Histórias de galáxias
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Histórias de galáxias
Histórias de galáxias
Imagem de uma galáxia anã esferóide (pontos azuis). Os pontos brilhantes são estrelas na nossa própria galáxia Cortesia de E. Grebel (U. Washington) e P. Guhathakurta (UCO/Lick). |
Um estudo de mais de 2000 estrelas em quatro galáxias anãs, vizinhas da
Via-Láctea, parece mostrar que estas têm uma composição química distinta
das estrelas da nossa galáxia. Este resultado coloca dúvidas sobre o
papel que este tipo de objectos pode ter tido na formação da Via-Láctea.
O Sol é uma pequena estrela no meio de centenas de milhões, que
juntamente com nuvens de gás e poeira compõem a Via-Láctea, uma enorme
galáxia espiral, cujos braços se espraiam numa estrutura relativamente
plana: o "disco" da Galáxia. Nas regiões centrais desta, existe uma
estrutura esférica, o "bojo". A rodear tudo isto existe ainda o chamado
"halo" esférico da Galáxia.
A rodear a Via-Láctea encontram-se outras pequenas galáxias satélites.
Algumas destas são vulgarmente denominadas de galáxias anãs esferóides,
devido à sua forma "arredondada" (mas irregular). Estas pequenas
galáxias são, em comparação com a nossa Via-Láctea, extremamente
pequenas e pouco brilhantes.
O papel deste tipo de galáxias pode no entanto ter sido fundamental para
o nascimento das grandes galáxias como a nossa. Os modelos cosmológicos
actuais prevêem que as pequenas galáxias se terão formado primeiro, e
aos poucos foram-se juntando em estruturas maiores. Assim, como no
início o Universo era constituído essencialmente por hidrogénio e hélio
(quase todos os outros elementos foram formados no interior das
sucessivas gerações de estrelas), as estrelas nas pequenas galáxias
deviam ter abundâncias muito reduzidas de elementos pesados (vulgo
metais).
Uma equipa internacional de astrofísicos parece agora ter colocado esta
ideia em causa. Usando o espectrógrafo FLAMES, num dos telescópios do
VLT (ESO, Chile), a equipa observou cerca de 2000 estrelas individuais
em quatro galáxias anãs esferóides. As quatro galáxias observadas foram a
Fornax, Sextans, Sculptor e Carina (os seus
nomes coincidem com os das constelações sobre as quais se projectam). A
partir da análise dos espectros obtidos, os astrofísicos puderam
estudar a composição química das estrelas.
Os resultados mostram que existem diferenças significativas entre a
composição química das estrelas estudadas e as estrelas do halo da nossa
galáxia (a região mais pobre em metais). Embora em média as abundâncias
do halo da Via-Láctea sejam semelhantes às encontradas nas galáxias
anãs estudadas, nestas últimas não encontramos estrelas muito pobres em
metais, tal como acontece na Via-Láctea. Este resultado mostra que o gás
que deu origem às estrelas agora observadas nestas galáxias passou
anteriormente por um processo de enriquecimento em metais. Mais ainda,
as medidas sugerem que o halo das grandes galáxias como a Via-Láctea
pode não ter sido formado a partir da aglomeração de pequenas galáxias
anãs esferóides.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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