Nem polido, nem valente
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Nem polido, nem valente
Nem polido, nem valente
Daniel Oliveira (www.expresso.pt)
8:00 Segunda feira, 2 de julho de 2012
Quase nunca leio os artigos de Vasco Correia Guedes (que assina com o pseudónimo de Vasco Pulido Valente). Reconheço-lhe o estilo. Mas é mais fácil ir apurando a prosa quando o texto é sempre o mesmo. No caso de Correia Guedes, o mote é este: à minha volta, o deserto. E sobre qualquer assunto, é isto que tem para dizer. Sempre isto e nunca mais do que isto. Sobre o País, a Europa e o Mundo, o suicídio é o único caminho racional que nos resta. Como já li, não vale a pena voltar a ele mais vezes.
Vasco Correia Guedes escreveu sobre a convocatória de um Congresso Democrático das Alternativas, para 5 de Outubro, sem que nada tivesse para dizer. Preferiu, como é seu costume, falar das pessoas que a assinam. E reservou-lhes o mesmo tipo de piropos que distribui a quase todos os mortais. Nem teria lido, não fosse dar-se o caso de estar envolvido na coisa (fica assim feita a declaração de interesses).
Uma "reunião da terceira idade", diz do alto dos seus joviais 70 anos. Não julgo que a sua idade seja defeito. Mas julga ele e ele lá saberá. "Uns tantos secretários de Estado e uns tantos ministros" do passado, diz o ex-secretário de Estado da Cultura que ninguém se lembra que o foi porque não deixou nem saudades, nem lamentos. Foi, como em tudo aquilo em que se envolveu politicamente, de uma absoluta irrelevância. Sempre assim-assim. Como deputado, sabe-se que não gostava das casas de banho do Parlamento. Foi o seu contributo para a República.
"Dezenas de académicos (professores de alguma universidade ou instituto, que preferem, e com razão, não se identificar)". Eu identifico a instituição onde Correia Guedes supostamente trabalha: o Instituto de Ciências Sociais (ISC) da Universidade de Lisboa, onde também supostamente é investigador coordenador. Digo supostamente porque poucos se lembram da última vez que lá pôs os pés. "Fora os que já se reformaram, a grande maioria ensina História ou Sociologia; ou seja, precisamente as duas disciplinas em que a fronteira entre o amador e o profissional é mais ténue e difícil de identificar". Apesar da maioria dos académicos que assinou o texto até ser de Economia (que suponho que lhes dará, nas cabeças mais provincianas, uma outra dignidade), não posso deixar de notar o que Correia Guedes pensa do seu próprio ofício. Talvez isso explique a relação um pouco amadora que vai mantendo com a instituição que o alberga. Entre os seus colegas que lá realmente trabalham estão alguns dos que assinam este documento. E alguns dos que dão ao ICS as credenciais necessárias para que Correia Guedes possa identifica-la quando puxa pelos seus galões.
"Como era de esperar, não faltam artistas (de teatro e cinema, evidentemente) e uns tantos cantores de protesto e arredores: sem o subsídio do costume, que fazer? Infelizmente, quase sem excepção, desapareceram por volta de 1980 e só com um esforço de memória o cidadão comum se consegue, quando consegue, lembrar deles." Como a maioria dos "artistas" que assina a convocatória andava na escola em 1980, depreendo que Correia Guedes não os tenha identificado. Não me espanta. Por o que vou sabendo do que escreve sobre as artes em Portugal, não vê um filme português, não vai ao teatro e não conhece um novo músico desde esse tempo em ainda estava realmente vivo. Foi nessa altura que o País e a sua cabeça pararam e que a sua prosa emperrou nesta penosa lengalenga.
Compreendo que a Correia Guedes incomode "o ar fúnebre da lista de signatários". Lembrar que há gente da sua idade que ainda se mexe deve ser perturbante. Compreendo que o arreliem os sociólogos e historiadores que fazem funcionar as instituições que lhe garantem o subsídio que recusa aos outros. Aquilo que me custa é acompanhar a decadência intelectual, sempre embrulhada numa prosa cuidada, a que este homem se entregou. Tudo nele é rancor e ressentimento. Nem uma ideia nova brilha naquela cabeça. Tudo requentado e oferecido, sem falta, sempre da mesma maneira, todos os fins de semana. Tirando os "vasquinhos" que pululam pela imprensa, que lhe imitaram o estilo sem terem o talento, e umas biografias interessantes para leitura de férias, nada ficará de Correia Guedes. Nem o seu nome.
Sim, Vasco Correia Guedes tem um passado promissor. Depois ficou isto. Até o texto de José Manuel Fernandes sobre o mesmo assunto era intelectualmente mais estimulante. Preciso de dizer mais? E é assim, com este texto, que lhe devolvo o debate que, ao que parece, ainda consegue ter. Apenas sobre os seus defeitos. Sem um único argumento. Como ele gosta.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/nem-polido-nem-valente=f736822#ixzz1zV6sZmLJ
Daniel Oliveira (www.expresso.pt)
8:00 Segunda feira, 2 de julho de 2012
Quase nunca leio os artigos de Vasco Correia Guedes (que assina com o pseudónimo de Vasco Pulido Valente). Reconheço-lhe o estilo. Mas é mais fácil ir apurando a prosa quando o texto é sempre o mesmo. No caso de Correia Guedes, o mote é este: à minha volta, o deserto. E sobre qualquer assunto, é isto que tem para dizer. Sempre isto e nunca mais do que isto. Sobre o País, a Europa e o Mundo, o suicídio é o único caminho racional que nos resta. Como já li, não vale a pena voltar a ele mais vezes.
Vasco Correia Guedes escreveu sobre a convocatória de um Congresso Democrático das Alternativas, para 5 de Outubro, sem que nada tivesse para dizer. Preferiu, como é seu costume, falar das pessoas que a assinam. E reservou-lhes o mesmo tipo de piropos que distribui a quase todos os mortais. Nem teria lido, não fosse dar-se o caso de estar envolvido na coisa (fica assim feita a declaração de interesses).
Uma "reunião da terceira idade", diz do alto dos seus joviais 70 anos. Não julgo que a sua idade seja defeito. Mas julga ele e ele lá saberá. "Uns tantos secretários de Estado e uns tantos ministros" do passado, diz o ex-secretário de Estado da Cultura que ninguém se lembra que o foi porque não deixou nem saudades, nem lamentos. Foi, como em tudo aquilo em que se envolveu politicamente, de uma absoluta irrelevância. Sempre assim-assim. Como deputado, sabe-se que não gostava das casas de banho do Parlamento. Foi o seu contributo para a República.
"Dezenas de académicos (professores de alguma universidade ou instituto, que preferem, e com razão, não se identificar)". Eu identifico a instituição onde Correia Guedes supostamente trabalha: o Instituto de Ciências Sociais (ISC) da Universidade de Lisboa, onde também supostamente é investigador coordenador. Digo supostamente porque poucos se lembram da última vez que lá pôs os pés. "Fora os que já se reformaram, a grande maioria ensina História ou Sociologia; ou seja, precisamente as duas disciplinas em que a fronteira entre o amador e o profissional é mais ténue e difícil de identificar". Apesar da maioria dos académicos que assinou o texto até ser de Economia (que suponho que lhes dará, nas cabeças mais provincianas, uma outra dignidade), não posso deixar de notar o que Correia Guedes pensa do seu próprio ofício. Talvez isso explique a relação um pouco amadora que vai mantendo com a instituição que o alberga. Entre os seus colegas que lá realmente trabalham estão alguns dos que assinam este documento. E alguns dos que dão ao ICS as credenciais necessárias para que Correia Guedes possa identifica-la quando puxa pelos seus galões.
"Como era de esperar, não faltam artistas (de teatro e cinema, evidentemente) e uns tantos cantores de protesto e arredores: sem o subsídio do costume, que fazer? Infelizmente, quase sem excepção, desapareceram por volta de 1980 e só com um esforço de memória o cidadão comum se consegue, quando consegue, lembrar deles." Como a maioria dos "artistas" que assina a convocatória andava na escola em 1980, depreendo que Correia Guedes não os tenha identificado. Não me espanta. Por o que vou sabendo do que escreve sobre as artes em Portugal, não vê um filme português, não vai ao teatro e não conhece um novo músico desde esse tempo em ainda estava realmente vivo. Foi nessa altura que o País e a sua cabeça pararam e que a sua prosa emperrou nesta penosa lengalenga.
Compreendo que a Correia Guedes incomode "o ar fúnebre da lista de signatários". Lembrar que há gente da sua idade que ainda se mexe deve ser perturbante. Compreendo que o arreliem os sociólogos e historiadores que fazem funcionar as instituições que lhe garantem o subsídio que recusa aos outros. Aquilo que me custa é acompanhar a decadência intelectual, sempre embrulhada numa prosa cuidada, a que este homem se entregou. Tudo nele é rancor e ressentimento. Nem uma ideia nova brilha naquela cabeça. Tudo requentado e oferecido, sem falta, sempre da mesma maneira, todos os fins de semana. Tirando os "vasquinhos" que pululam pela imprensa, que lhe imitaram o estilo sem terem o talento, e umas biografias interessantes para leitura de férias, nada ficará de Correia Guedes. Nem o seu nome.
Sim, Vasco Correia Guedes tem um passado promissor. Depois ficou isto. Até o texto de José Manuel Fernandes sobre o mesmo assunto era intelectualmente mais estimulante. Preciso de dizer mais? E é assim, com este texto, que lhe devolvo o debate que, ao que parece, ainda consegue ter. Apenas sobre os seus defeitos. Sem um único argumento. Como ele gosta.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/nem-polido-nem-valente=f736822#ixzz1zV6sZmLJ
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117548
Re: Nem polido, nem valente
considero o
Eixo do mal dos mais bem conseguidos programes about vida política nacional sem pimbalhadas rodriguinhos ou..ou... com o pessoal cortando o pio do parcewiro sem estragar a OpeRA
o dANIEL oLIVEIRA MANTE-SE SEMPRE BEM INFORMADO
BUT NO POAST Ai em cima nao tinha que chamar a atençao para o nome verdadeiro do vasco polido Valente
O meu nome verdadeiro nao é Vitor Mango mas aqui é esse nome que vale e pelo qual sou conhecido
aí sempre respeitei os nicks
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O meu nome verdadeiro nao é Vitor Mango mas aqui é esse nome que vale e pelo qual sou conhecido
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