Hamas e Fatah mantêm discordâncias, mas retomam negociações por unidade palestina
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Hamas e Fatah mantêm discordâncias, mas retomam negociações por unidade palestina
Hamas e Fatah mantêm discordâncias, mas retomam negociações por unidade palestina
Apesar de encontro entre grupos ter sido positivo, ainda restam muitas dificuldade para aplicação das medidas previstas
O acordo de reconciliação entre o Hamas e o Fatah negociado há dois
anos será retomado, informaram representantes dos grupos palestinos. O
compromisso foi estabelecido entre os líderes das facções rivais em um
encontro na capital egípcia nesta quarta-feira (09/01).
Efe (09/01)
O líder do Fatah, Mahmoud Abbas, se reuniu com o presidente egípcio, Mohamed Mursi, para discutir a situação palestina
Mahmoud Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) e
membro do Fatah, e Khaled Meshal, chefe exilado do Hamas, se reuniram
pela primeira vez em 11 meses a convite do presidente egípcio, Mohamed
Mursi.
As autoridades do país norte-africano tiveram sucesso ao pressionar
ambas as organizações a respeitarem os princípios acordados em abril de
2011 durante outro encontro no Cairo. De acordo com oficiais egípcios e
palestinos, os líderes concordaram em aplicar o pacto, que deve se
estender a outros grupos políticos da Palestina.
As partes vão reiniciar negociações sobre o estabelecimento do governo
palestino interino e das eleições legislativas e presidenciais, além de
um debate sobre a reforma da OLP (Organização para a Libertação da
Palestina).
Um possível acordo colocaria fim à ruptura administrativa dos
territórios palestinos, uma vez que a Faixa de Gaza é governada pelo
Hamas e a Cisjordânia, pelo Fatah por meio da ANP (Autoridade Nacional
Palestina). Muitos acreditam que a unidade palestina fortaleceria a luta
em busca de um estado nacional independente.
Leia mais
“O encontro teve uma atmosfera muito boa e promissora”, contou Izzat al
Rishq, membro do Hamas que acompanhava a delegação do grupo no Cairo.
Ele ainda acrescentou que Hamas e Fatah devem se reunir novamente em
breve para discutir os próximos desenvolvimentos.
Efe (09/01)
O presidente do Egito, Mohamed Mursi (dir.), se encontrou com membros do Hamas para discutir situação palestina
Apesar do clima positivo de encerramento do encontro, ainda falta muito para a aplicação efetiva do acordo de abril de 2011.
Impasse para aplicação do pacto
O principal impasse entre as facções palestinas não foi resolvido na
reunião desta quarta (09/01): ainda falta um consenso quanto à forma de
aplicar as transformações previstas. E, ao que tudo indica, ambas as
organizações continuam com as mesmas discordâncias que impediram a
conclusão do acordo nos anos anteriores.
“O convite egípcio não significa, necessariamente, que este encontro
vai levar a um início sério da execução do acordo”, afirmou Yousef Rizq,
conselheiro político do premiê do Hamas em Gaza, Ismail Hanyia. “A
insistência de Abbas em realizar, primeiramente, as eleições afeta a
atmosfera da reunião".
Rizq defendeu que todas as medidas estabelecidas no acordo devem entrar em vigor simultaneamente.
Por outro lado, o Fatah apresenta outros impedimentos para continuidade
do processo bem como outras alegações sobre a negociação. Segundo Azzam
Al Ahmed, um dos principais representantes do Fatah, membros do Hamas
informaram ao grupo rival que precisam reordenar sua própria organização
antes de iniciar a reconciliação. Os oficiais teriam mencionado
possíveis novas eleições para definir nova liderança do Hamas.
Ahmed também contradisse as afirmações do Hamas sobre a aplicação das
medidas. “Depois que o comitê eleitoral terminar o seu trabalho e houver
um governo consensual, aí sim teremos eleições”, explicou Azzam Al
Ahmed do Fatah.
Em encontros separados com os líderes palestinos, o presidente egípcio
discutiu o bloqueio israelense à Faixa de Gaza e aos impostos coletados
em nome da ANP na Cisjordânia. “Mursi se comprometeu a trabalhar para
levantar o bloqueio contra Gaza, a ajudar os palestinos de sua crise
financeira, a fazer lobby com os doadores e com irmãos árabes”, disse
Ahmed.
Histórica rivalidade x conjuntura favorável
Além de diferentes agendas políticas, as facções possuem um histórico
extenso de rivalidades que culminou em um breve conflito armado entre os
anos de 2006 e 2007, depois da vitória do Hamas nas eleições em Gaza. A
ruptura é incentivada por Israel que se recusou a aceitar acordos
prévios entre os grupos.
Efe (04/01)
Sinal de aliança? O Hamas permitiu comemoração do Fatah na Faixa de Gaza; a primeira desde que assumiu o poder em 2007
A conjuntura política atual, no entanto, indica ser favorável para a
negociação. O Hamas se tornou mais próximo e dependente da Irmandade
Muçulmana, que tenta a abertura da fronteira com a Faixa de Gaza e
colaborou na negociação pelo fim da Operação Pilar Defensivo de Israel.
Por outro lado, o Fatah se encontra em um impasse político com a
falência de sua estratégia de negociação com Israel, que continua não
reconhecendo o estado Palestino.
Na última sexta-feira (04/01), o Hamas permitiu a comemoração do 48º
aniversário do Fatah na Faixa de Gaza pela primeira vez desde que
assumiu o poder em 2007. O partido de Abbas por meio da ANP também
concedeu que o grupo rival festajasse os seus 25 anos na Cisjordânia. Em
ambos os eventos, os líderes exaltaram a possibilidade de união
política entre os movimentos.
Além disso, ambas as organizações tiveram conquistas no último ano: o
Hamas considera que saiu vitorioso da última investida militar
israelense na Faixa de Gaza e Abbas conseguiu o reconhecimento da
Palestina como estado observador na Assembleia Geral das Nações Unidas.
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Apesar de encontro entre grupos ter sido positivo, ainda restam muitas dificuldade para aplicação das medidas previstas
O acordo de reconciliação entre o Hamas e o Fatah negociado há dois
anos será retomado, informaram representantes dos grupos palestinos. O
compromisso foi estabelecido entre os líderes das facções rivais em um
encontro na capital egípcia nesta quarta-feira (09/01).
Efe (09/01)
O líder do Fatah, Mahmoud Abbas, se reuniu com o presidente egípcio, Mohamed Mursi, para discutir a situação palestina
Mahmoud Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) e
membro do Fatah, e Khaled Meshal, chefe exilado do Hamas, se reuniram
pela primeira vez em 11 meses a convite do presidente egípcio, Mohamed
Mursi.
As autoridades do país norte-africano tiveram sucesso ao pressionar
ambas as organizações a respeitarem os princípios acordados em abril de
2011 durante outro encontro no Cairo. De acordo com oficiais egípcios e
palestinos, os líderes concordaram em aplicar o pacto, que deve se
estender a outros grupos políticos da Palestina.
As partes vão reiniciar negociações sobre o estabelecimento do governo
palestino interino e das eleições legislativas e presidenciais, além de
um debate sobre a reforma da OLP (Organização para a Libertação da
Palestina).
Um possível acordo colocaria fim à ruptura administrativa dos
territórios palestinos, uma vez que a Faixa de Gaza é governada pelo
Hamas e a Cisjordânia, pelo Fatah por meio da ANP (Autoridade Nacional
Palestina). Muitos acreditam que a unidade palestina fortaleceria a luta
em busca de um estado nacional independente.
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“O encontro teve uma atmosfera muito boa e promissora”, contou Izzat al
Rishq, membro do Hamas que acompanhava a delegação do grupo no Cairo.
Ele ainda acrescentou que Hamas e Fatah devem se reunir novamente em
breve para discutir os próximos desenvolvimentos.
Efe (09/01)
O presidente do Egito, Mohamed Mursi (dir.), se encontrou com membros do Hamas para discutir situação palestina
Apesar do clima positivo de encerramento do encontro, ainda falta muito para a aplicação efetiva do acordo de abril de 2011.
Impasse para aplicação do pacto
O principal impasse entre as facções palestinas não foi resolvido na
reunião desta quarta (09/01): ainda falta um consenso quanto à forma de
aplicar as transformações previstas. E, ao que tudo indica, ambas as
organizações continuam com as mesmas discordâncias que impediram a
conclusão do acordo nos anos anteriores.
“O convite egípcio não significa, necessariamente, que este encontro
vai levar a um início sério da execução do acordo”, afirmou Yousef Rizq,
conselheiro político do premiê do Hamas em Gaza, Ismail Hanyia. “A
insistência de Abbas em realizar, primeiramente, as eleições afeta a
atmosfera da reunião".
Rizq defendeu que todas as medidas estabelecidas no acordo devem entrar em vigor simultaneamente.
Por outro lado, o Fatah apresenta outros impedimentos para continuidade
do processo bem como outras alegações sobre a negociação. Segundo Azzam
Al Ahmed, um dos principais representantes do Fatah, membros do Hamas
informaram ao grupo rival que precisam reordenar sua própria organização
antes de iniciar a reconciliação. Os oficiais teriam mencionado
possíveis novas eleições para definir nova liderança do Hamas.
Ahmed também contradisse as afirmações do Hamas sobre a aplicação das
medidas. “Depois que o comitê eleitoral terminar o seu trabalho e houver
um governo consensual, aí sim teremos eleições”, explicou Azzam Al
Ahmed do Fatah.
Em encontros separados com os líderes palestinos, o presidente egípcio
discutiu o bloqueio israelense à Faixa de Gaza e aos impostos coletados
em nome da ANP na Cisjordânia. “Mursi se comprometeu a trabalhar para
levantar o bloqueio contra Gaza, a ajudar os palestinos de sua crise
financeira, a fazer lobby com os doadores e com irmãos árabes”, disse
Ahmed.
Histórica rivalidade x conjuntura favorável
Além de diferentes agendas políticas, as facções possuem um histórico
extenso de rivalidades que culminou em um breve conflito armado entre os
anos de 2006 e 2007, depois da vitória do Hamas nas eleições em Gaza. A
ruptura é incentivada por Israel que se recusou a aceitar acordos
prévios entre os grupos.
Efe (04/01)
Sinal de aliança? O Hamas permitiu comemoração do Fatah na Faixa de Gaza; a primeira desde que assumiu o poder em 2007
A conjuntura política atual, no entanto, indica ser favorável para a
negociação. O Hamas se tornou mais próximo e dependente da Irmandade
Muçulmana, que tenta a abertura da fronteira com a Faixa de Gaza e
colaborou na negociação pelo fim da Operação Pilar Defensivo de Israel.
Por outro lado, o Fatah se encontra em um impasse político com a
falência de sua estratégia de negociação com Israel, que continua não
reconhecendo o estado Palestino.
Na última sexta-feira (04/01), o Hamas permitiu a comemoração do 48º
aniversário do Fatah na Faixa de Gaza pela primeira vez desde que
assumiu o poder em 2007. O partido de Abbas por meio da ANP também
concedeu que o grupo rival festajasse os seus 25 anos na Cisjordânia. Em
ambos os eventos, os líderes exaltaram a possibilidade de união
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Além disso, ambas as organizações tiveram conquistas no último ano: o
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Hamas e Fatah mantêm discordâncias, mas retomam negociações por unidade palestina
.
Mas que belo trio de facínoras!
Mas que belo trio de facínoras!
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Hamas e Fatah mantêm discordâncias, mas retomam negociações por unidade palestina
ao lado de Chiney Rummfeld Bush sao9 na verdade anjos
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Vitor mango- Pontos : 118178
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