Bactéria 'solitária' dá pista sobre vida fora da Terra, diz estudo
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Bactéria 'solitária' dá pista sobre vida fora da Terra, diz estudo
Bactéria 'solitária' dá pista sobre vida fora da Terra, diz estudo
Candidatus Desulforudis audaxviator (Imagem: Laboratório Nacional de Berkeley, CA)
Bactéria sobrevive sem oxigênio e se reproduz dividindo a si mesma
Cientistas americanos descobriram na África do Sul um minúsculo organismo que vive inteiramente isolado, sem oxigênio e na escuridão total das profundezas da Terra.
Acredita-se que a descoberta da bactéria, descrita na edição desta sexta-feira da revista científica Science, tenha revelado a criatura mais solitária do planeta e forneça pistas sobre como seria possível haver vida em outros planetas.
A bactéria foi batizada de candidatus desulforudis audaxviator, em referência a uma citação em latim contida no livro Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne. A referência encontrada pelo personagem-herói, um "viajante audaz" (audax viator), termina inspirando-o a empreender a jornada.
A d. audaxviator foi encontrada imersa em água em uma mina de ouro na África do Sul por uma equipe do Laboratório Nacional de Berkeley, da Califórnia (Estados Unidos).
Cientistas dizem que a bactéria é "completamente auto-suficiente" – é composta dos elementos que a circundam, incluindo carbono e nitrogênio, retira energia do hidrogênio e do sulfato e se reproduz dividindo a si mesma.
"Isso é algo que sempre especulamos. Mas encontrar isso aqui na Terra é a confirmação da idéia de que se pode, na verdade, condensar os elementos originais de todo um ecossistema em um único genoma", afirmou um dos pesquisadores, Dylan Chivian.
Primórdios
Os cientistas afirmam que a bactéria compõe 99,9% dos organismos que habitam a falha na qual foi encontrada – ou seja, vive completamente isolada de outras criaturas, em um ambiente quente, escuro e com oxigênio rarefeito.
Chivian diz que a descoberta pode dar pistas sobre como eventuais organismos vivos poderiam sobreviver em planetas que, diferente da Terra, não contêm grande oferta de oxigênio.
"Em seus primórdios, a Terra e outros planetas não possuíam muito oxigênio, e a vida evoluiu para encontrar maneiras de obter energia", afirmou Chivian.
"Se um dia descobrirmos a vida em outros planetas, pode muito bem ocorrer de (os organismos) viverem sem oxigênio, extraindo sua energia de elementos químicos como o sulfato."
Candidatus Desulforudis audaxviator (Imagem: Laboratório Nacional de Berkeley, CA)
Bactéria sobrevive sem oxigênio e se reproduz dividindo a si mesma
Cientistas americanos descobriram na África do Sul um minúsculo organismo que vive inteiramente isolado, sem oxigênio e na escuridão total das profundezas da Terra.
Acredita-se que a descoberta da bactéria, descrita na edição desta sexta-feira da revista científica Science, tenha revelado a criatura mais solitária do planeta e forneça pistas sobre como seria possível haver vida em outros planetas.
A bactéria foi batizada de candidatus desulforudis audaxviator, em referência a uma citação em latim contida no livro Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne. A referência encontrada pelo personagem-herói, um "viajante audaz" (audax viator), termina inspirando-o a empreender a jornada.
A d. audaxviator foi encontrada imersa em água em uma mina de ouro na África do Sul por uma equipe do Laboratório Nacional de Berkeley, da Califórnia (Estados Unidos).
Cientistas dizem que a bactéria é "completamente auto-suficiente" – é composta dos elementos que a circundam, incluindo carbono e nitrogênio, retira energia do hidrogênio e do sulfato e se reproduz dividindo a si mesma.
"Isso é algo que sempre especulamos. Mas encontrar isso aqui na Terra é a confirmação da idéia de que se pode, na verdade, condensar os elementos originais de todo um ecossistema em um único genoma", afirmou um dos pesquisadores, Dylan Chivian.
Primórdios
Os cientistas afirmam que a bactéria compõe 99,9% dos organismos que habitam a falha na qual foi encontrada – ou seja, vive completamente isolada de outras criaturas, em um ambiente quente, escuro e com oxigênio rarefeito.
Chivian diz que a descoberta pode dar pistas sobre como eventuais organismos vivos poderiam sobreviver em planetas que, diferente da Terra, não contêm grande oferta de oxigênio.
"Em seus primórdios, a Terra e outros planetas não possuíam muito oxigênio, e a vida evoluiu para encontrar maneiras de obter energia", afirmou Chivian.
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