Cristina Kirchner a caminho da reeleição com votação histórica na Argentina
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Cristina Kirchner a caminho da reeleição com votação histórica na Argentina
Morte do marido resgatou carreira política da Presidente
Cristina Kirchner a caminho da reeleição com votação histórica na Argentina
23.10.2011 - 15:39
Por Rita Siza
Cristina Kirchner soube transformar a
comoção pública com a morte de Nestor em aceitação popular (Andres Stapff/REUTERS)
Um feito extraordinário e notável,
principalmente tendo em conta que durante o seu mandato a taxa de
aprovação da Presidente chegou a bater nos 20 por cento. Um escândalo de
financiamento partidário, o prolongado confronto com os agricultores, o
constante braço-de-ferro com a imprensa, a cavalgada da inflação... uma
sucessão de casos foi erodindo o Governo e a popularidade de Cristina,
aparentemente condenando-a à derrota e irrelevância política.
Foi
a morte inesperada do seu marido e mentor político, Nestor Kirchner, há
um ano, que “resgatou Cristina” de volta para a ribalta, explica Marcos
Novaro, director do Centro de Investigação Política da Universidade de
Buenos Aires, à BBC Mundo.
Sucessora do marido na presidência, a
capacidade de liderança de Cristina, de 58 anos, esteve sempre
ensombrada por Nestor: desde a tomada de posse, no fim de 2007, a
opinião pública via-a como um fantoche manipulado por Kirchner (que foi
Presidente entre 2003 e 2007 e especulava-se que pensaria voltar a
candidatar-se no final do mandato da mulher).
Viúva e aútónoma
Quando
Nestor Kirchner morreu, “Cristina pode converter-se na líder autónoma e
independente que nunca tinha sido. E as pessoas puderam descobrir a
marca da sua governação, até porque ela inteligentemente corrigiu muitas
das faltas que lhe apontavam”, recorda o investigador.
No último
ano, a popularidade de Cristina Kirchner disparou. A Presidente soube
transformar a comoção pública com a morte de Nestor em aceitação
popular: abandonou a postura rígida e distante com que iniciou o mandato
e revelou-se vulnerável e espontânea. Mas, como argumenta a revista
"The Economist", o segundo fôlego da carreira política da Presidente
viúva – Cristina passou a vestir de preto da cabeça aos pés – também
teve muito a ver com a sorte. No caso, a sorte de estar no lugar certo à
hora certa para colher os frutos da política monetária e fiscal
definida pelo Governo de Eduardo Duhalde para estabilizar a economia
depois dos duros golpes do “default” e desvalorização cambial de 2001.
O
crescimento económico de nove por cento em 2010, a redução da taxa de
desemprego e a percepção generalizada de desenvolvimento e bem-estar
(apesar de uma inflação que economistas independentes colocam em 20% mas
o Governo afirma ser de apenas 10%) tornaram a Presidente argentina
virtualmente imbatível. A opinião pública deixou de prestar atenção às
alegações de enriquecimento ilícito e acusações de corrupção que
ciclicamente surgem contra a família Kirchner.
O favoritismo de
Cristina Kirchner ficou logo patente nas primeiras eleições primárias,
abertas, simultâneas e obrigatórias da história da Argentina, realizadas
no passado mês de Agosto. A Presidente candidata à reeleição,
representante da (peronista) Frente para a Vitória, obteve 50,2 por
cento dos votos. Deixou a uma enorme distância de 38 pontos o
social-democrata Ricardo Alfonsin, da coligação Unión Cívica Radical,
segundo classificado com 12,2%, praticamente "ex-aequo" com o antigo
Presidente Eduardo Duhalde, candidato dos dissidentes peronistas, que
teve 12,1%. Em quarto lugar ficou o socialista Hermes Binner, com 10,5 %
dos votos nacionais – mas agora as sondagens dão-lhe16% das intenções
de voto, logo atrás de Cristina Kirchner (que tem 52%).
Essa
desproporção ficou patente durante a campanha eleitoral, caracterizada
por uma espécie de separação das águas entre a candidatura de Cristina
Kirchner – que nem se deu ao trabalho de fazer comícios, fazendo passar a
sua mensagem em anúncios televisivos cuidadosamente produzidos – e o
bloco da oposição. Aí, a corrida é realmente competitiva: como notava a
imprensa, só no último dia houve alguma surpresa e emoção, com uma “dura
batalha final pelo voto da oposição”.
Hora da verdade para "kirchnerismo”
Cristina Kirchner a caminho da reeleição com votação histórica na Argentina
23.10.2011 - 15:39
Por Rita Siza
Cristina Kirchner soube transformar a
comoção pública com a morte de Nestor em aceitação popular (Andres Stapff/REUTERS)
Uma sondagem à boca das urnas dá vitória
à primeira volta nas eleições presidencias argentinas a Cristina
Fernández de Kirchner com 55 por cento. Será reeleita e entrará para a
história como a política mais votada desde o regresso da democracia ao
seu país, em 1983.
Um feito extraordinário e notável,
principalmente tendo em conta que durante o seu mandato a taxa de
aprovação da Presidente chegou a bater nos 20 por cento. Um escândalo de
financiamento partidário, o prolongado confronto com os agricultores, o
constante braço-de-ferro com a imprensa, a cavalgada da inflação... uma
sucessão de casos foi erodindo o Governo e a popularidade de Cristina,
aparentemente condenando-a à derrota e irrelevância política.
Foi
a morte inesperada do seu marido e mentor político, Nestor Kirchner, há
um ano, que “resgatou Cristina” de volta para a ribalta, explica Marcos
Novaro, director do Centro de Investigação Política da Universidade de
Buenos Aires, à BBC Mundo.
Sucessora do marido na presidência, a
capacidade de liderança de Cristina, de 58 anos, esteve sempre
ensombrada por Nestor: desde a tomada de posse, no fim de 2007, a
opinião pública via-a como um fantoche manipulado por Kirchner (que foi
Presidente entre 2003 e 2007 e especulava-se que pensaria voltar a
candidatar-se no final do mandato da mulher).
Viúva e aútónoma
Quando
Nestor Kirchner morreu, “Cristina pode converter-se na líder autónoma e
independente que nunca tinha sido. E as pessoas puderam descobrir a
marca da sua governação, até porque ela inteligentemente corrigiu muitas
das faltas que lhe apontavam”, recorda o investigador.
No último
ano, a popularidade de Cristina Kirchner disparou. A Presidente soube
transformar a comoção pública com a morte de Nestor em aceitação
popular: abandonou a postura rígida e distante com que iniciou o mandato
e revelou-se vulnerável e espontânea. Mas, como argumenta a revista
"The Economist", o segundo fôlego da carreira política da Presidente
viúva – Cristina passou a vestir de preto da cabeça aos pés – também
teve muito a ver com a sorte. No caso, a sorte de estar no lugar certo à
hora certa para colher os frutos da política monetária e fiscal
definida pelo Governo de Eduardo Duhalde para estabilizar a economia
depois dos duros golpes do “default” e desvalorização cambial de 2001.
O
crescimento económico de nove por cento em 2010, a redução da taxa de
desemprego e a percepção generalizada de desenvolvimento e bem-estar
(apesar de uma inflação que economistas independentes colocam em 20% mas
o Governo afirma ser de apenas 10%) tornaram a Presidente argentina
virtualmente imbatível. A opinião pública deixou de prestar atenção às
alegações de enriquecimento ilícito e acusações de corrupção que
ciclicamente surgem contra a família Kirchner.
O favoritismo de
Cristina Kirchner ficou logo patente nas primeiras eleições primárias,
abertas, simultâneas e obrigatórias da história da Argentina, realizadas
no passado mês de Agosto. A Presidente candidata à reeleição,
representante da (peronista) Frente para a Vitória, obteve 50,2 por
cento dos votos. Deixou a uma enorme distância de 38 pontos o
social-democrata Ricardo Alfonsin, da coligação Unión Cívica Radical,
segundo classificado com 12,2%, praticamente "ex-aequo" com o antigo
Presidente Eduardo Duhalde, candidato dos dissidentes peronistas, que
teve 12,1%. Em quarto lugar ficou o socialista Hermes Binner, com 10,5 %
dos votos nacionais – mas agora as sondagens dão-lhe16% das intenções
de voto, logo atrás de Cristina Kirchner (que tem 52%).
Essa
desproporção ficou patente durante a campanha eleitoral, caracterizada
por uma espécie de separação das águas entre a candidatura de Cristina
Kirchner – que nem se deu ao trabalho de fazer comícios, fazendo passar a
sua mensagem em anúncios televisivos cuidadosamente produzidos – e o
bloco da oposição. Aí, a corrida é realmente competitiva: como notava a
imprensa, só no último dia houve alguma surpresa e emoção, com uma “dura
batalha final pelo voto da oposição”.
Hora da verdade para "kirchnerismo”
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Cristina Kirchner a caminho da reeleição com votação histórica na Argentina
madame Mito argenmtina ?
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