Foi Duarte Lima?
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Foi Duarte Lima?
Foi Duarte Lima?
É muito difícil a Duarte Lima escapar incólume à suspeita de que teve algo a ver com o sucedido
Por:Francisco Moita Flores, Professor Universitário
A notícia caiu com estrondo, vinda do Brasil. O advogado Duarte Lima, segundo a Acusação, assassinou a sua cliente Rosalina Ribeiro. O móbil: não deixar rasto de prova de cinco milhões de euros que ela terá depositado numa conta do seu advogado para, desta forma, os desviar do bolo da herança disputada entre Rosalina e a filha de Tomé Feteira.
Li o documento de Acusação. A investigação está bem feita, tendo em conta as circunstâncias em que a Polícia teve de trabalhar, sem testemunhas directas e sem o principal suspeito por perto. Embora tenha lacunas graves, que não esmorecem todas as suspeitas sobre a sua credibilidade. A utilização da arma, por exemplo. Não é claro como terá Duarte Lima adquirido a arma do crime. Por outro lado, está evidenciada informação que coloca Duarte Lima dentro do homicídio. Sobretudo o exame do carro que terá revelado vestígios de sangue no seu interior, a reconstituição da viagem até ao local do crime e, em particular, a profunda contradição entre o seu depoimento inicial e a narrativa reconstituída do crime realizada pela investigação criminal brasileira. Dito de outro modo, se a Acusação não é um documento inatacável, com alguns buracos negros que precisariam de melhor explicação, não é menos verdade que será muito difícil a Duarte Lima escapar incólume à suspeita de que teve algo a ver com o sucedido. E o seu silêncio, ainda que compreensível neste momento, perante a avalanche de condenações precipitadas, não o defenderá, aos olhos dos cidadãos do seu país, da hipótese de ter cometido um crime hediondo.
Em primeiro lugar porque representa o rompimento radical da relação entre advogado e cliente. Se o advogado nos mata, para que servem os advogados? É verdade que é apenas um caso, mas mancha essa relação de confiança sagrada. Em segundo lugar porque o seu próprio país, que lhe deu fortuna e reconhecimento pelos lugares públicos e políticos que desempenhou, merece essa explicação. Ou então, tornar-se-á um caso de repugnância absoluta, pois o próprio julgamento à revelia, com a prova aí apresentada, ainda adensará mais a certeza de que matou por dinheiro a pessoa que nele depositou a maior confiança. Esconder-se atrás dos formalismos legais é fugir à exigência moral. Muito maior do que a exigência do Direito. E isso não terá perdão.
É muito difícil a Duarte Lima escapar incólume à suspeita de que teve algo a ver com o sucedido
Por:Francisco Moita Flores, Professor Universitário
A notícia caiu com estrondo, vinda do Brasil. O advogado Duarte Lima, segundo a Acusação, assassinou a sua cliente Rosalina Ribeiro. O móbil: não deixar rasto de prova de cinco milhões de euros que ela terá depositado numa conta do seu advogado para, desta forma, os desviar do bolo da herança disputada entre Rosalina e a filha de Tomé Feteira.
Li o documento de Acusação. A investigação está bem feita, tendo em conta as circunstâncias em que a Polícia teve de trabalhar, sem testemunhas directas e sem o principal suspeito por perto. Embora tenha lacunas graves, que não esmorecem todas as suspeitas sobre a sua credibilidade. A utilização da arma, por exemplo. Não é claro como terá Duarte Lima adquirido a arma do crime. Por outro lado, está evidenciada informação que coloca Duarte Lima dentro do homicídio. Sobretudo o exame do carro que terá revelado vestígios de sangue no seu interior, a reconstituição da viagem até ao local do crime e, em particular, a profunda contradição entre o seu depoimento inicial e a narrativa reconstituída do crime realizada pela investigação criminal brasileira. Dito de outro modo, se a Acusação não é um documento inatacável, com alguns buracos negros que precisariam de melhor explicação, não é menos verdade que será muito difícil a Duarte Lima escapar incólume à suspeita de que teve algo a ver com o sucedido. E o seu silêncio, ainda que compreensível neste momento, perante a avalanche de condenações precipitadas, não o defenderá, aos olhos dos cidadãos do seu país, da hipótese de ter cometido um crime hediondo.
Em primeiro lugar porque representa o rompimento radical da relação entre advogado e cliente. Se o advogado nos mata, para que servem os advogados? É verdade que é apenas um caso, mas mancha essa relação de confiança sagrada. Em segundo lugar porque o seu próprio país, que lhe deu fortuna e reconhecimento pelos lugares públicos e políticos que desempenhou, merece essa explicação. Ou então, tornar-se-á um caso de repugnância absoluta, pois o próprio julgamento à revelia, com a prova aí apresentada, ainda adensará mais a certeza de que matou por dinheiro a pessoa que nele depositou a maior confiança. Esconder-se atrás dos formalismos legais é fugir à exigência moral. Muito maior do que a exigência do Direito. E isso não terá perdão.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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