Collins – Um pêssego que conquistou Coimbra
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: "Revolta em marcha" :: Caixote para esmolas politicas :: Vomitorio para almas empenadas o :: Armazenagem de temas :: Utilitarios -quando nao se lembra :: Arregar os mangos e Obrar
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Collins – Um pêssego que conquistou Coimbra
Collins – Um pêssego que conquistou Coimbra
Nos anos sessenta tinha já um diploma que me empurrava
para a fruticultura , só que tinha teoria a mais e
pratica a menos .
Olhei para a quinta no Vale do Horto e tentei fazer
uma mudança radical na agricultura seguida , em que
os bois as hortas e os tradicionais cereais imperavam
.
Comecei pelo principio .
Consultei universidades e grandes viveiristas na
Europa , já que ir para a América era difícil .
Com montes de catálogos verifiquei que os Italianos
eram os mais americanizados e com variedades
desconhecidas até então, quer de macieiras quer de
pêssegos porque em pêras a França era imbativel .
Recebi então varias qualidades que plantei
experimentalmente .
No ano seguinte , tinha já orientações interessantes
e no segundo ano obtive já frutos . Uma variedade
chamou a minha atenção – Pessegueiro Collins .
Passado mais um ano eu já estava apto a reproduzir
esta variedade em viveiro .
Não havia trabalhadores especializados em
arboricultura na região e, para enxertar em viveiros
, o trabalho tinha de ser feito com Homens ditos ,
enxertadores que trabalhavam conforme as luas e para
alem de muito bem pagos ,consumiam muito mais vinho
que água .
Olhei para jovens mulheres locais e perguntei se
queriam fazer enxertias agrícolas . Olharam para mim e
sorriram pela ousadia de tão arriscada técnica , até
então obra machista .
A aposta foi ganha para surpresa de todos .
Resultou em pleno e a partir dali ensinei a podar ,
criando no local uma equipa de moças de grande valia
profissional .
Hoje são avós , e certamente , se lerem este
comentário vão sorrir
Vamos ao que interessa
Pêssegos Collins
Com 3 hectares plantados de pêssegos Collins penso que
tinha arriscado , mas quem não arrisca não petisca .
Parti da base que a maioria dos pêssegos existentes na
região do centro de Portugal eram antigos , de fraco
sabor e sensíveis a determinadas doenças
Com os pessegueiros Collins a produzir chamei um
comprador de Coimbra para vir ver o pomar :
_ Era assim o pêssego Collins vinha quase 20 dias
antes dos tradicionais , era de um vermelho vivo ,
grossos , e de um cheiro de criar água na boca
As primeiras caixas que levou foram vendidas logo á
entrada do mercado sem discussão de preço
Ficamos ambos agarrados a compromissos – eu e o Sr
Carlos
Nos anos que se seguiram ,era a coisa mais linda a que
assisti como técnico e produtor :
O Sr Carlos aparecia todas as tardes para carregar
os pêssegos que os trabalhadores do Vale do Horto
colhiam cuidadosamente e metiam devidamente calibrados
em caixas de madeira . Depois era carregar a camioneta
enquanto o Sr. Carlos tirava uma soneca , á sombra ,
para equilibrar as noites na azafama da fruticultura .
Carregada a camioneta passada a guia era acelerar na
EN1 e só parava no mercado velho de Coimbra e aí
havia um autentico assalto aos pêssegos por entre
gritos ;
- Ao menos guarde-me 6 caixas eu não olho ao preço ! .
Em poucos minutos a mercadoria espalhava-se pelo
mercado e daqui o nosso pêssego Collins espalhava-se
pela cidade de Coimbra
Nunca tive um negocio que me desse tanto prazer como
este .
O interessante é que esta variedade que adquiri em
Bolonha era inicialmente de 6 pessegueiros e tive
duvidas na etiqueta porque parte vinha já apagada .
Infelizmente os bons negócios duram pouco e a pouco e
pouco alguém viu o furo e reproduziu esta qualidade .
O pessegueiral entrou pouco a pouco em declínio e
acabou .
Ainda conservo algumas fichas técnicas que na altura
registei .
Informo os leitores que por esta altura também
apareceram as celebres maçãs amarelas , as Golden
Delicious que enxertadas em Portas enxerto ananicantes
modificaram por completo a fruticultura em Portugal
Nessa altura uma macieira só ao fim de 8 anos dava
alguma coisa de geito e as arvores eram enormes e os “
técnicos “ da fruticultura quando as podavam
embirravam com a tendência destas arvores se
expandirem .
No final da poda dava para rir pela ignorância com
que “ os especializados “ tratavam essas arvores
O leitor não sorria porque vem aí o Inverno e quando
passar em algumas cidades veja também a “ barbaridade
“ com que ainda se podam as arvores .
Aquilo nem é podar é mais TOSQUIAR , estilo -
escovinha .
Nisso , as moças do Vale do Horto conheciam , bem a
técnica na poda dos pessegueiros
Nos anos sessenta tinha já um diploma que me empurrava
para a fruticultura , só que tinha teoria a mais e
pratica a menos .
Olhei para a quinta no Vale do Horto e tentei fazer
uma mudança radical na agricultura seguida , em que
os bois as hortas e os tradicionais cereais imperavam
.
Comecei pelo principio .
Consultei universidades e grandes viveiristas na
Europa , já que ir para a América era difícil .
Com montes de catálogos verifiquei que os Italianos
eram os mais americanizados e com variedades
desconhecidas até então, quer de macieiras quer de
pêssegos porque em pêras a França era imbativel .
Recebi então varias qualidades que plantei
experimentalmente .
No ano seguinte , tinha já orientações interessantes
e no segundo ano obtive já frutos . Uma variedade
chamou a minha atenção – Pessegueiro Collins .
Passado mais um ano eu já estava apto a reproduzir
esta variedade em viveiro .
Não havia trabalhadores especializados em
arboricultura na região e, para enxertar em viveiros
, o trabalho tinha de ser feito com Homens ditos ,
enxertadores que trabalhavam conforme as luas e para
alem de muito bem pagos ,consumiam muito mais vinho
que água .
Olhei para jovens mulheres locais e perguntei se
queriam fazer enxertias agrícolas . Olharam para mim e
sorriram pela ousadia de tão arriscada técnica , até
então obra machista .
A aposta foi ganha para surpresa de todos .
Resultou em pleno e a partir dali ensinei a podar ,
criando no local uma equipa de moças de grande valia
profissional .
Hoje são avós , e certamente , se lerem este
comentário vão sorrir
Vamos ao que interessa
Pêssegos Collins
Com 3 hectares plantados de pêssegos Collins penso que
tinha arriscado , mas quem não arrisca não petisca .
Parti da base que a maioria dos pêssegos existentes na
região do centro de Portugal eram antigos , de fraco
sabor e sensíveis a determinadas doenças
Com os pessegueiros Collins a produzir chamei um
comprador de Coimbra para vir ver o pomar :
_ Era assim o pêssego Collins vinha quase 20 dias
antes dos tradicionais , era de um vermelho vivo ,
grossos , e de um cheiro de criar água na boca
As primeiras caixas que levou foram vendidas logo á
entrada do mercado sem discussão de preço
Ficamos ambos agarrados a compromissos – eu e o Sr
Carlos
Nos anos que se seguiram ,era a coisa mais linda a que
assisti como técnico e produtor :
O Sr Carlos aparecia todas as tardes para carregar
os pêssegos que os trabalhadores do Vale do Horto
colhiam cuidadosamente e metiam devidamente calibrados
em caixas de madeira . Depois era carregar a camioneta
enquanto o Sr. Carlos tirava uma soneca , á sombra ,
para equilibrar as noites na azafama da fruticultura .
Carregada a camioneta passada a guia era acelerar na
EN1 e só parava no mercado velho de Coimbra e aí
havia um autentico assalto aos pêssegos por entre
gritos ;
- Ao menos guarde-me 6 caixas eu não olho ao preço ! .
Em poucos minutos a mercadoria espalhava-se pelo
mercado e daqui o nosso pêssego Collins espalhava-se
pela cidade de Coimbra
Nunca tive um negocio que me desse tanto prazer como
este .
O interessante é que esta variedade que adquiri em
Bolonha era inicialmente de 6 pessegueiros e tive
duvidas na etiqueta porque parte vinha já apagada .
Infelizmente os bons negócios duram pouco e a pouco e
pouco alguém viu o furo e reproduziu esta qualidade .
O pessegueiral entrou pouco a pouco em declínio e
acabou .
Ainda conservo algumas fichas técnicas que na altura
registei .
Informo os leitores que por esta altura também
apareceram as celebres maçãs amarelas , as Golden
Delicious que enxertadas em Portas enxerto ananicantes
modificaram por completo a fruticultura em Portugal
Nessa altura uma macieira só ao fim de 8 anos dava
alguma coisa de geito e as arvores eram enormes e os “
técnicos “ da fruticultura quando as podavam
embirravam com a tendência destas arvores se
expandirem .
No final da poda dava para rir pela ignorância com
que “ os especializados “ tratavam essas arvores
O leitor não sorria porque vem aí o Inverno e quando
passar em algumas cidades veja também a “ barbaridade
“ com que ainda se podam as arvores .
Aquilo nem é podar é mais TOSQUIAR , estilo -
escovinha .
Nisso , as moças do Vale do Horto conheciam , bem a
técnica na poda dos pessegueiros
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118209
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