Exército e religião influenciam vida política em Israel
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Exército e religião influenciam vida política em Israel
Exército e religião influenciam vida política em Israel
Líderes religiosos têm importância central no país desde acordo com Ben-Gurion, em 1947
Clique no banner para ler a série completa em português, inglês e espanhol
Apesar de sua formação secular, David Ben-Gurion, o líder da
independência, fez um pacto com os partidos religiosos no nascimento do
Estado. Faria generosa oferta, em junho de 1947, através de carta
enviada ao Agudat Israel (partido dos ultraortodoxos, fundado em 1912 e
que se opunha aos sionistas).
Mikhail Frunze/Opera Mundi
Soldado israelense e judeu ultraortodoxo rezam no Muro das Lamentações. Religiosos não são obrigados a prestar serviço militar
Os cargos de rabino-chefe (um asquenaze, outro sefardita), criados
ainda no tempo do Mandato Britânico, seriam mantidos como instituição
oficial. Teriam autoridade sobre a regulação dos costumes dietéticos do
judaísmo, a realização do shabbat, a organização dos ritos funerários e
praticamente todas as relações pessoais - como casamento, divórcio e
conversão religiosa. Também exerceriam a função primordial de
reconhecimento da condição judaica, em um país no qual ter essa origem
étnica garante imediata cidadania a qualquer estrangeiro.
Leia também:
Israel: pressão étnica e social coloca democracia em xeque
Partidos de direita são maioria desde o final dos anos 70
Além dos poderes concedidos, desde então, o rabinato goza de subsídios
governamentais para se dedicar exclusivamente aos estudos da Torá,
religiosos não são obrigados a prestar serviço militar e suas escolas
podem usufruir de autonomia curricular perante o Estado, apesar de
subvencionadas.
Como não há matrimônio civil, por exemplo, qualquer união entre fiéis
de diferentes credos é proibida. Pessoas nessa situação têm que sair de
Israel, casarem-se no exterior (a ilha de Chipre é o local preferido) e
retornar com a certidão nas mãos. Mas essa mesma via não vale para o
divórcio, que só é reconhecido quando aprovado pelo rabinato, mesmo que o
casamento não tenha sido realizado sob sua alçada.
Leia mais
“O papel da religião em um Estado étnico é indispensável”, explica o
professor Schlomo Sand, da Universidade de Tel Aviv. “Não apenas porque
zela pela transmissão de tradições e cultos que preservam a identidade
nacional, mas também para estabelecer regras que dificultem a
miscigenação através de casamentos ou fluxos migratórios fora de
controle.”
Muitos cidadãos estão em desacordo com esse ordenamento, mas seus
protestos esbarram no peso dos partidos religiosos, que historicamente
funcionam como um pêndulo decisório entre as alas de esquerda e direita
do sionismo. Os ultraortodoxos, atualmente com 18 cadeiras no Knesset, o
que equivale a 15% do parlamento, pela primeira vez, em muitos anos,
estão fora do governo. Continuam a exercer, porém, expressiva influência
sobre assuntos que lhes interessam.
Mikhail Frunze/Opera Mundi
Crianças caminham em rua do bairro ortodoxo de Mea Shearim, em Jerusalém
Antes opostos ao sionismo, por considerarem que a criação do Estado de
Israel deveria ser precedida pela chegada do Messias, esses agrupamentos
modificaram abordagem após o Holocausto, temerosos sobre a segurança
dos judeus em outros países. Chegaram a ter uma política moderada em
relação à questão palestina, mas nos últimos vinte anos foram se
articulando com grupos mais radicais, que se espalham pelas colônias nos
territórios ocupados. Encontram, nesse ambiente, clientela capaz de
substituir os cidadãos dos grandes centros urbanos que afrouxam seus
laços com a religião.
Defesa
Outra instituição decisiva na configuração de Israel são as Forças de
Defesa, que agrupam os ramos policiais e militares do país. Um dos
exércitos mais modernos do mundo, financiado por um terço do orçamento
nacional, é parada obrigatória para todos os cidadãos. Os homens devem
prestar três anos de serviço militar, as mulheres dois. Apenas os
religiosos, os árabes-israelenses (com exceção dos druzos e beduínos) e
os cristãos têm opção de recusar a farda.
Assim que acaba o ensino médio, começa a temporada nos quartéis. Os
jovens israelenses geralmente só entram na universidade depois dos 21
anos, apresentando a mais elevada idade média do planeta entre
estudantes de cursos superiores. Mesmo depois de atendida a obrigação,
ainda devem dedicar um mês por ano às forças armadas, em treinamento ou
mobilização de reservistas.
Mikhail Frunze/Opera Mundi
Judeus ortodoxos caminham pelo bairro de Mea Shearim, próximo às muralhas da cidade velha em Jerusalém
O prestígio dos soldados, em uma nação que travou ao menos cinco
guerras em 65 anos, é enorme. A cultura do cerco e a ameaça permanente,
real ou construída, ajudam a fazer dessa atividade um rito de passagem.
Praticamente todos os principais ministros da história israelense foram
importantes oficiais do exército. Exibiram seus currículos e
condecorações para conquistar a confiança dos eleitores. Os melhores
empregos, públicos ou privados, estão bastante condicionados pelo
histórico militar de quem se candidata.
“O exército é o instrumento modelador do Estado”, explica Yossi Beilin,
um trabalhista histórico que depois ingressou no Meretz. “Não somente
estabelece parâmetros para ascensão aos postos de mando na sociedade,
como é fundamental para a defesa, a integração e a unidade do país. Nos
quartéis, há pobres e ricos, judeus europeus e africanos, até não
judeus, afinal.”
Líderes religiosos têm importância central no país desde acordo com Ben-Gurion, em 1947
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Apesar de sua formação secular, David Ben-Gurion, o líder da
independência, fez um pacto com os partidos religiosos no nascimento do
Estado. Faria generosa oferta, em junho de 1947, através de carta
enviada ao Agudat Israel (partido dos ultraortodoxos, fundado em 1912 e
que se opunha aos sionistas).
Mikhail Frunze/Opera Mundi
Soldado israelense e judeu ultraortodoxo rezam no Muro das Lamentações. Religiosos não são obrigados a prestar serviço militar
Os cargos de rabino-chefe (um asquenaze, outro sefardita), criados
ainda no tempo do Mandato Britânico, seriam mantidos como instituição
oficial. Teriam autoridade sobre a regulação dos costumes dietéticos do
judaísmo, a realização do shabbat, a organização dos ritos funerários e
praticamente todas as relações pessoais - como casamento, divórcio e
conversão religiosa. Também exerceriam a função primordial de
reconhecimento da condição judaica, em um país no qual ter essa origem
étnica garante imediata cidadania a qualquer estrangeiro.
Leia também:
Israel: pressão étnica e social coloca democracia em xeque
Partidos de direita são maioria desde o final dos anos 70
Além dos poderes concedidos, desde então, o rabinato goza de subsídios
governamentais para se dedicar exclusivamente aos estudos da Torá,
religiosos não são obrigados a prestar serviço militar e suas escolas
podem usufruir de autonomia curricular perante o Estado, apesar de
subvencionadas.
Como não há matrimônio civil, por exemplo, qualquer união entre fiéis
de diferentes credos é proibida. Pessoas nessa situação têm que sair de
Israel, casarem-se no exterior (a ilha de Chipre é o local preferido) e
retornar com a certidão nas mãos. Mas essa mesma via não vale para o
divórcio, que só é reconhecido quando aprovado pelo rabinato, mesmo que o
casamento não tenha sido realizado sob sua alçada.
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“O papel da religião em um Estado étnico é indispensável”, explica o
professor Schlomo Sand, da Universidade de Tel Aviv. “Não apenas porque
zela pela transmissão de tradições e cultos que preservam a identidade
nacional, mas também para estabelecer regras que dificultem a
miscigenação através de casamentos ou fluxos migratórios fora de
controle.”
Muitos cidadãos estão em desacordo com esse ordenamento, mas seus
protestos esbarram no peso dos partidos religiosos, que historicamente
funcionam como um pêndulo decisório entre as alas de esquerda e direita
do sionismo. Os ultraortodoxos, atualmente com 18 cadeiras no Knesset, o
que equivale a 15% do parlamento, pela primeira vez, em muitos anos,
estão fora do governo. Continuam a exercer, porém, expressiva influência
sobre assuntos que lhes interessam.
Mikhail Frunze/Opera Mundi
Crianças caminham em rua do bairro ortodoxo de Mea Shearim, em Jerusalém
Antes opostos ao sionismo, por considerarem que a criação do Estado de
Israel deveria ser precedida pela chegada do Messias, esses agrupamentos
modificaram abordagem após o Holocausto, temerosos sobre a segurança
dos judeus em outros países. Chegaram a ter uma política moderada em
relação à questão palestina, mas nos últimos vinte anos foram se
articulando com grupos mais radicais, que se espalham pelas colônias nos
territórios ocupados. Encontram, nesse ambiente, clientela capaz de
substituir os cidadãos dos grandes centros urbanos que afrouxam seus
laços com a religião.
Defesa
Outra instituição decisiva na configuração de Israel são as Forças de
Defesa, que agrupam os ramos policiais e militares do país. Um dos
exércitos mais modernos do mundo, financiado por um terço do orçamento
nacional, é parada obrigatória para todos os cidadãos. Os homens devem
prestar três anos de serviço militar, as mulheres dois. Apenas os
religiosos, os árabes-israelenses (com exceção dos druzos e beduínos) e
os cristãos têm opção de recusar a farda.
Assim que acaba o ensino médio, começa a temporada nos quartéis. Os
jovens israelenses geralmente só entram na universidade depois dos 21
anos, apresentando a mais elevada idade média do planeta entre
estudantes de cursos superiores. Mesmo depois de atendida a obrigação,
ainda devem dedicar um mês por ano às forças armadas, em treinamento ou
mobilização de reservistas.
Mikhail Frunze/Opera Mundi
Judeus ortodoxos caminham pelo bairro de Mea Shearim, próximo às muralhas da cidade velha em Jerusalém
O prestígio dos soldados, em uma nação que travou ao menos cinco
guerras em 65 anos, é enorme. A cultura do cerco e a ameaça permanente,
real ou construída, ajudam a fazer dessa atividade um rito de passagem.
Praticamente todos os principais ministros da história israelense foram
importantes oficiais do exército. Exibiram seus currículos e
condecorações para conquistar a confiança dos eleitores. Os melhores
empregos, públicos ou privados, estão bastante condicionados pelo
histórico militar de quem se candidata.
“O exército é o instrumento modelador do Estado”, explica Yossi Beilin,
um trabalhista histórico que depois ingressou no Meretz. “Não somente
estabelece parâmetros para ascensão aos postos de mando na sociedade,
como é fundamental para a defesa, a integração e a unidade do país. Nos
quartéis, há pobres e ricos, judeus europeus e africanos, até não
judeus, afinal.”
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Exército e religião influenciam vida política em Israel
Como não há matrimônio civil, por exemplo, qualquer união entre fiéis
de diferentes credos é proibida. Pessoas nessa situação têm que sair de
Israel, casarem-se no exterior (a ilha de Chipre é o local preferido) e
retornar com a certidão nas mãos. Mas essa mesma via não vale para o
divórcio, que só é reconhecido quando aprovado pelo rabinato, mesmo que o
casamento não tenha sido realizado sob sua alçada.
CXhguei aki e não li mais fui VOMITARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR...quando o mundo casa pandeleiros esta gente nem homem e mulher casa
Porrah pah isto é pedra lascada evolutiva
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Exército e religião influenciam vida política em Israel
.
Livra, que passa a vida a vomitar (grande porcaria) por tudo e por nada!
Olhe, que há muito quem sustente, que casamento entre indíviduos do mesmo sexo é regressão e não processo evolutivo. Devo lembrar-lhe também que, num Estado confessional, a religião se sobrepõe a quase tudo? E que não é pelos seus lindos olhos, que as coisas vão mudar, enquanto o país entender, que se sente bem assim?
CXhguei aki e não li mais fui VOMITARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR...quando o mundo casa pandeleiros esta gente nem homem e mulher casa
Porrah pah isto é pedra lascada evolutiva
Livra, que passa a vida a vomitar (grande porcaria) por tudo e por nada!
Olhe, que há muito quem sustente, que casamento entre indíviduos do mesmo sexo é regressão e não processo evolutivo. Devo lembrar-lhe também que, num Estado confessional, a religião se sobrepõe a quase tudo? E que não é pelos seus lindos olhos, que as coisas vão mudar, enquanto o país entender, que se sente bem assim?
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Exército e religião influenciam vida política em Israel
Joao Ruiz escreveu:.CXhguei aki e não li mais fui VOMITARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR...quando o mundo casa pandeleiros esta gente nem homem e mulher casa
Porrah pah isto é pedra lascada evolutiva
Livra, que passa a vida a vomitar (grande porcaria) por tudo e por nada!
Olhe, que há muito quem sustente, que casamento entre indíviduos do mesmo sexo é regressão e não processo evolutivo. Devo lembrar-lhe também que, num Estado confessional, a religião se sobrepõe a quase tudo? E que não é pelos seus lindos olhos, que as coisas vão mudar, enquanto o país entender, que se sente bem assim?
No tempo do Salazar a igreja acordava com o altar
- Aceita por esposa (o) este gajo que diz que o (a) ama ?
Yessssssssssssssssssssssssssssssssssss !
e o casal era Bento
Só que o casamento valido era e é o Civil
Considero uma barbaridade que seja o Padre (rabino neste caso ) a mandar na liberdade seja de quem for
Sempre defendi que casamento entre maricas era o nome ... e avisava que a lei considera caes de companhia para cegos como garantias bla bla ... o clamor que se levanta é exactam,ente com,parar casamento inter sexos com "Hommosapos "
e volta á minha
A religião nao tem que se meter na vida civil de cada qual
...Olhe no dia 18 tenho que ir a um batismo de um puto família intima e vou la por dever cívico estando-me marimbando para o lado religioso ...pois só que a escola é de inspiraçao catolica e o parecer mal e nao ir vestido com tutti kuanti...popizzzzzzzzzzzzzzz...
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
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