir muito os custos e aumentar a eficiência graças ao serviço que proporcionamos -, acreditamos que podemos ser um parceiro importante para o Estado nessa matéria, pelo desenvolvimento de serviços eletrónicos", reforça. E exemplifica: "A SIBS Processos, uma das empresas do grupo, é especialista em outsourcing e na otimização de processos, uma coisa de que o Estado precisa muito."
In DN
"As nossas máquinas também permitem levantar dinheiro"
por Marina Marques
Hoje
SIBS não é propriamente um nome familiar para a maioria das pessoas, mas tem uma marca que faz parte do dia a dia dos portugueses: o multibanco
Criada em setembro de 1983 para promover a cooperação interbancária em Portugal, a SIBS tem-se notabilizado pelo desenvolvimento de serviços inovadores no sistema eletrónico de pagamentos. E a oferta é tal que Vítor Bento, líder da SIBS desde 2000, não resiste a dizer: "As nossas máquinas também permitem levantar dinheiro."
O sistema em que assenta a rede já foi considerado o mais funcional da Europa, em 2006, por uma associação britânica e o serviço de renovação da licença de caça na rede multibanco foi eleito como o Melhor Serviço Administrativo Financeiro Europeu Online, em 2009.
A segurança é um fator fundamental na sua atividade e possui um histórico de fraudes sete vezes inferior à média europeia. No entanto, Vítor Bento, líder da SIBS desde 2000, vê estas conquistas como um desafio constante. "Um dos grandes riscos das empresas de sucesso é acomodarem-se e isso é o princípio do declínio. Por isso, temos de manter a humildade suficiente para estarmos sempre dispostos a pôr-nos em causa." Mais, defende o gestor, "todo o nosso sucesso é passado e nós temos é de disputar o futuro". Sobre a segurança, reconhece que "é um verdadeiro jogo do gato e do rato e nós pretendemos estar sempre à frente do rato".
Com uma posição consolidada no mercado nacional, a SIBS está já a trilhar o caminho da internacionalização. "Mas é difícil entrar em mercados onde já existem redes bancárias implantadas. É mais fácil replicar a rede tal como existe em Portugal em países onde se está a começar a implantar redes", afirma, dando Angola e Moçambique como exemplos. De qualquer forma, a SIBS está presente na Polónia, onde gere a rede do Millenium bcp, na Grécia e na Roménia.
"Temos a perfeita consciência de que uma aposta na internacionalização leva tempo e, por outro lado, o período que vivemos não é fácil", refere Vítor Bento sobre esta linha estratégica de desenvolvimento da empresa. "Nesta altura, a marca Portugal não tem a vantagem que seria desejável noutras circunstâncias e, portanto, acaba por ser um obstáculo adicional a ter que ser superado", especifica sobre o momento que o País atravessa e que faz da nacionalidade da empresa uma desvantagem. "Quando conseguimos que nos abram a porta e nos deixem demonstrar as nossas capacidades, em geral, toda a gente fica muito bem impressionada", adianta.
Para além do crescimento além-fronteiras, "internamente também percebemos que há oportunidades de crescer fora da área bancária", diz Vítor Bento, indicando o caminho: "Podemos ser um parceiro muito útil no aumento da eficiência e da eficácia do Estado." "Da mesma forma que ajudámos os bancos a serem mais eficientes - os bancos conseguiram reduzir muito os custos e aumentar a eficiência graças ao serviço que proporcionamos -, acreditamos que podemos ser um parceiro importante para o Estado nessa matéria, pelo desenvolvimento de serviços eletrónicos", reforça. E exemplifica: "A SIBS Processos, uma das empresas do grupo, é especialista em outsourcing e na otimização de processos, uma coisa de que o Estado precisa muito."
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
A matéria-prima estava à mão, o resto foi imaginação
.
[size=150]A matéria-prima estava à mão, o resto foi imaginação[/size]
por LINA SANTOS
Hoje
Conhecidos pelos trens de cozinha que toda a menina prendada levava no enxoval, na Silampos descobriram outros usos para o aço inoxidável: um grelhador para fazer churrascos
Na Silampos são os primeiros a admitir: a "notoriedade da marca" é um ponto forte para esta empresa sedeada no concelho de Oliveira de Azeméis. Mas quem os associa apenas a trens de cozinha está a passar ao lado das inovações que estão a pôr no mercado, voltadas para o jardim e para o mobiliário urbano.
Ao longo dos seus 60 anos de vida, a Silampos já tinha feito abordagens a produtos de campismo. "Esta deriva para o garden [jardim] não é, pois, algo que já não tenha acontecido antes, coexistindo aliás com a abordagem a novas áreas de negócio, como é o caso do mobiliário urbano", nota Filipa Campos, diretora de Marketing da empresa. Trata-se afinal de alargar o portefólio de negócios, "aproveitando o know-how e tecnologia próprios, mas também sinergias/parcerias decorrentes do core business". E assim os grelhadores a gás vieram juntar-se à louça de alumínio com que começaram, às panelas de pressão e à louça para cozinhar em aço inoxidável.
Foi precisamente "a proximidade tecnológica da matéria-prima básica, o aço inoxidável, uma das razões da opção pelos produtos garden", afirma Filipa Campos. A opção foi tomada em 2008. "Não foi preciso um grande esforço de adaptação", acrescenta. "Contudo, foram necessários alguns reajustes na fábrica, com a subcontratação externa de algumas operações e autonomização do fabrico." Criaram uma célula de fabrico para estes objectos, "que contrasta com o fabrico em linha característico da produção de louça metálica".
Há dois anos lançaram-se na comercialização de cinzeiros, papeleiras e marcos destinados a espaços muito frequentados (públicos ou semipúblicos). As ideias saem da fábrica, os produtos são feitos fora, a promoção e marketing é da Silampos.
Sejam produtos simples ou complexos, na Silampos defendem a colaboração com "entidades externas" à empresa. Designers, chefs de cozinha, centros de investigação ou outras empresas parceiras, de fornecedores a clientes, refere Filipa Campos. Foi graças a essas colaborações que nasceram as panelas pequenas, unidose, que vão à mesa em restaurantes. Ou que se cruzaram com as ideias do cozinheiro Vítor Sobral. O resto é "vigilância ativa do mercado".
Detentores desde 2000 de uma empresa de distribuição no Reino Unido, a Silam- pos UK, a empresa renovou "quase totalmente o parque de máquinas e os sistemas de informação". Há atualizações, mas o grande esforço, afiança Filipa Campos, é "a qualidade, desenvolvimento de produto, promoção e, mais recentemente, o ambiente". A formação dos 180 colaboradores também tem sido uma aposta, garante Filipa Campos.
O caminho da Silampos e do design cruzam-se a sério quando, nos anos 80, a Dinamarca se recusou a importar panelas anunciadas pela dupla Carochinha e João Ratão, tão popular em Portugal e tão bizarra no Norte da Europa. Contrataram profissionais que ao mesmo tempo que mudavam a imagem da marca desenvolviam objetos. "Os novos produtos tornaram a empresa ainda mais competitiva na medida em que aliava estética, funcionalidade e respondiam às necessidades das pessoas com soluções inovadores que tornam o dia a dia mais fácil", avalia a diretora de Marketing, terceira geração da família Campos a tomar conta da empresa.
A aposta tem sido consistente desde então, diz Filipa Campos: "Continua a haver uma forte preocupação com a imagem da marca, que se reflete não só a nível estético mas também ao nível dos serviços prestados, na prática de responsabilidade social interna (colaboradores) e externa (comunidade) e no bom relacionamento com clientes, fornecedores e parceiros."
In DN
[size=150]A matéria-prima estava à mão, o resto foi imaginação[/size]
por LINA SANTOS
Hoje
Conhecidos pelos trens de cozinha que toda a menina prendada levava no enxoval, na Silampos descobriram outros usos para o aço inoxidável: um grelhador para fazer churrascos
Na Silampos são os primeiros a admitir: a "notoriedade da marca" é um ponto forte para esta empresa sedeada no concelho de Oliveira de Azeméis. Mas quem os associa apenas a trens de cozinha está a passar ao lado das inovações que estão a pôr no mercado, voltadas para o jardim e para o mobiliário urbano.
Ao longo dos seus 60 anos de vida, a Silampos já tinha feito abordagens a produtos de campismo. "Esta deriva para o garden [jardim] não é, pois, algo que já não tenha acontecido antes, coexistindo aliás com a abordagem a novas áreas de negócio, como é o caso do mobiliário urbano", nota Filipa Campos, diretora de Marketing da empresa. Trata-se afinal de alargar o portefólio de negócios, "aproveitando o know-how e tecnologia próprios, mas também sinergias/parcerias decorrentes do core business". E assim os grelhadores a gás vieram juntar-se à louça de alumínio com que começaram, às panelas de pressão e à louça para cozinhar em aço inoxidável.
Foi precisamente "a proximidade tecnológica da matéria-prima básica, o aço inoxidável, uma das razões da opção pelos produtos garden", afirma Filipa Campos. A opção foi tomada em 2008. "Não foi preciso um grande esforço de adaptação", acrescenta. "Contudo, foram necessários alguns reajustes na fábrica, com a subcontratação externa de algumas operações e autonomização do fabrico." Criaram uma célula de fabrico para estes objectos, "que contrasta com o fabrico em linha característico da produção de louça metálica".
Há dois anos lançaram-se na comercialização de cinzeiros, papeleiras e marcos destinados a espaços muito frequentados (públicos ou semipúblicos). As ideias saem da fábrica, os produtos são feitos fora, a promoção e marketing é da Silampos.
Sejam produtos simples ou complexos, na Silampos defendem a colaboração com "entidades externas" à empresa. Designers, chefs de cozinha, centros de investigação ou outras empresas parceiras, de fornecedores a clientes, refere Filipa Campos. Foi graças a essas colaborações que nasceram as panelas pequenas, unidose, que vão à mesa em restaurantes. Ou que se cruzaram com as ideias do cozinheiro Vítor Sobral. O resto é "vigilância ativa do mercado".
Detentores desde 2000 de uma empresa de distribuição no Reino Unido, a Silam- pos UK, a empresa renovou "quase totalmente o parque de máquinas e os sistemas de informação". Há atualizações, mas o grande esforço, afiança Filipa Campos, é "a qualidade, desenvolvimento de produto, promoção e, mais recentemente, o ambiente". A formação dos 180 colaboradores também tem sido uma aposta, garante Filipa Campos.
O caminho da Silampos e do design cruzam-se a sério quando, nos anos 80, a Dinamarca se recusou a importar panelas anunciadas pela dupla Carochinha e João Ratão, tão popular em Portugal e tão bizarra no Norte da Europa. Contrataram profissionais que ao mesmo tempo que mudavam a imagem da marca desenvolviam objetos. "Os novos produtos tornaram a empresa ainda mais competitiva na medida em que aliava estética, funcionalidade e respondiam às necessidades das pessoas com soluções inovadores que tornam o dia a dia mais fácil", avalia a diretora de Marketing, terceira geração da família Campos a tomar conta da empresa.
A aposta tem sido consistente desde então, diz Filipa Campos: "Continua a haver uma forte preocupação com a imagem da marca, que se reflete não só a nível estético mas também ao nível dos serviços prestados, na prática de responsabilidade social interna (colaboradores) e externa (comunidade) e no bom relacionamento com clientes, fornecedores e parceiros."
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Diferenciação no mercado é feita pelo processo criativo
.
Diferenciação no mercado é feita pelo processo criativo
por ILÍDIA PINTO
Hoje
'Designer' Ricardo Magalhães, da Boca do Lobo, é um bom exemploNos últimos sete anos, o número de concessões de 'design' em Portugal passou de 293 para 1776, traduzindo o salto qualitativo que as empresas deram ao nível dos fatores que garantem a diferenciação dos produtos num mundo cada vez mais globalizado.
Depois da Inovação, cujas histórias de sucesso foram apresentadas ao longo do mês de janeiro, é a vez de o DN se dedicar, durante este mês, a analisar o 'design' em Portugal nos sectores e nas empresas
O design e a inovação tornaram-se, nos últimos anos, não só temas recorrentes no discurso político e de motivação económica mas também parte do dia a dia das empresas, conscientes de que estes constituem elementos fulcrais do seu sucesso. Os chamados fatores imateriais de competitividade ditam grande parte da capacidade de se afirmarem nos mercados internacionais, em que a diferenciação se faz, necessariamente, através do processo criativo e não mais pelo fator preço. Como salienta Beatriz Vidal, vice-presidente do Centro Português de Design, é através desta disciplina que se interpretam "tendências de estilos de vida, alterações de consumo, perfis de consumidores, necessidades, vontades e capacidades".
São cerca de 1300 os designers que todos os anos se formam em Portugal, nas diferentes áreas da disciplina. "Temos um ensino superior de Design de enorme qualidade, e cada vez mais profissionais premiados a nível internacional", refere Beatriz Vidal, salientando, no entanto, que "são poucos os que conseguem viver unicamente da sua profissão".
E se é verdade que muito falta fazer, grande são as conquistas obtidas. Entre 2004 e 2010, o número de concessões de design em Portugal passou de 293 para 1776. O que não significa que seja generalizada "a boa e correta utilização do design". Diz Beatriz Vidal que continuam a existir "equívocos" em relação à disciplina, à forma como deve ser integrada e gerida, "para que não se limite a sua intervenção esporádica aos aspetos formais". E acrescenta: "Este é um importante passo que tem de ser dado para que o design possa realmente ser uma resposta integrada num processo."
E "praticamente em todos os sectores" há empresas que reconheceram o valor da disciplina e a foram "integrando com sucesso", havendo, inclusive, empresas de diversos segmentos premiadas nos DME Awards - Design Management Europe, conhecidos como os óscares desta área. Mas não é menos verdade que "há sectores, como o calçado, que, pela forma como se têm organizado e desenvolvido e pelas experiências e leituras que fizeram dos mercados e da concorrência, perceberam que o design era absolutamente crítico para a sua sobrevivência e crescimento", salienta, ainda, a responsável do Centro Português de Design.
E os números do calçado não deixam margem para dúvidas: nos últimos oito anos, o sector registou 250 novas marcas, 30 patentes e dois mil produtos. A prova de que a indústria está a "investir, como nunca, em promoção comercial externa, marketing e design, os chamados fatores imateriais de competitividade, e que é o único caminho possível para que as empresas possam ser cada vez mais diferenciadoras e mais competitivas no mercado global", refere o porta-voz da associação do calçado, a APICCAPS.
Paulo Gonçalves salienta que a própria comunicação da APICCAPS tem subjacente o design já que assenta na marca Portuguese Shoes - Designed by the Future, uma evolução face à década de 80 em que a "imagem institucional traduzia a opção estratégica do sector pela qualidade, sob a marca Portugal Quality Shoes".
A aposta das empresas de calçado nesta área é tão importante que todos os anos "os cerca de 60 jovens designers que saem do Centro de Formação do Calçado e da Escola Profissional de Felgueiras são absorvidos pela indústria muito antes da conclusão do curso", assegura Paulo Gonçalves. Portugal é o 11.º maior exportador mundial de calçado, com uma quota de 2%, correspondente a mais de 1,2 mil milhões de euros. Exporta mais de 95% da produção para 132 países.
Sendo a inovação e a competitividade "fatores críticos para o desenvolvimento de qualquer economia", Beatriz Vidal salienta que o design tem um papel "fundamental e estratégico" no aumento das exportações. Não admira, por isso, que a região norte tenha, por si só, concentrado 41,2% dos pedidos de design (de desenhos ou modelos) em 2010.
A indústria de mobiliário foi responsável, nesse ano, por 15% dos pedidos de registo, enquanto o vestuário assegurou 10%.
Raras são as empresas exportadoras que hoje não contam com um ou mais 'designers' nos seus quadros para o desenvolvimento dos seus produtos. A diferenciação é condição fundamental para a competitividade de indústrias como o calçado, o mobiliário ou o têxtil e vestuário, altamente sujeitos à concorrências dos artigos de preço baixo oriundos da China e dos países do Oriente.
In DN
Diferenciação no mercado é feita pelo processo criativo
por ILÍDIA PINTO
Hoje
'Designer' Ricardo Magalhães, da Boca do Lobo, é um bom exemploNos últimos sete anos, o número de concessões de 'design' em Portugal passou de 293 para 1776, traduzindo o salto qualitativo que as empresas deram ao nível dos fatores que garantem a diferenciação dos produtos num mundo cada vez mais globalizado.
Depois da Inovação, cujas histórias de sucesso foram apresentadas ao longo do mês de janeiro, é a vez de o DN se dedicar, durante este mês, a analisar o 'design' em Portugal nos sectores e nas empresas
O design e a inovação tornaram-se, nos últimos anos, não só temas recorrentes no discurso político e de motivação económica mas também parte do dia a dia das empresas, conscientes de que estes constituem elementos fulcrais do seu sucesso. Os chamados fatores imateriais de competitividade ditam grande parte da capacidade de se afirmarem nos mercados internacionais, em que a diferenciação se faz, necessariamente, através do processo criativo e não mais pelo fator preço. Como salienta Beatriz Vidal, vice-presidente do Centro Português de Design, é através desta disciplina que se interpretam "tendências de estilos de vida, alterações de consumo, perfis de consumidores, necessidades, vontades e capacidades".
São cerca de 1300 os designers que todos os anos se formam em Portugal, nas diferentes áreas da disciplina. "Temos um ensino superior de Design de enorme qualidade, e cada vez mais profissionais premiados a nível internacional", refere Beatriz Vidal, salientando, no entanto, que "são poucos os que conseguem viver unicamente da sua profissão".
E se é verdade que muito falta fazer, grande são as conquistas obtidas. Entre 2004 e 2010, o número de concessões de design em Portugal passou de 293 para 1776. O que não significa que seja generalizada "a boa e correta utilização do design". Diz Beatriz Vidal que continuam a existir "equívocos" em relação à disciplina, à forma como deve ser integrada e gerida, "para que não se limite a sua intervenção esporádica aos aspetos formais". E acrescenta: "Este é um importante passo que tem de ser dado para que o design possa realmente ser uma resposta integrada num processo."
E "praticamente em todos os sectores" há empresas que reconheceram o valor da disciplina e a foram "integrando com sucesso", havendo, inclusive, empresas de diversos segmentos premiadas nos DME Awards - Design Management Europe, conhecidos como os óscares desta área. Mas não é menos verdade que "há sectores, como o calçado, que, pela forma como se têm organizado e desenvolvido e pelas experiências e leituras que fizeram dos mercados e da concorrência, perceberam que o design era absolutamente crítico para a sua sobrevivência e crescimento", salienta, ainda, a responsável do Centro Português de Design.
E os números do calçado não deixam margem para dúvidas: nos últimos oito anos, o sector registou 250 novas marcas, 30 patentes e dois mil produtos. A prova de que a indústria está a "investir, como nunca, em promoção comercial externa, marketing e design, os chamados fatores imateriais de competitividade, e que é o único caminho possível para que as empresas possam ser cada vez mais diferenciadoras e mais competitivas no mercado global", refere o porta-voz da associação do calçado, a APICCAPS.
Paulo Gonçalves salienta que a própria comunicação da APICCAPS tem subjacente o design já que assenta na marca Portuguese Shoes - Designed by the Future, uma evolução face à década de 80 em que a "imagem institucional traduzia a opção estratégica do sector pela qualidade, sob a marca Portugal Quality Shoes".
A aposta das empresas de calçado nesta área é tão importante que todos os anos "os cerca de 60 jovens designers que saem do Centro de Formação do Calçado e da Escola Profissional de Felgueiras são absorvidos pela indústria muito antes da conclusão do curso", assegura Paulo Gonçalves. Portugal é o 11.º maior exportador mundial de calçado, com uma quota de 2%, correspondente a mais de 1,2 mil milhões de euros. Exporta mais de 95% da produção para 132 países.
Sendo a inovação e a competitividade "fatores críticos para o desenvolvimento de qualquer economia", Beatriz Vidal salienta que o design tem um papel "fundamental e estratégico" no aumento das exportações. Não admira, por isso, que a região norte tenha, por si só, concentrado 41,2% dos pedidos de design (de desenhos ou modelos) em 2010.
A indústria de mobiliário foi responsável, nesse ano, por 15% dos pedidos de registo, enquanto o vestuário assegurou 10%.
Raras são as empresas exportadoras que hoje não contam com um ou mais 'designers' nos seus quadros para o desenvolvimento dos seus produtos. A diferenciação é condição fundamental para a competitividade de indústrias como o calçado, o mobiliário ou o têxtil e vestuário, altamente sujeitos à concorrências dos artigos de preço baixo oriundos da China e dos países do Oriente.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
'Designers' que reinventaram o uso da cortiça
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'Designers' que reinventaram o uso da cortiça
por JOÃO RUELA
Hoje
Da casa de banho à sala de jantar, as criações da Simple Forms Design marcam pelo visual arrojado e pelo material de valor singular.
Portugal é responsável por mais de 50% da produção mundial de cortiça, matéria-prima que representa 3% das exportações nacionais. Proveniente da casca do sobreiro, a cortiça é, tradicionalmente, utilizada sobretudo para o fabrico de rolhas ou como material de isolamento. Atualmente, ao entrar numa casa de banho, por exemplo, já é possível lavar as mãos num lavatório de cortiça, iluminado pela luz de um candeeiro feito do mesmo material.
Foi a partir da ideia de combinar o método artesanal com a mais avançada tecnologia e com um visual inovador que os designers Alzira Peixoto e Carlos Mendonça criaram, em 2004, a Simple Forms Design. A cortiça está na base da maioria das criações desta empresa sediada no Porto, que recorre a empresas nacionais para a sua própria produção, mas que foi desenvolvida para o mercado de exportação.
"A cortiça é como uma imagem de marca para Portugal, mas somos o País onde mais se desvaloriza a cortiça. Cá, quando falam em cortiça pensam em rolhas, mas este é um material nobre", começou por explicar Carlos Mendonça. "No mercado, não encontra mais nenhuma peça ou material como o nosso. Se gosta, gosta; se quer, compra; e se compra terá de ser o da Simple Forms Design, porque não há igual em lado nenhum", acrescenta Alzira Peixoto.
É graças à coleção "Cork", lançada em 2004, que Carlos e Alzira são hoje conhecidos como os "designers da cortiça". Esta coleção, composta por objetos de cortiça para casas de banho, é composta por lavatórios, saboneteiras, taças e tapetes, e valeu à Simple Forms Design a distinção com o prémio Red Dot Design Award, em 2008. "Um prémio Red Dot é, basicamente, um certificado de qualidade no mercado de design", explica Alzira Peixoto. "Hoje, fala-se muito da cortiça em Portugal, mas em 2004 já andávamos nós a apresentar peças e a perceber o fantástico que é trabalhar este material", sublinha Carlos Mendonça.
Os lavatórios de cortiça são, talvez, a criação mais arrojada dos dois designers. "Acho muita piada quando nos perguntam se podem ficar coisas espetadas na cortiça. Claro que podem, mas se bater com um martelo num lavatório de vidro aquilo parte. Neste, de cortiça, pode bater à vontade", frisou Alzira Peixoto. "É um material novo, é normal que achem estranho. Só acho incrível como se trabalhou durante tantos anos tão mal a cortiça", completou Carlos Mendonça, antes de acrescentar mais um dos propósitos da Simple Forms: "Vocacionar a cortiça para a questão estética, e não só técnica."
Casas e ninhos de pássaros, candeeiros, tapetes e peças de imobiliário são outras das criações da Simple Forms Design, que também procura combinar materiais que, à primeira vista, sugerem ser opostos. Veja-se o exemplo da coleção de mesa "Porcelain", em que a porcelana está totalmente envolvida por cortiça. "Compramos a melhor matéria-prima e fazemos um jantar gourmet com os melhores ingredientes", ilustrou Carlos Mendonça.
A crise económica na Europa condiciona, naturalmente, a Simple Forms Design, que tinha neste continente o mercado por excelência. Esta empresa portuguesa de sucesso reconhecido internacionalmente aposta agora nos mercados emergentes, sobretudo na Ásia. "Há mercado, mas é preciso encontrar novos tipos de abordagem. Portugal? Não há mercado para isto", lamentou Carlos Mendonça. Tendo como fator diferenciador a exclusividade das peças, a Simple Forms, curiosamente, acaba por sair prejudicada pela falta de concorrência, nomeadamente portuguesa. "Não ganhamos mais por estarmos sozinhos nas feiras internacionais", refere Alzira Peixoto. "As pessoas não vão pensar 'vamos comprar as estes porque são os únicos portugueses'", concluiu.
In DN
'Designers' que reinventaram o uso da cortiça
por JOÃO RUELA
Hoje
Da casa de banho à sala de jantar, as criações da Simple Forms Design marcam pelo visual arrojado e pelo material de valor singular.
Portugal é responsável por mais de 50% da produção mundial de cortiça, matéria-prima que representa 3% das exportações nacionais. Proveniente da casca do sobreiro, a cortiça é, tradicionalmente, utilizada sobretudo para o fabrico de rolhas ou como material de isolamento. Atualmente, ao entrar numa casa de banho, por exemplo, já é possível lavar as mãos num lavatório de cortiça, iluminado pela luz de um candeeiro feito do mesmo material.
Foi a partir da ideia de combinar o método artesanal com a mais avançada tecnologia e com um visual inovador que os designers Alzira Peixoto e Carlos Mendonça criaram, em 2004, a Simple Forms Design. A cortiça está na base da maioria das criações desta empresa sediada no Porto, que recorre a empresas nacionais para a sua própria produção, mas que foi desenvolvida para o mercado de exportação.
"A cortiça é como uma imagem de marca para Portugal, mas somos o País onde mais se desvaloriza a cortiça. Cá, quando falam em cortiça pensam em rolhas, mas este é um material nobre", começou por explicar Carlos Mendonça. "No mercado, não encontra mais nenhuma peça ou material como o nosso. Se gosta, gosta; se quer, compra; e se compra terá de ser o da Simple Forms Design, porque não há igual em lado nenhum", acrescenta Alzira Peixoto.
É graças à coleção "Cork", lançada em 2004, que Carlos e Alzira são hoje conhecidos como os "designers da cortiça". Esta coleção, composta por objetos de cortiça para casas de banho, é composta por lavatórios, saboneteiras, taças e tapetes, e valeu à Simple Forms Design a distinção com o prémio Red Dot Design Award, em 2008. "Um prémio Red Dot é, basicamente, um certificado de qualidade no mercado de design", explica Alzira Peixoto. "Hoje, fala-se muito da cortiça em Portugal, mas em 2004 já andávamos nós a apresentar peças e a perceber o fantástico que é trabalhar este material", sublinha Carlos Mendonça.
Os lavatórios de cortiça são, talvez, a criação mais arrojada dos dois designers. "Acho muita piada quando nos perguntam se podem ficar coisas espetadas na cortiça. Claro que podem, mas se bater com um martelo num lavatório de vidro aquilo parte. Neste, de cortiça, pode bater à vontade", frisou Alzira Peixoto. "É um material novo, é normal que achem estranho. Só acho incrível como se trabalhou durante tantos anos tão mal a cortiça", completou Carlos Mendonça, antes de acrescentar mais um dos propósitos da Simple Forms: "Vocacionar a cortiça para a questão estética, e não só técnica."
Casas e ninhos de pássaros, candeeiros, tapetes e peças de imobiliário são outras das criações da Simple Forms Design, que também procura combinar materiais que, à primeira vista, sugerem ser opostos. Veja-se o exemplo da coleção de mesa "Porcelain", em que a porcelana está totalmente envolvida por cortiça. "Compramos a melhor matéria-prima e fazemos um jantar gourmet com os melhores ingredientes", ilustrou Carlos Mendonça.
A crise económica na Europa condiciona, naturalmente, a Simple Forms Design, que tinha neste continente o mercado por excelência. Esta empresa portuguesa de sucesso reconhecido internacionalmente aposta agora nos mercados emergentes, sobretudo na Ásia. "Há mercado, mas é preciso encontrar novos tipos de abordagem. Portugal? Não há mercado para isto", lamentou Carlos Mendonça. Tendo como fator diferenciador a exclusividade das peças, a Simple Forms, curiosamente, acaba por sair prejudicada pela falta de concorrência, nomeadamente portuguesa. "Não ganhamos mais por estarmos sozinhos nas feiras internacionais", refere Alzira Peixoto. "As pessoas não vão pensar 'vamos comprar as estes porque são os únicos portugueses'", concluiu.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Lã de Arraiolos é fio condutor entre 'design' e artesanato
.
Lã de Arraiolos é fio condutor entre 'design' e artesanato
por Luís Godinho
Hoje
João Bruno Videira trocou o jornalismo pelo artesanato.
Restauro do assento de palha de uma cadeira serviu de inspiração. Agora é procurado na Net por clientes de vários países.
Apesar de sempre ter tido jeito para trabalhos manuais, João Bruno Videira estava longe de imaginar que haveria de se dedicar ao artesanato e ao design e deles fazer modo de vida. Tudo aconteceu por mero acaso, em 2006, quando deixou de se sentir plenamente realizado no jornalismo e lhe foi parar às mãos uma pequena cadeira de lareira, tipicamente alentejana, cujo assento de palha estava estragado.
Olhou para a cadeira e para uns novelos de lã e decidiu fazer uma experiência de restauro. "Desde pequeno que convivo com a lã de Arraiolos, pois a minha mãe, apesar de não ser alentejana, sempre gostou de fazer este tipo de tapete." A cadeira ficou como nova, o acento de palha ganhou o colorido das lãs de Arraiolos e até o próprio João Bruno Videira ficou surpreendido com o resultado final.
"Percebi todo o potencial de negócio que ali estava. Mais do que isso, era algo em que me poderia expressar livremente, o que também me atraiu bastante."
A oficina nasceu pouco depois numa divisão da casa onde habita. Fica junto à Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor, próximo da fonte onde nasce o Aqueduto da Água de Prata mandado construir em 1531 pelo cardeal D. Henrique para assegurar o abastecimento à cidade de Évora. Daí o nome da empresa.
O recurso ao microcrédito - alternativa a que recorreu por não dispor de histórico bancário - permitiu-lhe obter os 8300 euros indispensáveis para o início da atividade. Criou uma marca própria. Apostou num conceito inovador: fusão entre artesanato e design, no qual a lã de Arraiolos é o fio condutor para a "reinvenção" de mobiliário novo ou reciclado. E apostou na Internet para mostrar o seu trabalho ao mundo.
A estratégia rendeu frutos. "As pessoas descobrem-me pela Internet. Apesar de não ser uma comunicação direta, a informação está lá e à medida que as pessoas a vão encontrando acontecem coisas curiosas." Foi assim, por exemplo, que recebeu a proposta de um empresário interessado em explorar a marca na Escandinávia ou o convite para representar Portugal numa exposição de design na Sicília. "É sempre assim que acontece, são as pessoas que me contactam. Não ando a bater de porta em porta nem tenho uma participação muito regular em feiras e certames."
Há seis anos que João Videira se dedica por inteiro à sua arte, já tendo vendido peças para países tão diversos como Inglaterra, Holanda, Bélgica ou Emirados Árabes Unidos. "Não tive reação de estranheza, talvez de surpresa inicial em relação à originalidade do conceito, ao uso intenso da cor."
A ideia assente na "fusão total" entre artesanato e design, da qual resultam "pedras" de lã, pufes coloridos feitos a partir de pneus velhos, painéis de parede que podem servir como cabeceiras de cama, bancos, cadeiras, biombos e um sem-número de outras peças, muitas das quais ainda nem sequer saíram da cabeça do antigo jornalista. "Trabalho essencialmente por encomenda e acabo por fazer o que as pessoas me pedem. Através da Internet apresento uma gama de produtos que as pessoas podem adquirir tal como estão ou pedir para fazer alguns ajustamentos."
"São peças em que a linguagem contemporânea está presente numa junção do tradicional com o moderno", diz, garantindo não ser possível traçar um perfil do cliente da Água de Prata dada a heterogeneidade de público que o procuram.
Vertente em que cada vez mais aposta é o "trabalho em escala" através da colaboração com arquitetos de interiores ou unidades hoteleiras.
Diz João Bruno Videira que todas as peças "lhe dão prazer", guardando um "especial carinho" para a primeira que desenhou: uma estrutura de aço revestida com lã de Arraiolos que se encontra pendurada bem no centro da oficina, a receber os visitantes.
In DN
Lã de Arraiolos é fio condutor entre 'design' e artesanato
por Luís Godinho
Hoje
João Bruno Videira trocou o jornalismo pelo artesanato.
Restauro do assento de palha de uma cadeira serviu de inspiração. Agora é procurado na Net por clientes de vários países.
Apesar de sempre ter tido jeito para trabalhos manuais, João Bruno Videira estava longe de imaginar que haveria de se dedicar ao artesanato e ao design e deles fazer modo de vida. Tudo aconteceu por mero acaso, em 2006, quando deixou de se sentir plenamente realizado no jornalismo e lhe foi parar às mãos uma pequena cadeira de lareira, tipicamente alentejana, cujo assento de palha estava estragado.
Olhou para a cadeira e para uns novelos de lã e decidiu fazer uma experiência de restauro. "Desde pequeno que convivo com a lã de Arraiolos, pois a minha mãe, apesar de não ser alentejana, sempre gostou de fazer este tipo de tapete." A cadeira ficou como nova, o acento de palha ganhou o colorido das lãs de Arraiolos e até o próprio João Bruno Videira ficou surpreendido com o resultado final.
"Percebi todo o potencial de negócio que ali estava. Mais do que isso, era algo em que me poderia expressar livremente, o que também me atraiu bastante."
A oficina nasceu pouco depois numa divisão da casa onde habita. Fica junto à Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor, próximo da fonte onde nasce o Aqueduto da Água de Prata mandado construir em 1531 pelo cardeal D. Henrique para assegurar o abastecimento à cidade de Évora. Daí o nome da empresa.
O recurso ao microcrédito - alternativa a que recorreu por não dispor de histórico bancário - permitiu-lhe obter os 8300 euros indispensáveis para o início da atividade. Criou uma marca própria. Apostou num conceito inovador: fusão entre artesanato e design, no qual a lã de Arraiolos é o fio condutor para a "reinvenção" de mobiliário novo ou reciclado. E apostou na Internet para mostrar o seu trabalho ao mundo.
A estratégia rendeu frutos. "As pessoas descobrem-me pela Internet. Apesar de não ser uma comunicação direta, a informação está lá e à medida que as pessoas a vão encontrando acontecem coisas curiosas." Foi assim, por exemplo, que recebeu a proposta de um empresário interessado em explorar a marca na Escandinávia ou o convite para representar Portugal numa exposição de design na Sicília. "É sempre assim que acontece, são as pessoas que me contactam. Não ando a bater de porta em porta nem tenho uma participação muito regular em feiras e certames."
Há seis anos que João Videira se dedica por inteiro à sua arte, já tendo vendido peças para países tão diversos como Inglaterra, Holanda, Bélgica ou Emirados Árabes Unidos. "Não tive reação de estranheza, talvez de surpresa inicial em relação à originalidade do conceito, ao uso intenso da cor."
A ideia assente na "fusão total" entre artesanato e design, da qual resultam "pedras" de lã, pufes coloridos feitos a partir de pneus velhos, painéis de parede que podem servir como cabeceiras de cama, bancos, cadeiras, biombos e um sem-número de outras peças, muitas das quais ainda nem sequer saíram da cabeça do antigo jornalista. "Trabalho essencialmente por encomenda e acabo por fazer o que as pessoas me pedem. Através da Internet apresento uma gama de produtos que as pessoas podem adquirir tal como estão ou pedir para fazer alguns ajustamentos."
"São peças em que a linguagem contemporânea está presente numa junção do tradicional com o moderno", diz, garantindo não ser possível traçar um perfil do cliente da Água de Prata dada a heterogeneidade de público que o procuram.
Vertente em que cada vez mais aposta é o "trabalho em escala" através da colaboração com arquitetos de interiores ou unidades hoteleiras.
Diz João Bruno Videira que todas as peças "lhe dão prazer", guardando um "especial carinho" para a primeira que desenhou: uma estrutura de aço revestida com lã de Arraiolos que se encontra pendurada bem no centro da oficina, a receber os visitantes.
In DN
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Criador dos móveis de Ronaldo aposta na alta tecnologia
.
Criador dos móveis de Ronaldo aposta na alta tecnologia
por JOSÉ PEDRO GOMES
Hoje
Jetclass tem apresentado móveis inovadores que despertam cobiça de clientes de todo o mundo, entre eles Cristiano Ronaldo.
De Valongo para o mundo. Assim tem sido feito o crescimento da Jetclass, uma marca de mobiliário nacional, criada nesta localidade nortenha, em 2003, que tem exportado as suas peças para os quatro cantos do planeta, abraçando um mercado médio/alto de clientes que pretendem artigos inovadores, de design invulgar, boa qualidade e que confiram um certo estatuto e glamour.
Talvez por isso, os móveis feitos pela Jetclass, todos eles com o logótipo de marca gravado com cristais, tenham sido escolhidos, para decorar as suas habitações, por personalidades como José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola, ou Cristiano Ronaldo, assim como por vários outros desportistas, além de príncipes e governantes do Médio Oriente.
Agostinho Moreira, empresário que no início deste milénio arriscou lançar na sua fábrica a Jetclass, após vários anos a servir apenas de executante para outras marcas estrangeiras, cedo percebeu que deveria apontar para nichos de mercado que apreciassem a exclusividade, requinte e pagassem bem por isso.
"Apostamos num produto de alta decoração, para certos gostos, mas com bons acabamentos, e que esteja sempre em busca da inovação. Além disso, orgulhamo-nos de prestar um bom serviço antes e depois da venda. Esse é um aspeto essencial e muito valorizado pelos clientes", partilhou com o DN Agostinho Moreira, explicando o porquê de 90% daquilo que produz ser para exportação: "Portugal é um mercado muito pequeno, e mesmo a Europa já viveu melhores dias. Temos vendido agora para países como Angola, Nigéria, Rússia e Ucrânia. Vamos apostar, cada vez mais, nos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia China), pois é lá onde está, de momento, o poder de compra", explicou.
Ainda assim, e apesar do potencial de crescimento da Jetclass, o empresário queixa-se da falta de parceiros, sobretudo no sector da banca, e confessou que já pensou em deslocalizar a empresa para outro país.
"Há uma luta desigual entre as empresas portuguesas, que têm banca completamente fechada à concessão de créditos, e outras empresas europeias que têm condições mais favoráveis para o investimento", começou por dizer Agostinho Moreira, completando: "Todos os políticos sabem que exportar é uma das soluções para a crise, mas atualmente estamos por nossa conta. Ninguém quer acompanhar os projetos dos empresários. Se as coisas continuarem assim seremos obrigados a deslocalizar."
Mas mesmo perante a difícil conjetura nacional, os criativos desta marca de mobiliário, que no ano passado faturou 1,5 milhões de euros, não param de encontrar soluções para surpreender os compradores, algo que Agostinho Moreira considera ser, cada vez, mais difícil: "A alma do negócio deixou de estar no segredo, como se dizia antigamente, mas sim na capacidade para continuar a surpreender, fazendo coisas ainda mais inovadoras", disse o proprietário da Jetclass, mostrando preocupação com todos os pormenores dos seus móveis: "Todos os detalhes contam. Desde os acabamentos dentro das gavetas até à parte de trás das peças, tudo tem de ser perfeito, quer nas partes visíveis quer no que fica escondido."
Precisamente nessa senda da inovação, a marca portuguesa está a desenvolver uma linha de mobiliário hig h tech, num conceito em que o móvel integra de raiz vários tipos de tecnologia: "São móveis inteligentes, que têm um comando que aciona vários aparelhos incorporados, desde televisão, som, telefone e até um simples minibar. Tudo fica escondido dentro do armário e quando for necessário aciona-se através do comando", descreveu Agostinho Moreira, considerando que a indústria do mobiliário vai ter de se adaptar aos novos desafios e, sobretudo, às exigências dos clientes.
In DN
Criador dos móveis de Ronaldo aposta na alta tecnologia
por JOSÉ PEDRO GOMES
Hoje
Jetclass tem apresentado móveis inovadores que despertam cobiça de clientes de todo o mundo, entre eles Cristiano Ronaldo.
De Valongo para o mundo. Assim tem sido feito o crescimento da Jetclass, uma marca de mobiliário nacional, criada nesta localidade nortenha, em 2003, que tem exportado as suas peças para os quatro cantos do planeta, abraçando um mercado médio/alto de clientes que pretendem artigos inovadores, de design invulgar, boa qualidade e que confiram um certo estatuto e glamour.
Talvez por isso, os móveis feitos pela Jetclass, todos eles com o logótipo de marca gravado com cristais, tenham sido escolhidos, para decorar as suas habitações, por personalidades como José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola, ou Cristiano Ronaldo, assim como por vários outros desportistas, além de príncipes e governantes do Médio Oriente.
Agostinho Moreira, empresário que no início deste milénio arriscou lançar na sua fábrica a Jetclass, após vários anos a servir apenas de executante para outras marcas estrangeiras, cedo percebeu que deveria apontar para nichos de mercado que apreciassem a exclusividade, requinte e pagassem bem por isso.
"Apostamos num produto de alta decoração, para certos gostos, mas com bons acabamentos, e que esteja sempre em busca da inovação. Além disso, orgulhamo-nos de prestar um bom serviço antes e depois da venda. Esse é um aspeto essencial e muito valorizado pelos clientes", partilhou com o DN Agostinho Moreira, explicando o porquê de 90% daquilo que produz ser para exportação: "Portugal é um mercado muito pequeno, e mesmo a Europa já viveu melhores dias. Temos vendido agora para países como Angola, Nigéria, Rússia e Ucrânia. Vamos apostar, cada vez mais, nos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia China), pois é lá onde está, de momento, o poder de compra", explicou.
Ainda assim, e apesar do potencial de crescimento da Jetclass, o empresário queixa-se da falta de parceiros, sobretudo no sector da banca, e confessou que já pensou em deslocalizar a empresa para outro país.
"Há uma luta desigual entre as empresas portuguesas, que têm banca completamente fechada à concessão de créditos, e outras empresas europeias que têm condições mais favoráveis para o investimento", começou por dizer Agostinho Moreira, completando: "Todos os políticos sabem que exportar é uma das soluções para a crise, mas atualmente estamos por nossa conta. Ninguém quer acompanhar os projetos dos empresários. Se as coisas continuarem assim seremos obrigados a deslocalizar."
Mas mesmo perante a difícil conjetura nacional, os criativos desta marca de mobiliário, que no ano passado faturou 1,5 milhões de euros, não param de encontrar soluções para surpreender os compradores, algo que Agostinho Moreira considera ser, cada vez, mais difícil: "A alma do negócio deixou de estar no segredo, como se dizia antigamente, mas sim na capacidade para continuar a surpreender, fazendo coisas ainda mais inovadoras", disse o proprietário da Jetclass, mostrando preocupação com todos os pormenores dos seus móveis: "Todos os detalhes contam. Desde os acabamentos dentro das gavetas até à parte de trás das peças, tudo tem de ser perfeito, quer nas partes visíveis quer no que fica escondido."
Precisamente nessa senda da inovação, a marca portuguesa está a desenvolver uma linha de mobiliário hig h tech, num conceito em que o móvel integra de raiz vários tipos de tecnologia: "São móveis inteligentes, que têm um comando que aciona vários aparelhos incorporados, desde televisão, som, telefone e até um simples minibar. Tudo fica escondido dentro do armário e quando for necessário aciona-se através do comando", descreveu Agostinho Moreira, considerando que a indústria do mobiliário vai ter de se adaptar aos novos desafios e, sobretudo, às exigências dos clientes.
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Da 'lagarta' infinita ao pufe de cortiça sustentável
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Da 'lagarta' infinita ao pufe de cortiça sustentável
por Inês Banha
Hoje
Ana Mestre é a diretora de design da Corque. Marca de móveis em cortiça foi o resultado de um projeto de investigação. Aposta inicial passa pela internacionalização
Mesa de cabeceira, banco de jardim, mesinha de uma sala de estar. O limite para as funcionalidades que a "lagarta" da Corque pode adquirir no dia a dia está na criatividade de quem a compra... quantas vezes quiser. A peça, desmontável e de cortiça, foi o último grande lançamento da marca, que, desde 2009, se tem dedicado a demonstrar que uma das matérias-primas portuguesas por excelência é sustentável e tem estilo.
"A Corque acontece como resultado de um projeto de investigação da Susdesign", recorda Ana Mestre, diretora de design da Corque e uma dos participantes na iniciativa promovida, entre 2006 e 2009, por aquela empresa. Na altura, a estratégia da equipa de investigação passou por encontrar um material que pudesse ser, simultaneamente, sustentável e "interessante" a nível de design. O vencedor não deixou grandes dúvidas em Ana Mestre.
"Das investigações ao nível de materiais que tivessem esta característica da sustentabilidade, a cortiça é o mais interessante", explica a responsável. Até porque, frisa, as suas potencialidades são também comerciais. Isto porque, para além de aquela matéria-prima ser muito diferenciável a nível tátil, o território do mobiliário de cortiça estava "ainda muito por explorar", o que permitiu "escolher novas formas e padrões".
O resultado está à vista de todos. À "lagarta" teoricamente infinita e sem forma definida, juntam-se assentos como o pufe de esferas - uma massa uniforme de cortiça visivelmente moldável a qualquer corpo - e a "corqui", uma cadeira de encosto. As inovações chegaram também à outra linha da Corque: os acessórios de interiores, de que são exemplo o frapé , os castiçais e as bases para quentes.
A apresentação das peças foi feita no estrangeiro e sem que houvesse reações negativas. "As pessoas ficam muito surpreendidas, habituaram-se a associar o material só a rolhas. A reação normalmente é muito positiva", conta Ana Mestre, sem esconder que o lançamento da marca que continua a operar em estreita parceria com a "mãe" Susdesign passou sempre pela internacionalização. O primeiro passo foi dado em Milão, a que se seguiram cidades como Madrid ou Londres e países como o Japão e os Estados Unidos. O périplo vai continuar este ano, estando a presença garantida em exposições de Milão (abril), Nova Iorque (maio) e Tóquio (junho). O cartão de visita vai ser a "lagarta", lançada no ano passado, mas em carteira está já uma nova coleção, com o papel de parede de cortiça colorida a dar o mote.
É, de resto, em terras nipónicas e transatlânticas que alguns produtos da Corque podem ser comprados, com o Museum of Modern Art de Nova Iorque a dar um toque de prestígio. Em Portugal, as trocas acontecem em seis lojas distribuídas por Lisboa e pelo Porto, pontos no mapa de um mercado "engraçado".
"A parte de comunicação social corre muito bem, não temos é a parte comercial", confessa a diretora de Design da Corque. A explicação para o facto poderá estar nas características do mercado português e que justificam também a aposta inicial na internacionalização da marca. "Eu acho que o mercado português, e falo apenas do de mobiliário e design, não é um mercado pioneiro. Vai muito mais pelas marcas, pela referência", aponta Ana Mestre.
Além disso, sublinha a responsável, as peças da Corque destinam-se a um público nicho e "um público nicho nos Estados Unidos é muito maior do que cá". E o nicho é uma classe média/alta, até por razões monetárias. Se os acessórios, "que podem servir para uma pequena prenda", oscilam entre os 65 e os 200 euros, a peça de mobiliário mais cara - um pufe - atinge os 2500 euros. Já uma peça da "lagarta" custa 320 euros, enquanto uma cadeira vale 1100 euros. "As nossas peças não competem com o IKEA", admite, entre risos, Ana Mestre.
In DN
Da 'lagarta' infinita ao pufe de cortiça sustentável
por Inês Banha
Hoje
Ana Mestre é a diretora de design da Corque. Marca de móveis em cortiça foi o resultado de um projeto de investigação. Aposta inicial passa pela internacionalização
Mesa de cabeceira, banco de jardim, mesinha de uma sala de estar. O limite para as funcionalidades que a "lagarta" da Corque pode adquirir no dia a dia está na criatividade de quem a compra... quantas vezes quiser. A peça, desmontável e de cortiça, foi o último grande lançamento da marca, que, desde 2009, se tem dedicado a demonstrar que uma das matérias-primas portuguesas por excelência é sustentável e tem estilo.
"A Corque acontece como resultado de um projeto de investigação da Susdesign", recorda Ana Mestre, diretora de design da Corque e uma dos participantes na iniciativa promovida, entre 2006 e 2009, por aquela empresa. Na altura, a estratégia da equipa de investigação passou por encontrar um material que pudesse ser, simultaneamente, sustentável e "interessante" a nível de design. O vencedor não deixou grandes dúvidas em Ana Mestre.
"Das investigações ao nível de materiais que tivessem esta característica da sustentabilidade, a cortiça é o mais interessante", explica a responsável. Até porque, frisa, as suas potencialidades são também comerciais. Isto porque, para além de aquela matéria-prima ser muito diferenciável a nível tátil, o território do mobiliário de cortiça estava "ainda muito por explorar", o que permitiu "escolher novas formas e padrões".
O resultado está à vista de todos. À "lagarta" teoricamente infinita e sem forma definida, juntam-se assentos como o pufe de esferas - uma massa uniforme de cortiça visivelmente moldável a qualquer corpo - e a "corqui", uma cadeira de encosto. As inovações chegaram também à outra linha da Corque: os acessórios de interiores, de que são exemplo o frapé , os castiçais e as bases para quentes.
A apresentação das peças foi feita no estrangeiro e sem que houvesse reações negativas. "As pessoas ficam muito surpreendidas, habituaram-se a associar o material só a rolhas. A reação normalmente é muito positiva", conta Ana Mestre, sem esconder que o lançamento da marca que continua a operar em estreita parceria com a "mãe" Susdesign passou sempre pela internacionalização. O primeiro passo foi dado em Milão, a que se seguiram cidades como Madrid ou Londres e países como o Japão e os Estados Unidos. O périplo vai continuar este ano, estando a presença garantida em exposições de Milão (abril), Nova Iorque (maio) e Tóquio (junho). O cartão de visita vai ser a "lagarta", lançada no ano passado, mas em carteira está já uma nova coleção, com o papel de parede de cortiça colorida a dar o mote.
É, de resto, em terras nipónicas e transatlânticas que alguns produtos da Corque podem ser comprados, com o Museum of Modern Art de Nova Iorque a dar um toque de prestígio. Em Portugal, as trocas acontecem em seis lojas distribuídas por Lisboa e pelo Porto, pontos no mapa de um mercado "engraçado".
"A parte de comunicação social corre muito bem, não temos é a parte comercial", confessa a diretora de Design da Corque. A explicação para o facto poderá estar nas características do mercado português e que justificam também a aposta inicial na internacionalização da marca. "Eu acho que o mercado português, e falo apenas do de mobiliário e design, não é um mercado pioneiro. Vai muito mais pelas marcas, pela referência", aponta Ana Mestre.
Além disso, sublinha a responsável, as peças da Corque destinam-se a um público nicho e "um público nicho nos Estados Unidos é muito maior do que cá". E o nicho é uma classe média/alta, até por razões monetárias. Se os acessórios, "que podem servir para uma pequena prenda", oscilam entre os 65 e os 200 euros, a peça de mobiliário mais cara - um pufe - atinge os 2500 euros. Já uma peça da "lagarta" custa 320 euros, enquanto uma cadeira vale 1100 euros. "As nossas peças não competem com o IKEA", admite, entre risos, Ana Mestre.
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Aliança entre 'design' e gastronomia portuguesa
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Aliança entre 'design' e gastronomia portuguesa
por Luís Godinho
Hoje
Produtos alimentares portugueses bem adornados e envolvidos em embalagens atrativas que surpreendem pelo estilo
Porque não existe nenhuma lei que obrigue os produtos tradicionais a serem embrulhados em papel pardo, a Boa Boca lançou em 2006 um conceito inovador em Portugal: Food + Design.
"Fomos pioneiros nesta área específica", recorda Inês Varejão, formada em Agronomia e um dos rostos do projeto. O outro é António Policarpo, designer. São os dois alentejanos. Mas foi no Porto que estudaram e se conheceram. A história de amor foi acompanhada por outra paixão: o design associado a produtos gourmet. "A nossa ideia foi pegar nos produtos portugueses, adorná-los, dar-lhes uma embalagem diferente valorizando a sua imagem", diz António.
O primeiro passo, em 2004, foi a abertura de uma loja gourmet no centro histórico de Évora, cuja variedade de artigos, dos chocolates à garrafeira, foi "embrulhada" num espaço visualmente apelativo e com iniciativas como jantares temáticos ou cursos de chá.
"Não queríamos viver numa grande cidade e então entrámos nesta aventura em Évora, uma cidade que nos oferece qualidade de vida", explica António Policarpo. A loja, com forte componente de design, começou logo a dar nas vistas, conquistando prémios de comércio. Mas os sócios queriam mais: "Como estratégia de negócio, uma lojinha não chega."
É assim que, em 2006, o conceito evolui para o packaging design (desenho de embalagens) associado a produtos alimentares da melhor tradição portuguesa. Primeiro foram os chocolates - "o cacau vem de São Tomé, mas o produto é trabalhado em Portugal" -, depois os biscoitos feitos segundo receitas antigas do Alentejo (açúcar, azeite, canela ou limão) e com eles a aposta num nicho de mercado em que se recorre aos saberes antigos para oferecer produtos alimentares artesanais portugueses "da mais alta qualidade, desenvolvendo embalagens atrativas que surpreendem pelo estilo e design ousados".
São produtos próprios comercializados do Minho ao Algarve através da marca Feito à Mão, especificamente criada pelo Boa Boca. Nuns casos, a empresa limita-se a fazer o packaging e a promoção de alguns produtos, como é o caso da Tryu - uma caixa original, em forma triangular, na qual é colocado vinho alentejano de qualidade. Noutros, são criados produtos originais. Entre estes destaca-se a caixa Happy, formada por seis bombons artesanais com sabor a pastel de nata, café com cheirinho, caramelo, gengibre, azeite e vinho do Porto.
Também os licores tradicionais fazem sucesso. São produzidos de forma artesanal, seguindo o método de infusão de frutos e plantas em álcool. E aos de poejo e ginja, mais comuns, juntam-se os de bolota, frutos do bosque ou medronho e mel.
"Há produtos fantásticos através dos quais temos desenvolvido a marca e nos quais queremos continuar a apostar, diversificando a oferta", sublinha António, garantindo que a aposta em produtos inovadores associados ao design está a conquistar clientes em várias partes do mundo, como Alemanha, França, Dinamarca ou Espanha. Em breve estará também no Brasil.
Para a Boa Boca, exportar é uma aposta decisiva. "Temos vindo a evoluir, mas se não fosse a crise estávamos melhor, pois ainda dependemos muito do mercado nacional", diz Inês Varejão, classificando o cliente-tipo em dois grupos: um público urbano sensível ao design, mas também as pessoas que têm na memória os sabores tradicionais portugueses. "É um cliente que gosta de coisas boas e tem orgulho no que se faz em Portugal."
A empresa mantém aberta uma loja em Évora, no Largo das Portas de Moura, com toda a gama de produtos da marca.
In DN
Aliança entre 'design' e gastronomia portuguesa
por Luís Godinho
Hoje
Produtos alimentares portugueses bem adornados e envolvidos em embalagens atrativas que surpreendem pelo estilo
Porque não existe nenhuma lei que obrigue os produtos tradicionais a serem embrulhados em papel pardo, a Boa Boca lançou em 2006 um conceito inovador em Portugal: Food + Design.
"Fomos pioneiros nesta área específica", recorda Inês Varejão, formada em Agronomia e um dos rostos do projeto. O outro é António Policarpo, designer. São os dois alentejanos. Mas foi no Porto que estudaram e se conheceram. A história de amor foi acompanhada por outra paixão: o design associado a produtos gourmet. "A nossa ideia foi pegar nos produtos portugueses, adorná-los, dar-lhes uma embalagem diferente valorizando a sua imagem", diz António.
O primeiro passo, em 2004, foi a abertura de uma loja gourmet no centro histórico de Évora, cuja variedade de artigos, dos chocolates à garrafeira, foi "embrulhada" num espaço visualmente apelativo e com iniciativas como jantares temáticos ou cursos de chá.
"Não queríamos viver numa grande cidade e então entrámos nesta aventura em Évora, uma cidade que nos oferece qualidade de vida", explica António Policarpo. A loja, com forte componente de design, começou logo a dar nas vistas, conquistando prémios de comércio. Mas os sócios queriam mais: "Como estratégia de negócio, uma lojinha não chega."
É assim que, em 2006, o conceito evolui para o packaging design (desenho de embalagens) associado a produtos alimentares da melhor tradição portuguesa. Primeiro foram os chocolates - "o cacau vem de São Tomé, mas o produto é trabalhado em Portugal" -, depois os biscoitos feitos segundo receitas antigas do Alentejo (açúcar, azeite, canela ou limão) e com eles a aposta num nicho de mercado em que se recorre aos saberes antigos para oferecer produtos alimentares artesanais portugueses "da mais alta qualidade, desenvolvendo embalagens atrativas que surpreendem pelo estilo e design ousados".
São produtos próprios comercializados do Minho ao Algarve através da marca Feito à Mão, especificamente criada pelo Boa Boca. Nuns casos, a empresa limita-se a fazer o packaging e a promoção de alguns produtos, como é o caso da Tryu - uma caixa original, em forma triangular, na qual é colocado vinho alentejano de qualidade. Noutros, são criados produtos originais. Entre estes destaca-se a caixa Happy, formada por seis bombons artesanais com sabor a pastel de nata, café com cheirinho, caramelo, gengibre, azeite e vinho do Porto.
Também os licores tradicionais fazem sucesso. São produzidos de forma artesanal, seguindo o método de infusão de frutos e plantas em álcool. E aos de poejo e ginja, mais comuns, juntam-se os de bolota, frutos do bosque ou medronho e mel.
"Há produtos fantásticos através dos quais temos desenvolvido a marca e nos quais queremos continuar a apostar, diversificando a oferta", sublinha António, garantindo que a aposta em produtos inovadores associados ao design está a conquistar clientes em várias partes do mundo, como Alemanha, França, Dinamarca ou Espanha. Em breve estará também no Brasil.
Para a Boa Boca, exportar é uma aposta decisiva. "Temos vindo a evoluir, mas se não fosse a crise estávamos melhor, pois ainda dependemos muito do mercado nacional", diz Inês Varejão, classificando o cliente-tipo em dois grupos: um público urbano sensível ao design, mas também as pessoas que têm na memória os sabores tradicionais portugueses. "É um cliente que gosta de coisas boas e tem orgulho no que se faz em Portugal."
A empresa mantém aberta uma loja em Évora, no Largo das Portas de Moura, com toda a gama de produtos da marca.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
O melhor do País desenhado em chinês e com criatividade
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O melhor do País desenhado em chinês e com criatividade
por Sílvia Freches
Hoje
Expos de Xangai e Saragoça projetaram a FPGB para o mundo. Ganhar a confiança das indústrias portuguesas é agora o sonho
Cinco milhões de pessoas cruzaram-se vezes sem conta com estes caracteres chineses durante a Expo de Xangai 2010. Neles lê-se Portugal e deixaram de ser segredo para os três designers portugueses, da FPGB. A empresa foi responsável pelo grafismo das salas do Pavilhão de Portugal, bem como pela sinalética interior, iluminação, embalagens e materiais gráficos de comunicação da participação nacional naquela exposição universal, subordinada ao tema "Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida".
Os logogramas que formam a palavra Portugal figuravam nas paredes do edifício de dois mil metros quadrados, revestido de cortiça, nas caixas dos pastéis de nata (vendidos aos milhares por 60 cêntimos), em canetas, T-shirts, relógios, sacos, blocos, entre outros objetos de promoção do nosso país idealizados pela FPGB.
"Foi um projeto marcante", comenta Francisco Pestana, designer e diretor-geral da FPGB, que viu o trabalho de Xangai distinguido naquela que é considerada a maior e mais procurada competição de design do mundo, o prémio Red Dot.
A empresa portuguesa venceu entre um total de 6468 participantes de 40 países, repetindo o prémio obtido dois anos antes, na anterior exposição, a Expo de Saragoça. Em ambos os projetos, a identidade e comunicação do Pavilhão Português foi considerada uma das mais completas entre os participantes.
"Quando entramos no processo ainda não havia pavilhão, apenas um guião. Fomos construindo os conteúdos positivos [exposição], a iluminação, a cor [predomínio do vermelho numa ligação mais estreita à cultura chinesa], sinalética, os expositores, tudo inspirado nas cartas marítimas, foi tudo beber ao conceito prismático da fachada do pavilhão", diz Gabriela Borralho.
A arquitetura do Pavilhão de Portugal foi obra de Carlos Couto, também galardoado com o prémio de Design para as melhores estruturas montadas no recinto da exposição.
Além dos pastéis de nata, a cortiça fez sucesso em Xangai. "O pavilhão era coberto de cortiça e foram muitas as pessoas que nos vinham perguntar se 'aquilo eram algas, corais', se 'vinha do mar'. Para os chineses nós éramos muito exóticos", conta Francisco, recordando ainda os "buracos" feitos na fachada: "tiravam bocados de cortiça. E para evitar isso passámos a dar rolhas do mesmo material aos visitantes".
Francisco Pestana e Gabriela Borralho, ambos licenciados em Design Industrial e que se conheceram no liceu, emprestaram as suas iniciais para dar o nome à empresa - FPGB - nascida há 15 anos. Ana Bica, que se juntou há sete anos, completa a equipa.
"Não podemos dizer que temos um estilo, um material, uma cor, um tipo de letra que nos caracterize. É tudo diferente, adaptado ao projeto. O que nos marca é o processo de trabalho, a diversidade e a transversalidade", afirma Gabriela, que destaca como trabalhos mais marcantes da empresa as expos de Saragoça e Xangai, os trabalhos para a Ciência Viva e a exposição na biblioteca joanina para a Universidade de Coimbra .
"O design não é um processo de decoração, uma capa que se coloca em cima de alguém, mas sim todo um processo", acrescenta Francisco que ambiciona ver a FPGB ser parceira de pequenas e médias indústrias portuguesas. "Essas empresas, que dão emprego à maioria da população ativa, que exportam e contribuem para o PIB, vivem na sombra. O sonho que alimentamos desde o início é o de trabalhar com elas e desenvolver produtos de raiz, ajudá-las a diferenciar os seus produtos daqueles que são feitos na China, em Espanha ou França."
In DN
O melhor do País desenhado em chinês e com criatividade
por Sílvia Freches
Hoje
Expos de Xangai e Saragoça projetaram a FPGB para o mundo. Ganhar a confiança das indústrias portuguesas é agora o sonho
Cinco milhões de pessoas cruzaram-se vezes sem conta com estes caracteres chineses durante a Expo de Xangai 2010. Neles lê-se Portugal e deixaram de ser segredo para os três designers portugueses, da FPGB. A empresa foi responsável pelo grafismo das salas do Pavilhão de Portugal, bem como pela sinalética interior, iluminação, embalagens e materiais gráficos de comunicação da participação nacional naquela exposição universal, subordinada ao tema "Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida".
Os logogramas que formam a palavra Portugal figuravam nas paredes do edifício de dois mil metros quadrados, revestido de cortiça, nas caixas dos pastéis de nata (vendidos aos milhares por 60 cêntimos), em canetas, T-shirts, relógios, sacos, blocos, entre outros objetos de promoção do nosso país idealizados pela FPGB.
"Foi um projeto marcante", comenta Francisco Pestana, designer e diretor-geral da FPGB, que viu o trabalho de Xangai distinguido naquela que é considerada a maior e mais procurada competição de design do mundo, o prémio Red Dot.
A empresa portuguesa venceu entre um total de 6468 participantes de 40 países, repetindo o prémio obtido dois anos antes, na anterior exposição, a Expo de Saragoça. Em ambos os projetos, a identidade e comunicação do Pavilhão Português foi considerada uma das mais completas entre os participantes.
"Quando entramos no processo ainda não havia pavilhão, apenas um guião. Fomos construindo os conteúdos positivos [exposição], a iluminação, a cor [predomínio do vermelho numa ligação mais estreita à cultura chinesa], sinalética, os expositores, tudo inspirado nas cartas marítimas, foi tudo beber ao conceito prismático da fachada do pavilhão", diz Gabriela Borralho.
A arquitetura do Pavilhão de Portugal foi obra de Carlos Couto, também galardoado com o prémio de Design para as melhores estruturas montadas no recinto da exposição.
Além dos pastéis de nata, a cortiça fez sucesso em Xangai. "O pavilhão era coberto de cortiça e foram muitas as pessoas que nos vinham perguntar se 'aquilo eram algas, corais', se 'vinha do mar'. Para os chineses nós éramos muito exóticos", conta Francisco, recordando ainda os "buracos" feitos na fachada: "tiravam bocados de cortiça. E para evitar isso passámos a dar rolhas do mesmo material aos visitantes".
Francisco Pestana e Gabriela Borralho, ambos licenciados em Design Industrial e que se conheceram no liceu, emprestaram as suas iniciais para dar o nome à empresa - FPGB - nascida há 15 anos. Ana Bica, que se juntou há sete anos, completa a equipa.
"Não podemos dizer que temos um estilo, um material, uma cor, um tipo de letra que nos caracterize. É tudo diferente, adaptado ao projeto. O que nos marca é o processo de trabalho, a diversidade e a transversalidade", afirma Gabriela, que destaca como trabalhos mais marcantes da empresa as expos de Saragoça e Xangai, os trabalhos para a Ciência Viva e a exposição na biblioteca joanina para a Universidade de Coimbra .
"O design não é um processo de decoração, uma capa que se coloca em cima de alguém, mas sim todo um processo", acrescenta Francisco que ambiciona ver a FPGB ser parceira de pequenas e médias indústrias portuguesas. "Essas empresas, que dão emprego à maioria da população ativa, que exportam e contribuem para o PIB, vivem na sombra. O sonho que alimentamos desde o início é o de trabalhar com elas e desenvolver produtos de raiz, ajudá-las a diferenciar os seus produtos daqueles que são feitos na China, em Espanha ou França."
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A graça de plantar bandeiras portuguesas pelo mundo
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A graça de plantar bandeiras portuguesas pelo mundo
por Isaltina Padrão
Hoje
Concretizar sonhos através do 'design' de interiores sempre foi o objetivo de Graça e Gracinha Viterbo. O sonho continua...
Era uma vez... (quase todas as histórias começam assim, e esta não é exceção). Por isso, cá vai! Era uma vez uma mãe e uma filha, Graça e Gracinha. Viterbo de apelido. Em comum, pelo menos uma grande paixão: Criar sonhos através do design de interiores. A mãe começou há quatro décadas e cedo, nos anos 80, se meteu em grandes empreitadas. Dois exemplos apenas: remodelou totalmente o Hotel Estoril Sol e decorou o Hotel Albatroz, ambos em Cascais. A filha seguiu-lhe as pisadas e... deu mais um passo além-fronteiras. "Gosto muito de plantar bandeiras pelo meu País", confessa ao DN Gracinha, que, aos 34 anos, já levou a Graça Viterbo Interior Design a África e Ásia.
Qualidade, inovação, rigor, conforto e pormenor. Eis os requisitos com que o atelier Graça Viterbo se apresenta aos que entram na casa-mãe, no Estoril. Ao fundo das escadas, num tapete preto e branco, estão as palavras que, "com garra", se aplicam no 1.º piso.
Gracinha explica como: "Costumo dizer que o atelier Graça Viterbo é um hotel de seis estrelas porque os nossos clientes sentem-se mimados por nós. E para manter esse nível a que já os habituámos é necessário trabalhar, arregaçar as mangas e esquecer o relógio. É isso que toda a equipa faz porque sabe que só com dedicação e entrega se consegue alcançar o sucesso."
Foi por acreditar em Portugal e nas capacidades dos portugueses que Gracinha (a menina que se tornou designer "ainda no ventre da mãe!") deixou Londres, onde se formou. Escolheu estudar lá porque a cidade lhe oferecia mais oportunidades, tais como estudar também fotografia enquanto frequentava a Central St. Martins School of Art, Chelsea College of Arts e Inchbald Scholl of Design, em Londres. Ainda trabalhou na capital inglesa durante um ano com a decoradora Kelly Hoppen, mas acabou por recusar um contrato de quatro anos que lhe foi proposto. "Se aceitasse, sabia que iria ficar por lá. Mas já estava a tornar-me demasiado british (risos) e fiz a minha escolha de vida: vir para Portugal, dar seguimento ao trabalho da minha mãe e provar que somos tão bons como os profissionais do resto do mundo", assegura a "nacionalista" Gracinha.
Consciente do peso do nome que "carrega", a designer diz que esse foi mais um incentivo para colocar no seu trabalho maior empenho. "O nome Graça Viterbo serviu para puxar mais por mim. Para evoluir é preciso sair da nossa zona de conforto. E nós, portugueses, temos tudo para brilhar como os outros. Temos ótimos artistas e artesãos, arquitetos, engenheiros, etc. Bons profissionais e boa matéria-prima."
Por isso, a atitude de Gracinha perante a crise é pragmática: "A crise é uma realidade. Temos de nos adaptar e reinventar, de trabalhar mais e melhor para seguir em frente e com sucesso."
E sucesso, nacional e internacional, é algo que a marca Graça Viterbo tem. Mas ainda quer ter mais porque "é bom ser uma cidadã do mundo com sangue português". Nesta lógica, em 2006, a marca instalou-se em Luanda e, há dois anos, em Singapura. De momento, há vários projetos em mãos, nomeadamente em Singapura, Banguecoque e também no Brasil. Por cá, o último grande trabalho foi no Hotel Bela Vista e Spa (Portimão) que, em janeiro, o New York Times mencionou como o 29.º numa lista dos 45 lugares a visitar em todo o mundo em 2012.
Também os Hotéis Heritage, nomeadamente o Hotel Solar do Castelo, são clientes do atelier Graça Viterbo e mereceram referência na imprensa estrangeira. A decoração dos hotéis do Grupo Real são também um orgulho da casa. Em todos eles, Graça e Gracinha quiseram e conseguiram concretizar sonhos. É que, como Gracinha costuma dizer: "Tirei um curso de arte profissionalizante para criar sonhos."
Cá e nos quatro quantos do mundo...
In DN
A graça de plantar bandeiras portuguesas pelo mundo
por Isaltina Padrão
Hoje
Concretizar sonhos através do 'design' de interiores sempre foi o objetivo de Graça e Gracinha Viterbo. O sonho continua...
Era uma vez... (quase todas as histórias começam assim, e esta não é exceção). Por isso, cá vai! Era uma vez uma mãe e uma filha, Graça e Gracinha. Viterbo de apelido. Em comum, pelo menos uma grande paixão: Criar sonhos através do design de interiores. A mãe começou há quatro décadas e cedo, nos anos 80, se meteu em grandes empreitadas. Dois exemplos apenas: remodelou totalmente o Hotel Estoril Sol e decorou o Hotel Albatroz, ambos em Cascais. A filha seguiu-lhe as pisadas e... deu mais um passo além-fronteiras. "Gosto muito de plantar bandeiras pelo meu País", confessa ao DN Gracinha, que, aos 34 anos, já levou a Graça Viterbo Interior Design a África e Ásia.
Qualidade, inovação, rigor, conforto e pormenor. Eis os requisitos com que o atelier Graça Viterbo se apresenta aos que entram na casa-mãe, no Estoril. Ao fundo das escadas, num tapete preto e branco, estão as palavras que, "com garra", se aplicam no 1.º piso.
Gracinha explica como: "Costumo dizer que o atelier Graça Viterbo é um hotel de seis estrelas porque os nossos clientes sentem-se mimados por nós. E para manter esse nível a que já os habituámos é necessário trabalhar, arregaçar as mangas e esquecer o relógio. É isso que toda a equipa faz porque sabe que só com dedicação e entrega se consegue alcançar o sucesso."
Foi por acreditar em Portugal e nas capacidades dos portugueses que Gracinha (a menina que se tornou designer "ainda no ventre da mãe!") deixou Londres, onde se formou. Escolheu estudar lá porque a cidade lhe oferecia mais oportunidades, tais como estudar também fotografia enquanto frequentava a Central St. Martins School of Art, Chelsea College of Arts e Inchbald Scholl of Design, em Londres. Ainda trabalhou na capital inglesa durante um ano com a decoradora Kelly Hoppen, mas acabou por recusar um contrato de quatro anos que lhe foi proposto. "Se aceitasse, sabia que iria ficar por lá. Mas já estava a tornar-me demasiado british (risos) e fiz a minha escolha de vida: vir para Portugal, dar seguimento ao trabalho da minha mãe e provar que somos tão bons como os profissionais do resto do mundo", assegura a "nacionalista" Gracinha.
Consciente do peso do nome que "carrega", a designer diz que esse foi mais um incentivo para colocar no seu trabalho maior empenho. "O nome Graça Viterbo serviu para puxar mais por mim. Para evoluir é preciso sair da nossa zona de conforto. E nós, portugueses, temos tudo para brilhar como os outros. Temos ótimos artistas e artesãos, arquitetos, engenheiros, etc. Bons profissionais e boa matéria-prima."
Por isso, a atitude de Gracinha perante a crise é pragmática: "A crise é uma realidade. Temos de nos adaptar e reinventar, de trabalhar mais e melhor para seguir em frente e com sucesso."
E sucesso, nacional e internacional, é algo que a marca Graça Viterbo tem. Mas ainda quer ter mais porque "é bom ser uma cidadã do mundo com sangue português". Nesta lógica, em 2006, a marca instalou-se em Luanda e, há dois anos, em Singapura. De momento, há vários projetos em mãos, nomeadamente em Singapura, Banguecoque e também no Brasil. Por cá, o último grande trabalho foi no Hotel Bela Vista e Spa (Portimão) que, em janeiro, o New York Times mencionou como o 29.º numa lista dos 45 lugares a visitar em todo o mundo em 2012.
Também os Hotéis Heritage, nomeadamente o Hotel Solar do Castelo, são clientes do atelier Graça Viterbo e mereceram referência na imprensa estrangeira. A decoração dos hotéis do Grupo Real são também um orgulho da casa. Em todos eles, Graça e Gracinha quiseram e conseguiram concretizar sonhos. É que, como Gracinha costuma dizer: "Tirei um curso de arte profissionalizante para criar sonhos."
Cá e nos quatro quantos do mundo...
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Fátima Lopes apresenta coleção "à flor da pele"
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Fátima Lopes apresenta coleção "à flor da pele"
por Lusa
Ontem
Cores sólidas, silhuetas finas, uma criação à volta do corpo, inspirada por ele. A roupa como pele depois da pele. Fátima Lopes abriu hoje a semana da moda de Paris num registo feminino e exuberante, ao som de violino.
A criadora portuguesa pôs charme, vermelho e violino no imponente e frio Hotel des Invalides, numa sala que se estreou como passerelle, e mostrou uma coleção "à flor da pele" e que diz ser a sua cara.
Antes do desfile, Fátima Lopes explicou que esta é uma coleção criada por ela e para ela, inspirada no corpo humano: "É uma coleção que busca, essencialmente, criar uma ilusão ótica de perfeição do corpo. As pessoas não têm que ser perfeitas, mas as roupas podem ajudar a criar uma ideia de perfeição".
Durante meia hora desfilaram vestidos de cores sólidas -- nude, vermelho sangue, preto, bordô -- em contraste com desenhos finos, a lembrar o sistema venoso porque "os tecidos foram desenhados a pensar do interior para o exterior".
Na passerelle viu-se também muito cabedal, calças com lados drapeados e casacos com diversas camadas. Nos sapatos e collants, pequenos ossos, "inspirados na coluna vertebral".
Uma dança feminina, exuberante, de corpos com silhuetas forradas, vincadas, mas quase nus, com roupas "à flor da pele".
Em setembro do ano passado, a designer de moda apresentou a coleção para o verão deste ano na Torre Eiffel. Sobre o que virá depois do desfile de hoje, afirmou que "ainda há tempo para pensar" e acrescentou que, embora "a fasquia esteja muito elevada", é "sempre possível fazer mais e melhor".
"Estou muito satisfeita com a minha coleção, com o meu trabalho e com o trabalho da minha equipa", acrescentou.
Fátima Lopes respondeu ainda que não tem a receita para fazer com o país o que fez com o seu traço e com a sua marca, mas considerou que a solução de Portugal passa por "trabalhar como nunca": "Não é momento para baixar braços, é momento para trabalhar, como eu faço, sete dias por semana, de dia e de noite".
A semana da moda de Paris termina a 07 de março. Na capital francesa vão também marcar presença, na quarta-feira, os portugueses Luís Buchinho e Felipe Oliveira Baptista.
As coleções que Fátima Lopes e Felipe Oliveira Baptista apresentam em Paris serão depois mostradas no Portugal Fashion, no Porto. As propostas de Luís Buchinho vão desfilar na passerelle da ModaLisboa, no Terreiro do Paço.
In DN
Fátima Lopes apresenta coleção "à flor da pele"
por Lusa
Ontem
Cores sólidas, silhuetas finas, uma criação à volta do corpo, inspirada por ele. A roupa como pele depois da pele. Fátima Lopes abriu hoje a semana da moda de Paris num registo feminino e exuberante, ao som de violino.
A criadora portuguesa pôs charme, vermelho e violino no imponente e frio Hotel des Invalides, numa sala que se estreou como passerelle, e mostrou uma coleção "à flor da pele" e que diz ser a sua cara.
Antes do desfile, Fátima Lopes explicou que esta é uma coleção criada por ela e para ela, inspirada no corpo humano: "É uma coleção que busca, essencialmente, criar uma ilusão ótica de perfeição do corpo. As pessoas não têm que ser perfeitas, mas as roupas podem ajudar a criar uma ideia de perfeição".
Durante meia hora desfilaram vestidos de cores sólidas -- nude, vermelho sangue, preto, bordô -- em contraste com desenhos finos, a lembrar o sistema venoso porque "os tecidos foram desenhados a pensar do interior para o exterior".
Na passerelle viu-se também muito cabedal, calças com lados drapeados e casacos com diversas camadas. Nos sapatos e collants, pequenos ossos, "inspirados na coluna vertebral".
Uma dança feminina, exuberante, de corpos com silhuetas forradas, vincadas, mas quase nus, com roupas "à flor da pele".
Em setembro do ano passado, a designer de moda apresentou a coleção para o verão deste ano na Torre Eiffel. Sobre o que virá depois do desfile de hoje, afirmou que "ainda há tempo para pensar" e acrescentou que, embora "a fasquia esteja muito elevada", é "sempre possível fazer mais e melhor".
"Estou muito satisfeita com a minha coleção, com o meu trabalho e com o trabalho da minha equipa", acrescentou.
Fátima Lopes respondeu ainda que não tem a receita para fazer com o país o que fez com o seu traço e com a sua marca, mas considerou que a solução de Portugal passa por "trabalhar como nunca": "Não é momento para baixar braços, é momento para trabalhar, como eu faço, sete dias por semana, de dia e de noite".
A semana da moda de Paris termina a 07 de março. Na capital francesa vão também marcar presença, na quarta-feira, os portugueses Luís Buchinho e Felipe Oliveira Baptista.
As coleções que Fátima Lopes e Felipe Oliveira Baptista apresentam em Paris serão depois mostradas no Portugal Fashion, no Porto. As propostas de Luís Buchinho vão desfilar na passerelle da ModaLisboa, no Terreiro do Paço.
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Artesão de Miranda do Douro dá vida a instrumentos polifónicos medievais
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O regresso de Célio Pires
Artesão de Miranda do Douro dá vida a instrumentos polifónicos medievais
O regresso à terra Natal tornou Célio Pires num dos mais respeitados construtores de instrumentos polifónicos do país, com exemplares que são tocados por instrumentistas profissionais e amadores, um pouco por toda a Península Ibérica e França.
\" A sanfona e o organistrum são instrumentos que há já muito tempo me despertam a curiosidade. No entanto, a minha vida profissional não tem permitido dispor do tempo necessário para a construção destes engenhosos instrumentos\", disse à Lusa Célio Pires.
O artesão, para além de construtor, é considerado pelos etnomusicólogos portugueses e espanhóis como um dos melhores executantes de sanfona, flauta pastoril, e gaita de foles da sua geração.
Este militar da GNR a residir na aldeia raiana de Constantim (Miranda do Douro) construiu o seu primeiro instrumento musical aos 16 anos e atualmente o seu tempo livre é ocupado a construir exemplares únicos de instrumentos tradicionais e réplicas de outros que remontam à Idade Média.
\"A minha paixão por estes instrumentos vem na sequência da sua sonoridade, já que um instrumentista, com um único instrumento, consegue tocar e cantar diversas melodias tradicionais acompanhados por instrumentos tipo «baixo», constatou o artesão.
Uma das suas mais recentes construções é um organistrum, instrumento de cordas tocado por duas pessoas e que remonta, segundo o construtor, ao século 09, sendo considerado o antecessor da sanfona.
\"Estes instrumentos não vão quebrar a tradição da música da região mirandesa ou transmontana, já que há registos dos mesmos desde a Idade Média, sendo possível encontrar gravuras em igrejas ou catedrais da Península\", frisou.
Célio Peres recorda que o «organistrum era muito utilizado para tocar música sacra, tendo caído em desuso com o aparecimento do órgão. No entanto, este instrumento evoluiu para a sanfona, um instrumento mais fácil de tocar».
Segundo o construtor de instrumentos, a escolha dos materiais é muito importante para se obter uma sonoridade apurada e afinada: por esse motivo, tem que se recorrer a materiais e madeiras nobres e ao mesmo tempo ter a certeza do que se está a fazer.
«Quando construímos um cordofone temos que ter em conta que a escolha da madeira é fundamental e tem de ser a adequada às diversas partes do instrumento», destacou o construtor.
A madeira de nogueira, o pau santo, o ácer selvagem, o pinho Flandes, pau preto ou alguergue são madeiras nobres que o construtor não dispensa.
«Devido ao seu preço e à crise, ainda há pouca gente a comprá-los, a não ser os grupos musicais«, salientou.
Passo a passo, o instrumento ganha forma até chegar à mão de qualquer tocador que terá de desembolsar entre quatro a cinco mil euros para adquirir um dos exemplares. Todos únicos.
Lusa, 2012-04-03
O regresso de Célio Pires
Artesão de Miranda do Douro dá vida a instrumentos polifónicos medievais
O regresso à terra Natal tornou Célio Pires num dos mais respeitados construtores de instrumentos polifónicos do país, com exemplares que são tocados por instrumentistas profissionais e amadores, um pouco por toda a Península Ibérica e França.
\" A sanfona e o organistrum são instrumentos que há já muito tempo me despertam a curiosidade. No entanto, a minha vida profissional não tem permitido dispor do tempo necessário para a construção destes engenhosos instrumentos\", disse à Lusa Célio Pires.
O artesão, para além de construtor, é considerado pelos etnomusicólogos portugueses e espanhóis como um dos melhores executantes de sanfona, flauta pastoril, e gaita de foles da sua geração.
Este militar da GNR a residir na aldeia raiana de Constantim (Miranda do Douro) construiu o seu primeiro instrumento musical aos 16 anos e atualmente o seu tempo livre é ocupado a construir exemplares únicos de instrumentos tradicionais e réplicas de outros que remontam à Idade Média.
\"A minha paixão por estes instrumentos vem na sequência da sua sonoridade, já que um instrumentista, com um único instrumento, consegue tocar e cantar diversas melodias tradicionais acompanhados por instrumentos tipo «baixo», constatou o artesão.
Uma das suas mais recentes construções é um organistrum, instrumento de cordas tocado por duas pessoas e que remonta, segundo o construtor, ao século 09, sendo considerado o antecessor da sanfona.
\"Estes instrumentos não vão quebrar a tradição da música da região mirandesa ou transmontana, já que há registos dos mesmos desde a Idade Média, sendo possível encontrar gravuras em igrejas ou catedrais da Península\", frisou.
Célio Peres recorda que o «organistrum era muito utilizado para tocar música sacra, tendo caído em desuso com o aparecimento do órgão. No entanto, este instrumento evoluiu para a sanfona, um instrumento mais fácil de tocar».
Segundo o construtor de instrumentos, a escolha dos materiais é muito importante para se obter uma sonoridade apurada e afinada: por esse motivo, tem que se recorrer a materiais e madeiras nobres e ao mesmo tempo ter a certeza do que se está a fazer.
«Quando construímos um cordofone temos que ter em conta que a escolha da madeira é fundamental e tem de ser a adequada às diversas partes do instrumento», destacou o construtor.
A madeira de nogueira, o pau santo, o ácer selvagem, o pinho Flandes, pau preto ou alguergue são madeiras nobres que o construtor não dispensa.
«Devido ao seu preço e à crise, ainda há pouca gente a comprá-los, a não ser os grupos musicais«, salientou.
Passo a passo, o instrumento ganha forma até chegar à mão de qualquer tocador que terá de desembolsar entre quatro a cinco mil euros para adquirir um dos exemplares. Todos únicos.
Lusa, 2012-04-03
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Única fábrica do País faz sinos para todas as paróquias
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Única fábrica do País faz sinos para todas as paróquias
por Lusa, publicado por Helena Tecedeiro
Hoje
Na rua da Cidade do Porto, em Braga, trabalha-se há mais de 80 anos no fabrico de sinos, numa empresa familiar que é a única do ramo em Portugal e que já produziu para todas as paróquias do país.
Para Arlindo Jerónimo, sócio-gerente e filho do fundador Serafim da Silva, "o sino é um instrumento musical e, como tal, tem de ter uma nota devidamente afinada".
É por isso que continua a supervisionar a fundição dos maiores "instrumentos", a poucos metros das temperaturas de 1.040 graus, necessárias para fundir o bronze.
A empresa, criada em 1932 e que atualmente emprega 40 trabalhadores, fabrica "entre 220 e 230 sinos por ano", trabalhando sobretudo para o mercado interno, mas exportando também "alguma coisa para Espanha, França, América Latina e para os países de expressão portuguesa", disse à Lusa Arlindo Jerónimo, depois de acompanhar a fundição de um sino de carrilhão.
"Fazemos sobretudo sinos para igrejas, mas também para edifícios públicos, como câmaras municipais ou escolas", explicou, lamentando que em Portugal não haja "muitos sinos conhecidos".
Arlindo Jerónimo recordou à agência Lusa, de entre os milhares de sinos que já produziu, o fabrico dos do convento de Mafra, para além do restauro dos sinos do Palácio da Ajuda e da Basílica da Estrela, ambos em Lisboa.
"Usamos a argila para fabricar a parte interior do sino. Depois, construímos o que chamamos de falso sino, onde é colocado todo o alto-relevo em cera. Vem, depois, a terceira forma, que será a parte exterior do sino", explicou.
"Quando as duas primeiras formas estão prontas, retiramos a terceira, partimos a do meio que é o falso sino, voltamos a colocar a terceira na primeira e preenchemos o espaço que sobra com o bronze, que é uma liga de 78 por cento de cobre e 22 por cento de estanho", sublinhou o fabricante, para concluir que "este é o processo normal de uma fundição de sinos."
Segundo o herdeiro de A Serafim da Silva Jerónimo & Filhos, Lta., a empresa produz para "todas as freguesias do país", prestando assistência aos "milhares de relógios e sinos" que existem em todo o território nacional.
"O sino funciona como um coro de cinco vozes: se está afinado, é um coro perfeito, se não, é um coro desafinado", afirmou Arlindo Jerónimo, referindo que até já cedeu alguns sinos para a orquestra da Gulbenkian.
Depois de mais de oitenta anos enquanto único fabricante destes instrumentos em Portugal, a empresa acabou por saturar o próprio mercado, pela que reagiu à quebra do negócio com o fabrico de relógios computadorizados, órgãos de igreja ou restauro dos milhares de sinos que badalam por todo o país.
O processo de fabrico é já milenar, revela Arlindo Jerónimo.
"Já antes de Cristo se faziam sinos com este processo, que sofreu apenas alguns melhoramentos. Não dá para fazer muito mais, na medida em que é uma peça artesanal que tem que ser feita com muito cuidado e atenção".
"E depois tem todo aquele rendilhado ou imagens dos santos padroeiros das freguesias para que são feitos. Cada sino representa a história da paróquia para que é feito. De facto, também é uma peça que fica para o registo daquela freguesia", disse à Lusa.
In DN
Única fábrica do País faz sinos para todas as paróquias
por Lusa, publicado por Helena Tecedeiro
Hoje
Na rua da Cidade do Porto, em Braga, trabalha-se há mais de 80 anos no fabrico de sinos, numa empresa familiar que é a única do ramo em Portugal e que já produziu para todas as paróquias do país.
Para Arlindo Jerónimo, sócio-gerente e filho do fundador Serafim da Silva, "o sino é um instrumento musical e, como tal, tem de ter uma nota devidamente afinada".
É por isso que continua a supervisionar a fundição dos maiores "instrumentos", a poucos metros das temperaturas de 1.040 graus, necessárias para fundir o bronze.
A empresa, criada em 1932 e que atualmente emprega 40 trabalhadores, fabrica "entre 220 e 230 sinos por ano", trabalhando sobretudo para o mercado interno, mas exportando também "alguma coisa para Espanha, França, América Latina e para os países de expressão portuguesa", disse à Lusa Arlindo Jerónimo, depois de acompanhar a fundição de um sino de carrilhão.
"Fazemos sobretudo sinos para igrejas, mas também para edifícios públicos, como câmaras municipais ou escolas", explicou, lamentando que em Portugal não haja "muitos sinos conhecidos".
Arlindo Jerónimo recordou à agência Lusa, de entre os milhares de sinos que já produziu, o fabrico dos do convento de Mafra, para além do restauro dos sinos do Palácio da Ajuda e da Basílica da Estrela, ambos em Lisboa.
"Usamos a argila para fabricar a parte interior do sino. Depois, construímos o que chamamos de falso sino, onde é colocado todo o alto-relevo em cera. Vem, depois, a terceira forma, que será a parte exterior do sino", explicou.
"Quando as duas primeiras formas estão prontas, retiramos a terceira, partimos a do meio que é o falso sino, voltamos a colocar a terceira na primeira e preenchemos o espaço que sobra com o bronze, que é uma liga de 78 por cento de cobre e 22 por cento de estanho", sublinhou o fabricante, para concluir que "este é o processo normal de uma fundição de sinos."
Segundo o herdeiro de A Serafim da Silva Jerónimo & Filhos, Lta., a empresa produz para "todas as freguesias do país", prestando assistência aos "milhares de relógios e sinos" que existem em todo o território nacional.
"O sino funciona como um coro de cinco vozes: se está afinado, é um coro perfeito, se não, é um coro desafinado", afirmou Arlindo Jerónimo, referindo que até já cedeu alguns sinos para a orquestra da Gulbenkian.
Depois de mais de oitenta anos enquanto único fabricante destes instrumentos em Portugal, a empresa acabou por saturar o próprio mercado, pela que reagiu à quebra do negócio com o fabrico de relógios computadorizados, órgãos de igreja ou restauro dos milhares de sinos que badalam por todo o país.
O processo de fabrico é já milenar, revela Arlindo Jerónimo.
"Já antes de Cristo se faziam sinos com este processo, que sofreu apenas alguns melhoramentos. Não dá para fazer muito mais, na medida em que é uma peça artesanal que tem que ser feita com muito cuidado e atenção".
"E depois tem todo aquele rendilhado ou imagens dos santos padroeiros das freguesias para que são feitos. Cada sino representa a história da paróquia para que é feito. De facto, também é uma peça que fica para o registo daquela freguesia", disse à Lusa.
In DN
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Português cria combustível inteligente com vides
.
Português cria combustível inteligente com vides
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato
Hoje
Um fogão a lenha, um micro-ondas, a balança da cozinha, um assador e a salamandra da sala foram alguns dos equipamentos utilizados pelo investigador Pedro Teixeira para criar um combustível sólido inteligente à base de vides.
Pedro Teixeira, de 40 anos, tirou o curso na Faculdade de Engenharia do Porto e desenvolveu vários projetos, sendo o mais conhecido uma bengala eletrónica para invisuais, com a qual ganhou uma medalha de ouro nos Estados Unidos da América e uma distinção no Japão.
A burocracia que teve que enfrentar acabou por se transformar num entrave e por isso abandonou a investigação para andar a fazer outras coisas.
Este ano, foi viver para a Régua e foi ali que voltou a criar e a inovar.
O investigador está a desenvolver o projeto Da_Vide, que visa utilizar os resíduos resultantes da limpeza das videiras, após as vindimas, e que, até agora, estavam a ser desperdiçados.
E, segundo defendeu, as aplicações para as vides vão desde o artesanato, à produção energética, indústria, componentes e acessórios, engenharia e tecnologia e ainda design, decoração e moda.
Com a oficina instalada em casa, Pedro Teixeira recorre aos equipamentos domésticos para trabalhar.
"Não é preciso um laboratório com grande tecnologia para inovar", afirmou à agência Lusa.
O investigador está a trabalhar num combustível sólido inteligente, que utiliza os vários componentes das vides para fazer um combustível à medida, ou seja, com uma ignição rápida e que faça mais brasa para um assado, ou mais chama para alimentar uma lareira.
No fogão a lenha, Pedro Teixeira faz testes de combustão. "Conseguimos controlar a entrada de ar, ou seja, do oxidante que participa no processo de combustão", explicou.
Este fogão é ainda utilizado para fazer testes do processo de secagem das vides.
Com as cinzas, que caem para uma parte inferior deste fogão, é possível medir "todas as grandezas" que interessam: o calor, o peso e quantidade.
Depois, através da chaminé, é possível "medir os gases e fazer testes de toxicidade".
O micro-ondas serve para fazer testes rápidos de temperatura. "Se pegar num pouco de lenha e de vide e a colocar no micro-ondas, vê-se logo que as características térmicas das vides são muito diferentes, pois vai aquecer imenso, enquanto que a madeira, em geral, quase não aquece", salientou.
Quando se fala de biomassa, a característica que se mede é a quantidade de energia por quilograma. Logo, todas as experiências que forem desenvolvidas têm que ser pesadas. Para o efeito, Pedro Teixeira recorre à balança da cozinha.
Com a salamandra da sala o ambiente é mais controlado, logo, de acordo com o responsável, o processo de combustão pode ser também mais controlado.
Depois, no assador, são feitos os testes mais reais e sem controlo.
Pedro Teixeira recorre ainda a um termómetro e a um "velhinho" multímetro, que é usado para medir parâmetros.
"Quando se está a tentar inovar, se há uma diferença de um por cento nem se vai notar. O que interessa é que haja uma diferença significativa e, para medir essa diferença, não precisamos de equipamento assim tão sofisticados", frisou.
In DN
Português cria combustível inteligente com vides
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato
Hoje
Um fogão a lenha, um micro-ondas, a balança da cozinha, um assador e a salamandra da sala foram alguns dos equipamentos utilizados pelo investigador Pedro Teixeira para criar um combustível sólido inteligente à base de vides.
Pedro Teixeira, de 40 anos, tirou o curso na Faculdade de Engenharia do Porto e desenvolveu vários projetos, sendo o mais conhecido uma bengala eletrónica para invisuais, com a qual ganhou uma medalha de ouro nos Estados Unidos da América e uma distinção no Japão.
A burocracia que teve que enfrentar acabou por se transformar num entrave e por isso abandonou a investigação para andar a fazer outras coisas.
Este ano, foi viver para a Régua e foi ali que voltou a criar e a inovar.
O investigador está a desenvolver o projeto Da_Vide, que visa utilizar os resíduos resultantes da limpeza das videiras, após as vindimas, e que, até agora, estavam a ser desperdiçados.
E, segundo defendeu, as aplicações para as vides vão desde o artesanato, à produção energética, indústria, componentes e acessórios, engenharia e tecnologia e ainda design, decoração e moda.
Com a oficina instalada em casa, Pedro Teixeira recorre aos equipamentos domésticos para trabalhar.
"Não é preciso um laboratório com grande tecnologia para inovar", afirmou à agência Lusa.
O investigador está a trabalhar num combustível sólido inteligente, que utiliza os vários componentes das vides para fazer um combustível à medida, ou seja, com uma ignição rápida e que faça mais brasa para um assado, ou mais chama para alimentar uma lareira.
No fogão a lenha, Pedro Teixeira faz testes de combustão. "Conseguimos controlar a entrada de ar, ou seja, do oxidante que participa no processo de combustão", explicou.
Este fogão é ainda utilizado para fazer testes do processo de secagem das vides.
Com as cinzas, que caem para uma parte inferior deste fogão, é possível medir "todas as grandezas" que interessam: o calor, o peso e quantidade.
Depois, através da chaminé, é possível "medir os gases e fazer testes de toxicidade".
O micro-ondas serve para fazer testes rápidos de temperatura. "Se pegar num pouco de lenha e de vide e a colocar no micro-ondas, vê-se logo que as características térmicas das vides são muito diferentes, pois vai aquecer imenso, enquanto que a madeira, em geral, quase não aquece", salientou.
Quando se fala de biomassa, a característica que se mede é a quantidade de energia por quilograma. Logo, todas as experiências que forem desenvolvidas têm que ser pesadas. Para o efeito, Pedro Teixeira recorre à balança da cozinha.
Com a salamandra da sala o ambiente é mais controlado, logo, de acordo com o responsável, o processo de combustão pode ser também mais controlado.
Depois, no assador, são feitos os testes mais reais e sem controlo.
Pedro Teixeira recorre ainda a um termómetro e a um "velhinho" multímetro, que é usado para medir parâmetros.
"Quando se está a tentar inovar, se há uma diferença de um por cento nem se vai notar. O que interessa é que haja uma diferença significativa e, para medir essa diferença, não precisamos de equipamento assim tão sofisticados", frisou.
In DN
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Vides do Douro transformadas em combustível sólido inteligente
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«Combustível sólido inteligente»
Vides do Douro transformadas em combustível sólido inteligente
O investigador Pedro Teixeira quer aproveitar as vides do Douro para a produção de um «combustível sólido inteligente», que vai queimar à medida, com mais chama ou mais brasa, quer seja para um assador ou para uma lareira.
Após as vindimas na Região Demarcada do Douro, as videiras têm de ser limpas, podadas. Estes resíduos, as vides, são normalmente triturados ou queimados.
Um «desperdício» de recursos que Pedro Teixeira, de 40 anos, resolveu aproveitar. E assim nasceu o Projeto Da_Vide.
Primeiro, foi o artesanato e agora o \"combustível sólido inteligente\".
Usar apenas as vides para alimentar uma fogueira não é uma boa solução, porque é um material pouco denso, muito leve, sendo necessário um grande volume para substituir um cavaco de madeira.
Depois de estudar este resíduo, Pedro Teixeira concluiu que se trata de biomassa com uma grande capacidade energética, constituída por componentes diferentes, com também diferentes características em termos de combustão, que a fazem \"extraordinária\".
\"Isto faz com que possamos desenhar um combustível à medida, em função da utilização que se pretenda\", afirmou à agência Lusa.
A ideia passa por fazer placas, recorrendo à compactação das vides, juntando várias camadas de diferentes espessuras. Depois, a constituição interna será o próprio investigador que a vai definir.
Ou seja, pode-se fazer um combustível com uma ignição rápida e que faça mais brasa para um assado, ou mais chama para alimentar uma lareira. Com este processo, pode ser controlado o tempo e a potência com que o combustível vai ser queimado.
Pedro Teixeira garantiu que a tecnologia aplicada é simples. Passa pela seleção dos componentes da vide, depois pelo processo de secagem e o índice de compactação, uma das variáveis que influencia na combustão (com baixa densidade arde mais com chama).
Depois, de acordo com o responsável, há ainda a característica do sabor. É que, na sua opinião, as vides, para além de assarem, também temperam.
\"O próximo passo é pegar em toda a ciência desenvolvida em torno dos vinhos e que tem a ver com o paladar e tentar transferir parte desse conhecimento para a tecnologia das vides\", sublinhou.
Em termos médios, a densidade de plantação no Douro anda à volta dos cinco a seis mil pés (videiras) por hectare. A região demarcada possui 45 mil hectares. Segundo o investigador, a quantidade de lenha de poda que resulta anualmente de uma videira com vigor médio é de aproximadamente 800 gramas.
Isto quer dizer que são muitas as toneladas de vides que, neste momento, estão a ser \"completamente desperdiçadas\".
Para apresentar este projeto, está a ser preparado um magusto em que as pessoas vão ser convidadas a levar o seu próprio combustível, quer seja lenha ou carvão, para fazer uma espécie de competição. \"Nós vamos tentar fazer melhor do que todos os outros\", frisou.
Mas as aplicações para as vides não ficam por aqui. Pedro Teixeira está a desenvolver estudos em outras áreas como a indústria de componentes e acessórios, engenharia e tecnologia e ainda design, decoração e moda.
Lusa, 2012-10-17
«Combustível sólido inteligente»
Vides do Douro transformadas em combustível sólido inteligente
O investigador Pedro Teixeira quer aproveitar as vides do Douro para a produção de um «combustível sólido inteligente», que vai queimar à medida, com mais chama ou mais brasa, quer seja para um assador ou para uma lareira.
Após as vindimas na Região Demarcada do Douro, as videiras têm de ser limpas, podadas. Estes resíduos, as vides, são normalmente triturados ou queimados.
Um «desperdício» de recursos que Pedro Teixeira, de 40 anos, resolveu aproveitar. E assim nasceu o Projeto Da_Vide.
Primeiro, foi o artesanato e agora o \"combustível sólido inteligente\".
Usar apenas as vides para alimentar uma fogueira não é uma boa solução, porque é um material pouco denso, muito leve, sendo necessário um grande volume para substituir um cavaco de madeira.
Depois de estudar este resíduo, Pedro Teixeira concluiu que se trata de biomassa com uma grande capacidade energética, constituída por componentes diferentes, com também diferentes características em termos de combustão, que a fazem \"extraordinária\".
\"Isto faz com que possamos desenhar um combustível à medida, em função da utilização que se pretenda\", afirmou à agência Lusa.
A ideia passa por fazer placas, recorrendo à compactação das vides, juntando várias camadas de diferentes espessuras. Depois, a constituição interna será o próprio investigador que a vai definir.
Ou seja, pode-se fazer um combustível com uma ignição rápida e que faça mais brasa para um assado, ou mais chama para alimentar uma lareira. Com este processo, pode ser controlado o tempo e a potência com que o combustível vai ser queimado.
Pedro Teixeira garantiu que a tecnologia aplicada é simples. Passa pela seleção dos componentes da vide, depois pelo processo de secagem e o índice de compactação, uma das variáveis que influencia na combustão (com baixa densidade arde mais com chama).
Depois, de acordo com o responsável, há ainda a característica do sabor. É que, na sua opinião, as vides, para além de assarem, também temperam.
\"O próximo passo é pegar em toda a ciência desenvolvida em torno dos vinhos e que tem a ver com o paladar e tentar transferir parte desse conhecimento para a tecnologia das vides\", sublinhou.
Em termos médios, a densidade de plantação no Douro anda à volta dos cinco a seis mil pés (videiras) por hectare. A região demarcada possui 45 mil hectares. Segundo o investigador, a quantidade de lenha de poda que resulta anualmente de uma videira com vigor médio é de aproximadamente 800 gramas.
Isto quer dizer que são muitas as toneladas de vides que, neste momento, estão a ser \"completamente desperdiçadas\".
Para apresentar este projeto, está a ser preparado um magusto em que as pessoas vão ser convidadas a levar o seu próprio combustível, quer seja lenha ou carvão, para fazer uma espécie de competição. \"Nós vamos tentar fazer melhor do que todos os outros\", frisou.
Mas as aplicações para as vides não ficam por aqui. Pedro Teixeira está a desenvolver estudos em outras áreas como a indústria de componentes e acessórios, engenharia e tecnologia e ainda design, decoração e moda.
Lusa, 2012-10-17
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Empresária do Douro usa trapos e folhas de videira para fazer papel
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«Trapo se faz papel»
Empresária do Douro usa trapos e folhas de videira para fazer papel
Uma empresária do Douro está a apostar no fabrico artesanal de papel, reciclando desperdícios têxteis onde incorpora materiais como folhas de videira, fetos ou alfazema, e o resultado é um produto feito à medida do cliente.
Ana Sofia Gomes, 35 anos, era gestora de uma empresa. Apesar da crise instalada no país não teve medo de desistir do emprego e de se lançar na concretização do seu próprio projecto.
Foi assim que nasceu a Papel Douro, empresa instalada na zona industrial de Alijó, e é assim também que do «Trapo se faz papel».
«No fundo, o que nós fazemos é uma reciclagem porque vamos buscar os desperdícios da indústria têxtil, que são os trapos cem por cento algodão, e depois recorremos a um processo totalmente ecológico», afirmou a empresária.
Este papel nasce de uma mistura de algodão, mais desfeito e em trapos, com água, sem recurso a qualquer aditivo químico. O trapo é macerado, triturado e transformado em pasta de papel devido à adição de água.
Depois, na pasta de papel podem ser incorporados os mais diversos materiais, desde palhas, fetos, barbas de milho, musgo, alfazema ou açafrão.
E, porque está em pleno Douro vinhateiro, a empresária quer aproveitar a matéria-prima local e, por isso, vai também juntar folhas de videira para criar o que chama «papel de cardápio».
Este produto poderá ser usado, por exemplo, para imprimir ementas para restaurantes ou cardápios e vinhos.
O papel é trabalhado à medida, com a espessura ou o relevo necessários para o fim a que se destina, quer seja para um álbum de fotografias, para sacos, para embalagens ou cartas, para individuais de mesa ou porta guardanapos.
«Esta base artesanal permite-nos diferenciar o produto e adaptá-lo às necessidades do cliente. Vamos fazendo o papel à medida do que é solicitado», salientou.
Ana Sofia Gomes referiu ainda que teve que mandar construir de propósito algumas das máquinas que estão a ser utilizadas no processo artesanal.
Mas a aposta da empresa não fica pela produção. As suas portas vão estar abertas para receber grupos de estudantes e de turistas e ensinar a história do papel, desde o antepassado papiro (Egito) até aos nossos dias.
«Vêm ver como é feita uma folha de papel e eles próprios podem experimentar fazer e, no fim do dia, levar a sua própria folha de papel», salientou.
Ana Sofia Gomes afirmou que decisão de abandonar o emprego foi «muito pensada», mas, segundo sublinhou, acreditou «no potencial do negócio do papel».
«Acho que era um nicho de mercado na zona do Douro vinhateiro. Queremos também potenciar o Douro, mostrar que é mais do que vinha e vinho», sustentou.
Mirante, 2013-03-08
«Trapo se faz papel»
Empresária do Douro usa trapos e folhas de videira para fazer papel
Uma empresária do Douro está a apostar no fabrico artesanal de papel, reciclando desperdícios têxteis onde incorpora materiais como folhas de videira, fetos ou alfazema, e o resultado é um produto feito à medida do cliente.
Ana Sofia Gomes, 35 anos, era gestora de uma empresa. Apesar da crise instalada no país não teve medo de desistir do emprego e de se lançar na concretização do seu próprio projecto.
Foi assim que nasceu a Papel Douro, empresa instalada na zona industrial de Alijó, e é assim também que do «Trapo se faz papel».
«No fundo, o que nós fazemos é uma reciclagem porque vamos buscar os desperdícios da indústria têxtil, que são os trapos cem por cento algodão, e depois recorremos a um processo totalmente ecológico», afirmou a empresária.
Este papel nasce de uma mistura de algodão, mais desfeito e em trapos, com água, sem recurso a qualquer aditivo químico. O trapo é macerado, triturado e transformado em pasta de papel devido à adição de água.
Depois, na pasta de papel podem ser incorporados os mais diversos materiais, desde palhas, fetos, barbas de milho, musgo, alfazema ou açafrão.
E, porque está em pleno Douro vinhateiro, a empresária quer aproveitar a matéria-prima local e, por isso, vai também juntar folhas de videira para criar o que chama «papel de cardápio».
Este produto poderá ser usado, por exemplo, para imprimir ementas para restaurantes ou cardápios e vinhos.
O papel é trabalhado à medida, com a espessura ou o relevo necessários para o fim a que se destina, quer seja para um álbum de fotografias, para sacos, para embalagens ou cartas, para individuais de mesa ou porta guardanapos.
«Esta base artesanal permite-nos diferenciar o produto e adaptá-lo às necessidades do cliente. Vamos fazendo o papel à medida do que é solicitado», salientou.
Ana Sofia Gomes referiu ainda que teve que mandar construir de propósito algumas das máquinas que estão a ser utilizadas no processo artesanal.
Mas a aposta da empresa não fica pela produção. As suas portas vão estar abertas para receber grupos de estudantes e de turistas e ensinar a história do papel, desde o antepassado papiro (Egito) até aos nossos dias.
«Vêm ver como é feita uma folha de papel e eles próprios podem experimentar fazer e, no fim do dia, levar a sua própria folha de papel», salientou.
Ana Sofia Gomes afirmou que decisão de abandonar o emprego foi «muito pensada», mas, segundo sublinhou, acreditou «no potencial do negócio do papel».
«Acho que era um nicho de mercado na zona do Douro vinhateiro. Queremos também potenciar o Douro, mostrar que é mais do que vinha e vinho», sustentou.
Mirante, 2013-03-08
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Quatro localidades transmontanas na rede turística «Aldeias de Portugal»
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Mais-valia turística do território
Quatro localidades transmontanas na rede turística «Aldeias de Portugal»
Quatro das mais típicas aldeias transmontanas foram incluídas na rede «Aldeias de Portugal», um roteiro turístico que convida a desfrutar das tradições, gastronomia e cultura das zonas rurais.
Da oferta deste projeto constam agora a emblemática aldeia de Montesinho, em Bragança, coração do parque natural com o mesmo nome, e, também em Bragança, Rio D Onor conhecida pelo comunitarismo e por um quotidiano partilhado entre portugueses e espanhóis.
Ambas fazem parte da chamada Terra Fria Transmontana, assim como as outras duas localidades que constam agora das \"Aldeias de Portugal\": Picote, em Miranda do Douro, e São Joanico, em Vimioso.
A integração nesta rede turística teve o apoio da Corane, a Associação para o Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, que representa os municípios de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais.
Dinamizar económica, social e culturalmente aldeias de norte a sul do país, que ofereçam um nível de serviços e capacidade de receber que dignifiquem o território rural, é o propósito deste projeto.
\"Para integrar este projeto é necessário que as aldeias apresentem um bom estado de conservação, alguma tipicidade e um nível de serviços de apoio ao turismo razoável, como alojamento, restauração, lojas de venda de artesanato, entre outros serviços\", explicou Luísa Pires, coordenadora da Corane.
A integração nesta rede permite às aldeias e aos agentes económicos locais, beneficiarem de ações de promoção conjuntas, nomeadamente a participação em feiras de Turismo, a divulgação através de um portal na Internet, edição de livros, brochuras e diverso material promocional.
Entidades públicas ou privados que pretendam desenvolver projetos na área do turismo no espaço das localidades classificadas beneficiam de uma majoração nas candidaturas que possam efetuar a fundos comunitários.
A Corane está a desenvolver algumas iniciativas de promoção do projeto e ações de melhoria nas próprias aldeias, como um projeto de sinalização para identificar os equipamentos existentes, serviços, património, percursos pedestres e outros locais de interesse.
O objetivo principal do projeto é reforçar a oferta de produtos e serviços complementares, ligados a uma experiência turística em contacto com o mundo rural e conseguir atrair novos investidores que dinamizem e projetem as aldeias classificadas como uma mais-valia turística do território, segundo os promotores.
Lusa, 2013-03-20
Mais-valia turística do território
Quatro localidades transmontanas na rede turística «Aldeias de Portugal»
Quatro das mais típicas aldeias transmontanas foram incluídas na rede «Aldeias de Portugal», um roteiro turístico que convida a desfrutar das tradições, gastronomia e cultura das zonas rurais.
Da oferta deste projeto constam agora a emblemática aldeia de Montesinho, em Bragança, coração do parque natural com o mesmo nome, e, também em Bragança, Rio D Onor conhecida pelo comunitarismo e por um quotidiano partilhado entre portugueses e espanhóis.
Ambas fazem parte da chamada Terra Fria Transmontana, assim como as outras duas localidades que constam agora das \"Aldeias de Portugal\": Picote, em Miranda do Douro, e São Joanico, em Vimioso.
A integração nesta rede turística teve o apoio da Corane, a Associação para o Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, que representa os municípios de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais.
Dinamizar económica, social e culturalmente aldeias de norte a sul do país, que ofereçam um nível de serviços e capacidade de receber que dignifiquem o território rural, é o propósito deste projeto.
\"Para integrar este projeto é necessário que as aldeias apresentem um bom estado de conservação, alguma tipicidade e um nível de serviços de apoio ao turismo razoável, como alojamento, restauração, lojas de venda de artesanato, entre outros serviços\", explicou Luísa Pires, coordenadora da Corane.
A integração nesta rede permite às aldeias e aos agentes económicos locais, beneficiarem de ações de promoção conjuntas, nomeadamente a participação em feiras de Turismo, a divulgação através de um portal na Internet, edição de livros, brochuras e diverso material promocional.
Entidades públicas ou privados que pretendam desenvolver projetos na área do turismo no espaço das localidades classificadas beneficiam de uma majoração nas candidaturas que possam efetuar a fundos comunitários.
A Corane está a desenvolver algumas iniciativas de promoção do projeto e ações de melhoria nas próprias aldeias, como um projeto de sinalização para identificar os equipamentos existentes, serviços, património, percursos pedestres e outros locais de interesse.
O objetivo principal do projeto é reforçar a oferta de produtos e serviços complementares, ligados a uma experiência turística em contacto com o mundo rural e conseguir atrair novos investidores que dinamizem e projetem as aldeias classificadas como uma mais-valia turística do território, segundo os promotores.
Lusa, 2013-03-20
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