McCanaíma Lucas Mendes De Nova York para a BBC Brasil
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McCanaíma Lucas Mendes De Nova York para a BBC Brasil
McCanaíma
Lucas Mendes
De Nova York para a BBC Brasil
Lucas Mendes
A três semanas antes das eleições, o índice McCain vai de 8 a 11 negativos e perde nos seis dos seis Estados mais cruciais: Colorado, Ohio, Flórida, Virgínia, Nevada e Missouri. Em alguns deles, como Flórida e Ohio, os números não são confiáveis, mas o senador joga na ofensiva. Hoje, num comício, ele usou 11 vezes a palavra "luta".
As dúvidas sobre a campanha dele crescem entre os próprios republicanos. Uns querem que McCain vá na jugular de Obama e explore suas conexões com o pastor Wright, o ex-terrorista Ayers e o escroque Tony Resko, mas nas pesquisas com os eleitores independentes que podem decidir a eleição, cada vez que McCain ataca, os números caem.
Quem acompanha os comícios no dia-a-dia vê McCainaíma. O McCain de hoje é diferente do McCain de ontem. Na semana passada o senador, a própria mulher e a governadora Sarah Palin atacavam o caráter de Obama. Os comícios ferveram. Quando seus partidários escalaram os insultos e gritaram "terrorista, Obama Osama, kill him", o republicano percebeu que tinha de conter sua torcida. Tirou o microfone de uma mulher que chamou Obama de árabe e disse que o democrata era um americano decente de quem ele divergia profundamente em questões políticas.
Num dia ele anunciou que ia suspender a campanha - não suspendeu - para resolver a crise econômica em Washington, mas ontem criticava o pacote de US$ 700 bilhões que ele ajudou a aprovar. Cada dia surge uma mini-proposta para proteger um grupo nesta crise, mas os americanos, ricos e pobres, estão confusos e perdidos diante de tantas idéias. Enquanto os ingleses já emitem cheques para salvar os bancos, nós aqui não sabemos quem vai ver a cor do nosso dinheiro.
A maior das McCainaímas foi Sarah Palin. Se não interessa mudar de cor nem é possível mudar de idade, mude de sexo. No começo funcionou. McPalin liderou nas pesquisas depois da convenção e seus comícios que não atraíam mais do que 2, 3 mil pessoas, passaram atrair mais de 15 mil, eufóricos, cheios de energia. Parecia jogada de gênio até Sarah Palin ser "educada" pelos assessores e começar a confudir as respostas com uma linguagem que confundiria Macunaíma. Onde esta o verbo?
Não há mágica capaz de durar tempo suficiente para enganar o desempregado, ameaçar o empregado, o casal que perde ou pode perder a casa, os aposentados e quase aposentados que vêem a poupança evaporar em menos de duas semanas. Sarah Palin virou a melhor comédia do país. É uma tragédia.
A investigação de uma comissão independente da câmara estadual do Alasca concluiu que ela não violou a lei quando perseguiu um cunhado e demitiu um assessor, mas concluiu também que a governadora violou a ética.
Revelou-se uma pessoa vingativa, capaz de usar o poder em questões domésticas mesquinhas.
No apodrecimento da economia, McCain ficou cada vez mais parecido com George Bush, mais republicano, mais Washington.
Obama ficou na dele. Distorce números, promete mundos e fundos, mas dá a impressão que faz uma campanha mais limpa e é o verdadeiro anti-establishment. Não tem currículo político, mas seduz pelo potencial. A Presidência já é dele?
Ainda não. Embora a história mostre que é quase impossível reverter números como os atuais a três semanas da eleição, um erro grave, uma visita de Osama ou mesmo uma mudança radical de McCain na campanha podem alterar o cenário. Alguns republicanos de peso, como William Kristol, querem que McCain se livre dos marqueteiros e comece uma nova campanha, sem respostas instantâneas pela televisão e pela internet, sem comerciais, - não estão funcionando - dê acesso total à imprensa e faça campanha como o guerreiro velho e otimista. Deixem McCain ser McCain. Sarah Palin deveria fazer o mesmo.
Durante as primárias, o velho McCain, quase sozinho e sem dinheiro, mostrou que é possível renascer das cinzas. O McCainaíma veio depois. Qual deles virá ao último debate da campanha nesta quarta-feira?
Lucas Mendes
De Nova York para a BBC Brasil
Lucas Mendes
A três semanas antes das eleições, o índice McCain vai de 8 a 11 negativos e perde nos seis dos seis Estados mais cruciais: Colorado, Ohio, Flórida, Virgínia, Nevada e Missouri. Em alguns deles, como Flórida e Ohio, os números não são confiáveis, mas o senador joga na ofensiva. Hoje, num comício, ele usou 11 vezes a palavra "luta".
As dúvidas sobre a campanha dele crescem entre os próprios republicanos. Uns querem que McCain vá na jugular de Obama e explore suas conexões com o pastor Wright, o ex-terrorista Ayers e o escroque Tony Resko, mas nas pesquisas com os eleitores independentes que podem decidir a eleição, cada vez que McCain ataca, os números caem.
Quem acompanha os comícios no dia-a-dia vê McCainaíma. O McCain de hoje é diferente do McCain de ontem. Na semana passada o senador, a própria mulher e a governadora Sarah Palin atacavam o caráter de Obama. Os comícios ferveram. Quando seus partidários escalaram os insultos e gritaram "terrorista, Obama Osama, kill him", o republicano percebeu que tinha de conter sua torcida. Tirou o microfone de uma mulher que chamou Obama de árabe e disse que o democrata era um americano decente de quem ele divergia profundamente em questões políticas.
Num dia ele anunciou que ia suspender a campanha - não suspendeu - para resolver a crise econômica em Washington, mas ontem criticava o pacote de US$ 700 bilhões que ele ajudou a aprovar. Cada dia surge uma mini-proposta para proteger um grupo nesta crise, mas os americanos, ricos e pobres, estão confusos e perdidos diante de tantas idéias. Enquanto os ingleses já emitem cheques para salvar os bancos, nós aqui não sabemos quem vai ver a cor do nosso dinheiro.
A maior das McCainaímas foi Sarah Palin. Se não interessa mudar de cor nem é possível mudar de idade, mude de sexo. No começo funcionou. McPalin liderou nas pesquisas depois da convenção e seus comícios que não atraíam mais do que 2, 3 mil pessoas, passaram atrair mais de 15 mil, eufóricos, cheios de energia. Parecia jogada de gênio até Sarah Palin ser "educada" pelos assessores e começar a confudir as respostas com uma linguagem que confundiria Macunaíma. Onde esta o verbo?
Não há mágica capaz de durar tempo suficiente para enganar o desempregado, ameaçar o empregado, o casal que perde ou pode perder a casa, os aposentados e quase aposentados que vêem a poupança evaporar em menos de duas semanas. Sarah Palin virou a melhor comédia do país. É uma tragédia.
A investigação de uma comissão independente da câmara estadual do Alasca concluiu que ela não violou a lei quando perseguiu um cunhado e demitiu um assessor, mas concluiu também que a governadora violou a ética.
Revelou-se uma pessoa vingativa, capaz de usar o poder em questões domésticas mesquinhas.
No apodrecimento da economia, McCain ficou cada vez mais parecido com George Bush, mais republicano, mais Washington.
Obama ficou na dele. Distorce números, promete mundos e fundos, mas dá a impressão que faz uma campanha mais limpa e é o verdadeiro anti-establishment. Não tem currículo político, mas seduz pelo potencial. A Presidência já é dele?
Ainda não. Embora a história mostre que é quase impossível reverter números como os atuais a três semanas da eleição, um erro grave, uma visita de Osama ou mesmo uma mudança radical de McCain na campanha podem alterar o cenário. Alguns republicanos de peso, como William Kristol, querem que McCain se livre dos marqueteiros e comece uma nova campanha, sem respostas instantâneas pela televisão e pela internet, sem comerciais, - não estão funcionando - dê acesso total à imprensa e faça campanha como o guerreiro velho e otimista. Deixem McCain ser McCain. Sarah Palin deveria fazer o mesmo.
Durante as primárias, o velho McCain, quase sozinho e sem dinheiro, mostrou que é possível renascer das cinzas. O McCainaíma veio depois. Qual deles virá ao último debate da campanha nesta quarta-feira?
Admin- Admin
- Pontos : 5709
Re: McCanaíma Lucas Mendes De Nova York para a BBC Brasil
Não há mágica capaz de durar tempo suficiente para enganar o desempregado, ameaçar o empregado, o casal que perde ou pode perder a casa, os aposentados e quase aposentados que vêem a poupança evaporar em menos de duas semanas. Sarah Palin virou a melhor comédia do país. É uma tragédia.
Em pleno PREC
Sa Carneiro proibiu qualquer militante de dizer mal do PCP
Qualquer politico sabe isso ....como é que os Mac Assessores nao o sabem ?
Admin- Admin
- Pontos : 5709
Re: McCanaíma Lucas Mendes De Nova York para a BBC Brasil
A MALAISE da AMERICA!!! UM REPUBLICANO que NAO E CONSERVADOR , mas sim UM DEMOCRATA DISFARCADO e um NEGRO , SOCIALISTA com associacoes TERRORISTAS, ISLAMICO ESCONDIDO, que nunca fez NADA NA SUA VIDA!!! POBRE AMERICA. Mas das CINZAS , SURGIRA um GRANDE LIDER, como REAGAN, que limpara este LIXO MORAL e HUMANO e SOCIALISMOS de MERDA!!!!! Nao tenho DUVIDAS!!! As vezes ha MALES que veem por bem!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: McCanaíma Lucas Mendes De Nova York para a BBC Brasil
RONALDO ALMEIDA escreveu:A MALAISE da AMERICA!!! UM REPUBLICANO que NAO E CONSERVADOR , mas sim UM DEMOCRATA DISFARCADO e um NEGRO , SOCIALISTA com associacoes TERRORISTAS, ISLAMICO ESCONDIDO, que nunca fez NADA NA SUA VIDA!!! POBRE AMERICA. Mas das CINZAS , SURGIRA um GRANDE LIDER, como REAGAN, que limpara este LIXO MORAL e HUMANO e SOCIALISMOS de MERDA!!!!! Nao tenho DUVIDAS!!! As vezes ha MALES que veem por bem!!
Falou uma grande autoridade no assunto.
Socialista Trotskista- Pontos : 41
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