Passos e Portas: reunião inconclusiva

Passos e Portas: reunião inconclusiva
A permanência de Portas no Governo continua em aberto. Pode ser vice e ministro da Economia. Mas o líder do CDS quer mais alterações.
Ângela Silva e Filipe Santos Costa
13:18 Quinta feira, 4 de julho de 2013 Última atualização há 1 minutos
Passos Coelho e Paulo Portas ainda não chegaram a acordo Getty Passos Coelho e Paulo Portas ainda não chegaram a acordo


Tudo em aberto. A reunião entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas ainda não fechou qualquer acordo e não é certo que o consigam a tempo de Passos levar, como queria, uma solução a Belém ainda hoje.

A permanência de Portas no Executivo pode ainda ser possível. O lugar de vice com a pasta da Economia está em aberto. Mas isso pode não ser bastante para um acordo. Paulo Portas pode exigir a saída de Maria Luís Albuquerque das Finanças, a última cedência de Passos estará disposto a fazer.

A passagem da Economia para o CDS parece segura. O nome de António Pires de Lima é outra das hipóteses

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Passos vai ter de sair e Cavaco vai ter de agir


Henrique Monteiro
9:28 Quarta feira, 3 de julho de 2013





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É um bando de garotos, escrevi-o ontem e reafirmo-o hoje. Há muitas perguntas que ficam por fazer: Passos conseguiu a concordância de Portas para Maria Luís? Portas, caso Gaspar não se tivesse demitido, demitir-se-ia à mesma? Enfim, é tal a confusão provocada por ações próprias de irresponsáveis, tendo em conta a situação do país, que não vale a pena ir por aí. Não têm explicação!

Vale sim a pena falar do que se pode fazer. Ou há eleições - e já se percebeu que essa é a vontade de Seguro, ou se arranja uma solução parlamentar, como parece ser a ideia de Cavaco e de Passos. Não escondo que eu penso que uma solução parlamentar, ainda que frágil, é melhor do que eleições. Por dois motivos: de umas eleições não sairá uma situação claríssima (duvido de uma maioria absoluta PS); de umas eleições sairá ainda mais radicalização de posições.

Se Cavaco fosse um Presidente com autoridade imporia aos partidos chegarem a uma solução parlamentar como modo de salvar o país de uma crise maior e de um novo resgate. Isso passaria por apontar o seguinte caminho:

a) O PSD, o CDS e o PS chegarem a um acordo de medidas efetivamente necessárias para o cumprimento do memorando da troika para esta fase de investimento e recuperação da Economia e de combate ao desemprego. Nomeadamente, para o aproveitamento de novas políticas europeias e do novo quadro de apoio.

b) O PSD apresentar um nome que obtenha consenso maioritário no Parlamento para liderar a equipa governamental. Isto implica, como escrevo desde outubro ou novembro do ano passado, que Passos ceda a liderança do Executivo por já não ter condições para convencer ninguém.

c) Os três partidos fazerem um pacto de não-agressão sobre estas e outras matérias em que acordam. Que devem ser: a continuação das reformas da Justiça, da Educação e da Saúde. Nos temas em que não for possível acordo, pura e simplesmente adiar qualquer reforma de fundo para depois das eleições de 2015.

Se o PSD não for capaz de tomar esta atitude e perseverar numa política de isolamento face ao PS e à UGT (e já agora ao CDS) deve ser efetivamente responsabilizado pelo dano provocado por eleições. Se o PS e o CDS não forem capazes de aceitar medidas mínimas de um governo de salvação nacional, devem ser igualmente responsabilizados. Nesse caso, o Presidente deveria deixar claro quem inviabilizou o acordo e convocar eleições.

Com o Presidente que temos ainda poderemos pensar nisto? Espero que sim...


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É um bando de garotos, escrevi-o ontem e reafirmo-o hoje. Há muitas perguntas que ficam por fazer: Passos conseguiu a concordância de Portas para Maria Luís? Portas, caso Gaspar não se tivesse demitido, demitir-se-ia à mesma? Enfim, é tal a confusão provocada por ações próprias de irresponsáveis, tendo em conta a situação do país, que não vale a pena ir por aí. Não têm explicação!



Será possível formar governo com um bando de garotos?