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A liberdade de expressão e Alberto João Jardim

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A liberdade de expressão e Alberto João Jardim Empty A liberdade de expressão e Alberto João Jardim

Mensagem por Vitor mango Seg Jul 08, 2013 9:06 am


A liberdade de expressão e Alberto João Jardim
Publicado em Diálogos por Pamplinas, em Terça-feira, 08-09-2009

- Você ouviu-o dizer «Fuck them!»?
- Sim, claro. Devo dizer que fiquei incrédulo e ainda esfreguei o ouvido.
- Parece-lhe pessoa incapaz de tal?
- Bom, como direi?… Incapaz, propriamente, não. Mas ainda assim…
- O que é da vida sem novos desafios, Pamplinas? E a verdade é que, nesta matéria, ele já quebrou records sucessivos.
- Não é isso, Q. É ainda o motivo da nossa última discussão. Acho, se quer saber, que o Alberto João, ao dizer isso, estava a fazer um comentário filosófico sobre o ingente debate em torno da liberdade de expressão.
- Filosófico?! Eu oiço o Jesus a falar da «filosofia da minha equipa», e com ele todos os treinadores de futebol, mas não percebo como você consegue ainda assim usar o termo para esta tirada do Alberto João.
- Exprimi-me mal. O que eu queria dizer é que se trata de um meta-comentário. Ou, se preferir, uma afirmação de teor transcendental.
- Explique-se.
- É simples: o pessoal anda todo a bradar o seu amor eterno à liberdade de expressão, todos morreriam pelo direito do pior inimigo (não, não se trata apenas de «adversários», como se diz nos debates na TV) a dizer as maiores barbaridades, não é? Pois bem, o Alberto João dá-lhes a comer do seu próprio veneno: «Tomem lá, engulam, e continuem a defender o meu direito a dizer este tipo de coisas, enquanto eu vou ali ao lado retirar a imunidade parlamentar a quem diz coisas bem mais suaves a meu respeito».
- E você quer fazer-me crer que ele congeminou tudo isso? Que não foi apenas uma «bojarda» como as tantas em que ele se especializou ao longo de décadas?
- Olhe que já ninguém diz «bojarda», Q. Diz-se «bocas».
- Não me lixe. Aliás, «boca» é demasiado suave para este caso.
- Tem razão.
- Bom, mas responda-me.
- Eu creio que você quer relançar o debate filosófico (agora sim, e em acepção técnica) sobre a questão da «intencionalidade»… Eu acho-o dispensável, sabe?
- E porquê?
- Porque, em primeiro lugar, há muito já percebemos que a questão da intencionalidade passa ao lado da personagem. Isso pressupõe, numa ocorrência deste tipo, a «inteligência emocional» a que ele, como é manifesto, é refractário.
- Porque não precisa! Pode dizer o que quiser que ninguém lhe vai à mão!
- Talvez. Mas há uma «inteligência instintual» em que ele é muito bom, admita. Que melhor comentário ao debate sobre liberdade de expressão do que este? Vem ou não a propósito? Testa ou não, in actu, a latitude da paixão pela liberdade de todos aqueles que declaram a liberdade de expressão «sagrada e inegociável»?
- Essa é para mim?
(mais…)


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