Paulo Portas: É dever da UE fazer no Médio Oriente o que os outros não podem
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Paulo Portas: É dever da UE fazer no Médio Oriente o que os outros não podem
Paulo Portas: É dever da UE fazer no Médio Oriente o que os outros não podem
Cláudia Sobral
13/12/2012 - 16:51
Mahmoud Abbas termina esta quinta-feira a sua visita a Portugal
para agradecer voto que ajudou a Palestina a conseguir o estatuto de
Estado observador na Assembleia Geral da ONU
Mahmoud Abbas com Paulo Portas, no Palácio das Necessidades. Presidente da Autoridade Palestiniana não falou aos jornalistas Rafael Marchante/Reuters
ficou marcada por uma palavra: obrigado. “Ficámos muito encorajados pela
posição tomada pela União Europeia, em particular por Portugal”,
repetiu em Lisboa o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano,
Riad al-Maliki, ao lado do seu homólogo português, Paulo Portas.
Referia-se ao voto a favor de Portugal na admissão da Palestina como
Estado observador na Assembleia Geral das Nações Unidas.
O chefe da diplomacia portuguesa respondeu com o que
considera serem as obrigações da União Europeia na região. “A UE pode e
deve fazer e dizer sobre o conflito do Médio Oriente o que outros
parceiros não podem – definitivamente ou por enquanto – dizer ou fazer”,
afirmou numa conferência de imprensa que antecedeu um almoço com Maliki
e com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que em
nenhum dos dois dias da visita a Portugal, que terminou ontem, falou aos
jornalistas.
Paulo Portas felicitou a Autoridade Palestiniana
“pelo resultado alcançado na adopção pela Assembleia Geral das Nações
Unidas de uma resolução que concedeu à Palestina o estatuto de Estado
observador”. E explicou que Portugal decidiu votar favoravelmente por
considerar que isso “representa a melhor aposta na paz” e também porque
foi uma forma de “reconhecimento da liderança da Autoridade
Palestiniana”. Portugal, acrescentou, apoia a construção de um Estado
“independente e soberano”, que viva “lado a lado, em paz e em segurança,
com o Estado de Israel”.
Para que isso se concretize, prosseguiu
Portas, é “essencial que sejam retomadas sem demora as negociações de
paz”. Depois de ouvir o seu homólogo português, Maliki quis deixar clara
a vontade dos dirigentes palestinianos de se “empenharem em pleno em
negociações directas” com Israel para alcançar “paz e estabilidade” numa
solução de dois Estados. “É nisto que acreditamos, é nisto que estamos
empenhados”, garantiu.
Maliki agradeceu várias vezes à União
Europeia, a Portugal e a Paulo Portas pelo voto que no final do mês
passado ajudou a dar à Palestina o mesmo estatuto que o Vaticano tem nas
Nações Unidas e por ter “influenciado outros países europeus” a votarem
no mesmo sentido. “Paulo Portas mostrou uma liderança notável e tomou
uma posição muito forte quando foi preciso”, elogiou o chefe da
diplomacia palestiniana. “Estamos orgulhosos. Estou pessoalmente
orgulhoso por ser amigo de Paulo Portas.”
Críticas aos colonatos
O
tema dos colonatos judeus nos territórios ocupados da Cisjordânia
também não ficou esquecido. O ministro dos Negócios Estrangeiros
português deixou claro que a intenção do Governo israelita de expandir
os colonatos é “preocupante” e “condenável”, especialmente em Jerusalém
Oriental, porque “pode inviabilizar a construção de um segundo Estado,
da Palestina, com continuidade territorial”, ao separar essa zona de
Jerusalém do resto da Cisjordânia.
Sobre os mais recentes
acontecimentos em Gaza, Paulo Portas disse estar “obviamente muito
preocupado com a situação da população civil em Gaza” e reiterou ao
mesmo tempo o “compromisso inabalável” dos parceiros europeus com a
segurança do Estado de Israel. Também Maliki, que agora segue com Abbas
para outros países europeus, sublinhou que a Autoridade Palestiniana
deplora qualquer forma de violência.
Cláudia Sobral
13/12/2012 - 16:51
Mahmoud Abbas termina esta quinta-feira a sua visita a Portugal
para agradecer voto que ajudou a Palestina a conseguir o estatuto de
Estado observador na Assembleia Geral da ONU
Mahmoud Abbas com Paulo Portas, no Palácio das Necessidades. Presidente da Autoridade Palestiniana não falou aos jornalistas Rafael Marchante/Reuters
ficou marcada por uma palavra: obrigado. “Ficámos muito encorajados pela
posição tomada pela União Europeia, em particular por Portugal”,
repetiu em Lisboa o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano,
Riad al-Maliki, ao lado do seu homólogo português, Paulo Portas.
Referia-se ao voto a favor de Portugal na admissão da Palestina como
Estado observador na Assembleia Geral das Nações Unidas.
O chefe da diplomacia portuguesa respondeu com o que
considera serem as obrigações da União Europeia na região. “A UE pode e
deve fazer e dizer sobre o conflito do Médio Oriente o que outros
parceiros não podem – definitivamente ou por enquanto – dizer ou fazer”,
afirmou numa conferência de imprensa que antecedeu um almoço com Maliki
e com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que em
nenhum dos dois dias da visita a Portugal, que terminou ontem, falou aos
jornalistas.
Paulo Portas felicitou a Autoridade Palestiniana
“pelo resultado alcançado na adopção pela Assembleia Geral das Nações
Unidas de uma resolução que concedeu à Palestina o estatuto de Estado
observador”. E explicou que Portugal decidiu votar favoravelmente por
considerar que isso “representa a melhor aposta na paz” e também porque
foi uma forma de “reconhecimento da liderança da Autoridade
Palestiniana”. Portugal, acrescentou, apoia a construção de um Estado
“independente e soberano”, que viva “lado a lado, em paz e em segurança,
com o Estado de Israel”.
Para que isso se concretize, prosseguiu
Portas, é “essencial que sejam retomadas sem demora as negociações de
paz”. Depois de ouvir o seu homólogo português, Maliki quis deixar clara
a vontade dos dirigentes palestinianos de se “empenharem em pleno em
negociações directas” com Israel para alcançar “paz e estabilidade” numa
solução de dois Estados. “É nisto que acreditamos, é nisto que estamos
empenhados”, garantiu.
Maliki agradeceu várias vezes à União
Europeia, a Portugal e a Paulo Portas pelo voto que no final do mês
passado ajudou a dar à Palestina o mesmo estatuto que o Vaticano tem nas
Nações Unidas e por ter “influenciado outros países europeus” a votarem
no mesmo sentido. “Paulo Portas mostrou uma liderança notável e tomou
uma posição muito forte quando foi preciso”, elogiou o chefe da
diplomacia palestiniana. “Estamos orgulhosos. Estou pessoalmente
orgulhoso por ser amigo de Paulo Portas.”
Críticas aos colonatos
O
tema dos colonatos judeus nos territórios ocupados da Cisjordânia
também não ficou esquecido. O ministro dos Negócios Estrangeiros
português deixou claro que a intenção do Governo israelita de expandir
os colonatos é “preocupante” e “condenável”, especialmente em Jerusalém
Oriental, porque “pode inviabilizar a construção de um segundo Estado,
da Palestina, com continuidade territorial”, ao separar essa zona de
Jerusalém do resto da Cisjordânia.
Sobre os mais recentes
acontecimentos em Gaza, Paulo Portas disse estar “obviamente muito
preocupado com a situação da população civil em Gaza” e reiterou ao
mesmo tempo o “compromisso inabalável” dos parceiros europeus com a
segurança do Estado de Israel. Também Maliki, que agora segue com Abbas
para outros países europeus, sublinhou que a Autoridade Palestiniana
deplora qualquer forma de violência.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117496
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