Entenda as eleições na Itália
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Entenda as eleições na Itália
Entenda as eleições na Itália
Atualizado em 24 de fevereiro, 2013 - 07:39 (Brasília) 10:39 GMT
Italianos votam de olho na recuperação econômica do país, que vive uma de suas piores crises.
Os italianos vão às urnas neste
domingo e segunda-feira (24 e 25 de fevereiro) para votar em eleições
parlamentares antecipadas. Das urnas deve surgir um novo primeiro
ministro, que terá ou de conduzir a recuperação econômica do país, ou de
lidar com o agravamento da crise econômica europeia.
Realizada três meses antes da data prevista, as
eleições foram convocadas após o Partido Povo da Liberdade (PDL, na
sigla em italiano), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, retirar
seu apoio ao governo tecnocrático de Mario Monti.
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Pesquisas de opinião mostram que o
partido de Berlusconi, que renunciou em meio a uma série de escândalos
sexuais e fraude fiscal, tem se saído bem entre as intenções de voto.
Como promessas de campanha, o ex-premiê tem
manifestado a intenção de reverter algumas das políticas de cortes e
medidas de austeridade implementadas por Monti, que são impopulares
entre os eleitores.
Quais são os principais partidos e seus líderes?
Uma das forças é a coalizão de centro-esquerda
liderada pelo ex-comunista Pier Luigi Bersani, do Partido Democrático
(PD), que formou aliança com a Esquerda, Ecologia e Liberdade (SEL, na
sigla em italiano).
Já o grupo de Berlusconi é composto por uma
aliança entre o seu PDL e a Liga Norte, de extrema direita. Alvo de
polêmicas, o magnata da mídia já foi primeiro-ministro da Itália por
três vezes. A Liga Norte é chefiada por Roberto Maroni.
A terceira principal força é a coalizão de
centro liderada pelo atual premiê, Mario Monti, que formou um governo
tecnocrático após a renúncia de Berlusconi, com a missão de salvar o
país da crise da zona do euro.
Esse grupo inclui o partido de Monti, conhecido
como Escolha Cívica, os Cristãos-Democratas e um partido de
centro-direita menor, chamado Futuro e Liberdade para a Itália. Monti é
um senador vitalício no Congresso italiano e por isso não está
concorrendo pessoalmente. No entanto, ele pode ter um papel central na
campanha e poderia retornar ao posto de primeiro-ministro caso sua
coalizão saia vencedora nas urnas.
Chama atenção ainda o Movimento Cinco Estrelas,
ou M5S. Trata-se do grupo criado pelo comediante Beppe Grillo, que
acabou se tornando uma liderança política e se saído bem nas eleições
regionais. O grupo é visto como "curinga" nas eleições.
Que tipo de sistema eleitoral está vigente atualmente na Itália?
Bersani lidera as pesquisas, mas deverá enfrentar a força de Berlusconi para formar um governo
A Itália é uma república com um presidente e um
Parlamento de duas câmaras. A Câmara dos Deputados, com 630 membros
eleitos, e o Senado, com 315 membros eleitos, além de quatro senadores
vitalícios.
Os membros das duas casas são eleitos com
mandatos de cinco anos. Nessas eleições, todos os assentos estão abertos
à disputa. O sistema eleitoral é baseado em representação proporcional e
nas listas dos partidos, com uma série de exigências que acabam
encorajando as legendas a se agruparem em coalizões.
O Congresso italiano tem uma formação incomum em
comparação com outros Parlamentos europeus, já que o Senado tem quase o
mesmo poder da Câmara dos Deputados. Qualquer lei, com exceção do
Orçamento, pode se proposta por qualquer uma das duas casas, e deve ser
aprovada da mesma forma pelas duas câmaras. Além disso, o governo
precisa ter o consentimento das duas casas para governar.
Na câmara baixa, é preciso alcançar 340 dos 630 assentos para obter a liderança nacional.
No Senado, a maioria é decidida região por
região. A coalizão vencedora em cada uma das 20 regiões tem garantidos
55% dos assentos destinados àquela região.
O atual sistema eleitoral italiano é
problemático e repleto de controvérsias, e embora haja amplo consenso
sobre a necessidade de reformá-lo, os políticos do país ainda não
chegaram a um acordo sobre o que deveria substituí-lo.
O que está em jogo?
Imerso em escândalos sexuais e alvo de denúncias de corrupção, Berlusconi disputa poder na Itália
O resultado das eleições será observado de perto
na Europa e no resto do mundo. Os italianos enfrentam escolhas
difíceis. O país está imerso em uma recessão profunda, com níveis
recordes de desemprego – especialmente entre os jovens.
Os prospectos de instabilidade política logo
após as eleições também podem ser devastadores. Se um impasse político
for criado e for comprovado que os eleitores rejeitaram nas urnas as
medidas de austeridade e reformas elaboradas para conter a crise, os
mercados poderiam se assustar e a crise da zona do euro poderia entrar
em uma nova fase, com a Itália como protagonista.
Durante a campanha, Berlusconi atacou as medidas
de austeridade de Mario Monti e prometeu amplas reduções de impostos
caso retornasse ao poder. Seu rival, Pier Luigi Bersani, da coalizão
liderada pelo PD, disse que caso seja eleito dará prosseguimento às
reformas e à disciplina fiscal implementadas por Monti, mas fará mais
pelo crescimento econômico e pela geração de empregos no país.
Quais são os resultados mais prováveis?
Atual premiê Mario Monti, em 3º lugar, deve ser vital na escolha e no novo governo, se apoiar Bersani
A coalizão de centro-esquerda liderada por Pier
Luigi Bersani tem liderado as pesquisas de opinião para a Câmara dos
Deputados, com uma vantagem de até 10% frente aos rivais, mas Berlusconi
conseguiu diminuir essa liderança em cinco pontos percentuais durante a
campanha, graças a uma incansável rodada de aparições em programas de
TV e rádio.
Uma grande parcela do eleitorado permanece indecisa, o que pode levar a um impasse.
Enquanto uma vitória na Câmara dos Deputados
pode colocar Bersani na posição de formar um governo, nenhuma coalizão
tem condições de liderar o país de forma efetiva sem o controle também
do Senado, e como os assentos dos senadores são decididos de forma
regional, é ali que a verdadeira disputa deve ocorrer, dizem analistas.
Berlusconi e seus aliados esperam conquistar
assentos suficientes no Senado para dificultar, senão impossibilitar, a
formação de um governo liderado por Bersani. E as últimas pesquisas
mostraram uma disputa acirrada na câmara alta, sobretudo em regiões como
Lombardia e Sicília.
Entretanto, há especulações de que, no caso de
um impasse, a coalizão de centro liderada por Mario Monti poderia acabar
apoiando a coalizão de centro-esquerda de Bersani, neutralizando assim
as ameaças de Berlusconi e seus aliados. Neste cenário, Monti poderia
vir a ter um papel de destaque no governo de Bersani.
O Movimento Cinco Estrelas está se beneficiando
de uma grande onda de protestos populares e descontentamento dos
italianos, e deve sair-se bem nas urnas, mas seu líder Beppe Grillo
descartou fazer quaisquer alianças com outros partidos. Ele tem tecido
duras críticas aos políticos do país, chamando-os de "zumbis" que
precisam ser substituídos por candidatos mais jovens, livres de
acusações de corrupção e sem envolvimento em escândalos.
Atualizado em 24 de fevereiro, 2013 - 07:39 (Brasília) 10:39 GMT
Italianos votam de olho na recuperação econômica do país, que vive uma de suas piores crises.
Os italianos vão às urnas neste
domingo e segunda-feira (24 e 25 de fevereiro) para votar em eleições
parlamentares antecipadas. Das urnas deve surgir um novo primeiro
ministro, que terá ou de conduzir a recuperação econômica do país, ou de
lidar com o agravamento da crise econômica europeia.
Realizada três meses antes da data prevista, as
eleições foram convocadas após o Partido Povo da Liberdade (PDL, na
sigla em italiano), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, retirar
seu apoio ao governo tecnocrático de Mario Monti.
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partido de Berlusconi, que renunciou em meio a uma série de escândalos
sexuais e fraude fiscal, tem se saído bem entre as intenções de voto.
Como promessas de campanha, o ex-premiê tem
manifestado a intenção de reverter algumas das políticas de cortes e
medidas de austeridade implementadas por Monti, que são impopulares
entre os eleitores.
Quais são os principais partidos e seus líderes?
Uma das forças é a coalizão de centro-esquerda
liderada pelo ex-comunista Pier Luigi Bersani, do Partido Democrático
(PD), que formou aliança com a Esquerda, Ecologia e Liberdade (SEL, na
sigla em italiano).
Já o grupo de Berlusconi é composto por uma
aliança entre o seu PDL e a Liga Norte, de extrema direita. Alvo de
polêmicas, o magnata da mídia já foi primeiro-ministro da Itália por
três vezes. A Liga Norte é chefiada por Roberto Maroni.
A terceira principal força é a coalizão de
centro liderada pelo atual premiê, Mario Monti, que formou um governo
tecnocrático após a renúncia de Berlusconi, com a missão de salvar o
país da crise da zona do euro.
Esse grupo inclui o partido de Monti, conhecido
como Escolha Cívica, os Cristãos-Democratas e um partido de
centro-direita menor, chamado Futuro e Liberdade para a Itália. Monti é
um senador vitalício no Congresso italiano e por isso não está
concorrendo pessoalmente. No entanto, ele pode ter um papel central na
campanha e poderia retornar ao posto de primeiro-ministro caso sua
coalizão saia vencedora nas urnas.
Chama atenção ainda o Movimento Cinco Estrelas,
ou M5S. Trata-se do grupo criado pelo comediante Beppe Grillo, que
acabou se tornando uma liderança política e se saído bem nas eleições
regionais. O grupo é visto como "curinga" nas eleições.
Que tipo de sistema eleitoral está vigente atualmente na Itália?
Bersani lidera as pesquisas, mas deverá enfrentar a força de Berlusconi para formar um governo
A Itália é uma república com um presidente e um
Parlamento de duas câmaras. A Câmara dos Deputados, com 630 membros
eleitos, e o Senado, com 315 membros eleitos, além de quatro senadores
vitalícios.
Os membros das duas casas são eleitos com
mandatos de cinco anos. Nessas eleições, todos os assentos estão abertos
à disputa. O sistema eleitoral é baseado em representação proporcional e
nas listas dos partidos, com uma série de exigências que acabam
encorajando as legendas a se agruparem em coalizões.
O Congresso italiano tem uma formação incomum em
comparação com outros Parlamentos europeus, já que o Senado tem quase o
mesmo poder da Câmara dos Deputados. Qualquer lei, com exceção do
Orçamento, pode se proposta por qualquer uma das duas casas, e deve ser
aprovada da mesma forma pelas duas câmaras. Além disso, o governo
precisa ter o consentimento das duas casas para governar.
Na câmara baixa, é preciso alcançar 340 dos 630 assentos para obter a liderança nacional.
No Senado, a maioria é decidida região por
região. A coalizão vencedora em cada uma das 20 regiões tem garantidos
55% dos assentos destinados àquela região.
O atual sistema eleitoral italiano é
problemático e repleto de controvérsias, e embora haja amplo consenso
sobre a necessidade de reformá-lo, os políticos do país ainda não
chegaram a um acordo sobre o que deveria substituí-lo.
O que está em jogo?
Imerso em escândalos sexuais e alvo de denúncias de corrupção, Berlusconi disputa poder na Itália
O resultado das eleições será observado de perto
na Europa e no resto do mundo. Os italianos enfrentam escolhas
difíceis. O país está imerso em uma recessão profunda, com níveis
recordes de desemprego – especialmente entre os jovens.
Os prospectos de instabilidade política logo
após as eleições também podem ser devastadores. Se um impasse político
for criado e for comprovado que os eleitores rejeitaram nas urnas as
medidas de austeridade e reformas elaboradas para conter a crise, os
mercados poderiam se assustar e a crise da zona do euro poderia entrar
em uma nova fase, com a Itália como protagonista.
Durante a campanha, Berlusconi atacou as medidas
de austeridade de Mario Monti e prometeu amplas reduções de impostos
caso retornasse ao poder. Seu rival, Pier Luigi Bersani, da coalizão
liderada pelo PD, disse que caso seja eleito dará prosseguimento às
reformas e à disciplina fiscal implementadas por Monti, mas fará mais
pelo crescimento econômico e pela geração de empregos no país.
Quais são os resultados mais prováveis?
Atual premiê Mario Monti, em 3º lugar, deve ser vital na escolha e no novo governo, se apoiar Bersani
A coalizão de centro-esquerda liderada por Pier
Luigi Bersani tem liderado as pesquisas de opinião para a Câmara dos
Deputados, com uma vantagem de até 10% frente aos rivais, mas Berlusconi
conseguiu diminuir essa liderança em cinco pontos percentuais durante a
campanha, graças a uma incansável rodada de aparições em programas de
TV e rádio.
Uma grande parcela do eleitorado permanece indecisa, o que pode levar a um impasse.
Enquanto uma vitória na Câmara dos Deputados
pode colocar Bersani na posição de formar um governo, nenhuma coalizão
tem condições de liderar o país de forma efetiva sem o controle também
do Senado, e como os assentos dos senadores são decididos de forma
regional, é ali que a verdadeira disputa deve ocorrer, dizem analistas.
Berlusconi e seus aliados esperam conquistar
assentos suficientes no Senado para dificultar, senão impossibilitar, a
formação de um governo liderado por Bersani. E as últimas pesquisas
mostraram uma disputa acirrada na câmara alta, sobretudo em regiões como
Lombardia e Sicília.
Entretanto, há especulações de que, no caso de
um impasse, a coalizão de centro liderada por Mario Monti poderia acabar
apoiando a coalizão de centro-esquerda de Bersani, neutralizando assim
as ameaças de Berlusconi e seus aliados. Neste cenário, Monti poderia
vir a ter um papel de destaque no governo de Bersani.
O Movimento Cinco Estrelas está se beneficiando
de uma grande onda de protestos populares e descontentamento dos
italianos, e deve sair-se bem nas urnas, mas seu líder Beppe Grillo
descartou fazer quaisquer alianças com outros partidos. Ele tem tecido
duras críticas aos políticos do país, chamando-os de "zumbis" que
precisam ser substituídos por candidatos mais jovens, livres de
acusações de corrupção e sem envolvimento em escândalos.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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