Guterres alerta ONU para 'situação humanitária dramática' na Síria
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Guterres alerta ONU para 'situação humanitária dramática' na Síria
Guterres alerta ONU para 'situação humanitária dramática' na Síria
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31 de Agosto, 2012
António Guterres, Alto Comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR), alertou quinta-feira o Conselho de Segurança para a situação humanitária «dramática e em agravamento» na Síria, faltando dinheiro e condições de segurança para aceder aos refugiados.
Numa reunião convocada pela presidência francesa do Conselho de Segurança, o ex-primeiro ministro português fez um ‘briefing’ aos 15 países-membros sobre a crise humanitária no país, causada pelo agravamento de confrontos entre as forças de Bashar Al-Assad e rebeldes.
«As actividades humanitárias estão severamente constrangidas pelo acesso [aos refugiados] e financiamento», alertou o alto comissário, que pediu mais apoio financeiro da comunidade internacional às agências humanitárias e países vizinhos, cuja capacidade de acolhimento está «no limite».
Segundo os últimos números do ACNUR, 229 mil sírios estão refugiados nos países vizinhos, sobretudo na Turquia, Jordânia e Líbano, e o seu número «está a crescer rapidamente».
«Os bens dos lares estão a ser rapidamente utilizados, as redes de apoio social estão a fragmentar-se. Para muitos, tornar-se refugiado é a única forma de sobreviver», afirmou.
Guterres manifestou-se ainda céptico em relação à proposta turca e francesa de criação de «corredores humanitários» para refugiados dentro da Síria, tal como o secretário-geral adjunto da ONU, Jan Eliasson.
Eliasson apelou ao governo sírio para que dê maior acesso às agências humanitárias da ONU e autorize mais organizações não governamentais a entrar no país, numa altura em que o Crescente Vermelho Árabe Sírio enfrenta dificuldade de resposta.
Adiantou ainda que apenas metade dos 180 milhões de dólares para ajuda humanitária pedidos pela ONU estão garantidos e que «alguns sectores críticos não receberam qualquer financiamento».
«Os doadores devem urgentemente cumprir este imperativo humanitário. Centenas de milhar de vidas estão em risco», adiantou.
França e Reino Unido tentaram dar o exemplo, tendo ambos anunciado um aumento do seu financiamento na ONU, onde estiveram hoje os seus chefes de diplomacia, respectivamente Laurent Fabius, que presidiu à reunião, e William Hague.
Fabius evocou os 25 mil mortos e mais 250 mil feridos causados pelo conflito, uma «situação cada dia mais intolerável», resultante de «o clã Assad querer conservar o poder através da barbárie da sua repressão e da selvajaria dos seus ataques», recorrendo indiscriminadamente a armas pesadas, helicópteros e aviões contra a população e ameaçando usar armas químicas e biológicas.
«As divisões no Conselho de Segurança», patentes nos vetos russo e chinês a resoluções dos países ocidentais, «não devem impedir acção para atender a tragédia humanitária», afirmou.
Mas, tal como William Hague, defendeu a intervenção do Tribunal Penal Internacional para acusar os responsáveis por crimes humanitários e a constituição de um governo transitório pela oposição, reconhecido pela comunidade internacional, que «será o representante legítimo da Síria».
A reunião contou com ministros dos Negócios Estrangeiros de países que têm vindo a receber refugiados - Líbano, Jordânia e Turquia -, mas não dos Estados Unidos ou Rússia, os dois principais atores internacionais na crise síria.
A embaixadora norte-americana na ONU, Susan Rice, voltou a deixar críticas ao bloqueio no Conselho de Segurança, prevendo que Assad irá cair e a Síria lembrará «aqueles que estiveram do lado errado da história e os que estiveram ao lado do povo sírio».
Lusa/SOL
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31 de Agosto, 2012
António Guterres, Alto Comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR), alertou quinta-feira o Conselho de Segurança para a situação humanitária «dramática e em agravamento» na Síria, faltando dinheiro e condições de segurança para aceder aos refugiados.
Numa reunião convocada pela presidência francesa do Conselho de Segurança, o ex-primeiro ministro português fez um ‘briefing’ aos 15 países-membros sobre a crise humanitária no país, causada pelo agravamento de confrontos entre as forças de Bashar Al-Assad e rebeldes.
«As actividades humanitárias estão severamente constrangidas pelo acesso [aos refugiados] e financiamento», alertou o alto comissário, que pediu mais apoio financeiro da comunidade internacional às agências humanitárias e países vizinhos, cuja capacidade de acolhimento está «no limite».
Segundo os últimos números do ACNUR, 229 mil sírios estão refugiados nos países vizinhos, sobretudo na Turquia, Jordânia e Líbano, e o seu número «está a crescer rapidamente».
«Os bens dos lares estão a ser rapidamente utilizados, as redes de apoio social estão a fragmentar-se. Para muitos, tornar-se refugiado é a única forma de sobreviver», afirmou.
Guterres manifestou-se ainda céptico em relação à proposta turca e francesa de criação de «corredores humanitários» para refugiados dentro da Síria, tal como o secretário-geral adjunto da ONU, Jan Eliasson.
Eliasson apelou ao governo sírio para que dê maior acesso às agências humanitárias da ONU e autorize mais organizações não governamentais a entrar no país, numa altura em que o Crescente Vermelho Árabe Sírio enfrenta dificuldade de resposta.
Adiantou ainda que apenas metade dos 180 milhões de dólares para ajuda humanitária pedidos pela ONU estão garantidos e que «alguns sectores críticos não receberam qualquer financiamento».
«Os doadores devem urgentemente cumprir este imperativo humanitário. Centenas de milhar de vidas estão em risco», adiantou.
França e Reino Unido tentaram dar o exemplo, tendo ambos anunciado um aumento do seu financiamento na ONU, onde estiveram hoje os seus chefes de diplomacia, respectivamente Laurent Fabius, que presidiu à reunião, e William Hague.
Fabius evocou os 25 mil mortos e mais 250 mil feridos causados pelo conflito, uma «situação cada dia mais intolerável», resultante de «o clã Assad querer conservar o poder através da barbárie da sua repressão e da selvajaria dos seus ataques», recorrendo indiscriminadamente a armas pesadas, helicópteros e aviões contra a população e ameaçando usar armas químicas e biológicas.
«As divisões no Conselho de Segurança», patentes nos vetos russo e chinês a resoluções dos países ocidentais, «não devem impedir acção para atender a tragédia humanitária», afirmou.
Mas, tal como William Hague, defendeu a intervenção do Tribunal Penal Internacional para acusar os responsáveis por crimes humanitários e a constituição de um governo transitório pela oposição, reconhecido pela comunidade internacional, que «será o representante legítimo da Síria».
A reunião contou com ministros dos Negócios Estrangeiros de países que têm vindo a receber refugiados - Líbano, Jordânia e Turquia -, mas não dos Estados Unidos ou Rússia, os dois principais atores internacionais na crise síria.
A embaixadora norte-americana na ONU, Susan Rice, voltou a deixar críticas ao bloqueio no Conselho de Segurança, prevendo que Assad irá cair e a Síria lembrará «aqueles que estiveram do lado errado da história e os que estiveram ao lado do povo sírio».
Lusa/SOL
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