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Realizadora de «Le Fils de L’Autres» afirma ao c7nema que os «políticos não permitem paz no Médio Oriente»

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Realizadora de «Le Fils de L’Autres» afirma ao c7nema que os «políticos não permitem paz no Médio Oriente» Empty Realizadora de «Le Fils de L’Autres» afirma ao c7nema que os «políticos não permitem paz no Médio Oriente»

Mensagem por Vitor mango Seg Out 29, 2012 1:46 am

Realizadora de «Le Fils de L’Autres» afirma ao c7nema que os «políticos não permitem paz no Médio Oriente»
Publicado por Roni Nunes
Domingo, 28 Outubro 2012 16:29
Fonte: C7nema
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Obra que encerra hoje a etapa portuense da Festa do Cinema Francês, “Le Fils de L’Autres” é um dos grandes filmes da edição deste ano. A realizadora Lorraine Lévy e os atores Pascal Elbé e Jules Sitruk conversaram com o C7nema sobre as filmagens em Israel, a recepção em França a abordagem de um tema atual, dramático e complexo. Seria bem interessante se as distribuidoras portuguesas não esperassem três anos para lançarem-no por cá… especialmente quando a fita começa a ganhar alguns prémios em festivais internacionais (ler artigo).

“Le Fils de L’Autre” aborda de forma única o explosivo conflito entre árabes e palestinianos. Inteiramente filmado em Israel, descreve a situação de uma família judia e outra palestiniana que descobrem que seus filhos, agora com 18 anos, foram trocados na maternidade. O filme causou impacte em França, onde já foi visto por 260 mil pessoas, ao mesmo tempo que dividiu a imprensa. No São Jorge, em Lisboa, também comoveu o público, gerando uma longa discussão no cinema com a equipa após a sessão.

A primeira questão que se coloca a Lorraine Lévy é porque uma cineasta francesa decide abordar o conflito árabe-israelita e fazer um filme todo ele passado em Israel. A explicação em parte é simples: Levy é judia, tem familiares no país e toda a situação a comove. Essa característica ancestral determinou o foco do filme – que é sobretudo o drama humano dos dois povos. “É um filme ideológico, mas não político”, observa.


Lorraine Levy

A obra levanta inúmeras questões, o que obviamente traz ao de cima as dificuldades para doseá-las e estruturá-las num todo coerente. O que, diga-se de passagem, Levy conseguiu magistralmente. “Foi difícil, tivemos que trabalhar muito nisto. Para chegarmos a este resultado tivemos que prepará-lo muito. Ao mesmo tempo, foi enriquecido com as grandes discussões que tivemos dentro do trabalho da equipa quando estávamos a rodá-lo”, relata.

As filmagens decorreram inteiramente em Israel. O governo do país não apoiou, mas também não interveio. “É um país livre, não sofremos pressão de qualquer espécie. O que aconteceu foi que tivemos algumas autorizações, outras não. Mas, quando não as obtivemos, filmamos à pressa, na mesma!”, diz. De problemas mesmo, apenas alguns garotos que apareceram para atirar pedras… “No fundo o que concluímos neste tempo em Israel é que as pessoas querem viver em paz, o que não lhes é permitido pelos políticos, que estão sempre a instiga-los uns contra os outros”, conclui.

Quanto à repercussão em França, como não podia deixar de ser, não foi consensual em termos de abordagem política – ainda que a maior parte do público tenha reagido favoravelmente. A cineasta novamente reforça que a ideia do projeto não era o de tomar um partido e, segundo ela, essa foi a maior fonte de críticas de uma certa imprensa de esquerda.

Personagens complexas

Jules Sitruk


Nada fácil foi a vida dos atores Pascal Elbé e Jules Sitruk ao encarnarem personagens numa considerável encruzilhada do destino. Elbé é Alon, o pai judeu do menino palestiniano. “Quando li o guião, a primeira coisa que pensei foi: ‘que raio de coisa é esta???’ É claro que, ao mesmo tempo, fiquei extremamente entusiasmado com a personagem e os dilemas que a envolviam”, comentou o ator. Nos dois casais envolvidos na dramática situação da história, as mulheres aceitaram e adaptaram-se muito mais facilmente à situação. “De facto, para ele a situação era muito complicada. Não se tratava apenas de um filho trocado, mas sim vindo da Palestina. E ele não era apenas judeu, mas um oficial do exército!”.

Complexidade que também abrangia seu filho Joseph, que entusiasmou Sitruk. “É uma grande personagem, muito excitante, que vive uma situação inteiramente anormal. Embasei meu trabalho em conversas com Levy e com a minha própria família, embora fosse muito difícil pensar no que faria se tal coisa acontecesse realmente”.


Artigo retirado do site www.c7nema.net

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Vitor mango
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