Conheço muito bem Paulo Portas inShare
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Conheço muito bem Paulo Portas inShare
Conheço muito bem Paulo Portas
24 de Setembro, 2012por Pedro Santan Lopes
Paulo Portas sabe que, no PSD, ninguém o conhece como eu. Tive em 2001 um processo negocial intenso com ele, que se gorou. No
Governo de Durão Barroso, muita coisa se passou com Portas, era eu
primeiro vice-presidente do PPD/PSD. Tive com ele negociações para uma
coligação para as eleições de 2005. Não vou continuar.
Paulo
Portas e eu temos encontros políticos desde 1978. Li com interesse a sua
biografia na revista Sábado e a referência aos seus amigos e
adversários no PSD. A lista da JSD em que ele concorreu era encabeçada
por mim. Mas o meu nome não consta...
O CDS e o meu Governo
Do
que sei, o CDS e Paulo Portas foram parceiros leais no meu Governo. No
que sei, não incluo o que me contaram depois. Contos são contos. Do que
sei, de ciência certa, durante o meu Governo foram leais.
Não
incluo aqui o comportamento partidário na fase posterior ao anúncio da
dissolução. Não falo em deslealdades, mas em incorrecções.
As críticas ao 1.º-ministro de personalidades do PSD
Um
ou dois são os maiores inimigos, porque não sabem raciocinar sem ódio.
Outros, não serão os maiores inimigos mas são os que causam mais danos.
Como é compreensível.
Há alternativa à TSU?
Qual é a alternativa à TSU? Financiar com o IVA? Com o IRS? Mas o CDS tinha dito que era contra mais impostos.
Que
fazer? Reformar o Estado? Muito bem! Dêem sugestões concretas. Reformar
onde? Nas Águas? Na Companhia das Lezírias? Desconcentrar a
administração pública? Onde? Rescindir com funcionários? Mudar as coisas
na RTP? Mas se o CDS é contra a privatização ou concessão...
A
descida da TSU para as empresas tem também o objectivo de reduzir custos
e torná-las mais competitivas. A generalidade dos empresários veio
dizer que não queria, que não servia para nada (ou servia para muito
pouco). Assim sendo, a qualquer primeiro-ministro apeteceria pôr a
medida de lado. Aí, Pedro Passos Coelho tem toda a margem. Pelos
empresários e pelos trabalhadores, ninguém se importa com o ‘recuo’.
Só
que um primeiro-ministro não pode ir pela cabeça dos outros e pelos
seus juízos ou estados de alma em cada momento. Um primeiro-ministro
pensa pela sua cabeça.
A questão é essa, mais do que qualquer
outra. Mais do que arranjar substituto para os 400 milhões de euros que
os cofres do Estado receberiam, há que encontrar alternativa para
reduzir custos e/ou aumentar a competitividade das empresas.
O
primeiro-ministro tem margem política para o fazer. Mas importa saber
qual a margem resultante do seu pensamento e da sua convicção.
O Presidente da Repúbica e o Conselho de Estado
Segundo
sei, a convocatória do Conselho de Estado, com a presença do ministro
das Finanças, já estava prevista há várias semanas. Nada teve a ver com a
presente situação. Ficou marcada para depois da avaliação da troika e
na semana a seguir à participação do ministro de Estado e das Finanças
no Eurogrupo, em Nicósia.
De qualquer modo, é óbvio que o anúncio
da convocatória, nas circunstâncias em que ocorreu, levou a que surgisse
como uma reacção do Presidente à situação que se criou no Governo. Não
terá sido culpa de ninguém, mas não foi bom. Na prática, foi mais uma
‘acha para a fogueira’.
Assim sendo – e como escrevo este texto
antes das reuniões do PSD – não sei o que poderá Cavaco Silva fazer. Não
depende dele. Poderá, talvez, fazer um apelo...
A política tem
regras, incluindo de Física (não só de Química). Quando se ‘larga’ a
confiança, ela cai. Por força da lei da gravidade. Os líderes dos dois
partidos saberão se a conseguirão reerguer.
Tags: Equinócios e Solstícios, Opinião, Pedro Santana Lopes
24 de Setembro, 2012por Pedro Santan Lopes
Paulo Portas sabe que, no PSD, ninguém o conhece como eu. Tive em 2001 um processo negocial intenso com ele, que se gorou. No
Governo de Durão Barroso, muita coisa se passou com Portas, era eu
primeiro vice-presidente do PPD/PSD. Tive com ele negociações para uma
coligação para as eleições de 2005. Não vou continuar.
Paulo
Portas e eu temos encontros políticos desde 1978. Li com interesse a sua
biografia na revista Sábado e a referência aos seus amigos e
adversários no PSD. A lista da JSD em que ele concorreu era encabeçada
por mim. Mas o meu nome não consta...
O CDS e o meu Governo
Do
que sei, o CDS e Paulo Portas foram parceiros leais no meu Governo. No
que sei, não incluo o que me contaram depois. Contos são contos. Do que
sei, de ciência certa, durante o meu Governo foram leais.
Não
incluo aqui o comportamento partidário na fase posterior ao anúncio da
dissolução. Não falo em deslealdades, mas em incorrecções.
As críticas ao 1.º-ministro de personalidades do PSD
Um
ou dois são os maiores inimigos, porque não sabem raciocinar sem ódio.
Outros, não serão os maiores inimigos mas são os que causam mais danos.
Como é compreensível.
Há alternativa à TSU?
Qual é a alternativa à TSU? Financiar com o IVA? Com o IRS? Mas o CDS tinha dito que era contra mais impostos.
Que
fazer? Reformar o Estado? Muito bem! Dêem sugestões concretas. Reformar
onde? Nas Águas? Na Companhia das Lezírias? Desconcentrar a
administração pública? Onde? Rescindir com funcionários? Mudar as coisas
na RTP? Mas se o CDS é contra a privatização ou concessão...
A
descida da TSU para as empresas tem também o objectivo de reduzir custos
e torná-las mais competitivas. A generalidade dos empresários veio
dizer que não queria, que não servia para nada (ou servia para muito
pouco). Assim sendo, a qualquer primeiro-ministro apeteceria pôr a
medida de lado. Aí, Pedro Passos Coelho tem toda a margem. Pelos
empresários e pelos trabalhadores, ninguém se importa com o ‘recuo’.
Só
que um primeiro-ministro não pode ir pela cabeça dos outros e pelos
seus juízos ou estados de alma em cada momento. Um primeiro-ministro
pensa pela sua cabeça.
A questão é essa, mais do que qualquer
outra. Mais do que arranjar substituto para os 400 milhões de euros que
os cofres do Estado receberiam, há que encontrar alternativa para
reduzir custos e/ou aumentar a competitividade das empresas.
O
primeiro-ministro tem margem política para o fazer. Mas importa saber
qual a margem resultante do seu pensamento e da sua convicção.
O Presidente da Repúbica e o Conselho de Estado
Segundo
sei, a convocatória do Conselho de Estado, com a presença do ministro
das Finanças, já estava prevista há várias semanas. Nada teve a ver com a
presente situação. Ficou marcada para depois da avaliação da troika e
na semana a seguir à participação do ministro de Estado e das Finanças
no Eurogrupo, em Nicósia.
De qualquer modo, é óbvio que o anúncio
da convocatória, nas circunstâncias em que ocorreu, levou a que surgisse
como uma reacção do Presidente à situação que se criou no Governo. Não
terá sido culpa de ninguém, mas não foi bom. Na prática, foi mais uma
‘acha para a fogueira’.
Assim sendo – e como escrevo este texto
antes das reuniões do PSD – não sei o que poderá Cavaco Silva fazer. Não
depende dele. Poderá, talvez, fazer um apelo...
A política tem
regras, incluindo de Física (não só de Química). Quando se ‘larga’ a
confiança, ela cai. Por força da lei da gravidade. Os líderes dos dois
partidos saberão se a conseguirão reerguer.
Tags: Equinócios e Solstícios, Opinião, Pedro Santana Lopes
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Tópicos semelhantes
» Saída de Louçã dá a Portas o pódio de líderes inShare
» A welfare queen de Paulo Portas
» ]Maçons do CDS temem Paulo Portas
» Paulo Portas foi o 3º esmiuçado de RAP
» Paulo portas em bico dos pé
» A welfare queen de Paulo Portas
» ]Maçons do CDS temem Paulo Portas
» Paulo Portas foi o 3º esmiuçado de RAP
» Paulo portas em bico dos pé
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos