Analistas duvidam que ataque israelense na Síria gere conflito aberto
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Analistas duvidam que ataque israelense na Síria gere conflito aberto
Analistas duvidam que ataque israelense na Síria gere conflito aberto
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Atualizado em 31 de janeiro, 2013 - 14:23 (Brasília) 16:23 GMT
Fronteira entre Israel e Síria; suposto ataque israelense ao vizinho ainda não foi esclarecido
Analistas israelenses acreditam
que o suposto bombardeio israelense em território sírio, ocorrido na
quarta-feira, não irá desencadear uma escalada de violência na fronteira
norte de Israel, gerando um conflito aberto envolvendo as forças
israelenses, sírias e da milícia xiita libanesa Hezbollah.
Os detalhes do ataque aéreo permanecem pouco
claros. As autoridades sírias dizem que forças israelenses atingiram um
centro de pesquisa militar perto da capital, Damasco, enquanto que
diplomatas dizem que o alvo foi um comboio com armas que seriam
entregues à milícia libanesa. Por sua vez, o governo israelense não
admite nem nega que o ataque tenha acontecido.
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Para o analista do canal 1 da TV
israelense Oded Granot, tanto a Síria como a milícia xiita estão
enfraquecidas neste momento e não têm interesse em realizar uma
represália ou em confronto aberto com Israel.
Por outro lado, a tradicional "política de
ambiguidade" adotada por Israel, que explicaria o fato de o país não
admitir o ataque, "possibilita que a Síria e o Hezbollah não reajam,
evitando assim uma guerra aberta", afirmou Granot. "Se Israel admitisse o
ataque, isso os obrigaria a reagir".
Debate
O especialista em Oriente Médio Guy Bechor disse
à radio estatal de Israel, Kol Israel, que considera tal ataque em
território sírio um "absurdo".
"Israel não deve interferir na guerra civil na
Síria", afirmou. "Um ataque contra alvos do governo sírio seria
interpretado como ajuda à oposição."
Já para o ex-ministro da Defesa Binyamin Ben
Eliezer, do Partido Trabalhista, o suposto bombardeio, que teria como
alvo um comboio com mísseis antiaéreos SA-17, seria uma medida
"adequada", pois esses mísseis poderiam limitar a liberdade de ação da
Força Aérea israelense no Líbano, caso caíssem nas mãos do Hezbollah.
Para Ron Ben Ishai, analista militar do portal
de noticias Ynet, o governo sírio está "mentindo" ao afirmar que o alvo
do bombardeio teria sido uma centro de pesquisas próximo a Damasco.
De acordo com Ben Ishai, a Síria teria interesse
em encobrir o fato de que, em vista da desintegração do Estado em
consequência da guerra civil, estaria transferindo seu arsenal para o
Hezbollah.
Rússia
O analista afirma que os mísseis do tipo SA-17,
produzidos pela Rússia, que teriam sido o principal alvo do ataque, são
mísseis especialmente avançados, com capacidade de derrubar aviões da
Força Aérea israelense.
Os mísseis foram fornecidos pela Rússia ao
governo sírio com a condição de que não seriam desviados para terceiros,
incluindo o Hezbollah.
Ao admitir um ataque a um comboio com esse tipo
de mísseis, a Síria estaria confirmando uma violação do acordo com a
Rússia, que é uma fonte de apoio importante para o regime de Bashar
al-Assad.
A Rússia declarou que, se o ataque israelense se
confirmar, trata-se de uma violação à lei internacional, pois teria
sido realizado "sem provocação alguma".
Apesar das estimativas dos analistas de que tal
ataque em território sírio não irá gerar um confronto maior, a população
nessa região vive dias de tensão.
Nas últimas 24 horas dobrou o número de civis
que recorrem aos centros de distribuição de máscaras de gás. Essas
máscaras seriam necessárias caso a Síria decidisse atacar Israel com
armas químicas.
Além disso, o Exército israelense deslocou duas baterias de um sistema antimísseis para a fronteira norte.
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Atualizado em 31 de janeiro, 2013 - 14:23 (Brasília) 16:23 GMT
Fronteira entre Israel e Síria; suposto ataque israelense ao vizinho ainda não foi esclarecido
Analistas israelenses acreditam
que o suposto bombardeio israelense em território sírio, ocorrido na
quarta-feira, não irá desencadear uma escalada de violência na fronteira
norte de Israel, gerando um conflito aberto envolvendo as forças
israelenses, sírias e da milícia xiita libanesa Hezbollah.
Os detalhes do ataque aéreo permanecem pouco
claros. As autoridades sírias dizem que forças israelenses atingiram um
centro de pesquisa militar perto da capital, Damasco, enquanto que
diplomatas dizem que o alvo foi um comboio com armas que seriam
entregues à milícia libanesa. Por sua vez, o governo israelense não
admite nem nega que o ataque tenha acontecido.
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Para o analista do canal 1 da TV
israelense Oded Granot, tanto a Síria como a milícia xiita estão
enfraquecidas neste momento e não têm interesse em realizar uma
represália ou em confronto aberto com Israel.
Por outro lado, a tradicional "política de
ambiguidade" adotada por Israel, que explicaria o fato de o país não
admitir o ataque, "possibilita que a Síria e o Hezbollah não reajam,
evitando assim uma guerra aberta", afirmou Granot. "Se Israel admitisse o
ataque, isso os obrigaria a reagir".
Debate
O especialista em Oriente Médio Guy Bechor disse
à radio estatal de Israel, Kol Israel, que considera tal ataque em
território sírio um "absurdo".
"Israel não deve interferir na guerra civil na
Síria", afirmou. "Um ataque contra alvos do governo sírio seria
interpretado como ajuda à oposição."
Já para o ex-ministro da Defesa Binyamin Ben
Eliezer, do Partido Trabalhista, o suposto bombardeio, que teria como
alvo um comboio com mísseis antiaéreos SA-17, seria uma medida
"adequada", pois esses mísseis poderiam limitar a liberdade de ação da
Força Aérea israelense no Líbano, caso caíssem nas mãos do Hezbollah.
Para Ron Ben Ishai, analista militar do portal
de noticias Ynet, o governo sírio está "mentindo" ao afirmar que o alvo
do bombardeio teria sido uma centro de pesquisas próximo a Damasco.
De acordo com Ben Ishai, a Síria teria interesse
em encobrir o fato de que, em vista da desintegração do Estado em
consequência da guerra civil, estaria transferindo seu arsenal para o
Hezbollah.
Rússia
O analista afirma que os mísseis do tipo SA-17,
produzidos pela Rússia, que teriam sido o principal alvo do ataque, são
mísseis especialmente avançados, com capacidade de derrubar aviões da
Força Aérea israelense.
Os mísseis foram fornecidos pela Rússia ao
governo sírio com a condição de que não seriam desviados para terceiros,
incluindo o Hezbollah.
Ao admitir um ataque a um comboio com esse tipo
de mísseis, a Síria estaria confirmando uma violação do acordo com a
Rússia, que é uma fonte de apoio importante para o regime de Bashar
al-Assad.
A Rússia declarou que, se o ataque israelense se
confirmar, trata-se de uma violação à lei internacional, pois teria
sido realizado "sem provocação alguma".
Apesar das estimativas dos analistas de que tal
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
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alto risco de incendio
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